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Dois mal entendidos: 1- As revoltas escravas seriam formas de combater a escravidão. 2- A decisão de abolir o sistema escravista teria sido em grande parte.

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1 Dois mal entendidos: 1- As revoltas escravas seriam formas de combater a escravidão. 2- A decisão de abolir o sistema escravista teria sido em grande parte induzida por tais revoltas.

2 As grandes revoltas não foram frequentes
É errado pensar que a injustiça e a violência extremas, inerentes à escravidão (de africanos ou de outros povos), originassem forçosa ou frequentemente grandes revoltas. As rebeliões escravas foram menos comuns do que as revoltas das classes desfavorecidas de estatuto livre ou semi-livre.

3 Escravos fugitivos The Hunted Slave, óleo de Richard Ansdell (1861)

4 Fugas de escravos As fugas acompanharam o sistema colonial escravista desde o início, originando centenas de comunidades de foragidos, da Virgínia à Argentina. Os foragidos tinham designações diferentes consoante a zona e a época (Cimarrones, para os espanhóis; Marrons, para os franceses; Maroons, para os ingleses; etc.). Outro tanto sucedia com os acampamentos que formavam (Palenques, Quilombos, Mocambos, etc.)

5 Meta geral das revoltas escravas
Os objectivos mais comuns eram escapistas, retaliadores e restauracionistas: readquirir a liberdade, matar os brancos e tomar conta de um território onde se restaurariam modos de organização social “africanos”. Assim, a meta não era, geralmente, a supressão da escravidão mas o seu prosseguimento, se bem que com outra distribuição de papéis e com outros beneficiários.

6 Revolta escrava não é sinónimo de anti-escravismo
Nos três primeiros séculos do mundo colonial moderno os escravos revoltaram-se tal como, antes deles, tinham feito os escravos romanos e outros. A luta dos revoltosos visava a vingança, a obtenção de terra, a libertação individual. Mas não visava, geralmente, uma libertação global, algo de inerente e imprescindível a uma concepção anti-escravista das relações humanas.

7 Primeiras conquistas abolicionistas na Europa
Início da campanha abolicionista na Grã-Bretanha. A Câmara dos Comuns aprovou a abolição do tráfico de escravos; a lei não passaria devido à oposição da Câmara dos Lordes. A Dinamarca aboliu o tráfico de escravos, concedendo um período de transição de 10 anos (o tráfico terminaria oficialmente em 1803). A Grã-Bretanha interditou completamente o tráfico de escravos.

8 Primeiros avanços abolicionistas na América
Rhode Island aboliu o tráfico de escravos em A medida foi rapidamente seguida pelos outros estados do Norte e o tráfico seria proibido à escala nacional em 1807. A Pensilvânia aprovou a primeira lei de abolição gradual da escravidão. O mesmo foi feito pelo Connecticut e Rhode Island (1784), pelo Alto Canadá (1793), etc. Em 1804, nos estados do Norte, os escravos estavam emancipados.

9 Abolicionismo e revoltas
Foi no período em que a ideologia abolicionista surgiu e se afirmou, um período que, por outro lado, coincidiu com a chamada Era das Revoluções, que as revoltas escravas se intensificaram e mudaram por vezes de registo e de meta: de 1789 a 1832 ocorreram mais de 20 grandes revoltas entre as quais as de São Domingos (1791), Barbados (1816), Demerara (1823) e Jamaica (1831), as maiores da história das Américas.

10 São Domingos e ilhas vizinhas

11 Revolta de São Domingos

12 Objectivos da revolta de São Domingos
Até a revolta obedeceu ao modelo clássico: matar os brancos, tomar conta da colónia, liberdade para os revoltosos e escravidão para os restantes. Foi em 1794, após a França ter decretado a abolição da escravidão, que um sector desses revoltosos, comandado por Toussaint L’Ouverture, aderiu aos ideais republicanos e passou a lutar pela França e pela emancipação.

13 Toussaint L’Ouverture

14 Guerra de Independência do Haiti

15 As Caraíbas e regiões adjacentes

16 William Wilberforce

17 Um novo tipo de revolta o carácter auto-contido das acções escravas ajudou muito a causa abolicionista na Grã-Bretanha. Se os escravos de Demerara ou da Jamaica tivessem seguido o exemplo de São Domingos e massacrado milhares de brancos, seria mais difícil passar a mensagem abolicionista para as massas.

18 Estados Unidos – A Guerra Civil

19 Lincoln

20 Abolição nos Estados Unidos
No século XIX os Estados Unidos tiveram apenas duas revoltas de pequena dimensão (a última das quais em 1831). A abolição foi decretada no contexto da guerra civil ( ). Nesse período não houve qualquer revolta escrava apesar dos apelos feitos nesse sentido. A luta dos escravos pela liberdade foi feita no exército da União e não num quadro insurreccional.

21 A abolição nos Estados Unidos

22 América do Sul

23 Abolição definitiva nos novos países da América espanhola
Chile em 1823 México em 1829 Bolívia e Colômbia em 1851 Equador em 1852 Argentina e Uruguai em 1853 Venezuela em 1854 Peru em 1855 Paraguai em 1869

24 Joaquim Nabuco

25 Data das abolições nos países coloniais europeus
Grã-Bretanha em 1833 Suécia em 1847 França e Dinamarca em 1848 Holanda em 1863 Portugal em 1869 Espanha em 1873 e 1880

26 Conclusões 1 As revoltas foram um elemento constituinte da história da escravatura em várias épocas e latitudes. As leis emancipacionistas que viriam a ser aprovadas no Ocidente foram algo de muito localizado e específico na história da humanidade. Não existe uma relação necessária e suficiente entre as duas coisas.

27 Conclusões 2 É certo que em casos pontuais, as revoltas tiveram peso no ritmo a que se avançou para a abolição. Num quadro geral, porém, o seu peso foi diminuto, ou nulo, ou até negativo. As abolições não foram geralmente decididas no contexto de revoltas escravas nem foram determinadas pelo medo dessas revoltas. Foram determinadas pela noção do que era justo, moral, política e economicamente vantajoso.


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