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INFÂNCIA DE VIDRO A Delinquência como Sintoma do Desamparo Infantil

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Apresentação em tema: "INFÂNCIA DE VIDRO A Delinquência como Sintoma do Desamparo Infantil"— Transcrição da apresentação:

1 INFÂNCIA DE VIDRO A Delinquência como Sintoma do Desamparo Infantil
“Não existe o criminoso inato. O que existe é um instinto de agressividade que deverá ser domesticado pelo amor.” Prof. Marcos de Oliveira Ministrante: Prof. Me. Marcos de Oliveira, Filósofo e Psicanalista.

2 O DESAMPARO ONTOLÓGICO
Nossos vínculos primários, com os nossos cuidadores, servem como as primeiras medidas psíquicas contra a ansiedade natural oriunda de nosso desamparo ontológico. Um ambiente de razoável segurança e de intensa vinculação afetiva, é a situação mais favorável para nossa emancipação psíquica (individuação).

3 Os vínculos primários asseguram inicialmente um certo sentimento interno de segurança e um apropriado sentimento básico de unicidade com o mundo exterior. Tais sentimentos são usados para que o “Eu” se estabilize e, com isso, conquiste uma “permanência Identitária”.

4 A FUNÇÃO PSÍQUICA DA MÃE
A mãe é o centro das experiências do bebê. A mãe é a base da construção psicoafetiva. A atitude afetiva da mãe determina o clima total em que a criança vive. A mãe é a fonte constante de provocação e estímulo, ela é a base inicial para nossa satisfação e também insatisfação.

5 É a comunicação primária entre o bebê e a mãe que possibilita à estruturação de nossa subjetividade.
A relação recíproca de posse entre o bebê e a mãe é a fomentadora de nosso senso identitário (situação-situado). A criança sente a sua própria existência na imagem materna, às sensações sinestésicas de contato com o corpo da mãe, criam condições para reconhecermos o nosso próprio corpo.

6 A mãe “suficientemente boa”, para quem a criança é uma fonte profunda de satisfação, se preenche narcisicamente pela alegria de ser “mãe” e preenche o bebê narcisicamente com a alegria de ser “filho”. A mãe é internalizada como a parte feminina de nossa personalidade. Com a mãe inicia-se e firma-se nosso senso de pessoalidade individual.

7 A FUNÇÃO PSÍQUICA DO PAI
A função paterna interdita pela castração a relação incestuosa entre o bebê e a mãe. A segunda identificação primária abre campo para a síntese pessoal. A criança deixa seu corpo biológico como centro de suas significações e descobre o “corpo social”.

8 As frustrações egóicas são sentidas como parte do “princípio da realidade”,assim, a lei é internalizada como condição existencial. A vivência emocional é limitada e a estrutura lógica passa a ser predominante. A identificação com o pai possibilita o esvaziamento da onipotência primitiva. O pai é internalizado como a parte masculina de nossa personalidade.

9 O pai como agente da lei é o responsável pela estratificação inconsciente do “pacto social”.
O pai é o responsável pelo enfraquecimento do egocentrismo infantil, é a base central para a construção de um senso de sociabilidade. Com a internalização da imago paterna firma-se nosso senso de pessoalidade social (superego).

10 CRONOLOGIA PSICOAFETIVA
1ª Fase: Dependência absoluta 2ª Fase: Transicionalidade 3ª Fase: Maturidade Complexo de Édipo

11 ADOLESCÊNCIA O adolescente é sempre um ser lacunar, sua realidade está entre a criança de seus primeiros dias e o adulto que se agiganta com a chegada do “futuro”. Ao viver esta transição o adolescente perde gradativamente os pontos de referência de sua infância. Sua situação é angustiante; o processo de amadurecimento implica em muitas “mortes” simbólicas.

12 Os pais devem agir como instrumentos facilitadores deste longo e complexo processo de amadurecimento, porém, ao mesmo tempo em que devem facultar a aparição do “adulto”, precisam zelar por uma porção infantil que não pode desaparecer totalmente. O adolescente constata que a sociedade não é organizada como modelo simples de vivência, logo observa formas divergentes e contraditórias de ação social.

13 Assim, ele (o ser humano) se vê disputado por duas tendências desde o momento do nascimento: uma de sair para a luz e a outra de regressar ao útero; uma de aventura e a outra de certeza; uma de risco e independência e a outra de proteção e dependência. (Erich Fromm)

14 EDUCAR PARA À LIBERDADE
Aquele que educa com amor, educa sempre visando a liberdade do educando, por isso, a proteção e o zelo que oferecemos aos nossos filhos, devem conter o potencial de deixá-los partir em determinado momento propício.

15 O amor que sentimos pelos nossos filhos deve se tornar a base da independência deles; quando “amamos demais” (intrusividade), nossos sentimentos geram empecilhos ao desenvolvimento normal da criança e do adolescente.

16 No polo contrário da superproteção temos o “desamparo” e, da mesma forma que o amor excessivo representa um grave obstáculo ao desenvolvimento humano, a falta de amor genuíno pelos nossos filhos, que normalmente exterioriza-se como falta de assistência , gera inúmeras deformações psicoafetivas.

17 A discórdia oculta entre os pais, a preocupação secreta, os desejos ocultos e recalcados, tudo isso produz no indivíduo certo estado afetivo, com seus sinais objetivos, que lenta, mas seguramente, embora inconscientemente, desbrava seu caminho na mente da criança, produzindo aí as mesmas condições e, por isso, as mesmas reações aos estímulos externos.

18 ATITUDES MATERNAS NOCIVAS
Apatia relacional; Agressividade recorrente; Oscilação afetiva (proteção-agressão); Superproteção (mãe devoradora).

19 ATITUDES PATERNAS NOCIVAS
Apatia relacional; Agressividade recorrente; Oscilação afetiva (proteção-agressão); Controle relacional rígido (intrusividade).

20 REAÇÕES NEURÓTICAS ATIVAS
TENDÊNCIA PARA OPRIMIR; TENDÊNCIA PARA HUMILHAR; TENDÊNCIA PARA EXPLORAR. “Amo-te profundamente, deves amar-me em retribuição, e desistir de tudo por amor ao meu amor”.

21 REAÇÕES NEURÓTICAS PASSIVAS
TENDÊNCIA À SUPORTAR OPRESSÃO COMO NATURAL; TENDÊNCIA À AUTO HUMILHAR-SE; TENDÊNCIA À DEIXAR-SE EXPLORAR. “Deves amar-me porque sofro e estou desamparado, minhas exigências afetivas devem ser atendidas por causa de meu grande sacrifício”.

22 O MUNDO CAPITALISTA A ansiedade básica de separação, atinge um nível insuportável na estrutura capitalista; as diversas doenças psíquicas modernas são “fabricadas” pelo nosso estilo de vida cada vez mais neurótico. A sociedade de consumo, embora ostente uma opulência cada vez maior, é extremamente pobre no sentido humanístico, às relações sociais são cada vez mais instrumentais, a sociedade capitalista transforma cada um num explorador em potencial de seu semelhante.

23 A lógica do capital é sempre um maior “lucro”, o mercantilismo produz sujeitos insaciáveis em sua demanda de consumo, por isso, o capitalismo se sustenta às custas do desequilíbrio do ávido consumidor. No capitalismo a “sociedade humana” não é verdadeiramente humana, ela é convertida em um enorme “mercado de negócios”. Ao coisificar a existência, o discurso capitalista torna-se psicotizante, o “Outro” não é mais um “semelhante” e sim um “estranho”; a identificação humana é bloqueada em sua fonte.

24 O DECLÍNIO DO INDIVÍDUO
O NOVO ÍDOLO À medida que as ideologias religiosas e morais se esvaecem, e a teoria política é abolida pela marcha dos acontecimentos econômicos e políticos, as ideias dos trabalhadores tendem a ser moldadas pela ideologia comercial de seus líderes (Horkheimer, Ibidem, p. 153). O DECLÍNIO DO INDIVÍDUO O Indivíduo outrora concebia a razão como um instrumento do eu, exclusivamente. Hoje, ele experimenta o reverso dessa autodeificação. A máquina expeliu o maquinista; está correndo cegamente no espaço. (Horkheimer, Ibidem, p. 133)

25 O CONTROLE IDEOLÓGICO O princípio de dominação, baseado originalmente na força bruta, adquiriu com o decorrer do tempo um caráter mais espiritual. A voz interior tomou o lugar dos senhores na emanação das ordens. [...] desse ponto de vista, o líder e a elite podem ser descritos como aqueles que realizaram a coerência e a ligação lógica entre as diversas operações da vida cotidiana (Horkheimer, Ibidem, p. 10).

26 A DITADURA DA MAIORIA Quanto mais a propaganda científica faz da opinião pública um simples instrumento de forças obscuras, mais a opinião pública surge como um substituto da razão. [...] quanto mais o julgamento do povo é manipulado por toda espécie de interesse, mais a maioria é apresentada como árbitro da vida cultural (Horkheimer, Ibidem, p. 35).

27 A INDÚSTRIA CULTURAL O princípio impõe que todas as necessidades lhe sejam apresentadas como podendo ser satisfeitas pela indústria cultural, mas, por outro lado, que essas necessidades sejam de antemão organizadas de tal sorte que ele se veja unicamente como um eterno consumidor, como objeto da indústria cultural (Adorno, Dialética do Esclarecimento, p. 133).

28 AUTORIDADE ANÔNIMA E CONFORMIDADE
Em meados do século XX a autoridade mudou de caráter: já não é uma autoridade manifesta, mas anônima, invisível, alienada. Ninguém dá ordens, nenhuma pessoa, nenhuma ideia, nenhuma lei moral; porém todos nós nos submetemos tanto ou mais do que as criaturas sujeitas a uma sociedade fortemente autoritária. Na realidade, ninguém é autoridade, exceto “Aquilo”. Que é “Aquilo”? – O lucro, as necessidades econômicas, o mercado, o senso comum, a opinião pública, o que a pessoa faz, pensa ou sente. As leis do mercado, e exatamente tão invioláveis quanto estas. Quem pode rebelar-se contra Ninguém? (Fromm, Psicanálise da Sociedade Contemporânea, p. 153)

29 O PODER DAS “LEIS” DO MERCADO
O mercado moderno é um mecanismo de distribuição que se regula automaticamente, o que torna desnecessário dividir a produção social segundo um plano novo ou tradicional, e, assim, se elimina a necessidade de usar a força no seio da sociedade. Naturalmente, a ausência da força é mais aparente do que real. [...] assim, a “liberdade” do individuo é em grande parte ilusória. Ele se apercebe da inexistência de uma força exterior que o obrigue a assinar certos contratos; mas se dá menos conta das leis do mercado que operam por sobre seus ombros [...] o mecanismo do mercado é melhor do que qualquer outro método até agora ideado em uma sociedade de classes, porque é uma base para a relativa liberdade política do indivíduo, característica da democracia capitalista (Fromm, Ibidem, p. 95)

30 A POTÊNCIA SIMBÓLICA DO CAPITALISMO
“Talvez não exista pior privação, pior carência, que a dos perdedores na luta simbólica por reconhecimento, por acesso a uma existência socialmente reconhecida, em suma, por humanidade”. (Pierre Bourdieu, Meditações Pascalianas)

31 QUADRANTE IDEOLÓGICO DO CAPITALISMO 1° SETOR JURÍDICO-POLÍTICO
(TEORIA DOS QUATRO SETORES) 1° SETOR JURÍDICO-POLÍTICO Esse setor cuida da “legalização” do estilo capitalista, bem como, tem a responsabilidade de reprimir e conter, de forma direta e indireta, qualquer levante contra o “sistema”. É esse setor que regula a midiatização da sociedade de consumo.

32 2° SETOR RELIGIOSO A religião tem a missão de sacralizar o estilo capitalista, por meio da instrumentalização moral, todos são incentivados a consumir o “novo céu” oferecido pelo sistema de consumo.

33 3° SETOR MERCADOLÓGICO Segundo a lógica do capitalismo, tudo é convertido em “mercadoria”, o ser humano é “coisificado” e, com isso, sucumbe ao hipnótico efeito do “fetiche” mercadológico.

34 4° SETOR MIDIÁTICO Os sistemas políticos “democráticos” tem como grande aliado ideológico a mídia. Assim, as diversas instituições midiáticas, por meio da propaganda, produzem um ajustamento coercitivo invisível, o estilo de vida capitalista é vendido como o “modo natural” do ser humano.

35 A INOCÊNCIA DA IDEOLOGIA


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