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Esporte e Dependência Química

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Apresentação em tema: "Esporte e Dependência Química"— Transcrição da apresentação:

1 Esporte e Dependência Química
Carolina F. S. Bernardo Psicóloga - Terapeuta Cognitiva Psicóloga Jurídica CRP: 06/98.154

2 O Atleta ... É bastante comum olhar um atleta de alto nível como um herói, até mesmo porque a mídia televisiva esportiva costuma tratá-lo assim. Para a mídia brasileira, o atleta é um herói porque em geral: Ele é mal pago; Os treinamentos são muito rigorosos; Ele representa o nosso país. E ele é ainda mais herói, em um país guiado por uma ideologia liberal, baseada no princípio do vencedor, o perdedor não tem lugar. O fato de muitos atletas terem sido premiados com o manto nobre do herói e depois terem sido pegos em exames antidoping costuma chocar o público. Choca, porque um herói que se preze seria um campeão por natureza, sem precisar de auxílio químico. Rúbio, 2012

3 O que liga as Olimpíadas modernas aos jogos da Antiguidade?
A visão do atleta como um herói – aquele homem ou mulher quase sobre-humano, capaz de superar obstáculos intransponíveis para os mortais comuns e conquistar a glória da vitória – é o único traço que ainda liga as Olimpíadas modernas aos jogos da Antiguidade, disputados em Olímpia, na Grécia, desde o século 8 antes de Cristo até 394 da era cristã. Rubio, 2008

4 O herói é considerado, alguém que encontrou ou realizou algo excepcional, que ultrapassou as esferas de sua própria realidade. Campbell (1990)

5 O herói se define “pela façanha executada
O herói se define “pela façanha executada. Herói e façanha, façanha e herói se fundem, gerando um nome próprio. Em seu nome reside sua força e seu esplendor. O herói é o personagem primordial que faz o que somente ele pode fazer. É a possibilidade de o ser humano tornar-se pessoa singular, fazer-se como indivíduo, traduzir-se como imparidade” (Alvarenga, 2009)

6 Na prática esportiva essa representação se amplifica por viabilizar a representação da possibilidade do vir a ser. Atletas já consagrados tiveram que, inevitavelmente, percorrer um caminho comum e, assim como os heróis da Antiguidade, realizaram feitos em um determinado momento que os elevaram em um nível diferenciado de seus semelhantes, tornando-se exemplo para os mais jovens e objeto de admiração para os mais velhos, alcançando muitas vezes a posição de ídolos nacionais ou internacionais (Rubio,2001) . O herói é um personagem que faz o que somente ele é capaz de fazer e por isso desperta no ser humano a possibilidade de ser singular, de fazer-se como indivíduo, de traduzir-se como imparidade. E nesse sentido desperta o processo de projeção e de identificação. (Alvarenga, 2008)

7 Como estes grandes heróis que se transformam em mitos conquistam estes grandes feitos?
Treino Equilíbrio emocional Motivação Boa equipe de treinamento Uso de substância

8 Esporte é saúde? Não

9 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de doenças e afecções. Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia funcional e metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social).

10 Desde a Grécia Antiga, os atletas utilizaram ervas e cogumelos com o intuito de melhorar sua performance atlética. No século XIX, atletas franceses beberam uma mistura de levedura de coca e vinho chamada vin mariani. Foi constatado que essa bebida reduzia as sensações de fadiga e de fome associadas ao exercício prolongado. (WAGNER, 1989)

11 Durante e após a Segunda Guerra Mundial, algumas substâncias bastante eficientes em aumentar a performance dos atletas surgiram no mercado: as anfetaminas e os anabólicos esteróides. A anfetamina foi usada para melhorar a capacidade de combate de pilotos e comandos durante a guerra, eliminando a fome, sede e a fadiga. Os anabólicos esteróides foram utilizados no pós-guerra, como uma alternativa para reestruturar o sistema muscular dos prisioneiros de guerra, encontrados em fase de desnutrição. Pouco tempo depois, o conhecimento que esta substância podia aumentar a massa muscular chegou ao esporte através do levantamento de peso e logo após aos atletas de arremesso, lançamentos, saltos e velocidade.

12 O abuso de drogas por atletas
Na era moderna o abuso de drogas por atletas foi considerado um problema no início dos anos 50. O uso de estimulantes foi relatado nas Olimpíadas de Inverno de 1952, em Oslo, Noruega. Em 1954, suspeitou-se de que atletas russos usaram esteróides anabólicos. Alguns anos depois, esteróides anabólicos foram testados em atletas norte-americanos. (MURRAY, 1983)

13 Os anos 60 viram um aumento progressivo no abuso de drogas em eventos esportivos.
O uso de anfetaminas estava envolvido na morte de diversos ciclistas, inclusive um que participava das Olimpíadas de Roma, em 1960. A Olimpíada de 1964, em Tóquio, foi provavelmente a primeira a envolver o abuso de drogas, especialmente de esteróides anabolizantes. O problema tornou-se tão grave a ponto de levar o Comitê Olímpico Internacional (COI) a instituir o teste de drogas nos Jogos Olímpicos de 1968. (MURRAY, 1983)

14 Um caso bastante noticiado aconteceu nas Olimpíadas de Seul, em 1988
Um caso bastante noticiado aconteceu nas Olimpíadas de Seul, em O teste para esteróides anabolizantes, realizado no velocista Ben Johnson, deu positivo e sua medalha de ouro teve que ser devolvida. A prova de 100 m livres ‘e considerada uma prova nobre no atletismo porque mostra quem ‘e o homem mais rapido do mundo.

15 Os broncodilatadores: usados no alívio dos sintomas da asma.
O uso terapêutico de drogas pelos atletas envolve seu emprego no tratamento de doenças e lesões. Exemplos comuns são: Os broncodilatadores: usados no alívio dos sintomas da asma. Os agentes antiinflamatórios: usados para dores em articulações e lesões leves. Entretanto, os atletas se diferenciam das outras pessoas pelo fato de utilizarem drogas como o álcool e a cocaína como forma de auxílio ergogênico, não para fugir da realidade, como normalmente fazem as outras pessoas. (WAGNER, 1989)

16 Para os atletas treinar é preparar o corpo para competir, não para deixá-lo saudável.
O corpo é tratado como um instrumento de precisão utilizado para atingir metas. Além disso, o corpo de um atleta, embora aparentemente saudável, muitas vezes não é. Atletas que competem em esportes cujo tamanho e força são fundamentais podem consumir dietas que aumentam o risco de desenvolver câncer, hipertensão arterial, diabetes e arteriosclerose. Portanto, os atletas consideram as drogas utilizadas para fins ergogênicos como parte natural do treinamento, na melhor das hipóteses, ou apenas como um mal necessário. (WAGNER, 1989)

17 Os atletas que treinam para competir, não para seu bem-estar, encaram o risco-benefício da utilização dos esteróides anabólicos como favorável. (WAGNER, 1989)

18 Os esportistas também abusam de drogas para relaxar, para administrar o estresse ou para aumentar a autoconfiança. The New York Times

19 Cultura X Uso de Álcool Acredita-se também que os atletas estão mais suscetíveis ao uso excessivo de álcool pela ligação cultural entre álcool e esportes ao estilo de vida e à pressão dos esportes. (SAMPLES, 1989).

20 Pesquisas: Um estudo publicado em 1995 na Noruega, investigou as possíveis diferenças entre o consumo de álcool de diversos grupos engajados em várias formas de atividade física comparado ao de grupos não engajados em nenhum tipo de exercício. Os resultados mostraram que, embora o comportamento de beber e as atitudes pessoais em relação ao uso de álcool sejam aprendidos por influências sociais não somente pelo esporte, parece que o consumo de várias bebidas alcoólicas é parte integrante do estilo de vida dos esportistas noruegueses. Não foram notadas diferenças significativas entre o grupo controle e o grupo de esportistas na quantidade de vinho consumida. A cerveja, no entanto, estava associada à participação em esportes e, mais notadamente, em esportes de equipe. Para os noruegueses adultos, o vinho tende a ser uma bebida social relacionada a um estilo de vida que também inclui atividades físicas. (WATTEN, 1995)

21 Embora o alto consumo de álcool esteja tradicionalmente associado ao rugby, apenas em 1993 um estudo foi realizado com 348 jogadores neozelandeses, sendo 257 homens e 91 mulheres. Apesar de a média etária ser de 19,6 anos para as mulheres e de 20,6 anos para os homens, os atletas foram recrutados em clubes e escolas e não eram necessariamente universitários. O estudo concluiu que o uso nocivo do álcool está colocando os atletas em risco de uma variedade de resultados negativos em relação à performance atlética, às lesões e ao tempo e qualidade de vida. Os autores também afirmam que mais pesquisas são necessárias para investigar o impacto de fatores, como propaganda e patrocínios da indústria do álcool no esporte, na gênese desse comportamento tão nocivo. (QUARRIE e colaboradores, 1996)

22 De acordo com pesquisas realizadas nos últimos 20 anos, os atletas universitários ingerem quantidade similar de bebidas alcoólicas à de seus colegas estudantes, mas, em períodos de descanso ou fora de temporada, esse consumo aumenta. No entanto, ainda existem diversas dúvidas quanto ao motivo desse hábito. Alguns autores afirmam que isso ocorre em decorrência do estresse, do cansaço e das pressões, tanto acadêmicas quanto esportivas, à que estão expostos, como o ritmo incessante de treinamentos, competições e estudos. Outros acreditam que a justificativa para o aumento do consumo venha do maior convívio social dos atletas, que os leva a se envolver em maior número de bebedeiras e de situações de risco. (Santos e Tinucci, 2004)

23 Algumas razões para o uso de substâncias por atletas:
Aumentar o volume de massa muscular e fortalecer músculos e ossos; Aumentar o transporte de oxigênio para ativar os tecidos; Disfarçar as dores; Estimular o corpo ; Relaxar; Reduzir peso ; Esconder o uso de outras drogas .

24 Substâncias:

25 Algumas substâncias e seus efeitos colaterais:
Estimulantes Estimulantes (cocaína, efedrina, anfetamina, cafeína, etc.), podem causar falta de apetite, aumento da pressão arterial, alucinações, tremores, alterações no ritmo cardíaco e até mesmo gerar infarto e morte; 2. Analgésicos Narcóticos Analgésicos narcóticos (morfinas) podem provocar náuseas e vômitos, diminuição da capacidade de concentração, depressão e insônia;

26 3. Anabolizantes Anabolizantes (derivados de hormônios masculinos) provocam esterilidade, aumento da pressão arterial, derrame cerebral, agressividade, aparecimento de acnes, problemas no fígado e crescimento das mamas nos homens; 4. Diuréticos Diuréticos (drogas que aumentam a quantidade e excreção da urina), podem causar desidratação, alterações no ritmo cardíaco, cãibra e doenças renais;

27 5. Hormônios Hormônios (GH e HCG) provocam o aumento da pressão arterial, deformações ósseas, coágulos no sangue, diabetes, infarto, convulsões e embolia pulmonar. O simples uso de um creme dermatológico ou até mesmo de um xarope para gripe pode ser motivo para que o atleta seja pego no exame antidoping, pois essas substâncias podem conter agentes dopantes. Por isso, técnicos, preparadores físicos, atletas, médicos especialistas e demais profissionais, envolvidos com o esporte de alto rendimento, precisam estar sempre atualizados a fim de evitar que os atletas usem acidentalmente alguma substância que possa transgredir as regras antidopings. (Marques, 2012)

28 Os estimulantes são substâncias que tem um efeito direto sobre o sistema nervoso central, que aumentam a estimulação do Sistema Cardíaco e do metabolismo. As anfetaminas, a cocaína, a efedrina e a cafeína, são usadas para conseguir os mesmos efeitos da adrenalina tal como o aumento da excitação. Podem aumentar ainda a capacidade de tolerância ao esforço físico e diminuir o limiar da dor. Os esportes onde encontramos atletas que fazem uso dessas substâncias são o basquetebol, o ciclismo, o voleibol e o futebol.

29 Analgésicos narcóticos são substâncias que estão representados pela morfina e petidina. São derivados do ópio e atuam no sistema nervoso central diminuindo a sensação de dor, sendo por esse ultimo efeito o motivo pelo qual são utilizados por atletas. Esse efeito de diminuição da sensação da dor pode ser prejudicial aos atletas, pois pode levar que um atleta menospreze uma lesão perigosa levando ao agravamento. Essas substâncias são usados em esportes de bastante resistência como a maratona e o triatlon.

30 Os agentes anabolizantes ou esteróides anabólicos são compostos derivados de um hormônio masculino, a testosterona. Quando administrados no organismo eles entram em contato com as células dos tecido muscular aumentando o tamanho dos músculos. As pessoas que os consomem ganham força, potência e maior tolerância ao exercício físico. Essas substâncias são usadas por halterofilista, lutadores de artes marciais e em todos os tipos de esporte que envolva força explosiva. São utilizados por pessoas que querem um corpo mais musculoso.      

31 Um outro hormônio conhecido como eritropoetina, este hormônio promove aumento de glóbulos vermelhos (hemácias) no sangue e proporciona um maior transporte de oxigênio para as células. Um dos principais efeitos causados pelo o uso deste hormônio é a hipertensão arterial, possíveis infartos do miocárdio e cerebral, embolia pulmonar e convulsões. Esta é a droga mais usada por ciclistas, triatletas, maratonistas e outros esportes de resistência.

32 Doping no Esporte: O doping pode ser classificado como qualquer substância ilícita utilizada a fim de aumentar o desempenho atlético. As substâncias proibidas são distribuídas em 5 grupos principais, segundo o COI, Comitê Olímpico Internacional, e são:       1 - Estimulantes       2 - Narcóticos e analgésicos       3 - Anabolizantes       4 - Diuréticos       5 - Hormônios peptídicos e análogos Esteróides Anabolizantes - Aspectos Históricos, Complicações Clínicas e o Doping no Esporte – Parte II. Newton Santos

33 . Nos últimos anos foram registrados vários escândalos de doping. O COI seleciona os atletas aleatoriamente para fazer o exame. Existe um controle nas competições, que é realizado após o termino de uma prova e o controle fora de competição que pode ser feito a qualquer momento. O terceiro tipo de teste é feito minutos antes da competição e é mais frequente no ciclismo e em esportes de inverno como a patinação. Os testes podem ser feitos exames de sangue ou de urina.

34  No futuro, não será preciso injetar ou ingerir substâncias proibidas para melhorar o rendimento esportivo. Quem desejar recorrer a dopagem se submeterá a manipulação genética. Esse é o futuro do doping, segundo o presidente da Federação Internacional de Medicina Esportiva e membro do COI, o brasileiro Eduardo Henrique De Rose. Fonte: Esteróides Anabolizantes - Aspectos Históricos, Complicações Clínicas e o Doping no Esporte– Parte II. Newton Santos

35 A atleta marroquina Mariem Selsouli, dona da melhor marca do ano dos 1
A atleta marroquina Mariem Selsouli, dona da melhor marca do ano dos m com 3min56s16, foi flagrada em exame antidoping realizado em Paris no dia 6 de julho e está fora dos Jogos Olímpicos de Londres. Aos 28 anos, a corredora testou positivo para o diurético furosemida e corre o risco de ser banida, já que em 2011 voltou a competir depois de cumprir uma suspensão de dois anos também por doping.

36 Michael Phelps, ganhador de oito medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim foi suspenso por três meses pela federação americana de natação de todas as competições após a divulgação de uma foto em que o nadador aparece fumando maconha.

37 Sócrates, morreu aos 57 anos, por hemorragia decorrente do uso prolongado de álcool.

38 Acelino Popó, uso de diurético para perder peso antes das lutas
Acelino Popó, uso de diurético para perder peso antes das lutas. Muitas vezes tinha que perder até 11kg em 1 semana.

39 Maradona, o uso contínuo de cocaína prejudicou sua carreira que foi encerrada precocemente, e também teve efeitos negativos em sua vida pessoal e saúde. Cocaína estimula o sistema nervoso, o atleta passa a ter a sensação de ter super-poderes. Se sente motivado, confiante, corajoso e se torna resistente a dor.

40 Família Amigos Favela Noitadas Bebida Carreira Lesões Patrocínio Pressão Desempenho Cigarro Futebol Cirurgia

41 Giba, pego no doping pelo uso de maconha.
Segundo suas declarações, ele utilizou maconha em uma fase difícil de sua vida, onde estava se separando da primeira esposa, estava sozinho na Itália e havia descoberto um problema de saúde (tiróide).

42 Talvez, o caso mais chocante de doping tenha ocorrido na antiga Alemanha Oriental entre as décadas de 1970 e 1980: engravidavam-se as atletas de modo que elas chegavam à competição grávidas de dois a três meses. Nesse período, o organismo da mulher aumenta naturalmente a sua taxa de hemoglobina, fazendo com que aumente a sua capacidade aeróbia. Após a prova, as atletas passavam por abortos e voltavam aos seus treinamentos.

43 Modelo Cognitivo para Dependência Química
Busca ressaltar a importância dos processos mentais sobre o comportamento. Sendo assim, o esforço do modelo volta-se para o entendimento das expectativas do indivíduo acerca dos efeitos do álcool e outras drogas. Expectativas positivas podem promover consumos mais graves e pesados. O modelo de prevenção de recaída, ressalta a importância dos processos cognitivos na evocação e evitação de recaída.

44 Critérios Diagnósticos
Sensação subjetiva de necessidade de consumir a droga Aumento a tolerância Sintomas de abstinência Alívio ou evitação da abstinência pelo aumento do consumo Relevância ou saliência do consumo Estreitamento ou empobrecimento do repertório Reinstalação do padrão de consumo anterior A ocorrência de três indicadores positivos, é suficiente para pensar-se no diagnóstico de dependência de substância. (Edwards e Gross, 1976)

45 Critérios Diagnósticos DSM IV
Para o diagnóstico definitivo de dependência, deve-se observar que três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido vivenciados pelo indivíduo durante o ano anterior: Tolerância Estados fisiológicos de abstinência Consumo de substâncias em quantidades maiores ou por um período mais longo do que pretendia Expressão do desejo de reduzir ou regular o uso de substância com tentativas frustradas Investimento de muito tempo obtendo a substância, usando-a ou recuperando-se dos seus efeitos Comprometimento das atividades sociais, ocupacionais ou recreacionais que giram em torno da substância e podem ser afetadas em virtude de seu uso Afastamento das atividades familiares e/ou sociais, a fim de usar a substância em segredo, ou passar mais tempo com os amigos usuários da mesma.

46 Critérios diagnósticos CID 10
Para o diagnóstico definitivo de dependência, deve-se observar que três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido vivenciados pelo indivíduo durante o ano anterior: Forte desejo ou compulsão para o consumo da substância Dificuldade para controlar o consumo, no que diz respeito ao início e término, ou mesmo quanto ao nível de consumo Surgimento do estado fisiológico de abstinência, quando da redução do uso ou cessação do mesmo Aumento da tolerância, ou seja, doses maiores da substância são necessários, para que se alcance um resultado obtido anteriormente com doses menores Abandono das atividades que geram prazer em favor do uso da substância Persistência no uso, mesmo que consequências novas sejam evidentes.

47 Potencial de dependência
Tornam-se dependentes entre os que experimentam: Maconha entre 10 1 entre 8 (Fergusson, 2007) Álcool entre 7 Cocaína entre 5 Heroína entre 4 Tabaco entre 3 (Anthony e col., 1994)

48 Estágios da Mudança A motivação para a mudança varia em estágios ao longo do tempo . Prochasca & Diclemente

49 Pré-contemplação O indivíduo não sente a necessidade da mudança. Muitas vezes nem sequer percebe que os problemas que já tem estão relacionados ao consumo.

50 Contemplação O indivíduo percebe os prejuízos (atuais ou futuros) causados pelo consumo de substâncias, mas sente-se incapaz de viver sem elas.

51 Preparação O indivíduo percebe sua condição e os prejuízos decorrentes de sua dependência, vê-se incapaz de resolver o problema sozinho e procura ajuda.

52 Ação O indivíduo interrompe o consumo de drogas e inicia o tratamento.

53 Manutenção A abstinência foi alcançada e o paciente procura mantê-la.

54 Recaída O retorno ao consumo, pode ir de um lapso (breve retorno, seguido de abstinência) a um retorno mais prolongado.

55 Modelo Espiral dos Estágios de Mudança Prochaska e col. (1992)
Manutenção Pré-contemplação Contemplação Preparação Ação Recaída Pré-contemplação Contemplação Preparação Ação

56 Modelo de recaída Marlatt (1985)
Diminuição da Probabilidade de Recaída Resposta Positiva Aumento da Auto-eficácia Situação de Alto Risco Diminuição da auto-eficácia Resultado e Expectativas Positivas Começo do uso Efeito da Violação da Abstinência + Efeitos contínuos da Substância Resposta Negativa Aumento da Probabilidade de Recaída

57 Prevenção de Recaída É um termo genérico que se refere ao modelo que engloba várias estratégias elaboradas para prevenir o retorno ao uso da substância. O foco primário da Prevenção de Recaída é manter a mudança do hábito. O objetivo é duplo: prevenir a ocorrência de lapsos iniciais quando a pessoa entra no tratamento e/ou prevenir qualquer lapso que leve a uma recaída total. (Marlatt & Gordon, 1985)

58 Modelo Cognitivo Desenvolvido inicialmente em 1977
Descrito na íntegra em 1993 Similar ao modelo de Prevenção de Recaída (Marlatt, 1985) Incorpora conceitos da terapia cognitiva e dos modelos pré-existentes da depressão e de outros transtornos

59 Conceito central Importância do papel das crenças no desenvolvimento, manutenção e tratamento do abuso de substâncias. O uso da substância (início ou recaída) numa certa situação envolve um processo de tomada de decisões, onde o indivíduo tem ou pode retomar o controle. Modelo serve para explicar o abuso de qualquer substância e para indivíduo em diferentes estágios de tratamento ou da condição de uso.

60 Ativação de crenças básicas crenças sobre drogas Pensamentos automáticos Necessidade/ fissura Estímulo elicitador Conflito/ ambivalência Uso continuado lapso ou recaída Foco em estratégia de ação Crenças Facilitadoras (permissivas)

61 “As pessoas não me reconhecem.” Sou inadequado O cara da loja me discriminou Vai a loja Comprar uma ferrari Forte desejo de beber Toma o primeiro Gole. Não volta para casa. Segue bebendo Planos de beber Sai de caso só. Compra um chiclete Só um não vai me fazer mal. Bebo só hoje

62 “Sou feio, desajeitado Não sou interessante Não sei falar Com bebida melhoro Abstinente há 3 meses. Isolado em um churrasco Se eu tomar Só um Me transformo. Fico relaxado Forte desejo de beber Toma o primeiro Repete algumas doses Não se ‘enturma’ Sai do churrasco para procurar cocaína Não sou doente um só não faz mal. Mereço beber Chama o garçon

63 Abuso de substância/ conjunto de crenças
1. Crenças básicas (a respeito de si mesmo, do mundo e dos outros) como resultados de experiências passadas. Estas crenças podem ser amoldadas por novas experiências, mas influenciam a interpretação do indivíduo destas mesmas experiências

64 Abuso de substância/ conjunto de crenças
2. Crenças a respeito de drogas (expectativas de Marlatt/Gordon) podem ser: Antecipatórias: expectativa de que o uso da droga produzirá recompensa, gratificação ou prazer: “um baseado é tudo que eu preciso para me sentir bem...” Orientadas para o alívio: expectativa de que o uso de droga aliviará ou afastará algum desconforto ou sofrimento: “ou tomo um drinque ou morro...” Ou ainda fazer parte de um conjunto de crenças: facilitadoras, que permitem a saída da ambivalência através do uso (consideram a droga aceitável, apesar das consequências: “só um baseado não me fará mal...”

65 3. Pensamentos automáticos são coerentes com a situação vivida e estão embasados nas crenças a respeito das drogas e centrais. Ex: “Eu não consigo enfrentar...”

66 Crenças mantenedoras do uso
Os sintomas de abstinência serão tão intensos que não poderei suportá-los... Eu não serei feliz a menos que use... Eu ainda posso controlar, mesmo após alguns drinques... Não posso continuar me sentindo desse jeito...(ansiosos ou deprimidos) A droga é necessária para manter o equilíbrio psicológico ou emocional. A droga melhorará o funcionamento intelectual e social. A droga trará prazer e excitação. A droga fornecerá força e poder. A droga terá efeito calmante. Zanelatto, 2011

67 Crenças de controle Em oposição as crenças que favorecem a dependência os pacientes apresentam crenças de controle, aquelas que diminuem a possibilidade do uso e do abuso de substâncias. Os dependentes lidam com situações mistas, ou seja, convivem com a coexistência de crenças permissivas e crenças de controle. Cabe a Terapia Cognitiva modificar e atenuar as crenças permissivas, fortalecendo as crenças de controle do paciente e auxiliando-o a desenvolver novas.

68 Crenças Permissivas (uso) Crenças de Controle (abstinência) x

69 Objetivo da Terapia Cognitiva
Auxiliar o atleta a examinar a sequência de eventos que o levam ao consumo. Explorar as crenças básicas a respeito dos valores atribuídos ao álcool e outras drogas. Treinar o atleta para avaliar e considerar as formas em que o pensamento disfuncional produz stress e angustia. Auxiliar o atleta a modificar seus pensamentos, a fim de ter uma visão mais realista dos problemas derivados de pensamentos disfuncionais. Identificar o “bloqueio cognitivo” – eliciando “fissura” no consultório, através de imagens, e enquanto a fissura é forte, trabalhar o não uso. (Childresss et. al. 1990)

70 Objetivo da Terapia Cognitiva
O atleta deve ser treinado a fim de construir um sistema de controle para ser utilizado quando confrontado com seus impulsos. As ferramentas oferecidas pela Terapia Cognitiva podem e devem ser utilizadas pelo paciente em outras áreas de sua vida.

71 Sendo assim, é importante relatar que algumas equipes estão criando programas de suporte para que o atleta recuperado não sofra recaída. Esses programas contam com aconselhamentos para atletas com problemas pessoais, treinamentos com materiais educativos sobre dependência química e outras questões de saúde. Além disso, diversas ligas profissionais têm instituído testes antidrogas e outros regulamentos que classifiquem o uso de drogas, inclusive o álcool, como ilegal. Para tentar acabar com a imagem de que os esportes e o álcool estão intimamente ligados, a NFL (National Football League) proibiu os jogadores de participar de qualquer tipo de patrocínio, comercial ou promoção de bebidas alcoólicas. (SAMPLES, 1989)

72

73 Obrigada! Contato:

74 Medicina Esportiva/Atividade Física
Uso de drogas por atletas gera dúvidas e ambivalência 18/11/2003 Não se pode ter certeza de que qualquer resultado em esportes de elite tenha sido alcançado sem o uso de drogas que melhoram o desempenho, segundo o depoimento de vários cientistas norte-americanos. As contínuas revelações sobre o uso de drogas minaram, ou talvez tenham até mesmo destruído, a idéia de que os esportes se constituem em jogos justos, afirmam. Mas, se os fãs acreditam nisso ou se importam é uma outra questão. Embora vários fãs estejam perturbados com o fato de atletas estarem conseguindo uma vantagem injusta, as evidências sugerem que eles passaram também a aceitar o "aprimoramento químico" em uma sociedade onde o uso de drogas recreativas e terapêuticas é generalizado, assim como o aprimoramento físico por meio da cirurgia plástica.

75 "Enquanto os nossos jogadores forem maiores e mais rápidos do que os seus, não nos importamos", afirmou, aqui, no domingo, Jim DeSanto, de 49 anos, advogado e presidente da Pequena Liga em Upper Darby, Pensilvânia, antes de os Philadelphia Eagles enfrentarem os New York Giants. "Por que diríamos que tal conduta é terrível, quando estamos pedindo a nossa próxima receita de Rogaine ou encomendando mais Viagra". À medida que os escândalos com drogas se disseminam, envolvendo o esteróide de modelação física conhecido como THG nas pistas de atletismo e no futebol americano profissional, além de cada vez mais gente admitir que há um problema com esteróides na Grande Liga de Beisebol, alguns cientistas argumentam que chegou a hora de decidirmos se vamos combater tais drogas ou aceitá-las. Outros especialistas insistem em dizer que a oportunidade para contenção já expirou. À medida que centenas de milhares de pessoas usarem testosterona e hormônio humano de crescimento de forma terapêutica para melhorar o desempenho sexual e retardar o envelhecimento, a punição dos atletas pelo uso dessas substâncias passará a ser visto como perseguição seletiva, argumenta há muito tempo John Hoberman, professor da Universidade do Texas e especialista em aumento de desempenho esportivo.

76 Diana Nyad, a ex-nadadora de longa distância que estudou a questão do doping exaustivamente, afirmou em uma mensagem enviada por "Um dia, em um futuro próximo, veremos atletas fazendo propaganda do THG em seus uniformes, como ocorre hoje com produtos como o Gatorade. A batalha contra o uso de drogas para melhora do desempenho será perdida". Isso não significa que todos os atletas usem drogas. Na verdade, administradores de esportes e cientistas acreditam que a maioria dos atletas não utiliza essas substâncias. Mas não há maneira de provar tal coisa em um mundo onde os exames para acusar a presença de drogas são imperfeitos e os esteróides de modelação muscular podem não ser detectáveis, dizem os cientistas. Assim, uma atmosfera corrosiva permeia esportes como futebol americano, beisebol, basquetebol, atletismo, natação, ciclismo e pingue-pongue. A desconfiança com relação à performance dos atletas é cada vez maior. Os pais temem que seus filhos tenham que tomar drogas para competir. Os fãs assistem aos eventos sem saber se os resultados são válidos. E os cientistas se desesperam com o fato de parecerem sempre estar um ou dois passos atrás dos atletas trapaceiros.

77 "Não há uma pista para se ter certeza sobre aquilo que estamos presenciando", diz Donald H. Catlin, diretor do laboratório olímpico de exame para drogas da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e o primeiro cientista a detectar a tetrahidrogestrinona, ou THG. "O atleta tanto pode estar 'limpo' como dopado". E tão perturbador quanto os trapaceiros não serem descobertos é o fato de "os inocentes não serem capazes de provar sua inocência", alerta Gary I. Wadler, professor de medicina da Universidade de Nova York, que ajudou a escrever códigos internacionais antidoping. "Todo atleta de elite que apresenta bom desempenho é alvo imediato da pergunta: 'O resultado foi justo ou havia drogas envolvidas?'". Jere Longman DA FILADÉLFIA, Estados Unidos Tradução: Danilo Fonseca The New York Times


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