A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Curso de Planejamento Estratégico

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Curso de Planejamento Estratégico"— Transcrição da apresentação:

1 Curso de Planejamento Estratégico
O Planejamento Estratégico no Setor Público Curso simplificado Brasília,2008 Professor Jackson De Toni Jackson De Toni -

2 Curso de Planejamento Estratégico
O que é planejamento ? O governo faz planejamento ? Um país pode abrir mão do planejamento ? Uma empresa pode atuar de forma planejada ? Uma economia planejada possui menos democracia política e social ? Planejamento Econômico é o único tipo de planejamento? O processo de planejamento é um procedimento científico ou político ? Quantos métodos de planejamento existem ? Quantos foram aplicados? Quantos deram certo ? A prática do planejamento é monopólio do Estado ? Planejar no mundo globalizado é possível ? O planejamento é imprescindível ? Há substitutos ? Qual planejamento ? Jackson De Toni -

3 História do Planejamento no Setor Público
Curso de Planejamento Estratégico História do Planejamento no Setor Público Tradição do Planejamento Econômico Cepalino: o Estado Coordenador e Investidor. Planos dos anos 50,60 e 70 marcados pela ausência de disciplina fiscal, pelo voluntarismo, não formalizados em lei e dependentes do orçamento monetário. Conjuntura de expansão mundial. Descolamento entre o planejado e o executado. Baseado em outputs e não em outcomes (resultados). Tradição economicista, vertical e reducionista. Planejamento Estratégico = “Planejamento” Econômico. 4 Fases: (I) planejamento orçamentário, (II) desenvolvimentista, (III) de estabilização e (IV) “era dos PPAs”. Jackson De Toni -

4 Curso de Planejamento Estratégico
Relatório Simonsen ( ), Missão Cooke ( ), Missão Abbink (1948), Comissão Mista Brasil- EUA ( ) e Plano SALTE (1946). Plano de Metas ( ) Plano Trienal de Desenv. Econ. e Social (1963) Plano de Ação Econômica do Governo (1964 – 1967) I PND, do milagre à crise. (1968 –1973) II PND – fim de um ciclo (1974 – 1977) III PND - recessão e estagnação ( ) Plano Cruzado (1986) Plano Bresser (junho/1987) Plano Verão (janeiro de 1989) Plano Collor (março de 1990) Plano Real ( ) Planos econômicos Jackson De Toni -

5 As origens do “planejamento”
Curso de Planejamento Estratégico As origens do “planejamento” Criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional, Plano de Obras e Equipamentos, Sempre houve tentativas de racionalização da ação do Estado (desde o período imperial). A prática de planejamento só se converte em política pública com a transição para a industrialização pós-trinta. O planejamento é epifenômeno da constituição do aparelho de Estado. Jackson De Toni -

6 Curso de Planejamento Estratégico
O Plano de Metas (1956 – 1960) 32 78 62 60 138 76 23 82 % 1 3 Ferrovias (mil km.) 133 170 Carros e Caminhões (mil un.) 870 1400 Cimento (mil ton.) 650 1100 Aço (1000 ton.) 17 13 Rodovias – construção (mil km) 75 96 Petróleo – produção (mil barris) 230 1000 Carvão (1000 ton.) 1650 2000 Energia elétrica (1000 kv) Realizado Previsão Meta O Plano de Metas foi a primeira experiência bem sucedida de planejamento estatal, elaborado pelo grupo BNDE-CEPAL, tinha 31 metas trabalhadas por Grupos Executivos e centrado na associação do setor estatal com o capital estrangeiro. Jackson De Toni -

7 Plano Trienal de Desenv. Econ. e Social (1963)
Curso de Planejamento Estratégico Plano Trienal de Desenv. Econ. e Social (1963) Meta de taxa anual de crescimento de 7% com prioridade para educação, pesquisa científica, tecnológica e de saúde pública. Estratégia baseada na elevação da carga fiscal, redução do dispêndio público, captação de recursos no mercado de capitais, recursos monetários. Restrições ao capital estrangeiro e reformas de base (reforma agrária). Tentava conciliar objetivos de crescimento, repartição e estabilidade que eram conflitantes. Os objetivos do plano fracassaram pelo aumento da inflação (73% ao ano), aumento do déficit público e taxa de crescimento do PIB da ordem de 1,6%. O golpe militar de 1964 interrompe o quadro institucional do governo João Goulart. Jackson De Toni -

8 O Plano de Ação Econômica do Governo (1964 – 1967)
Curso de Planejamento Estratégico O Plano de Ação Econômica do Governo (1964 – 1967) Origens: crise cíclica de esgotamento dos investimentos anteriores (Tavares & Serra), instabilidade política do período anterior (Simonsen), acirramento da disputa pelo excedente econômico entre capital e trabalho (Oliveira, Singer) + caráter recessivo do Plano Trienal (Celso Furtado) apresentado em 1962. Elaborado pelo Ministério do Planejamento (Roberto Campos). Objetivos: acelerar o ritmo do desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, atenuar os desequilíbrios regionais, aumentar o investimento externo e corrigir o déficit (impactos do PSI). Medidas de combate à inflação: redução do déficit público via reforma tributária e aumento de tarifas públicas, redução de salários públicos, restrição do crédito, contenção da demanda (arrocho salarial). A inflação caiu de 90% em 1964 para 20% em Políticas de “stop and go”. As reformas institucionais: Reforma Tributária (introduz a correção monetária), cria o IPI, ICM tipo “valor adicionado”, redefine as competências tributárias, cria fundos parafiscais (FGTS, PIS), política de “realismo tarifário” no setor público, cria BNH, reforma Mercado de Capitais e cria CACEX. Jackson De Toni -

9 O I PND, do milagre à crise. (1968 –1973)
Curso de Planejamento Estratégico O I PND, do milagre à crise. (1968 –1973) Crescimento médio do PIB de 11, 2%/ano. Criação de 231 empresas estatais e política de recuperação tarifária. Expansão da construção civil estimulada pelo BNH/SFH. Grande endividamento externo financiando investimentos: a dívida pula de US$ 3,7 bi em 1968 para US$ 12,6 bi em 1973. A inflação é associada aos custos e ociosidade produtiva, não mais à pressões da demanda. Medidas principais: expansão do crédito e da moeda, aumento da abertura comercial externa, financiamento externo Críticas: Agravamento das condições sociais pela concentração da renda (“teoria do bolo” de Delfim Netto). Perda de valor real dos salários: em 1972, 75,3% dos assalariados recebiam até dois salários mínimos. Ressurgimento da inflação. Intervenção pesada do Estado: 50% dos investimentos foram estatais. Jackson De Toni -

10 II PND – fim de um ciclo (1974 – 1977)
Curso de Planejamento Estratégico II PND – fim de um ciclo (1974 – 1977) Origens: inflação crescente (1974:15,5%, 1979: 77,2%), déficit comercial de US$ 6,5 bilhões, desajustes estruturais no setor de bens de capital. A derrota eleitoral da ARENA em 1974 impediu a ajuste ortodoxo para se ajustar ao choque externo. Prioridades: setor de bens de capital, insumos básicos e bens intermediários. Os investimentos públicos provocariam demanda derivada no setor público: incentivos fiscais (IPI e II), depreciação acelerada, reserva de mercado na informática. Metas (exemplos): passar de 7 ton/ano de aço em 1974 para 18 ton/ano em 1980, triplicar a produção de alumínio, diminuir o peso das importações de bens de capital. Financiamento: empréstimos externos (estatização da dívida), reciclagem dos petrodólares (juros baixos e taxas flutuantes). Limites: ambição da mudança estrutural do setor de bens de capital, oposição interna o regime (política e econômica). Jackson De Toni -

11 III PND - recessão e estagnação (1980 - 1985)
Curso de Planejamento Estratégico III PND - recessão e estagnação ( ) Objetivos: reequilíbrio das contas cambiais e controle da inflação. Estratégia: aumento da taxa de juros e contenção da despesa pública. Superavit comercial em 1981 decorrente da queda das importações (renda interna diminui) e da menor produção industrial. Retração mundial dos mercados causada pela recessão nos países importadores do Brasil inicia processo de recessão interna. Entre mais de 80% das receitas cambiais em transações correntes eram comprometidas com o serviço da dívida externa. Governo institui o Conselho Interministerial de Preços (CIP) para controle de preços, redução do poder de compra dos salários (20% em 1983), secas e enchentes diminuem oferta agrícola e expansão monetária estimula inflação. A partir de 1984 maxidesvalorizações tentam recuperar os saldos comerciais, porém o atraso tecnológico impede competitividade nos mercados externos. Jackson De Toni -

12 A “nova república”, planejamento heterodoxo e democratização do Estado
Curso de Planejamento Estratégico A “nova república”, planejamento heterodoxo e democratização do Estado Transição para a democracia e crise do “planejamento econômico” do regime militar. Os “estruturalistas” (Ignácio Rangel): pontos de estrangulamento na oferta, desequilíbrios estruturais, em monopólio a recessão pode produzir inflação. Os inercialistas ou neo-estruturalistas (Francisco Lopes, Lara Resenda, Pérsio Arida, Bresser Pereira,...): a inflação adquire uma autonomia inercial, a indexação perpetua e propaga a inflação. Propostas: choque heterodoxo, congelamento de preços e salários com descompressão gradual, nova moeda com indexação total. Os “pós-keynesianos” (Tavares, Belluzo,...): internacionalização do sistema financeiro tornou o câmbio especulativo  imprevisibilidade dos preços de insumos importados. Propostas: diminuição da incerteza da política econômica, renegociação da dívida externa, ajuste patrimonial do Estado. Jackson De Toni -

13 Curso de Planejamento Estratégico
Diagnóstico da Inflação nos anos oitenta Políticas ortodoxas Políticas heterodoxas Descontrole monetário, excesso de demanda Inercial, gargalos produtivos, choques externos. Conselho Interministerial de preços – CIP, início anos 80 Plano Cruzado, 1986 Plano Bresser, 1987 Política Monetária e Fiscal Plano Verão,1989 Plano Collor, 1990 Gradualismo na pol. econômica Plano Real, 1994 Jackson De Toni -

14 Curso de Planejamento Estratégico
O Plano Cruzado (1986) Conversão de salários pela média dos 6 meses e abono de 8%, escala móvel com “gatilho” em 20% de inflação. Congelamento de preços em sem ajuste de preços relativos, inclusiva taxa de câmbio. Ativos financeiros: criação da OTN e congelamento por 12 meses, contratos pré-fixados com introdução da “tablita” (deságio) com desvalorização diária de 0,45% para eliminar projeção inflacionária. Impactos: Queda drástica da inflação. Perda de aplicação em poupança (ilusão monetária – queda nominal de juros), bolhas de consumo. Piora na situação externa  importação para combater ágio e mercado negro, deterioração fiscal (subsídios e defasagens tarifárias). Resultados: Cruzado II ( 27/11/1986) fracassa, tarifaço no setor público, gatilho salarial, desestruturação da oferta:  inflação de 16,8% em fev/1987  moratória da dívida  Funaro cái em Abril. Jackson De Toni -

15 O Plano Bresser (junho/1987)
Curso de Planejamento Estratégico O Plano Bresser (junho/1987) Objetivo: evitar a hiperinflação em situação de emergência nacional. Medidas: Congelamento de preços e salários por três meses. Mudança da base do IPC para 15/6 com incorporação dos aumentos em Junho. Desvalorização cambial de 9,5% com minidesvalorizações diárias. Criação da URP para correção salarial em 3 meses com base na média do trimestre. Juros reais positivos para penalizar a manipulação de estoques e evitar “bolhas” de demanda. Resultados: a inflação volta no final do prazo, Bresser é demitido. Assume Ministro Maílson com política ortodoxa do “feijão com arroz” que “estabiliza” inflação no patamar de 15% am. Jackson De Toni -

16 O Plano Verão (janeiro de 1989)
Curso de Planejamento Estratégico O Plano Verão (janeiro de 1989) Contenção da demanda via restrição de gastos públicos. Altos juros para evitar fuga de capitais e congelamento administrado dos preços. Reforma monetária: Cruzado novo valendo 1000 cruzados. Congelamento de salários pela média dos 12 meses com sub-indexação e grandes perdas (URP). Tablita nos contratos pré-fixados e expurgo da correção mone´tara nos pós-fixados. Desvalorização cambial de 18% e paridade cambial. Resultados: sem ajuste fiscal explode o déficit público e descontrole monetário, hiperinflação no final do governo Sarney (80% am). Novo diagnóstico da inflação: crescente liquidez de haveres financeiros não-monetários, monetização das aplicações, indexação plena dos ativos (over night), inoperância da política fiscal (dívida fora de controle), da política monetária (altos juros) e da politica cambial (aumento ativos dolarizados). Jackson De Toni -

17 O Plano Collor (março de 1990)
Curso de Planejamento Estratégico O Plano Collor (março de 1990) Reforma monetária: redução da liquidez financeira  bloqueio de metade dos depósitos a vista, 80% das aplicações do over night, 1/3 da poupança (70% do M4). Reforma administrativa e fiscal: ajuste de 10% do PIB, dedução de subsídios, contenção salarial, proibição de cheques ao portador, tributação sobre exportadores,... Privatizações e abertura comercial: redução das tarifas externas, privatização, Impactos: Desestruturação das condições de emprego e produção (confisco da liquidez). Descontrole da expansão da liquidez (BACEN) e retomada da inflação. Política do Ministro Marcílio Marques Moreira retomou o gradualismo e a ortodoxia. Impeachment de Collor (1993)  Itamar assume, política econômica não se altera (Gustavo Krause, Paulo Haddad e Eliseu Resende). Jackson De Toni -

18 Curso de Planejamento Estratégico
O Plano Real (1994) Fase I: ajuste fiscal para equacionar o desequilíbrio orçamentário, criação do IPMF (0,25%), e FSE, acumulação de reservas cambiais para operar a política monetária e fiscal (Bacen). Fase II: eliminou a inércia inflacionária (Unidade Real de Valor – URV), indexação completa e diminuição do conflito distributivo. Hiperinflação induzida em cruzeiro real (só meio de troca). Fase III: URV assume função de moeda, o real, na proporção de R$ 1,00 = CR 2.770,00. Reforma do setor público: aceleração do processo de privatizações, Plano Diretor da Reforma do Estado (1995), modernização do sistema de planejamento federal (PPA 2000). Contenção do crédito e demanda após queda da inflação vai importante para dar tempo aos ajustes de oferta. Valorização do real e a folga cambial viabilizaram contenção de preços internos. A estabilidade política e o apoio do Congresso foram cruciais para continuidade do governo (dois mandatos consecutivos de FHC). Jackson De Toni -

19 Crise de um modelo de gestão pública convencional
Curso de Planejamento Estratégico Crise de um modelo de gestão pública convencional 1980 e 1993: 05 moedas diferentes, 05 congelamentos de preço, 09 programas de estabilização, 11 diferentes índices de inflação, 12 ministros da fazenda e 16 políticas salariais diferenciadas. Demandas crescentes e crise de representação pós-1984. Maior democratização do Estado e da Sociedade (TICs). Pouco eficaz para universalizar serviços públicos com qualidade. Em crise fiscal profunda, reduzida capacidade de investimentos e manutenção. Crise de legitimidade e representatividade e ineficiências gerenciais generalizadas. Culturas organizacionais excludentes e não-democráticas. Embrutecimento e degeneração das carreiras públicas. Jackson De Toni -

20 Planejamento Público pós Plano-Real
Curso de Planejamento Estratégico Planejamento Público pós Plano-Real I PPA (1991/1995): vago, improvisado e burocrático (período Collor). Quase 96% dos investimentos previstos não foram executados no período. II PPA (1996/1999) Plano “econômico” normativo de médio prazo. 3 Estratégias: construção do Estado moderno, redução dos desequilíbrios sociais e espaciais e inserção competitiva. Concebe um só cenário, não garante estratégias e meios de execução, não envolve alta direção do governo, constrangido pela política do ajuste fiscal. Só 20% dos Programas atingem mais de 90% de execução financeira. Jackson De Toni -

21 Projeto “Brasil em Ação”
Curso de Planejamento Estratégico Projeto “Brasil em Ação” Lançado em Agosto de 1996: estudo dos “Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento”. 42 Projetos selecionados. Gerentes nomeados pelos Ministros. Sistema de Informações Gerenciais. Modelo “empresarial” de gerenciamento. Participação do setor privado em obras de infra-estrutura. Problema central: inexistência de “gestão por resultados” na Administração Pública. Jackson De Toni -

22 Curso de Planejamento Estratégico
III PPA (2.000/2.003) 365 Programas, ações, 28 macro-objetivos. Categoria “Programa” organiza o PPA. O Programa dá sentido estratégico ao Orçamento. Exclusão de categorias intermediárias. Funcional-Programática definida em cada esfera de governo. Os Programas devem identificar Problemas a resolver (metas, custos e indicadores e produtos). Cada meta no Projeto-Atividade tem um produto especificado, mensurado por indicadores. Gestão de Competências e formação intensiva de RH. Sistema de monitoramento, avaliação e revisão do Plano. Jackson De Toni -

23 Curso de Planejamento Estratégico
IV PPA (2.004/2.007) 374 Programas, 4,3 mil ações. Elaboração de uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento (além de uma “visão de futuro”). Gerente do programa é o gestor da organização, criador do “coordenador de ação”. “PPA móvel”: manutenção do horizonte de 4 anos, maior impacto dos projetos estruturantes. Aprofundamento da dimensão territorial: portfolio regional e foco em APLs. Maior ênfase nas consultas à sociedade civil organizada (no nível macro). Sist. de Monitoramento e Avaliação: CMA, Comitê de Coordenação de Programas. Jackson De Toni -

24 As limitações do Planejamento Plurianual
Curso de Planejamento Estratégico As limitações do Planejamento Plurianual O PPA contempla toda programação do governo, isto reduz seu manejo e operacionalidade. O aumento constante da vinculação orçamentaria reduz a discricionaridade do planejamento. O ambiente fiscal tem tornado imprevisível o fluxo da execução financeira, dificultando a cultura da contratualização de resultados. A não inclusão de ações não-orçamentárias (incentivos fiscais, subsídios, normas,…) limitam o escopo do Plano (Pol. Industrial, p.ex.). Domínio da cultura de “baixa responsabilidade” no setor público. Níveis críticos de participação cidadã. Desarticulação com o planejamento sub-nacional. Jackson De Toni -

25 Pontos notáveis no período
Curso de Planejamento Estratégico Pontos notáveis no período Plano Diretor de Reforma do Estado, 1995. Lei de Responsabilidade Fiscal, 2000. Revisão anual do planejamento. Vinculação da programação do plano à lógica do orçamento. O PPA imprime no orçamento presente os resultados projetados para o futuro. Reforço crescente do viés territorial como variável organizadora do Plano. Baixo grau de integração entre o PPA e a “lógica do Planalto” (sistemas ad hoc de monitoramento de metas presidenciais). Tentativas de cenarização: “Brasil 2020” (1998) e “Brasil em 3 Tempos” (2006). Jackson De Toni -

26 Tudo é “planejamento”…
Curso de Planejamento Estratégico Planejamento Econômico: Planos de Desenvolvimento. Planejamento de Políticas Setoriais: Plano Decenal de Energia Planejamento Regional e Planejamento Urbano Planejamento Institucional (desenho organizacional). Planejamento Estratégico Corporativo (empresarial). Planejamento Estratégico, Operacional, Tático, etc... Elaboração de Projetos como planejamento. Elaboração da Estratégia como planejamento. Dinâmicas de Grupo e Técnicas de moderação como planejamento.... Jackson De Toni -

27 As escolas teóricas de Planejamento (John Friedmann)
Curso de Planejamento Estratégico As escolas teóricas de Planejamento (John Friedmann) (1) Reforma social: Institucionalização do Planejamento, aumento da eficácia do Estado. Aplicação da ciência às questões públicas. Objeto: crescimento econômico, pleno emprego e distribuição de renda. Referências: Weber, Popper, Dahl, Durkheim, Leontief, Kuznets, etc… (2) Análise da Política: Modelos de Decisão, uso ampliado de modelagem matemática e estatística. Ciência Política e Pesquisa Operacional: teoria dos jogos, simulações e programação não-linear. Engenharia social (positivismo comtiano) Rational Choice, supremacia dos mercados e instrumental neoclássico. Referências: Comte, Arrow, Olson, Ackof, Dror, Downs, Simon, Crozier. Jackson De Toni -

28 As escolas teóricas de Planejamento (John Friedmann)
Curso de Planejamento Estratégico As escolas teóricas de Planejamento (John Friedmann) (3) Aprendizagem Social: Pragmatismo (John Dewey) e Marxismo. Visão instrumental do planejamento como experimentação social. Referências: Dewey, Taylor, Mayo, Lorsh e Marx. (4) Mobilização Social: Planejamento como ação política transformadora. Base no marxismo e utopias alternativas. Política de desobrigação ou política de confrontação com sistema vigente. Referências: Althusser, Poulantzas, Levebrve, Castells, Marcuse, Habermas, Marx, Proudhon, etc… Jackson De Toni -

29 Curso de Planejamento Estratégico
MINTZBERG, Safári de Estratégia, 2000. Jackson De Toni -

30 Curso de Planejamento Estratégico
Tipos de planejamento... Jackson De Toni -

31 Planejamento Estratégico: constelação metodológica !
Curso de Planejamento Estratégico MASP (Método Alternativo de Solução de Problemas) PDCA (Plan, Do, Check, Action) TQC (Total Quality Control) PMI (Project Management Institute) Logical Framework (Quadro Lógico) ZOPP (Planejamento de Projetos Orientados por Objetivos ) MAPP (Método Altadir de Planejamento Popular) Miscelânea: BSC, 5W2H, GUT, etc... SWOT (Strenghts,Weakness,Opportunitties and Threats). Jackson De Toni -

32 Primeiro ponto: diferença entre público e privado ?
Curso de Planejamento Estratégico Primeiro ponto: diferença entre público e privado ? ? Peter Pfeifer, 2000 Jackson De Toni -

33 Como funciona no setor privado…?
Curso de Planejamento Estratégico Como funciona no setor privado…? Origens diversas: Ford e GM (Alfred Sloan), influência militar no pós-guerra, Modelo de Harvard nos 60 (SWOT), UENs (Ansoff e Steiner), auge nos 70, Modelo das Competências Organizacionais, anos 80 (Hamel e Prahalad) e novas tendências (Porter, Mintzberg, Senge,…). Metodologias + sofisticadas: APO, gestão do conhecimento (Competitive Intelligence), novas arquiteturas organizacionais (redes virtuais), formulação da estratégia (Matriz de Portfólio da McKinsey), BSC,… Ênfase no papel da liderança estratégica e do “empreendedorismo corporativo”. Estilo top/down, foco no longo prazo, baseado em modelos e executado por grandes empresas. Praticado para conquista de novos mercados, ameaça fatal de concorrentes, inovação tecnológica, choques externos, etc… Podemos (ou devemos ?) utilizar os conceitos & ferramentas do setor privado no setor público ? Jackson De Toni -

34 Curso de Planejamento Estratégico
CHIAVENATO, Administração: teoria, processo e prática. 2000 Jackson De Toni -

35 Curso de Planejamento Estratégico
CHIAVENATO & SAPIRO. Planejamento Estratégico, 2004. Jackson De Toni -

36 Requisitos para um modelo teórico que funcione...
Curso de Planejamento Estratégico Requisitos para um modelo teórico que funcione... Coerência Consistência interna entre suposições e conclusões, lógica do raciocínio. Representatividade Fidelidade do modelo, suposições e conclusões à complexidade do mundo real, sem amputações. Operacionalidade Capacidade para orientar o cálculo na prática, grau de aplicabilidade para o agir. Jackson De Toni -

37 Curso de Planejamento Estratégico
Planejamento Estratégico Situacional Planificación de Situaciones Carlos Tulio Matus Romo BASE TEÓRICA Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni -

38 Planejar não é só achar o “x” !!!!
Curso de Planejamento Estratégico Planejar não é só achar o “x” !!!! Jackson De Toni -

39 Curso de Planejamento Estratégico
Nível Institucional / Estratégico PES Planejamento Estratégico Situacional Plano Plano Nível Intermediário ZOPP Planejamento de Projetos Orientado para Objetivos Marco Lógico Marco Lógico Nível Operacional MAPP Atividades Atividades Jackson De Toni -

40 Curso de Planejamento Estratégico
Ferramentas diferentes para situações diferentes ! Atrasado Bêbado Batom na roupa Jackson De Toni -

41 O Planejamento Tradicional
Curso de Planejamento Estratégico Há um sujeito que planeja um objeto. Há uma explicação verdadeira, se verdadeira é objetiva. Explicar é descobrir as leis que regem o sistema. O Poder não é um recurso escasso (não há resistência criativa do “outro”). É possível predizer o futuro e calcular as probabilidades de êxito e risco. Os problemas são bem estruturados (enunciados sem dúvidas). Jackson De Toni -

42 História recente do planejamento...
Curso de Planejamento Estratégico Como está o Planejamento de Governo hoje ? Desprestígio e perda de espaço político. Isolamento entre técnicos e dirigentes políticos. Processo setorializado e fragmentado. Tempos diferentes: imediatismo X “futurismo”. Rigidez de métodos, técnicas ultrapassadas e ferramentas ineficazes. Os órgãos de planejamento tornam-se “depósitos de formulários” (geralmente inúteis). Os planejadores são “dispensáveis”. Jackson De Toni -

43 Curso de Planejamento Estratégico
Administrar sem planejar é submeter-se à improvisação diária. Insistir em conceitos rígidos de planejamento é pior do que não-planejar. O planejamento moderno não é uma teoria acabada e inquestionável. Jackson De Toni -

44 Curso de Planejamento Estratégico
A crítica de Henry Mintzberg The rise and fall of Strategic Planning 1994 Curso de Planejamento Estratégico “O planejamento é bom se ele tem sucesso e a sociedade é má se ele fracassa.É por isso que os planejadores não conseguem aprender com a experiência...é preciso cometer erros e o planejamento não pode ser um deles. ” (H.M.) A formação da estratégia é um processo complexo, interativo e evolucionário. Combinando raciocínio intuitivo e analítico. O planjamento só funciona como projeção da estratégia atual, com mudança incremental. O planejamento formal não estimula a criatividade nem a formação de uma estratégia. “planejamento estratégico” é uma contradição. Jackson De Toni -

45 Curso de Planejamento Estratégico
A crítica de Henry Mintzberg The rise and fall of Strategic Planning 1994 A “visão” é melhor do que o planejamento, plano é análise, estratégia é síntese criativa. O plano reforça o controle e não o compromisso dos gerentes. O plano é uma armadilha ao fazer previsões. A formalização da estratégia pelo plano é um erro. O plano reforça a análise enquanto a estratégia valoriza a síntese e a aprendizagem. O plano não estimula a visão periférica ou lateral para novos negócios e oportunidades. O plano simplifica demais problemas complexos, reduzindo ambiguidades. Jackson De Toni -

46 Curso de Planejamento Estratégico
Quando o Planejamento dá certo ! (Mintzberg) Condições facilitadoras: intensidade de capital, grande porte, maturidade da indústria e controle externo. Condições necessárias: ambiente estável Planos com meios de comunicação. Planos como instrumentos de controle. Planejadores são descobridores da estratégia. Planejadores são analistas. Planejadores como catalisadores. O plano deve combinar formalização e intuição na dose certa. Jackson De Toni -

47 Curso de Planejamento Estratégico
Enfrentar antigos conceitos exige clareza de propósitos, determinação e sobretudo coragem pessoal para enfrentar ambientes hostis... Jackson De Toni -

48 Curso de Planejamento Estratégico
“...Se o homem, um governo ou uma instituição renuncia a conduzir e deixa-se conduzir, desiste de dominar e é arrastado pelos fatos, abdica então da principal liberdade humana, que é tentar decidir por nós e para nós onde queremos chegar e como lutar para alcançar nossos objetivos. O planejamento é assim uma ferramenta das lutas permanentes que o homem trava desde o início da humanidade para conquistar graus crescentes de liberdade...certamente, apresenta-se aqui um problema de ética e legitimidade no processo de governo, que não pode ser resolvido pela renúncia a conduzir, mas sim pela democracia na construção do futuro...” CARLOS MATUS Jackson De Toni -

49 Sistema Social e Governabilidade (PES)
Curso de Planejamento Estratégico Sistemas Determinísticos e Estocásticos: seguem leis: um só passado, um só futuro. a predição é possível (ex.: o relógio). seguem leis probabilísticas. as possibilidades são conhecidas e enumeráveis. é possível a predição e o cálculo de probabilidade; ex.: uma partida de futebol ou votação no Congresso Nacional são sistemas que compõe a realidade social, porém não são dominantes; Jackson De Toni -

50 Sistema Social e Governabilidade (PES)
Curso de Planejamento Estratégico Sistema Social e Governabilidade (PES) Sistemas Complexos e Não-Determinísticos: São sistemas de incerteza dura. Não é possível previsão qualitativa. As possibilidades não são todas enumeráveis ou imagináveis. A predição é nula e a capacidade de previsão é muito baixa. O futuro é incerto e nebuloso... Geram problemas quase ou não-estruturados Exemplo: sistemas sociais. Jackson De Toni -

51 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

52 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

53 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

54 Curso de Planejamento Estratégico
Modelos Epistemológicos Modelo I Posso predizer com exatidão Modelo II Posso predizer com probabilidades Modelo III Posso prever possibilidades quantitativas Modelo IV Não posso conhecer o futuro mas posso planejar cenários e planos para enfrentá-los Jackson De Toni -

55 Curso de Planejamento Estratégico
Incerteza sobre o futuro Vida em sociedade Cálculo que precede e preside a ação Planejamento como aposta Jackson De Toni -

56 Como lidar com a incerteza...
Curso de Planejamento Estratégico Como lidar com a incerteza... Mais informação: transformar incerteza futura em certeza presente. Diversificação das apostas: por redundância de planos, usando técnica de cenários, distribuindo riscos (assumindo objetivos alternativos) e aplicando variedade de trajetórias (reversibilidade e flexibilidade) “Compenso a minha incerteza com aquela que gero para meu oponente” CM Planos de Proteção: “compra” de segurança. Planos de Contingência para lidar com surpresas. Correção constante dos recursos de cálculo estratégico na conjuntura. Redundância dos recursos de cálculo combinar a predição, a previsão, a capacidade de reação rápida e o aprendizado como passado recente Jackson De Toni -

57 A complexidade dos Sistemas Sociais
Curso de Planejamento Estratégico Os atores sociais tendem normalmente ao conflito em sistemas competitivos. Materializam diferentes perspectivas para conhecer a realidade. É criativo, segue “leis” só em poucos casos. Está cheio de incerteza, problemas quase-estruturados e tem “final aberto”. A produção econômica constitui aspecto básico, mas está condicionada ao processo de produção social. Não é possível planejar normativamente (rigidez burocrática e inviabilidade política). Jackson De Toni -

58 Maturana: a subjetividade do real
Curso de Planejamento Estratégico Maturana: a subjetividade do real “...o que dá validade à minha afirmação é aquilo que eu posso dizer que tem a ver com algo que é independe de mim. Nessas circunstâncias aquele que não está comigo está contra mim...toda afirmação é uma petição de obediência...”. “A realidade é uma proposição explicativa”. “... se tenho uma discordância com outra pessoa, essa outra pessoa está num domínio de realidade diferente do meu. É tão legítimo quanto o meu, que é diferente. Pode ser que não me agrade mas não me agradar é um ato responsável de minha predileção, não é um ato de negação da legitimidade desse outro domínio de realidade.” Jackson De Toni -

59 Maturana e a autopoise (auto-criação)
Curso de Planejamento Estratégico Maturana e a autopoise (auto-criação) A linguagem faz com que existamos num mundo sempre aberto de interações lingüísticas recorrentes…” (ontologia da linguagem). Quando se tem uma linguagem, não há limites para o que é possível descrever, imaginar e relacionar. A linguagem permeia, de modo absoluto, toda a nossa ontogenia como indivíduos, desde o modo de andar e a postura até a política. Comunicação: é o “fluir de coordenações de ações consensuais” (uma “Teoria da Democracia”?). Autopoiese: um sistema organizado auto-suficiente, produz e recicla seus próprios componentes diferenciando-se do meio exterior. A conduta social está fundada na cooperação, a competição é a negaçãodo outro, portanto, a negação de si mesmo (não há contradição entre indivíduo e sociedade).( # Matus!). Jackson De Toni -

60 Porquê o enfoque participativo ?
Curso de Planejamento Estratégico Construção do poder bottom-top, mais que padronizar a ação da alta direção. Fixa um padrão de solução cooperativa dos conflitos, de negociações táticas sistemáticas. Estabelece pactos e compromissos sobre a governabilidade democrática da organização. Responsabilização coletiva no processo de direção e governo. Viabiliza maior eficiência, eficácia e produtividade na produção das políticas públicas. Saber como construção coletiva do conhecimento e do poder. Jackson De Toni -

61 Curso de Planejamento Estratégico
Sistemas baseados somente na hierarquia não geram consensos sustentáveis, nem compromissos estáveis. Jackson De Toni -

62 As grandes regras do jogo institucional: a macro-regulação
Curso de Planejamento Estratégico As grandes regras do jogo institucional: a macro-regulação Padrão Político-Ideológico: Estado Mínimo, Estado Proprietário e Estado Coordenador. Estado Mínimo A ação do Estado perturba o bom funcionamento do mercado. O Indivíduo usa melhor os recursos que o Governo. O Estado é um mal necessário e mau gerente. Não há ideologia, só ciências (“maniqueísmo esquizofrênico unidimensional”, Matus). Jackson De Toni -

63 As grandes regras do jogo institucional: a macro-regulação
Curso de Planejamento Estratégico As grandes regras do jogo institucional: a macro-regulação Estado Proprietário: A dimensão individual é relativa diante da dimensão coletiva. A propriedade privada é fonte de toda desigualdade. A liberdade coletiva é a liberdade de agir do Estado, controlado por grupos auto-legitimados. O mercado não garante crescimento, nem igualdade: a planificação é um valor absoluto e total. A propriedade coletiva é a base para supressão de partidos, ideologias e opositores. Jackson De Toni -

64 Curso de Planejamento Estratégico
Estado Coordenador O equilíbrio entre Indivíduo e Coletivo é precário e precisa ser tutelado. Promove mudanças propostas pela maioria até o limite da ruptura do equilíbrio social. O mercado não pode ser abolido, nem adotado como solução absoluta. O planejamento público corrige as disfunções do mercado: renda e poder. A estabilidade do sistema depende do equilíbrio e contrapeso entre poder político e poder econômico. O Estado Democrático é um “regulador social” indispensável e imperfeito. Jackson De Toni -

65 Curso de Planejamento Estratégico
Pressupostos para o Planejamento Reconhecer a existência dos outros atores. Explicar a realidade considerando outras explicações, muitas conflitantes. Trabalhar o Plano como “aposta”, num ambiente de incerteza - estratégias flexíveis, gestão intensiva. Dispor de métodos para lidar com a incerteza (protocolos). Trabalhar com problemas (atuais e potenciais) como base analítica determinante para compreensão da realidade. Jackson De Toni -

66 Pressupostos para o Planejamento
Curso de Planejamento Estratégico Reconhecer a existência de múltiplos recursos escassos, particularmente o Poder e o Tempo. Reconhecer múltiplos critérios de avaliação das decisões: integração entre as esferas políticas, econômicas, cognitivas e organizativas. Reconhecer no planejamento participativo um instrumento democrático de construção da identidade coletiva no setor público. Assimilar o planejamento, a estratégia e a gestão como momentos indissociáveis na gestão pública. Reconhecer no planejamento a tentativa de criar um futuro baseado na inteligência coletiva, na participação democrática e na conquista de liberdade. Jackson De Toni -

67 Curso de Planejamento Estratégico
" O propósito real do planejamento efetivo não é fazer planos, mas mudar os modelos mentais que os tomadores de decisão carregam em suas cabeças “ Arie de Geus Jackson De Toni -

68 O Planejamento Situacional
Curso de Planejamento Estratégico O Planejamento Situacional O sujeito está dentro do objeto, o “outro” participa, há uma relação sempre entre sujeitos; Há mais de uma explicação verdadeira sobre a mesma realidade. Explicar implica em compreender como os demais atores criam suas possibilidades num sistema criativo. O “poder” é constituído por um campo de pressões difusas entre vários atores sociais, ora em conflito, ora em cooperação. Não há como separar o plano do contexto situacional. Jackson De Toni -

69 O Planejamento Situacional
Curso de Planejamento Estratégico O Planejamento Situacional O poder é um recurso escasso - há limites à viabilidade política do meu projeto. O Plano é (no máximo) um “sistema de apostas bem fundamentado”, a incerteza permanece. O método é seletivo (não-extensivo), cada ferramenta metodológica é compatível com o tipo de solução. O planejamento é intensivo em gestão e estratégia. A análise econômica passa a ser apenas um dos critérios envolvidos na formulação dos planos. Jackson De Toni -

70 Bourdieu: o habitus como regras…
Curso de Planejamento Estratégico O real é relacional: relações objetivas independente da vontade dos agentes e interações subjetivas entre indivíduos. Habitus - sistema de disposições duráveis adquirido pela socialização prévia e por aquela que é praticada, estruturas estruturadas que operam como estruturas estruturantes. composto por um conjunto de relações históricas sob a forma de esquemas mentais e corporais de percepção, compreensão e ação. é uma “matriz de percepções” (cultura) que condiciona o comportamento individual, o agir… Jackson De Toni -

71 Bourdieu: conceito de campo = jogo
Curso de Planejamento Estratégico Bourdieu: conceito de campo = jogo As lutas nos campos sociais ocorrem pela existência de interesse no jogo - admitir que o jogo merece ser jogado e que os alvos envolvidos merecem ser perseguidos. Os agentes podem atuar para aumentar ou conservar segundo as regras do jogo, mas também podem transformá-lo, parcial ou completamente. A estrutura do campo é dada, em cada momento, pelas relações entre as posições que os agentes ocupam. Mudanças nas posições dos agentes implicam em mudanças na estrutura do campo. Jackson De Toni -

72 Curso de Planejamento Estratégico
Campo é um sistema padronizado de forças objetivas, uma configuração relacional dotada de uma gravidade específica que é imposta a todos os objetos e agentes que entram nele. Um campo é, simultaneamente, um espaço de conflito e competição, um campo de batalha em que os participantes visam ter o monopólio sobre os tipos de capital efetivos, e sobre o poder de decretar hierarquias e uma “taxa de conversão” entre todos os tipos de autoridade no campo do poder. No desenrolar das batalhas a forma e as divisões do campo se tornam o objetivo central, porque alterar a distribuição e peso relativo dos tipos de capital (das formas de poder) é fundamental para modificar a estrutura do campo. Jackson De Toni -

73 Bourdieu: Um método para análise.
Curso de Planejamento Estratégico Bourdieu: Um método para análise. (a) analisar a posição do campo em relação ao campo de poder; (b) mapear as estruturas objetivas das relações entre as posições ocupadas pelos agentes ou instituições que competem pela forma de legitimidade da autoridade específica em cada campo; (c) analisar o habitus dos agentes, os diferentes sistemas de disposições que foram adquiridos pela internalização de determinados tipos de condições sociais e econômicas e que encontram, dentro do campo em estudo, em uma trajetória definida, condições mais ou menos favoráveis para se concretizarem. Jackson De Toni -

74 A metáfora do “jogo” situacional
Curso de Planejamento Estratégico Na realidade social há uma infinidade de jogos, inter-relacionados. As regras (genoestruturas) são parcialmente conhecidas e as apostas são feitas em função de benefícios difusos ou duvidosos. Os jogadores partem de situações desiguais e tem oportunidades diferenciadas no jogo. O jogo é cumulativo: os jogadores mudam as regras através das jogadas (criam-se restrições e oportunidades). Os vencedores definem as regras. As regras definem o espaço de possibilidades do jogo, mas não limitam o resultado das apostas. Jackson De Toni -

75 Curso de Planejamento Estratégico
No “jogo social” as regras não são iguais para cada jogador... Jackson De Toni -

76 A metáfora do “jogo” situacional
Curso de Planejamento Estratégico A metáfora do “jogo” situacional (6) O direito de jogar está limitado pela “capacidade de jogar” (fenoestruturas), o jogo não controla o tempo, nem a seqüência das apostas. (7) Entrar e sair do jogo depende da acumulação histórica prévia de cada Ator Social (jogador), faz parte do sistema de apostas. (8) É um jogo recursivo (jogos, sub-jogos,...), multidimencional (diferentes planos de desenvolvimento) e difuso (impossível de calcular os riscos). Jackson De Toni -

77 A metáfora do “jogo” situacional
Curso de Planejamento Estratégico A metáfora do “jogo” situacional (9) A moeda do jogo é o Poder, que é também o objetivo do jogo (Poder como “capacidade que se exerce para....”). (10) Os critérios de êxito são variados, complexos e transitórios:as regras não definem os ganhadores. (11) O poder “mora” nas regras do jogo e indica as acumulações sociais prévias dos ganhadores, deste jogo ou de outros mais complexos. Jackson De Toni -

78 Curso de Planejamento Estratégico
“Produção Social”...lembrando o que disse Marx... Modo de produção (conceito abstrato) É uma totalidade social articulada em estruturas globais que são econômicas, ideológicas e político-jurídicas. (jogo social) Há uma determinação em última instância das estruturas econômicas sobre as demais (tese muito questionada!). Um modo de produção se reproduz continuamente através das relações de produção que estabelece. (antropogênese) Formação Social (conceito concreto) É como acontecem as relações de produção em sociedades historicamente determinadas (A França de Napoleão, a Russia em 1917, o Brasil na República Velha,...). É a complexidade das sociedades reais, convívio simultâneo de vários sistemas econômicos, atores e relações de dominação. Jackson De Toni -

79 Os nove jogos fundamentais, nove poderes...
Curso de Planejamento Estratégico O jogo político: poder político, civil e militar. O jogo econômico: poder econômico. O jogo da vida quotidiana: poder comunitário. [balanço de governo] O jogo pessoal: poder pessoal, código de personalidade. O jogo da comunicação: poder de comunicação, controle das conversações. O jogo macro-organizacional: poder burocrático e institucional, capacidade organizaconal. O jogo de valores: capital ético, estético e emocional O jogo das ciências: capital cognitivo, tecnologia. O jogo da natureza: capital fixo, recursos naturais. Jackson De Toni -

80 O “mundo ideal”: o jogo social da eqüidade.
Curso de Planejamento Estratégico Democracia política: regras por consenso. Liberdade de acesso e saída do jogo. Liberdade de eleger e ser eleito Respeito às desigualdades de personalidade. Igualdade de oportunidades no jogo pessoal. Tolerância limitada com a distribuição de restrições e desigualdades inevitáveis (limites de variação da norma aceitos socialmente) Transparência comunicacional. Validação democrática dos valores Na realidade concreta há barreiras à equidade... Jackson De Toni -

81 Curso de Planejamento Estratégico
Barreiras... Curso de Planejamento Estratégico Cognitivas, que limitam acesso á educação e produção de conhecimento acumulado. Políticas, que limitam o peso e distribuem capacidades desiguais no jogo político. Econômicas, que dissociam demanda de necessidade, que distribui desigualmente o patrimônio econômico e reforça desigualdade política. Organizacionais, que limitam a eficácia e eficiência das ações coletivas. Comunicativas, que tornam opacas as conversações, que limita o acesso às posições de diálogo social e inter- subjetivo. Estas barreiras criam problemas quase-estruturados... Jackson De Toni -

82 Conceito de “situação”
Curso de Planejamento Estratégico “O contexto situacional complementa o texto da linguagem nas conversações...” C. Matus Explicar algo é dialogar com a situação, o diagnóstico é um monólogo. O conceito de situação difere do conceito de “causalidade” das ciências naturais. A situação é uma totalidade concreta e presente, agir fora dela não tem significado. Entre o “diagnóstico” e a “ação” surge a “explicação situacional”. Não há actio in distans. Jackson De Toni -

83 Curso de Planejamento Estratégico
Quantos cubos você vê ? Qual o conceito de cubo adotado ? Jackson De Toni -

84 A “compreensão” segundo Heidegger
Curso de Planejamento Estratégico A “compreensão” segundo Heidegger A compreensão humana e emerge da situação existencial. Compreender algo significa menos um modo de conhecimento que um situar-se no mundo. A nossa compreensão se orienta segundo determinados esboços não expressos que corporificam possibilidades de nós mesmos, do nosso poder ser. Compreender significa poder: capacidade de concretizar este ou aquele modo de entender, em vez de outro. Não é como se lá fora houvesse inicialmente coisas nuas, que receberiam, de nossa compreensão "subjetiva" determinada significação. O que existe, de início, é precisamente nossa relação com o mundo, através de pré-esboços da compreensão. Jackson De Toni -

85 Curso de Planejamento Estratégico
As pessoas estão na varanda ou no terraço? Jackson De Toni -

86 “Situação” em Ortega Y Gasset
Curso de Planejamento Estratégico “Possuímos a realidade de uma idéia, o que ela é integralmente, se a tomamos como reação concreta a uma situação concreta...pensar é dialogar com a circunstância...para entender o pensamento de outrem temos de tornar sua circunstância presente para nós...” “Não há nenhum dizer que diga simplesmente o que quer dizer. Diz apenas uma pequena fração do que pretende...esta deficiência é congênita à linguagem” O passado não é o que “passou”, mas o que está presente no que somos hoje. Jackson De Toni -

87 Curso de Planejamento Estratégico
O ponto amarelo está mais próximo do vértice superior ou da base? Ele está no meio Jackson De Toni -

88 “A Situação” em Gadamer
Curso de Planejamento Estratégico “A Situação” em Gadamer “Verdade e Método”, ruptura com a perspectiva racionalista. Não estamos diante da situação, não podemos ter conhecimento objetivo sobre ela. Estamos nela, já nos encontramos imersos na situação. Nossa tarefa de “iluminar” a situação nunca poderá ser cumprida totalmente. Situação hermenêutica: como nos encontramos face à tradição que queremos compreender. Jackson De Toni -

89 Curso de Planejamento Estratégico
Os pré-conceitos valem, de certa forma, como condições transcendentais de compreensão. Sendo assim, nossa historicidade não é uma limitação, mas um princípio para a compreensão. Nossa consciência atual foi constituída por uma história efeitual sendo, portanto, um efeito da história. Por outro lado, ela caracteriza uma consciência a ser sempre reconquistada ... Essa consciência pode significar a exigência de um esclarecimento dessa nossa historicidade, no sentido de uma elaboração de nossa situação hermenêutica, mas também e sobretudo um dar-se conta dos limites estabelecidos para este esclarecimento. "O horizonte é, antes, algo no qual trilhamos nosso caminho e que conosco faz o caminho. Os horizontes se deslocam ao passo de quem se move.“ H.G. Jackson De Toni -

90 Curso de Planejamento Estratégico
O que você está vendo ? Jackson De Toni -

91 Curso de Planejamento Estratégico
verstehen, compreender desde dentro os motivos e crenças por trás das ações das pessoas, em Max Weber. análise da correlação de forças, hegemonia e estratégia, movimentos e fatos orgânicos e conjunturais ou ocasionais, em Gramsci. Jackson De Toni -

92 Curso de Planejamento Estratégico
O que você está vendo ? M.C.Escher Jackson De Toni -

93 A análise situacional é...
Curso de Planejamento Estratégico A análise situacional é... O olhar que vê mais de uma perspectiva. A elaboração de um juízo que compreende os demais argumentos. A necessidade da consciência de suas próprias limitações (universo cognitivo, vocabulário). Limitada por compromissos emocionais e afetivos. Apreciação que processa a informação, avalia o “jogo”, declara um propósito e se diferencia dos demais Atores Sociais. Jackson De Toni -

94 Tente contar os pontos pretos
Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni -

95 Como explica o cientista moderno
Curso de Planejamento Estratégico Como explica o cientista moderno Sujeito Observador situado em diversas posições, vê a partir da sua carga de preconceitos Objeto O mundo físico ou a sociedade num sistema aberto indeterminístico, com incerteza, tempo irreversível e auto organizável Tipo de explicação Explicação científica falseável. Validação Verdadeiro ou Falso Pressupostos O mundo é um sistema de relações causais que podem ser determinísticas ou indeterminísticas, uso do ceteris paribus para expurgar variáveis não explicadas. Condição de Rigor Compromisso com a busca da verdade relativa à posição do observador, exigência constante de verificação prática Jackson De Toni -

96 ...na perspectiva do “Ator Social”
Curso de Planejamento Estratégico ...na perspectiva do “Ator Social” Sujeito Ator social protagonista do jogo e comprometido com um projeto Objeto O jogo social e os outros atores participantes, a relação entre sujeitos gera interação humana Tipo de explicação Explicação situacional, várias explicações acerca de uma mesma realidade. Diferenciação e assimetria de explicações de acordo com a posição dos jogadores no jogo social. Validação Verdadeiro ou falso para as asserções causais. Pressupostos Prioridade para a representatividade e a operacionalidade prática do modelo teórico, inaceitável o princípio ceteris paribus, combinação da razão, com a paixão e o acaso Condição de Rigor Coerência, representatividade e operacionalidade do modelo teórico para o propósito da ação prática. Jackson De Toni -

97 Curso de Planejamento Estratégico
O que você está vendo ? Jackson De Toni -

98 “A explicação do real” em Maturana
Curso de Planejamento Estratégico “A explicação do real” em Maturana Uma explicação é uma resposta a uma pergunta, que é aceita como uma reformulação da experiência de acordo com certos critérios. Nenhuma resposta pode ser uma explicação em si mesma, é a pessoa (o receptor) que decide. Existem tantas respostas certas quanto o número de critérios para aceitá-las. As explicações científicas não se referem à verdade, mas configuram um domínio de verdade. Jackson De Toni -

99 Curso de Planejamento Estratégico
Explique este cubo... Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni -

100 O Tempo visto situacionalmente…
Curso de Planejamento Estratégico O Tempo visto situacionalmente… O tempo é uma condição de eficácia de uma ação, o aproveitamento das oportunidades no tempo é esgotável e irreversível. Porque os partidos desperdiçam os primeiros seis meses de governo ? Enquanto as ações rotineiras tem um “tempo constante”, aquelas excepcionais e decisivas provocam uma “ruptura” no ritmo do tempo. A valorização do tempo muda conforme a importância atribuída a problemas e oportunidades futuras (cientista X governante). A “perda de controle” do tempo denuncia deterioração da governabilidade (agenda). Jackson De Toni -

101 Curso de Planejamento Estratégico
O tempo na produção do sistema social não é um “rio que corre”...há dias que valem anos... Jackson De Toni -

102 Curso de Planejamento Estratégico
A gestão do plano não ocorre com a mesma eficácia durante todo o período de governo Curso de Planejamento Estratégico F P Força Força mínima Perícia Perícia mínima t Formação da perícia PERÍODO EFICAZ DE GOVERNO Ineficácia motivada por baixa governabilidade Jackson De Toni -

103 Curso de Planejamento Estratégico
Tudo tem seu tempo... Jackson De Toni -

104 O “Ator Social” como jogador.
Curso de Planejamento Estratégico O “Ator Social” como jogador. No processo de planejamento deve-se selecionar os atores sociais relevantes. O ator deve possuir capacidade de acumular e desacumular força (participa do jogo ). Deve possuir uma estratégia ou direcionalidade qualquer (um projeto uma “imagem” de futuro). Um Ator Social deve ter uma organização estável (no tempo do jogo social). Pode ser uma organização, um líder, um partido, etc... Ex.: “moradores do bairro x” X “associação”. Jackson De Toni -

105 “Ator Social” e a “razão comunicativa” em Habermas
Curso de Planejamento Estratégico “Ator Social” e a “razão comunicativa” em Habermas Os atores sociais interagem através da linguagem e da argumentação discursiva gerando consensos. Os atos de fala tem conteúdo proposicional, voltados para o entendimento. Agir comunicativo tem como condicionantes a cultura, a sociedade e a personalidade (mundo da vida). A dominação surge como bloqueio da comunicação, pela autonomia do sistema econômico ou político do mundo ético-social. Os atores sociais criam identidades e consensos através de ações comunicacionais. Jackson De Toni -

106 Curso de Planejamento Estratégico
No jogo social só há verdades sobre fatos, sobre a interpretação dos fatos não há verdades, só juízos...(Matus) Jackson De Toni -

107 Os momentos do Planejamento
Curso de Planejamento Estratégico Momento Explicativo: foi, é, tende a ser Momento Normativo: deve ser Momento Estratégico: deve ser e pode ser Momento Tático-Operacional Onde tudo se decide. Jackson De Toni -

108 Sentido dos “momentos”
Curso de Planejamento Estratégico Sentido dos “momentos” Não seguem uma seqüência linear estabelecida. Conformam uma cadeia contínua, sem começo nem fim. Há somente momentos dominantes. Os problemas são processados continuamente em cada momento. Cada processo dominante requer ferramentas metodológicas particulares para sua execução. Jackson De Toni -

109 Curso de Planejamento Estratégico
Saber explicar Atuar no presente Desenhar criativamente Calcular estrategicamente Jackson De Toni -

110 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

111 Curso de Planejamento Estratégico
Recursividade dos Momentos Jackson De Toni -

112 Curso de Planejamento Estratégico
Esquema geral do PES Jackson De Toni -

113 Curso de Planejamento Estratégico
Fonte: Matus Jackson De Toni -

114 Princípios gerais do planejamento estratégico
Curso de Planejamento Estratégico Princípios gerais do planejamento estratégico Princípio da contribuição à consecução dos objetivos organizacionais propostos; Princípio da precedência do planejamento em relação às outras funções da organização; Princípio da maior penetração e abrangência (o planejamento pode e deve provocar modificações na forma de atuação da organização); Princípio de maior eficiência, eficácia e efetividade (maximização dos resultados e minimização das deficiências). É um processo que pressupõe a participação de toda a organização; É um processo dinâmico e contínuo (é uma ação coordenada, que se desenrola de forma contínua); É um processo integrado e permanente (envolve todos os escalões das organizações e não para a elaboração do documento do plano, mas monitora, avalia, corrige e atualiza o plano constantemente). Jackson De Toni -

115 Texto: “Cena Um” (19p./70p.)em “Adeus, Senhor Presidente”, CM
Curso de Planejamento Estratégico Texto: “Cena Um” (19p./70p.)em “Adeus, Senhor Presidente”, CM Perguntas: Qual o método proposto para fazer um balanço de governo ? O autor defende seis grandes argumentos a favor do planejamento, quais você julga mais pertinentes ? Porque ? Porque o planejamento é um “cálculo interativo”? ( p. 58 e ss). Porque o chamado “planejamento normativo” é ineficaz ? Jackson De Toni -

116 As Declarações Estratégicas
Curso de Planejamento Estratégico As Declarações Estratégicas Etapa inicial do processo de planejamento estratégico. Envolve essencialmente o compromisso da alta direção. É a base da elaboração estratégica de todo processo. Funciona como uma “garantia” de macro-controle político do planejamento. Determina a qualidade e quantidade dos problemas que vão ser explicados e posteriormente “atacados”. Jackson De Toni -

117 As Declarações Estratégicas
Curso de Planejamento Estratégico As Declarações Estratégicas Missão: institucionalidade X projeto de governo Visão de Futuro: Conceito: definição de onde e como a organização deverá estar no futuro – em geral em um horizonte médio de tempo (5 anos); estabelece: (i) nível de desempenho; (ii) amplitude de grupos de pessoas atendidas e de produtos/serviços oferecidos; (iii) resultados econômicos que se quer obter neste horizonte temporal, para o cumprimento de sua missão. Valores Institucionais: princípios organizacionais e institucionais. Diretrizes Estratégicas: direcionalidade, intensivas e focalizadas, materializam a missão, contribuem para a visão de futuro, realizam os valores institucionais. Síntese: As Declarações Estratégicas => compromisso da alta direção com o programa, o governo e a cidadania. Jackson De Toni -

118 Valores: elementos de motivação comportamental, exemplos...
Curso de Planejamento Estratégico Valores: elementos de motivação comportamental, exemplos... Banco do Estado do Rio Grande do Sul (BANRISUL): Satisfação do Cliente, Honestidade, Ética , Zelo pela imagem, Comprometimento, Espírito empreendedor, Valorização do ser humano e Excelência em tudo que fazemos. Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A (Eletronorte) Justiça, respeito, igualdade, liberdade, amor, legislação, integridade, honestidade, responsabilidade, comprometimento, moral, ética, entusiasmo, determinação e motivação. Unidade do Banco do Brasil Integridade de caráter; lealdade, urbanidade; observância das normas legais e regulamentares; disciplina, zelo; dedicação; respeito aos costumes da comunidade. Jackson De Toni -

119 Curso de Planejamento Estratégico
Missão: é critério geral para orientar a escolha das decisões estratégicas, o que a organização faz, para quem e como. ENAP Elaborar e executar programas de formação inicial para carreiras e de capacitação permanente para agentes públicos, visando contribuir para a melhoria da gestão pública, em direção a um funcionamento ágil, eficiente e com foco no cidadão. EMBRAPA: Viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, por meio da geração, adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias em benefício da sociedade. CONAB/MG Participar da formulação e execução das políticas agrícolas e de abastecimento, com o objetivo de assegurar o atendimento das necessidades básicas da população, dentro de padrões de eficiência, qualidade, volume e preço. Jackson De Toni -

120 Alguns exemplos de missão...
Curso de Planejamento Estratégico Alguns exemplos de missão... Promover a qualificação da Circulação Urbana Promover a melhoria do Transporte Coletivo Transportes Viabilizar Sistema de Gestão Administração Gestão de Pessoal Aumentar a Capacidade de Governar Planejamento Elaborar Planos Combater a doença Saúde Preservar e ampliar a qualidade de vida Contribuir para o progresso cultural, político, econômico e social do povo brasileiro... Rede Globo Jackson De Toni -

121 Curso de Planejamento Estratégico
LABORATÓRIO 1 Curso de Planejamento Estratégico Definir as Declarações Estratégicas: Debater a noção de “foco” situacional. Trabalhar a relação “possível” X “desejável”. Simular e assumir o papel de “direção”. Atentar para a dificuldade em relacionar as Diretrizes ao “campo de forças” (ou FOFA). Observar a proporção entre o alcance da Visão de Futuro e o desafio proposto nas Diretrizes. Balancear o debate entre Diretrizes “meio” e “fins”. Não limitar-se por definições jurídico-formais. Jackson De Toni -

122 Curso de Planejamento Estratégico
Momento Explicativo 2° passo Saber explicar a realidade Jackson De Toni -

123 Explicação da Realidade
Curso de Planejamento Estratégico Explicação da Realidade Toda declaração é dita por alguém, a partir de uma posição, com um propósito => toda explicação é situacional. A explicação sempre focaliza um ponto, diferente do resto ou fundo (texto X contexto). Só distinguimos realidades para as quais possuímos conceitos ou vocabulário (opera através de mapas cognitivos). A “cegueira situacional” limita a explicação. Jackson De Toni -

124 Curso de Planejamento Estratégico
O que você vê ? Jackson De Toni -

125 Curso de Planejamento Estratégico
E agora ? Jackson De Toni -

126 A “cegueira situacional” surge quando...
Curso de Planejamento Estratégico A “cegueira situacional” surge quando... foco de atenção: interesses e conhecimento. de compreensão (vocabulário): sem conceitos não há entendimento. de referência (o outro): é difícil entender o ponto de vista alheio com seus próprios critérios. de preconceitos (percepção): étnicos, raciais, religiosos, culturais, políticos, cognitivos,... foco temporal: taxa psicológica de desconto do tempo, problemas futuros parecem menores. compromisso emocional (supressão da informação dolorosa): não queremos ver o que rejeitamos ou provoca dor. raciocinar com base em réplicas mecânicas, separando texto de contexto. confusão entre “urgências” e “importâncias”. Jackson De Toni -

127 Curso de Planejamento Estratégico
Os “preconceitos cognitivos” podem bloquear a compreensão de novas realidades...! Jackson De Toni -

128 Perguntas orientadoras
Curso de Planejamento Estratégico Perguntas orientadoras Quem explica ? A partir de que posição explica ? Que referências assume na sua explicação ? Quantas explicações são necessárias ? Qual é o foco de atenção ? O diagnóstico tradicional “neutro” e impessoal é impotente para explicar a realidade concreta. O estudo do “outro”: padrão histórico, ideológico, psicológico, peso, necessidades, capacidades estratégicas, agenda, etc... Jackson De Toni -

129 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

130 Explicação Situacional: princípios básicos
Curso de Planejamento Estratégico Explicação Situacional: princípios básicos Os fatos não falam, meus interesses falam pelos fatos, o ator explica para agir. O campo de um ator é o mundo restrito por suas práticas cotidianas. A realidade explicada compreende a explicação do outro, o outro é parte do que devo explicar. Toda informação é carregada de interesses e subjetividade, apoiada em valores e interesses: diferentes perguntas, diferentes respostas... Descrever não é explicar, explicar não é só distinguir, mas avaliar, apreciar e qualificar causas e efeitos. A “explicação total” não existe ! Jackson De Toni -

131 Curso de Planejamento Estratégico
Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo.... Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave, Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.    Alberto Caeiro, em "O Guardador    de Rebanhos" Jackson De Toni -

132 Explicação Situacional: princípios básicos
Curso de Planejamento Estratégico Explicação Situacional: princípios básicos Dois momentos: Momento 1: de entrada na perspectiva do outro, interessa apenas a representatividade da sua explicação. Momento 2: retorno à posição própria para qualificar o poder ou a qualidade da explicação do outro. Erros fatais: (1) atribuir ao outro nossa própria explicação. (2) desqualificar a explicação do outro, ignorá-la. (3) desconhecer a assimetria nas explicações. Jackson De Toni -

133 Veja a assimetria da Explicação Situacional
Curso de Planejamento Estratégico Veja a assimetria da Explicação Situacional Robespierre e Danton sobre os rumos da revolução francesa (1793). Eisenhower e Churchil sobre o papel dos bombardeios na II Guerra Mundial (1944). Tatcher e Galtieri na Guerra das Malvinas (1982). Bush e Hugo Chaves sobre...qualquer assunto! Governo Boliviano e Direção da Petrobrás no caso da nacionalização do gás (2006). Ministro da Fazenda e Ministro da Educação no debate sobre despesa pública. (19...). Prefeitos de cidades vizinhas sobre a localização de um aterro sanitário... Pedestres e motoristas no convívio do sistema viário urbano. Um baterista e seu vizinho praticante de meditação debatendo o regimento interno do condomínio... Jackson De Toni -

134 Curso de Planejamento Estratégico
Toda afirmação depende do ponto de referência de quem fala... Jackson De Toni -

135 Curso de Planejamento Estratégico
A seleção de problemas Explicamos a realidade buscando problemas e oportunidades. Os problemas são sempre relativos ao “ator que explica”, ou seja, tem uma predirecionalidade. Insatisfação + reflexão = conformação do problema. Critérios para seleção de problemas: valor, capacidade de enfrenta-lo, vontade, custo de sua postergação, recursos exigidos, etc... Normalmente a maioria dos problemas declarados por um Ator tem nexos causais entre si (causa x efeito). Jackson De Toni -

136 Curso de Planejamento Estratégico
A seleção de problemas Expressamos uma insatisfação (aspirações X realidade). Oposto ao conformismo. Apreciamos esta insatisfação como evitável. Oposto à “paisagem”. Declaramos a insatisfação como um problema. Localizamos o problema no nosso espaço de governabilidade. Contrasta com a mera denúncia sem capacidade de ação. É possível descrever o problema com nosso universo congnitivo. Diferente do “mal estar impreciso”. Está no nosso foco de atuação presente, o declaramos para enfrentá-lo. Jackson De Toni -

137 Natureza dos problemas
Curso de Planejamento Estratégico Bem-Estruturados As regras são precisas, claras, invariáveis e predeterminadas. A solução não muda as regras. (quebra-cabeças, jogo da velha, xadrez, ...). A solução do problema não cria outros problemas para nós ou para os outros, a solução tem eficácia absoluta. O problema está isolado dos demais, sua solução pode existir de maneira independente dos demais problemas. As variáveis que constituem o problema são dadas, conhecidas e finitas. Pode-se enumerar possibilidades. As possibilidades de solução estão contidas nas premissas, são conhecidas mesmo que não sejam evidentes. O problema é dominado pelo desafio científico, técnico e supostamente com objetividade. Jackson De Toni -

138 Natureza dos problemas
Curso de Planejamento Estratégico Natureza dos problemas Quase-Estruturados Está determinado por regras, porém, estas são imprecisas, mudam com os resultados do jogo e não são iguais para todos jogadores. A solução do problema gera outros problemas para o jogador ou outros jogadores. A eficácia da solução é discutível. As possibilidades de solução são criadas durante o jogo, não existem previamente. As variáveis não são dadas, nem enumeráveis ou finitas, cada jogador domina apenas uma parte do jogo A objetividade da solução depende da posição de quem a declara, Jackson De Toni -

139 Curso de Planejamento Estratégico
Devemos fazer a anamnese do problema, saber como surgiu e para onde vai.. Jackson De Toni -

140 Exemplos de problemas quase-estruturados na gestão pública
Curso de Planejamento Estratégico Exemplos de problemas quase-estruturados na gestão pública “Ineficiência dos Serviços de Transporte Coletivo”. “Excessiva concentração da renda”. “Baixa produtividade do funcionário público”. “Inviabilidade do modelo previdenciário atual”. “Inexistência de mecanismos participativos na gestão”. “Baixo desenvolvimento econômico regional”. “Poucos recursos tributários próprios do Município”. Jackson De Toni -

141 Exemplos de problemas quase-estruturados na gestão pública
Curso de Planejamento Estratégico Exemplos de problemas quase-estruturados na gestão pública “Baixo nível de consciência da população”. “Sistema de Monitoramento do Governo é precário”. “Relação desqualificada entre Administração e Sindicatos”. “Sistema educacional não prepara para o mercado”. “Planejamento burocrático e normativo é dominante”. Jackson De Toni -

142 Dificuldades na seleção de problemas
Curso de Planejamento Estratégico “Insuficiente participação popular na administração pública”. “Perda de controle dos sindicatos e associações de classe.” Projeto de Governo “A geada reduz oferta de alimentos na próxima safra.” “Preço mínimo em vigor não cobre custos de produção.” Foco de tempo “A descontinuidade administrativa gera retrabalho e desperdício.” “ Ausência de sistemas estáveis de gestão no setor público.” Relação causal Jackson De Toni -

143 Dificuldades na seleção de problemas
Curso de Planejamento Estratégico “Excesso de Chuvas no inverno”. “Ineficácia do sistema de proteção contra enchentes.” Considerar a governabilidade “Processo decisório tem baixa eficiência e eficácia ocasional.” “Ausência de sistema de planejamento estratégico e participativo.” Dissolver problemas “Falta dinheiro para investir.” “Esgotamento do modelo de financiamento do setor público.” “ausência de solução” Jackson De Toni -

144 Curso de Planejamento Estratégico
COMO SE FORMULA UM PROBLEMA REQUISITOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE UM PROBLEMA 1 - IDENTFIQUE UM PROBLEMA REAL 1 - ATOR EXPRESSA INSATISFAÇÃO COM A REALIDADE 2- EXPRESSE-O DE FORMA CONCRETA E DELIMITIDA 2 - AVALIA A INSATISFAÇAO COMO EVITÁVEL 3 – UM PROBLEMA NÃO É UMA FALTA DE SOLUÇÃO 3 - DECLARA QUE ESTÁ NO SEU ESPAÇO DE GOVERNABILIDADE alto individamento salários atrasados do funcionalismo falta de dinheiro baixa capacidade de investimento Jackson De Toni -

145 “Ansiedade da informação” Richard Wurman
Curso de Planejamento Estratégico “Ansiedade da informação” Richard Wurman Causa básica: super-exposição à informação, sistemática, constante e não selecionda. A “percepção” é simultânea, mas a “assimilação” é seqüencial... Cada vez que surge uma nova informação, as conexões neurológicas são interrompidas e reconstruidas, o vai-e-vem provoca “fadiga nos neurônios”, sobre-carga na rede. Sintomas: sonolência, perda de memória, dificuldade de “desligar”, perda de concentração, mistura de informações desconexas... Frustração com falta de habilidade para manejar o volume de informações que recebe, decepção com a qualidade do que acessa, tem a sensação de saber pouco e quase sempre com atraso... => “ansiedade da informação”. “Ansiedade de Informação”, Makron, 2001 Jackson De Toni -

146 Curso de Planejamento Estratégico
Mais importante que o ACESSO à informação é... ...saber SELECIONÁ-LA Jackson De Toni -

147 O fluxograma situacional
Curso de Planejamento Estratégico O fluxograma situacional Após a seleção do problema: quais são seus sintomas? Quais suas causas ? Quais seus efeitos? Identificar os Causas fundamentais: são as causas de maior impacto nos descritores e centros práticos de ação. Articulam a rede de causas (nós), Nós críticos. Regras Fluxos Efeitos Acumulações Sintomas Jackson De Toni -

148 Curso de Planejamento Estratégico
As causas do Problema Fluxos: são movimentos, produção, atos, fatos intenções que alteram uma acumulação. As acumulações mudam apenas por meio dos fluxos. Acumulações: capacidades represadas para produzir fluxos. Regras: normas básicas que regem o processo de acumulação, criam as condições de realização dos processos, condicionam parcialmente os resultados do jogo O discurso comum não distingue estas categorias, é preciso esforçar-se para mudar o vocabulário. Jackson De Toni -

149 Curso de Planejamento Estratégico
Quadro - resumo Grau de governabilidade Triângulo de Governo Tipo de causa Fluxos Maior, menor complexidade Espaço dos atos de Gestão e do Projeto de Governo (operações simples, estratégias convencionais) Jogadas, momentos, ações na conjuntura Acumulações Intermediário Espaço da Capacidade de Governar (processos) Capacidades, Processos mais consolidados Regras Pouco ou insuficiente, Maior complexidade Espaço da Governabilidade (Operações complexas, estratégias sofisticadas) Leis jurídicas, processos sociais históricos... Jackson De Toni -

150 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

151 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

152 A identificação das causas fundamentais
Curso de Planejamento Estratégico São causas centrais na Árvore do Problema. São centros práticos de ação: possuímos eficácia prática sobre eles, tem relativa governabilidade. Estruturam uma cadeia causal no fluxograma. Cada Nó Crítico demanda uma ação completa Mudando a carga negativa do Nó Crítico devemos gerar uma alteração nos sintomas do problema. Uma ação sobre um Nó Crítico pode repercutir positiva ou negativamente em outros nós (matriz de impacto das ações nos nós críticos). Jackson De Toni -

153 A montagem do Fluxograma Situacional
Curso de Planejamento Estratégico A montagem do Fluxograma Situacional Vantagens: Sistematicidade: é um “mapa” com relações e nós. Visão sistêmica do conjunto da rede causal do problema. Clareza sobre o nível de governabilidade do ator. Articula o técnico com o político na visão de conjunto. Hierarquiza as principais cadeias (relações) explicativas. Permite confrontar e processar diferentes visões sobre as causas, sintomas e efeitos dos problemas. Dificuldades: Problemas quase-estruturados confundem sintomas, efeitos e causas. A ambigüidade dificulta a explicação. Exige conhecimento real do problema: uma boa descrição. Identificar a relação interna entre as causas: regras, acumulações e fluxos. Jackson De Toni -

154 O fluxograma situacional
Curso de Planejamento Estratégico O fluxograma situacional Causas João está desempregado há dois anos Sintomas Efeitos Comem uma só vez por dia Nunca comem carne ou frutas Sua comida é desagradável Tem metade das proteínas necessárias Mortalidade Infantil alta Baixo rendimento escolar Marginalização Social A família de João tem muita fome João rouba para alimentar a família A família de João tem fome João vai preso Jackson De Toni -

155 Curso de Planejamento Estratégico
Apresentação gráfica em “árvore” IMPACTO EFEITO IMPACTO EFEITO 1 EFEITO 1 Efeitos Causas PROBLEMA CENTRAL Problemas relacionados CAUSA 1 CAUSA 2 CAUSA 3 CAUSA 1.1 CAUSA 1.2 CAUSA 2.1 CAUSA 2.2 CAUSA 3.1 CAUSA 3.2 CAUSA 1.1.1 Causas = razões da ocorrência Descritores = sintomas das causas CAUSA = Descritores Jackson De Toni -

156 Curso de Planejamento Estratégico
Exemplo Redução de número de passageiros Perda de confiança na empresa Passageiros chegam atrasados Passageiros são feridos/mortos Alta freqüência de acidentes Ônibus trafegam em alta velocidade Mau estado dos veículos Mau estado das ruas Motoristas despreparados Veículos muito velhos Insuficiente manutenção dos veículos Dificuldade na obtenção de peças de reposição Jackson De Toni -

157 Curso de Planejamento Estratégico
Baixa renda Menos emprego Insegurança alimentar Problemas sociais na população local Colheitas abaixo do potencial Falta de produção de cultivos de alto valor Conflito ente os produtores sobre os direitos da água Escassez de água par uso doméstico e industrial Pequenos Agricultores não tem água para irrigação Exemplo Água de Irrigação mal utilizada pelos produtores Falta de investimentos em novas áreas irrigadas Sistema de irrigação em mal estado Mesmo custo da água independentemente do nível de uso Desconhecimento dos produtores sobre requisitos ótimos de irrigação Inexistência de incentivos para investimentos privados e o governo sem recursos Indefinição das demandas da comunidade Jackson De Toni -

158 Curso de Planejamento Estratégico
AUSÊNCIA, CARÊNCIA OBSOLESCÊNCIA INSUFICIÊNCIA FALTA DE CAPACIDADE INADEQUAÇÃO DESCOORDENAÇÃO BAIXA QUALIDADE ATRASOS e INEFICIÊNCIA BAIXA CONFIABILIDADE PERDAS FRAGILIDADE Existe todo tipo de problema... Jackson De Toni -

159 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

160 Curso de Planejamento Estratégico
Outro exemplo... Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni -

161 O futuro desejado: a situação-objetivo
Curso de Planejamento Estratégico O futuro desejado: a situação-objetivo Representam a inversão da carga negativa dos Nós Críticos e Sintomas (descritores) do problema. O que é causa passa a ser objetivo parcial. Os descritores de resultado expressam uma situação futura desejada. O conjunto da “arvore de resultados” deve sinalizar o desdobramento lógico da Diretriz Estratégica para o qual o problema foi selecionado. É uma totalidade situacional imaginada, não é resultado de mudanças marginais ou incrementais. É móvel e flexível de acordo com a evolução situacional do ataque ao problema, cenários, etc. Dificuldade: imprecisão da relação problema - resultado, desejo X realidade, cenários difusos. Jackson De Toni -

162 Curso de Planejamento Estratégico
Árvore de Resultados Reduzida a insegurança da população Investimento na estrutura penitenciária tornado suficiente Aumentada a credibilidade no Sistema Penitenciário pela sociedade Reduzida a rejeição da Sociedade contra o egresso Reduzida a taxa de crescimento da população carcerária Justiça Criminal desafogada Reduzido o índice de reincidência Problema: “baixo índice de ressocialização do preso” Aumentado o índice de re-socialização Reduzido o índice de desagregação familiar Ambiente do presídio desestimula a criminalidade Melhorada a auto-estima do preso Aumentado o número de oportunidades de trabalho Incrementada a credibilidade prisional pelos empregadores Presos agrupados por perfis assemelhados Melhorado o investimento institucional Melhorado o índice de escolaridade Processo de classificação por critérios de avaliação de personalidade e delito Reduzido o preconceito contra o egresso Jackson De Toni -

163 Curso de Planejamento Estratégico
Um projeto sem objetivos é só uma tarefa pesada, um objetivo que se concretiza em projetos pode mudar o mundo... Jackson De Toni -

164 Curso de Planejamento Estratégico
LABORATÓRIO 2 Identificar, selecionar e explicar problemas A partir das Diretrizes Estratégicas identificar e selecionar os problemas (chuva de idéias), aplicar critérios de seleção. Iniciar pelos Descritores, os sintomas, o placar. Após identificar as causas. Depois os efeitos. Não acomodar a explicação às soluções pré-concebidas. Listar primeiro todas as causas, depois completar o fluxograma explicativo. Selecionar os Nós Críticos (aplicando critérios). Alguns podem derivar sub-problemas. Após, construir a “Árvore de Resultados” como “inversão” da rede de NC, Descritores e Efeitos. A “Árvore de Resultados” constitui nossa “Situação-Objetivo”. Jackson De Toni -

165 Curso de Planejamento Estratégico
II Momento Normativo 3° passo Saber desenhar operações e ações Jackson De Toni -

166 Desenhar criativamente
Curso de Planejamento Estratégico Desenhar criativamente Deve-se Planejar como suporte para Governar. Planeja quem Governa, planejar realmente é governar. A ação é uma declaração de compromisso, pública e objetiva. Não se confunde com simples intenção ou desejo abstrato. Exige recursos, mobiliza estratégias e produz resultados. Como fizemos nossos “Planos de Governo” ? É possível formular ações sem analisar problemas ou debater a gestão ? Porque muitos projetos fracassam ou sequer “saem do papel” ? Jackson De Toni -

167 Fatores que influenciam nossa criatividade
Curso de Planejamento Estratégico Fatores que influenciam nossa criatividade Criatividade é a capacidade de um indivíduo ver o que os outros não vêem. Disposição para ampliar nosso universo cognitivo. Capacidade de recombinar conceitos conhecidos combinando paradigmas distintos. Superar a situação departamentalizada das disciplinas científicas tradicionais. Capacidade de explicar problemas com visão sistêmica. Depende da força da tradição (habitus) que limita nossa expansão de consciência... Do desenvolvimento psico-neurológico individual (inteligência lógica, imaginação e emoção).... e Da sorte e do acaso. Jackson De Toni -

168 Curso de Planejamento Estratégico
O Triângulo de Governo Projeto de Governo Capacidade para Governar Governabilidade Jackson De Toni -

169 O Triângulo de Clausewitz
Curso de Planejamento Estratégico O Triângulo de Clausewitz Paixão Sorte Razão Jackson De Toni -

170 Curso de Planejamento Estratégico
O Triângulo de Governo O Projeto/Paixão: quais problemas, atores ? Que valores condicionam ? Qual a representatividade e legitimidade ? Qual direcionalidade e estratégia? Como enfrenta os macro-problemas ? Em que medida o Projeto impacta nos demais vértices ? A Governabilidade/Razão: qual o balanço entre as variáveis controladas / não-controladas ? Quem controla, o que no jogo ? Qual sua capacidade de governo ? Capacidade de Governo/Sorte: qual o grau de maturidade institucional e pessoal ? Que experiência tem ? Que conhecimento tem sobre os problemas ? Quais métodos utiliza ? Qual a relação com outros atores ? Jackson De Toni -

171 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

172 Desenhando Operações/Ações
Curso de Planejamento Estratégico Desenhando Operações/Ações Uma “operação” é uma decisão pública: é a declaração de um compromisso de ação (decisão crítica X decisão trágica). Uma Operação (ou Atividade) representa um elo entre o causa e uma situação desejada no futuro (a Situação Objetivo). Esta situação-objetivo é visualizada / mapeada transformando a Árvore Explicativa (do Problema) em Árvore de Resultados. Cada causa/problema torna-se um Objetivo parcial ou setorial a ser perseguido. O que deve ser feito para transformar uma causa fundamental ou problema no seu oposto (resultado) ? Jackson De Toni -

173 Curso de Planejamento Estratégico
A ação no jogo social Curso de Planejamento Estratégico É impredizível quanto às suas conseqüências, ilimitada quanto a seus resultados e irreversível quanto aos seus efeitos. Ela ocorre em um mundo em movimento que já estava antes e continuará depois. O ator “não sabe o que faz”, só faz o que sabe. Não se converte em conduta, exceto quando o ator se converte em agente. As jogadas combinam paixão e razão, os resultados dos jogos sociais não são inteiramente racionais. A liberdade do jogador é dada pelo limite de suas forças, ele a usa para gerar desigualdades. Jogamos com juízos e preconceitos, com os primeiros compreendemos para agir, com os segundos agimos sem compreender. Jackson De Toni -

174 Curso de Planejamento Estratégico
E agora ! Por onde começar ? Jackson De Toni -

175 Dificuldades para Desenhar Ações Operações
Curso de Planejamento Estratégico Precisar, conceituar e identificar aspectos do produto e do resultado. Quantificar elementos do produto e resultado. Isolar os resultados de uma ação concreta, existem sempre muitas outras influências . Produto e Resultado acontecem ao longo do tempo, num momento “x” é difícil sua distinção. Identificar todos recursos necessários e mobilizáveis para execução mais eficiente possível. Incerteza sobre a eficácia da proposta relacionada à solução do nó-crítico. Dificuldade de precisar reação dos demais atores e cenários. Jackson De Toni -

176 Curso de Planejamento Estratégico
A eficácia de uma ação depende do quanto entendemos do problema...! Jackson De Toni -

177 Curso de Planejamento Estratégico
O valor da eficácia. Nenhum critério de eficácia “departamental” tem força fora do “jogo departamental”. Nenhum critério de eficácia é superior a outro, o valor depende muito do recurso mais escasso. Todo critério está subordinado a um meta-critério que lhe dá “aceitabilidade” no plano dos valores. A eficácia se relaciona sempre ao “intercâmbio de problemas” e depende da posição e motivação de cada jogador. Jackson De Toni -

178 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

179 AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DOS ORÇAMENTOS
Curso de Planejamento Estratégico AVALIAÇÃO E APROVAÇÃO DOS ORÇAMENTOS Quantificação monetária dos planos com base nas Diretrizes Estratégicas e nos Objetivos Operacionais aprovados para o período e em demais dados estimados Objetivo: Examinar os orçamentos em profundidade, proceder a eventuais revisões e aprová-los em sua versão final. Metodologia de Trabalho: os orçamentos são feitos pelas unidades e consolidados em instâncias superiores. Produto: Orçamento consolidado para ser enviado para aprovação. Desenvolvimento da etapa: FASE 1. Exame, discussões e revisões finais dos orçamentos: primeiramente em nível das unidades e, em seguida, pela instância superior (Planejamento ou Finanças) que os consolidarão em uma única peça, cotejando-os e sistematizando-os. Esta atividade completa-se com as recomendações à Alta Administração. FASE 2. Aprovação dos Orçamentos: procedimentos para eventuais revisões finais e aprovação do Orçamento pela Administração Superior. Jackson De Toni -

180 A dinâmica dos processos no ciclo de vida de um Projeto
Curso de Planejamento Estratégico A dinâmica dos processos no ciclo de vida de um Projeto Jackson De Toni -

181 Construindo e monitorando Cenários
Curso de Planejamento Estratégico Construindo e monitorando Cenários “é a cena ou contexto em que pode desenvolver-se o plano. Essa cena expressa as condições que o ator não pode escolher e o que este faria se elas ocorressem... expressa um relato plausível e coerente tanto do contexto não-controlável do plano (variantes e invariantes) como sobre a evolução dos elementos da cena que o ator controla (as opções).” C.M. Devemos pensar o melhor e o pior ! Jackson De Toni -

182 Cenários ? Definições possíveis.
Curso de Planejamento Estratégico Cenários ? Definições possíveis. “é o conjunto formado pela descrição coerente de uma situação futura e pelo encaminhamento dos acontecimentos que permitem passar da situação de origem à situação futura” (Godet, 1987). “uma visão internamente consistente da estrutura futura de uma industria...conjunto de suposições plausíveis sobre as incertezas importantes que poderiam influenciar a estrutura industrial, considerando as implicações para as vantagens competitivas” (Porter,1992). “ferramenta para nos ajudar a ter uma visão de longo prazo...para ordenar a percepção dos ambientes alternativos futuros nos quais as decisões serão tomadas...métodos organizados para sonharmos o futuro de maneira eficiente...histórias de futuro” (Schawrtz, 1996). “procedimento sistemático para detectar as tendências prováveis da evolução...procurar identificar os limiares da tensão social nos quais as forças sociais poderiam alterar estas tendências...que estruturas e parâmetros são importantes e quais objetivos inspiram essas forças sociais” (Rattner, 1979). Jackson De Toni -

183 Curso de Planejamento Estratégico
O que são cenários ? Cenários Possíveis (imagináveis ou não-imagináveis), Desejáveis, Realizáveis. Componentes: título, posicionamento, variáveis, atores, cenas e trajetórias. Título: referência simbólica, emblemática (Diadorim) Posicionamento: referências políticas e idológicas, lugar do ator no jogo social e objetivo do cenário. Variáveis: eventos portadores de futuro, quantitativas e qualitativas (dominam no longo prazo). Atores: agentes sociais, com demandas, organização e pressão no jogo social. Cenas: retrato das relações entre atores e variáveis, num tempo e lugar determinado. Trajetórias: é a evolução das cenas em cada cenário. Consistência: coerência interna entre componentes. Normativos/desejado ou Exploratórios/futuros possíveis. Número de cenários: 3 ou 4 (nunca 2) Monitoramento ambiental: sobretudo em fontes informais, não registradas, com baixa exposição e visibilidade, de opinião divergente,..., “ligar o radar”. Jackson De Toni -

184 Curso de Planejamento Estratégico
A cena... Deve ser possível, não apenas fruto da imaginação. Deve ser plausível, um relato com componentes coerentes entre si. Deve definir as opções do ator que são parte ativa ou texto do relato. Tem variantes: variáveis que compõe o contexto ou circunstâncias dentro e fora do controle do Ator (sem predição). Tem invariantes: variáveis fora do controle com capacidade de predição. Não confundir “cenários” com “alternativas” (sinônimo de “opção”). Não confundir “cenários de planejamento” com “cenários de prospecção”. Jackson De Toni -

185 Curso de Planejamento Estratégico
Invariantes CENÁRIO Variáveis Relevantes Atores Desconti-nuidades Tendências Pesadas Jackson De Toni -

186 A crítica de Mintzberg The rise and fall of Strategic Planning, 1994
Curso de Planejamento Estratégico Se o futuro não existe como pode ser conhecido ? É difícil prever descontinuidades: modelos explicativos parar eventos de baixa probabilidade (“sinais fracos” Ansoff) ou singulares não podem ser construídos. Delphi: média da ignorância especializada, “rito supersticioso que funciona para diminuir a ansiedade dos gerentes.” Os cenários são efetivos quando se tornam inúteis: estabilidade/extrapolação. A “lógica da turbulência” não pode criar um “padrão previsível” (criticando Godet). Ao invés de desistir diante da impotência os planejadores produzem mais papelada e sofisticação metodológica. Pouco pode ser feito a não ser “estar preparado” e “fazer melhor que o concorrente”: prefira o bom senso à técnica. “um concorrente agressivo pode emboscar o melhor dos planos” H.M. Jackson De Toni -

187 A crítica de Mintzberg The rise and fall of Strategic Planning, 1994
Curso de Planejamento Estratégico A crítica de Mintzberg The rise and fall of Strategic Planning, 1994 Os cenários (2, 3, 6,..., ?) são mais importantes pelo que não deve acontecer do que o contrário. O caso Shell ( Pierre Wack) é um exemplo de bons planejadores, não de bom planejamento. As empresas fazem cenários e planos de contingência quando não tem competidores, e jogam fora seus planos e cenários quando são ameaçadas. Mintzberg critica o planejamento convencional, ortodoxo e formal: sem sensibilidade estratégica, flexibilidade ou criatividade. “O planejamento em demasia pode nos levar ao caos, mas o mesmo aconteceria com o planejamento de menos, e mais diretamente... [é necessário] afrouxar o processo de formação da estratégia em vez de tentar lacrá-lo através da formalização arbitrária.” (p. 326) Jackson De Toni -

188 Curso de Planejamento Estratégico
Preste atenção nos sinais fora do padrão normal... Jackson De Toni -

189 Reflexões sobre montagem de cenários.
Curso de Planejamento Estratégico Reflexões sobre montagem de cenários. Visão situacional da realidade como construção social, permanente e contínua. O futuro não é a extrapolação de padrões comportamentais do passado. Distinguir tendências conjunturais daquelas estruturais: estabilidade X ruptura de padrão. Construir hipóteses alternativas com plausibilidade e factibilidade (noção de restrição). Imaginar as surpresas como rupturas dos padrões observados (foco nos detalhes “não-importantes”). Nunca “congelar” os cenários, nem indicadores quantitativos. Jackson De Toni -

190 Curso de Planejamento Estratégico
Futuro possível Futuro possível Visão de futuro Presente Futuro possível Jackson De Toni -

191 Curso de Planejamento Estratégico
Há coisas que realmente são impossíveis prever. Mas já existem técnicas de planejamento e cenarização capazes de preparar as organizações para enfrentar o pior dos imprevistos. No filme Minority Report, Spielberg contratou um futurólogo que ajudou a elaborar previsões realistas para o planeta em 2054 Jackson De Toni -

192 O homem quer saber o que vai acontecer...
Curso de Planejamento Estratégico O homem quer saber o que vai acontecer... adivinhos (Predição-base em um raciocínio não divulgado) profetas, sacerdotes ou feiticeiros (Profecia-predição sob inspiração sobrenatural ou mística) especuladores (Especulação-autor admite incerteza) modelos econométricos (Projeção) publicações como “Admirável mundo novo” e “O grande irmão” ou filmes como The day after, Parque dos dinossauros, etc. (Previsão) Jackson De Toni -

193 Porque trabalhar com cenários ?
Curso de Planejamento Estratégico Crescente interdependência de eventos no mundo. Aumento geral dos níveis de incerteza e imprevisibilidade econômica, social e política. Necessidade progressiva de “inteligência competitiva”. Neutralizar o viés determinista no planejamento. Ajudam a combater a “cegueira situacional”. Construção de alternativas estratégicas no planejamento de médio e longo prazo. Requerimento para aprofundar a análise estratégica de atores sociais e manejar fatores de risco. Ajuda na superação do imediatismo e da departamentalização excessiva, estimula criatividade. Condições para construção de consensos coletivos e evitar o pior (ex.: cenários extremos da “guerra fria”). Jackson De Toni -

194 Curso de Planejamento Estratégico
Como poderíamos ter previsto a sociedade da informação ? Jackson De Toni -

195 Curso de Planejamento Estratégico
Cenários e Planejamento Estratégico empresarial METODOLOGIA APLICADA DADOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO (AVALIAÇÃO OU ANÁLISE ESTRATÉGICA) ANÁLISE PROSPECTIVA (VISÃO DE FUTURO) CONSOLIDAÇÃO E PLANO ESTRATÉGICO DADOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA HISTÓRICO NEGÓCIO MISSÃO VISÃO VALORES FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO POLÍTICAS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ESTRATÉGIAS METAS PLANOS DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO GESTÃO DO CONHECIMENTO (“KNOWLEDGE MANAGEMENT - KM”) INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL BUSINESS INTELLIGENCE (“BI”) INTELIGÊNCIA COMPETITIVA (“IC”) O SISTEMA O AMBIENTE Estrutura Processos Meios (Recursos) Variáveis Exógenas Políticas, Econômicas, Psicossociais, C & T Militares e Ecológicas Atores (objetivos, Estratégias e Óbices) Clientes, Fornecedores, Parceiros, Concorrentes, Governo, Novos Entrantes, Bancos, etc Pontos Fortes, Fracos e Neutros do Sistema Oportunidades e Ameaças do Ambiente FATOS PORTADORES DE FUTURO Variáveis Endógenas e Atores Internos Análise Prospectiva VISÃO DE FUTURO Acontecimentos, Consequências, Medidas Cenários Interpretação de Cenários Avaliação de Medidas Brainstorming Eventos Futuros SOFTWARE PUMA DELPHOS IMPACTOS CRUZADOS PERITOS, CONVIDADOS "EXPERTS" CONSOLIDAÇÃO DECISÃO Planos decorrentes: RH, Material, Administrativos, Financeiro, Operações, Marketing, Comunicação, Sociais, C & T, Monitoramento, Contingentes. PLANO ESTRATÉGICO NEGÓCIO MISSÃO VISÃO POLÍTICAS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ESTRATÉGIAS FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO METAS VALORES REVISÃO Jackson De Toni -

196 Curso de Planejamento Estratégico
Se não se pode prever o futuro... Se não está escrito em parte alguma... Se ele é múltiplo e incerto... E muda a todo o instante... Como construir estratégias competitivas ? Como minimizar o risco perante o futuro incerto ? Como jogar o jogo social com eficácia ? Cabe aos atores sociais (aos humanos), como agentes de mudança, construir o futuro! Mudamos o futuro buscando respostas...! Jackson De Toni -

197 Evolução da prospectiva
Curso de Planejamento Estratégico Evolução da prospectiva No mundo antigo: profecias, misticismo e sobrenatural – Oráculo de Delfos, os sacerdotes egípcios, os alquimistas medievais. Do renascimento, Maquiavel (O Príncipe), Hobbes (O Leviatã) ao iluminismo a condição humana adquire centralidade (Locke, Rousseau, Bodin, Fichte, ...). George Wells (História do Futuro), 1902: fatos portadores de futuro. Aldous Huxley, anos 30: Admirável mundo novo, a utopia negativa. Guerra Fria: força aérea dos EUA produz estudo (1947) sobre missile gap, embrião da Rand Corporation. Gaston Berger, 1957: A atitude prospectiva: prospicere – olhar para longe, discernir o que está na frente. Olaf Helmes, 1964: Método Delphi Herman Kahn, RC, 1950: Hudson Institute (1960), “The year 2000”. MIT: World Dynamic. França, 1970: DATAR, Une image da la France em l´année 2000. Pierre Wack, De Geus (Shell) criam a Global Business Network, (Wack “previu” a crise do petróleo em 1973). Michel Godet, 1987: escola francesa de prospectiva. Jackson De Toni -

198 Evolução da prospectiva no Brasil
Curso de Planejamento Estratégico Evolução da prospectiva no Brasil Década de oitenta: BNDES, Eletronorte e Petrobrás são pioneiros. BNDES: “Cenários para a Economia Brasileira: retomada e ajustamento”, 1989. USP, 1978: “Laboratório de Estudos do Futuro”. Anos noventa: FINEP e CNPq cenários de prospectiva tecnológica (“Parcerias Estratégicas”, CGEE/MCT). Governo Federal: Secretaria de Assuntos Estratégicos da PR, “Brasil 2020”: Abatiapé, Badoré, Caaetê e Diadorim: sistema político, federação, inserção externa, reforma do Estado, educação e questão racial. IPEA, 1997: “O Brasil na virada do século-trajetória do crescimento e desafios do desenvolvimento”. Atualmente: Projeto Brasil em 3 Tempos: 2007, 2015 e 2022” do Núcleo de Assuntos Estratégicos da PR. Jackson De Toni -

199 Definindo estratégias usando cenários...
Curso de Planejamento Estratégico Definindo estratégias usando cenários... A boa análise de cenários não é aquela que se realiza efetivamente... O bom cenário é aquele que ajuda a definir uma situação-objetivo e desenhar uma estratégia clara de ação, mostra onde não ir... Alguém mudou o comportamento porque viu o futuro de modo diferente ? Estratégia baseada em Cenários (Porter): Centrar o foco no cenário mais provável e no mais favorável. A estratégia deve ter êxito no maior número de cenários (robustez) e flexibilidade em todos eles (adaptabilidade). Definir a estratégia que influencie a ocorrência do melhor cenário. De Geus: capacidade de aprendizado para gerar “memórias do futuro” (aprender por acomodação e assimilação - Piaget). Matus: o cenário é um contexto sobre o qual se desenvolve um texto (o plano), cada cenário demanda seu próprio plano e estratégia. Jackson De Toni -

200 Uma atitude prospectiva faz a diferença
Curso de Planejamento Estratégico Uma atitude prospectiva faz a diferença Descrita por Gaston Berger, em 1975. O futuro deve ser enxergado de outra forma: olhar longe. preocupar-se com o longo prazo. olhar amplamente, tomando cuidado com as interações. olhar a fundo até encontrar os fatores e tendências que são realmente importantes. arriscar, porque as visões de horizonte distantes podem fazer mudar nossos planos. levar em conta a imprevisibilidade humana, grande agente capaz de modificar o futuro. Jackson De Toni -

201 Algumas técnicas e métodos
Curso de Planejamento Estratégico Estimular a criatividade: Brainstorming e análise morfológica. Análise morfológica: decomposição de um sistema qualquer em elementos básicos, identificação de atributos para cada elemento, combinação de elementos X atributos na forma matricial. Técnicas de avaliação: Delphi Método Delphi: rodadas sucessivas de questionários a peritos. Analistas (ou grupo de controle) avaliam os juízos de valor para garantir a continuidade do processo. A cada rodada todos peritos conhecem a posição dos demais, previamente processada pelo “grupo de controle”. A interação sucessiva induz a um processo de convergência em torno da média. Jackson De Toni -

202 Alguns métodos de cenarização
Curso de Planejamento Estratégico Alguns métodos de cenarização Sistema e Matrizes de Impactos Cruzados (SMIC) de Michel GODET. Global Business Network (GBN) de Peter Schwartz. Cenários Industriais – Porter. Método de Grumbach. Na esfera pública: Método PES – Matus Possuem o mesmo encadeamento lógico. Combinam técnicas semelhantes. Tem ênfases diferenciadas em cada etapa. Combinam a dimensão quantitativa com a qualitativa. Todos trabalham com variáveis críticas e atores Todos métodos consideram que os eventos percebidos como mais insignificantes e de baixa probabilidade terão o maior impacto sobre o futuro. Jackson De Toni -

203 Curso de Planejamento Estratégico
Previsões podem ser complexas... Vamos lá, não podemos errar todas... Jackson De Toni -

204 Diretrizes metodológicas (Sérgio Buarque)
Curso de Planejamento Estratégico Diretrizes metodológicas (Sérgio Buarque) Evitar o impressionismo e o imediatismo: separar “urgências” de “importâncias” na agenda do dia-a-dia, evitar o condicionamento do curto prazo. Recusar consensos e confrontar informações: duvidar do senso comum, identificar como agem os formadores de opinião. Explorar a intuição: sensibilidade e percepção livre, visões pluri-focais, heterogeneidade epistemológica,... Aceitar o impensável: ponderar o plausível pelo imponderável, admitir hipóteses de ruptura,... Estimular a diversidade de visões: ambientes criativos. Reforçar a análise qualitativa: subordinar previsões estatísticas ao grau de conhecimento da variável. Jackson De Toni -

205 Curso de Planejamento Estratégico
Aceitar o impensável: ponderar o plausível pelo imponderável, admitir hipóteses de ruptura,... Jackson De Toni -

206 Quando fazer Planos de Contingência ?
Curso de Planejamento Estratégico Quando fazer Planos de Contingência ? Surpresa Probabilidade Impacto no Problema Custo do Plano Decisão Quando a surpresa tiver alto impacto, grande probabilidade baixo custo ! Jackson De Toni -

207 Curso de Planejamento Estratégico
Alertas do Futuro - Tendências Globais para National Intelligence Council (1) Globalização Inclusiva Circulo virtuoso de desenvolvimento permitindo que a maior parte da população mundial se beneficie da globalização. (2) Globalização Perniciosa Elites globais prósperas mas a maior parte da população mundial não se beneficiando. (3) Competição Regional Crescente resistência à predominância global norte-americana. (4) Mundo Pós-Polar A economia norte-americana entra em recessão e crescem as tensões políticas e econômicas ao redor do mundo. Jackson De Toni -

208 Curso de Planejamento Estratégico
... Curso de Planejamento Estratégico A diminuição da taxa de natalidade mais envelhecimento populacional acarretará aumento nos custos da saúde e do seguro social. AIDS: Em alguns países a expectativa de vida será reduzida em até 40 anos, gerando mais de 40 milhões de órfãos. 80% do óleo bruto disponível e 95% do gás natural ainda não foram explorados. Metade da população mundial habitará países carentes de água, isto é, menos de 1,700 metros cúbicos de água per capita por ano. Índia liderará o mundo em desenvolvimento na produção de aplicações em C&T. Seqüenciamento genético –para diagnóstico e tratamento de doenças. Os computadores ópticos funcionarão mil vezes mais depressa que os computadores de hoje. Ásia será a região de maior crescimento, liderada pela China e pela Índia. As instituições democráticas no Brasil, México, Argentina, Chile serão consolidadas e fortalecidas. O Brasil e o México terão maior projeção externa, mas a região permanecerá vulnerável às crises financeiras internacionais. Jackson De Toni -

209 Trabalhando com a incerteza (síntese dos procedimentos)
Curso de Planejamento Estratégico Trabalhando com a incerteza (síntese dos procedimentos) (1) Não congelar o cálculo sobre o futuro. (2) Utilizar os 4 recursos: predição, previsão, reação rápida diante de imprevistos e aprender com o passado (memória estratégica). (3) Trabalhar com cenários. É o contexto que define condições fora de meu controle. A cena expressa um relato plausível e possível. As opções do Ator são parte ativa ou texto do relato. É impossível valorar a relação metas previstas X metas alcançadas sem considerar cenários. Jackson De Toni -

210 Trabalhando com a incerteza (síntese dos procedimentos)
Curso de Planejamento Estratégico Trabalhando com a incerteza (síntese dos procedimentos) (4) Elaborar Planos de Contingência: imaginar surpresas, especialmente as de baixa prioridade e alto impacto nas operações. (5) Dispor de um sistema de manejo de crises, nem todas surpresas podem ser imaginadas. Será que estou preparado ? Jackson De Toni -

211 Trabalhando com a incerteza (síntese dos procedimentos)
Curso de Planejamento Estratégico Trabalhando com a incerteza (síntese dos procedimentos) (6) Aumentar a viabilidade do plano: reversibilidade, redundância e flexibilidade do desenho normativo. (7) Diminuir a vulnerabilidade: fluxograma está correto ? As operações são adequadas ? Os supostos dos cenários são razoáveis ? Jackson De Toni -

212 Curso de Planejamento Estratégico
A “Gestão do conhecimento” é fundamental para o processo de aprendizado institucional do planejamento Jackson De Toni -

213 Avaliando Operações e Projetos: qual trajetória ?
Curso de Planejamento Estratégico Avaliando Operações e Projetos: qual trajetória ? A melhor trajetória é aquela que garante maior acumulação de poder para o ator. A trajetória depende do contexto efetivo de execução da operação (planejamento X improvisação). Cada cenário viabiliza ou bloqueia trajetórias planejadas: deve-se calibrar o prazo das ações ! A trajetória depende da estratégia adotada e da reação dos demais atores. No planejamento da trajetória recomenda-se fazer a “Matriz de Viabilidade” cruzando operações entre si. Jackson De Toni -

214 Curso de Planejamento Estratégico
Saber para onde ir é fundamental, hierarquizar projetos, ter noção de precedência... Jackson De Toni -

215 Curso de Planejamento Estratégico
Esquema-síntese Jackson De Toni -

216 Curso de Planejamento Estratégico
LABORATÓRIO 3 Desenho das Ações/Operações A partir do Nó Crítico desenhar ações que aproximem o ator da Situação-Objetivo (Árvore de Resultados). Definir Recursos Necessários (Políticos, Administrativos, Financeiros e Cognitivos), Produto da Ação e Resultado. Construir os Cenários e submeter o Programa Direcional às hipóteses sinalizadas em cada cenário: redesenhar as ações Fazer a Análise de Eficiência, Eficácia, Efetividade, Confiabilidade : diminuir a fragilidade das apostas. Fazer a Matriz “Ações X Diretrizes/Problemas”: visão da sensibilidade cruzada das Diretrizes e prioridade das Ações. Jackson De Toni -

217 Curso de Planejamento Estratégico
Só depois de avaliar cada operação em cada cenário estaremos prontos para seguir viagem... Jackson De Toni -

218 Ferramentas para elaborar projetos
Curso de Planejamento Estratégico Ferramentas para elaborar projetos Cenários: GUT. Gerais: Balance Score Card Explicativo: Diagrama Ishikawa Normativo (projeto): Gráfico Gantt, 5W2H, Metodologia PMI. Quadro Lógico. ZOPP. Metodologia PMI (Project Management Institute). Jackson De Toni -

219 Curso de Planejamento Estratégico
Texto: “Características da força”, Estratégias Políticas, Carlos Matus (133/141) Poder, Força e Pressão podem ser relacionados a partir dos conceitos da “análise de problemas” ? “O Ator com muita força não precisa usar”, explique ? Explique um evento qualquer (político, cultural, econômico, etc…) aplicando o conceito de “força” de Matus Jackson De Toni -

220 Curso de Planejamento Estratégico
III Momento Estratégico 4° passo: Saber construir viabilidade Jackson De Toni -

221 Algumas definições de Estratégia
Curso de Planejamento Estratégico Algumas definições de Estratégia Peter Drucker (1954) “Estratégia é a análise da situação presente e a sua mudança se necessário. Incorporada na estratégia está a definição dos recursos atuais e os necessários”. Chandler ( 1962) “Estratégia é o determinante das metas básicas de longo prazo de uma empresa e a adoção dos cursos de ação e alocação de recursos necessários para atingir essas metas”. Jackson De Toni -

222 Curso de Planejamento Estratégico
Algumas definições de Estratégia Ansolf (1965) “Estratégia é a regra para tomar decisões determinadas pelo escopo produto/mercado, vetor de crescimento, vantagem competitiva e sinergia.“ Steiner e Miner ( 1977 ) “Estratégia é o estabelecimento da Missão da companhia, a definição de objetivos para a organização, à luz das forças internas e externas, a formulação de políticas específicas e estratégias para alcançar os objetivos e assegurar sua implementação, de forma que os objetivos básicos e propósitos da organização sejam alcançados”. Jackson De Toni -

223 Curso de Planejamento Estratégico
Algumas definições de Estratégia Mintzberg ( 1979 ) “Estratégia é a força que interliga a organização e seu ambiente externo, ou seja, padrões consistentes de decisões organizacionais que lidam com o meio ambiente externo”. Andrews ( 1980 ) “Estratégia é o padrão de decisões em uma companhia que determina e revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais políticas e planos para alcançar essas metas e define o tipo de negócio que a companhia deve perseguir, o tipo de organização econômica e humana que ela é ou pretende ser”. Jackson De Toni -

224 Para que serve uma estratégia ?
Curso de Planejamento Estratégico Para que serve uma estratégia ? Tática: uso de recursos escassos na produção de uma mudança situacional imediata. Estratégia: uso combinado de táticas para alcançar a situação-objetivo do Plano. O Planejamento sem estratégia torna-se exercício de “erudição acadêmica”. Pressupostos para o pensamento estratégico: Vontade política que cria a viabilidade (ousadia X voluntarismo). Clareza da situação-objetivo (para onde vamos?) Conhecimento das estratégias dos demais Atores Sociais (seus interesses e controle de recursos). Jackson De Toni -

225 Curso de Planejamento Estratégico
Um plano sem estratégia não tem viabilidade, é um simples pedaço de papel... Jackson De Toni -

226 Curso de Planejamento Estratégico
Estratégia Competitiva em M. Porter Jackson De Toni -

227 Os cinco “P”s de Mintzberg Five Os for Strategy, 1987
Curso de Planejamento Estratégico PLAN PLOY (manobra): barganha, estratagema, simulacro. PATTERN: comportamento efetivo, ação verificada, postura na prática. POSITION: ambiente, lugar, nicho [situação ?] PERSPECTIVE: cultura interna, modelo decisório, visão de mundo. A estratégia é emergente, não deliberada. Escola da Aprendizagem. Críticas (Igor Ansoff): muito tempo, custo dos erros, ação reativa. Jackson De Toni -

228 Curso de Planejamento Estratégico
A estratégia é um plano, ou seja, um curso de ação deliberadamente e concebido para atingir determinados objetivos. A estratégia é um pretexto, quando assume contornos de um blefe, uma manobra concebida para enganar um concorrente ou competidor. A estratégia é um padrão quando ações ou abordagens distintas se fundem, emergindo daí um padrão de comportamento o qual resulta na estratégia de uma empresa. A estratégia é uma posição na medida em que é uma maneira de colocar ou posicionar a organização dentro do seu ambiente. A estratégia é uma perspectiva, pois seu conteúdo exprime a forma da organização ver o mundo, enfatizando determinados aspectos do negócio, da cultura e da ideologia da organização. Jackson De Toni -

229 Curso de Planejamento Estratégico
Jackson De Toni -

230 Princípios Estratégicos segundo Matus
Curso de Planejamento Estratégico Princípios Estratégicos segundo Matus (1) Aprecie eficazmente a situação: dissolva o problema em espaços maiores. (2) Compatibilize a relação recursos-objetivos: proponha-se objetivos ao alcance da sua capacidade de criar recursos. (3) Mantenha a concentração: evitar a “distração tática” (paisagem das urgências). (4) Use o rodeio tático: evitar a “síndrome do touro”, não confundir o tático com a negociação do doutrinário. (5) Economia de recursos: não abusar do poder, não “ganhar” oponentes sem necessidade. Jackson De Toni -

231 Curso de Planejamento Estratégico
Não há estratégia bem sucedida sem sorte, porém quem abusa do benefício de fatores imponderáveis está condenado à derrota. Jackson De Toni -

232 Princípios Estratégicos básicos
Curso de Planejamento Estratégico Princípios Estratégicos básicos (6) Valorize os demais Atores: conheça os recursos que controlam e suas motivações. (7) Encadeamento estratégico: não há vácuo em política, simule os efeitos dos movimentos táticos, projetando a seqüência de estratégias. (8) Evite trabalhar com certeza: não faça predições, prepare-se para surpresas. (9) “Triângulo Estratégico”: Com quem ? Para que? Com que chance de êxito ? Jackson De Toni -

233 Curso de Planejamento Estratégico
As aparências enganam, a produção da imagem também é um recurso de disputa na estratégia... Jackson De Toni -

234 Curso de Planejamento Estratégico
Princípios negativos (1) Evitar o pior é sempre prioridade, evitar a situação de escolha entre opções ruins. (2) Nunca enfrentar o adversário quando ele estiver preparado (tente desmotivar, incapacitar ou distrair, antes!). (3) Nunca reforçe uma estratégia que não deu certo. (4) Não confunda “reduzir incerteza” com “preferir certeza”: há casos em que a maior ousadia significa a maior sabedoria (Clausewitz) (5) Não se distraia com pormenores. (6) Minimize a capacidade de retaliação do adversário: na política, após a derrota crie espaços para cooperação. Jackson De Toni -

235 A “pirâmide da estratégia”
Curso de Planejamento Estratégico A “pirâmide da estratégia” Como são os Atores ? (motivação e força) Qual é o problema estratégico concreto ? Como combinar estratégias ? (trajetória) Quais estratégias são possíveis ? (operações) Jackson De Toni -

236 Curso de Planejamento Estratégico
Apreciação situacional Problemas valorizados Valores e Interesse Afinidades X Disputas Atribuição de valores Intenções e motivações no jogo Objetivos e Planos Possíveis Estratégias Atores Carisma e sagacidade Experiência Conhecimento Capacidades Pessoais Vetor Peso do Ator Controle de Recursos Quais adesões História do Ator Acumulações prévias Jackson De Toni -

237 Curso de Planejamento Estratégico
Saber “quem controla quem” é o primeiro passo... Jackson De Toni -

238 Curso de Planejamento Estratégico
Modelo de Ação simples Vetor Peso Pressão Interesse pela Operação Ator Motivação Valor da Operação A/M/B Interesse: posição frente ao Projeto, positiva ou negativa. Valor: apreciação da importância para o Plano do “outro”. A pressão significa um ponto de aplicação da força do ator (Ação). Jackson De Toni -

239 Curso de Planejamento Estratégico
Valor (+,-) Interesse (A,M,B) Motivação Pressão Ação Força Controle de recursos – qual o peso ? Jackson De Toni -

240 O que á a força de uma Ator ?
Curso de Planejamento Estratégico O que á a força de uma Ator ? Código de Personalidade Perfil da liderança, traços pessoais, estilo político, características psicológicas, caráter. Motivação e Paixão Energia que potencializa a perícia, dedicação e vontade pessoal. Controle de Recursos É o patrimônio de poder acumulado, a comunicação e informação, as adesões e apoios, etc. Na perícia e destreza pessoal É a experiência ponderada pela capacidade intelectual. Suporte técnico-cognitivo Instrumentos e processos de apoio ao planejamento estratégico. Jackson De Toni -

241 Curso de Planejamento Estratégico
Saber quais os recursos que os outros controlam é fundamental !!! Acho que não tenho recursos suficientes... Jackson De Toni -

242 Características da força dos atores
Curso de Planejamento Estratégico Características da força dos atores É multidimensional, não é sua natureza que define mas a circunstância do uso. Só tem valor relativo ao propósito do Ator, é situacional. É produto da acumulação social, é capacidade ganha ou perdida no jogo. É um conceito que permite comparação, é mensurável, existe quando está em movimento. É poder aplicado. Na política se expressa pelo controle de “centros de poder”. É um recurso permutável, pode ser intercambiado no jogo social. A acumulação é condicionada pelas regras de poder, a institucionalidade fixa as possibilidades-limite. Jackson De Toni -

243 Curso de Planejamento Estratégico
O que é o poder ? Pode produzir resultados sem ser usada, poder de dissuasão. Depende das habilidades e perícias do jogador. Jackson De Toni -

244 Curso de Planejamento Estratégico
Poder É uma potencialidade que possibilita acumular força. Origina-se na desigualdade das regras do jogo. Depende do código de personalidade do Ator, da situação, dos adversários, do contexto, etc... Força É uma acumulação concreta e já realizada em um jogo Dentro do espaço de possibilidades permitido Não se pode acumular mais força que a permitida pelas regras de distribuição de poder. Peso Expressa o controle de recursos que um ator tem sobre o conjunto de recursos pertinentes ao “jogo” Os recursos são heterogêneos. Sua variabilidade é uma vantagem estratégica. Jackson De Toni -

245 Curso de Planejamento Estratégico
Ele não tem Força,nem Peso,nem Poder Curso de Planejamento Estratégico ...e ele não tem cabelo... Jackson De Toni -

246 Curso de Planejamento Estratégico
O estilo “chipanzé”... O objetivo sou eu, qualquer meio é válido... Predomínio da interação conflitante, sempre algo está em disputa. “os machos dominantes são sempre paranóicos” (Frans de Waal). Alto valor da rivalidade individual, individualismo e jogo altamente competitivo. A estratégia política é centrada na manutenção do poder e na viabilidade do sucessor. É o padrão de governança das grandes corporações: “ a vida corporativa é um empreendimento de caça entre machos, eles caçam por dinheiro “(Frans de Waal). Jackson De Toni -

247 Quem não está comigo, está contra mim!
Curso de Planejamento Estratégico Quem não está comigo, está contra mim! Jackson De Toni -

248 O “chipanzé” globalizado...!
Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni -

249 Curso de Planejamento Estratégico
O estilo “maquiavel”... O fim justifica os meios, há um projeto social e ele justifica a violência contra o oponente. Minhas opções sempre devem restringir as opções dos meus adversários. O chefe subordina-se à direção de um projeto que o transcende: o objetivo é superior ao indivíduo. O chefe se confunde com o objetivo: “os profetas armados vencem, todos os desarmados fracassam” (Maquiavel). Tudo deve ser sacrificado pelo projeto, não porque é da maioria, mas porque é a melhor opção (“acreditar à força”). O consenso surge como resultado do projeto, não como condição prévia. “Retirai o sangue e embaixo estará a verdade” Lamartine Jackson De Toni -

250 Curso de Planejamento Estratégico
O estilo “gandhi”... O consenso governa o Projeto, o Projeto governa o líder. Os meios usados definem a legitimidade (ou não) do Projeto buscado: os meios subordinam-se aos objetivos. A estratégia privilegia a persuasão, o diálogo e a negociação cooperativa. O “outro” tem interesses legítimos, mesmo se antagonistas: o inimigo deve ser conquistado, não vencido, nem destruído. “O adversário deve ser libertado do erro com paciência e simpatia” (Gandhi). A palavra, o dogma e a ação representam e são a mesma coisa: a confiança na direção é derivada do exemplo pessoal dos dirigentes. Na política concreta só há estilos dominantes... Jackson De Toni -

251 Curso de Planejamento Estratégico
Competências do Cargo A força do Líder (capacidades) Personalidade Motivação Perícia Suporte Técnico- Cognitivo Vetor de Recursos Críticos Comunicação Informação Controle da Máquina Apoio Legislativo Apoio Partidário Apoio Eleitoral Apoio Externo Prestígio público Adesões Capacidade de Governo Jackson De Toni -

252 Curso de Planejamento Estratégico
Meu chefe é... Jackson De Toni -

253 Curso de Planejamento Estratégico
Quadro - resumo Estilos e estratégias Cooperação Gandhi Oposição Maquiavel, Chipanzé Confronto violento Maquiavel e Chipanzé CONTEXTO Confiança Luta, desconfiança Violência e animosidade ESTRATÉGIA Persuasão, sedução, transparência Medição de forças, protestos, contradição, ocultamento Medição violenta de forças, ameaça, intimidação e eliminação do outro OBJETIVO Acordo Imposição da maioria Imposição da força MEIOS Eu e o Outro Amigo/adversário Amigo/inimigo ATORES METÁFORA O baile O xadrez O boxe Jackson De Toni -

254 Matriz de Estratégias: Atores X Ações
Curso de Planejamento Estratégico Matriz de Estratégias: Atores X Ações Atores Ação 1 Ação 2 Ação 3 Ator 1 Autoridade Confrontação Ator 2 Cooptação Negociação conflitiva Ator 3 Indiferença Negociação cooperativa As ações que exigem grande reflexão estratégica são aquelas de alto valor negativo para os outros atores e as inviáveis no pior cenário. Jackson De Toni -

255 Perguntas Orientadoras
Curso de Planejamento Estratégico Perguntas Orientadoras Quais as motivações dos meus oponentes ? Qual os motivos dos meus aliados ? Quais Projetos meus tem maior oposição ? Porque? Quais estratégias possíveis viabilizarão as operações mais críticas ? Quais recursos os demais atores controlam ? Como posso usar/neutralizar suas capacidades ? Devo redesenhar as Operações ? Repensar os cenários ? (como se comportam nos cenários) Estou preparado para adotar a melhor estratégia? Jackson De Toni -

256 Curso de Planejamento Estratégico
O pensamento estratégico quase sempre é um exercício que se faz coletivamente... Jackson De Toni -

257 Qual o problema estratégico concreto?
Curso de Planejamento Estratégico Fazer a Matriz de Interesse dos Atores: Projetos/Operações X Motivação dos Atores. A melhor estratégia é aquela que constrói a viabilidade = “fazer algo possível”. Vista como capacidade de decidir, fazer e manter o realizado de forma estável. Qual a capacidade real de Decidir, Operar e Reproduzir os projetos ? Quais as possibilidades de êxito (?), sabendo que “a estratégia é um meio que o outro também utiliza”. A estratégia é sempre uma questão de poder (uma relação entre sujeitos sociais criativos). Jackson De Toni -

258 Curso de Planejamento Estratégico
Num contexto de incerteza, nuca subestime a capacidade dos aliados e sobretudo, dos adversários... Jackson De Toni -

259 Quais estratégias são possíveis?
Curso de Planejamento Estratégico Quais estratégias são possíveis? Valor + Interesse outros Atores = tipo de estratégia: imposição, cooptação, cooperação, conflito, negociação, confrontação, dissuasão e guerra. Atitudes possíveis: Fazer o possível (passividade); Empreender a aventura do impossível (apostar além do limite dado pelas regras/poder atual); Construir viabilidade técno-política; Não há “receita de bolo” a melhor estratégia será sempre aquela que acumular poder para o Ator => ampliar sua governabilidade. Jackson De Toni -

260 Curso de Planejamento Estratégico
Capacidade de inovação (combinar as coisas velhas de um jeito novo) é fundamental para o sucesso estratégico Jackson De Toni -

261 Nunca há uma única estratégia...
Curso de Planejamento Estratégico Nunca há uma única estratégia... se articulam em função de: diferentes atores envolvidos. diferentes Projetos/Operações planejadas. diferentes seqüências de tempo e encadeamento. mudam no tempo porque: as forças se realinham durante o jogo. os objetivos mudam (os problemas se intercambiam ou dissolvem-se em outros). mudam as motivações dos atores (valor ou interesse). mudam as possibilidades de êxito. Jackson De Toni -

262 Curso de Planejamento Estratégico
A aplicação da estratégia, em cada caso concreto, exige criatividade para enfrentar as surpresas Qualquer recurso pode ser usado como meio estratégico Jackson De Toni -

263 Curso de Planejamento Estratégico
Meios Estratégicos... Curso de Planejamento Estratégico Imposição: uso da autoridade e hierarquia, quando não acompanhada de outras estratégias desgasta o capital-autoridade de quem a aplica... Persuasão: capacidade de sedução do líder, implica em obter apoio e adesão do outro ao próprio projeto sem ceder de imediato, combina-se com a estratégia de imposição. Negociação: conciliar interesses conflitantes com a outra parte, disposição para ceder algo quando o outro também cede, pode ser cooperativa, conflitante (jogo de soma zero) ou mista, combinando perdas e ganhos. Mediação: quando a negociação é inviável mas não há disposição para o conflito ou soluções jurídicas, o mediador deve autoridade sobre as partes envolvidas (legitimidade). Coação: consiste em ameaçar o outro a pagar um preço se não adotar conduta imposta, implica também em avaliar os riscos de uma recusa. Confronto: ausência de acordo ou mediação possível, é a medição de forças, por exemplo, em eleições periódicas. Dissuasão: ameaça de aplicação de força, implica em expor e exibir sua própria força e demonstrar capacidade e vontade para usá-la. Jackson De Toni -

264 Curso de Planejamento Estratégico
DISSIMULAR: (lat dissimulare) Não dar a perceber; Não revelar seus sentimentos ou desígnios; ter reserva: Ela sabia dissimular. Não deixar aparecer; ocultar, disfarçar, encobrir. Afetar com artifício; fingir: Dissimular indiferença. Atenuar o efeito de: Dissimular culpas. Usar de dissimulação: Dissimular sobre algo. Dissimular com alguém. Esconder-se, ocultar-se: Dissimulou-se por trás da árvore. Jackson De Toni -

265 A estratégia da NÃO DECISÃO, Fora da Agenda !
Curso de Planejamento Estratégico A estratégia da NÃO DECISÃO, Fora da Agenda ! usar a força de forma indireta ou velada para impedir que demandas cheguem ao processo político (no limite, o terrorismo); usar o poder para impedir o surgimento de questionamentos através de cooptação; invocar regras ou procedimentos existentes, criar novos ou modificar os existentes como forma de bloquear reivindicações (“mandar fazer estudo detalhado”, “criar uma comissão”); invocar a existência de valores supremos para evitar ou desviar contestações não desejadas (referência e valores como impatriótico, imoral); dissuadir atores mais fracos de agir indicando “sutilmente”, por antecipação, as reações que poderão ocorrer. HAM, Christopher; HILL Michael. The policy process in the modern capitalist state. Jackson De Toni -

266 Quais estratégias estavam em jogo ?
Curso de Planejamento Estratégico Quais estratégias estavam em jogo ? Aprovação de uma lei no Congresso Nacional. A realização de um jogo de futebol. O “11 de setembro” e a invasão americana no Iraque e Afeganistão. Campanha eleitoral: atores, estratégias, cenários... O “Dia D” na II Guerra Mundial. A estratégia de desenvolvimento na ex-URSS nos anos 20 e 30. A implementação de uma campanha de vacinação infantil. Uma operação anti-drogas da polícia federal. A eleição presidencial de 1989: Lula x Collor. Jackson De Toni -

267 Curso de Planejamento Estratégico
Não basta fazer “a coisa certa” é preciso fazer “na hora certa, a coisa certa” ! Jackson De Toni -

268 Tempo: restrições e possibilidades
Curso de Planejamento Estratégico Tempo: restrições e possibilidades Qual a seqüência de operações viáveis no tempo ? Restrições: datas críticas do governo, período legal de gestão, datas rígidas (LDO, Orçamento, PPA, etc...),..., maturação de variantes dos cenários (resultados eleitorais, eventos políticos ou processos econômicos). Possibilidades: liberdade de ação em operações consensuais (curingas do jogo), encadeamento de operações construtoras/destruidoras de viabilidade, surpresas favoráveis/desfavoráveis... Toda complexidade da trajetória resume-se na possibilidade de criar um segmento crítico favorável que torne viáveis operações antes bloqueadas por outros atores, cenários desfavoráveis ou surpresas negativas. Jackson De Toni -

269 Curso de Planejamento Estratégico
Ficar sem opções estratégicas, sem saber qual é o caminho a seguir, é o sintoma mais agudo de falha no pensamento estratégico, só resta a sorte... Jackson De Toni -

270 Um roteiro para simulação da estratégia
Curso de Planejamento Estratégico (1) Situação Inicial: programa direcional num cenário específico, atores relevantes, matriz de interesse e vetor peso, operações no cenário escolhido (recursos > produto > resultado). (2) Análise inicial do “Triângulo Estratégico”: Com quem ? Para que ? Com que chance de êxito ? (3) Ajustar o Programa Direcional à luz dos passos 1 e 2. (4) Seleção das estratégias mais adequadas. (5) Definir a melhor trajetória para cada Projeto/Operação (evite o confronto). (6) Se nenhuma trajetória é viável será necessário revisar o programa direcional. Jackson De Toni -

271 Um roteiro para simulação estratégica
Curso de Planejamento Estratégico Um roteiro para simulação estratégica (7) A trajetória mais viável é aquela que: em mais probabilidade de êxito, menor custo no recurso mais escasso e maior flexibilidade para mudança de direcionalidade e de estratégia. (8) A viabilidade política pode “comprar” viabilidade econômica e vice-versa. (9) Ajustar à “grande estratégia” (relacionada aos macro-problemas) as estratégias e táticas dos jogos menos complexos. A chave da estratégia é sua trajetória, a chave da trajetória é seu segmento crítico favorável. Jackson De Toni -

272 Curso de Planejamento Estratégico
LABORATÓRIO 4 Debater teoricamente o significado de tática e estratégia: discutir os princípios estratégicos e o “Triângulo da Estratégia”. Debater o conceito de Ator e selecionar alguns para exercício: identificar a Motivação dos Atores para as ações e a Força de cada um (controle de recursos). Definir as estratégias básicas para todas as ações com alta motivação negativa. Debater o roteiro para simulação estratégica. Jackson De Toni -

273 Texto: “a quarta pergunta...” Entrevista com Matus, Huertas (103/121)
Curso de Planejamento Estratégico Texto: “a quarta pergunta...” Entrevista com Matus, Huertas (103/121) O que é uma organização ou sistema de “baixa responsabilidade” ? Porque a improvisação é melhor que o planejamento tradicional ? Como se pode reformar a administração pública ? Jackson De Toni -

274 Curso de Planejamento Estratégico
IV Momento Tático-Operacional 5° passo: A hora do fazer, onde tudo é decidido! Jackson De Toni -

275 Curso de Planejamento Estratégico
Recapitulando a matéria... Curso de Planejamento Estratégico Gestão! Jackson De Toni -

276 Curso de Planejamento Estratégico
Até onde já andamos... Curso de Planejamento Estratégico Identificação do Ator que planeja. Descrição de dos Problemas precisos a enfrentar. Objetivos bem definidos (árvore de resultados) Identificação de Interessados (os demais atores). Nome do Plano (aspecto comunicacional). Principais Ações a realizar, trajetória, encadeamento Definição de Responsáveis, Rede de ajuda e Parceiros (Matriz operacional). Previsão de Recursos necessários, Produtos e resultados esperados Definição das estratégias para cada operação, cada Ator e cenários. Confiabilidade do plano. O que é uma organização de “alta responsabilidade”. Indicadores, Monitoramento e Avaliação do Plano. Previsão de procedimentos para Acompanhamento das ações, Cobrança e Prestação de Contas Previsão de procedimentos para Revisão durante a execução do que foi planejado. Jackson De Toni -

277 Curso de Planejamento Estratégico
Nem sempre o melhor resultado foi o resultado planejado... Acabei o meu banho. MM... Foi rápido. Acabei o banho Que rápido! É na prática que tudo se decide... Jackson De Toni -

278 Uma última “peneirada”:o Plano é confiável ?
Curso de Planejamento Estratégico Uma última “peneirada”:o Plano é confiável ? É necessário ? Verificar a potência da explicação que sustenta o problema. É eficaz ? Refere-se ao desenho normativo, às operações, ações, projetos e impactos no problema (trajetória, cenários, consistência temporal) É viável economicamente ? É uma prova da disponibilidade inicial e da dinâmica futura dos recursos econômicos. Outras opções foram examinadas ? A imaginação e criatividade são necessárias para examinar outras opções ou critérios de descarte. Jackson De Toni -

279 Uma última “peneirada”:o Plano é confiável ?
Curso de Planejamento Estratégico Uma última “peneirada”:o Plano é confiável ? Qual sua vulnerabilidade ? Quais as suposições mais críticas ou débeis dos cenários, das estratégias e das operações. Qual sua viabilidade política ? Refere-se à nossa capacidade de conhecer os demais Atores e imaginar sua reação ao Plano. Qual a eficácia Comunicacional ? Como trabalhamos com as expectativas da base social, dos aliados e adversários. A manipulação da informação influencia na eficácia do Plano. Qual a eqüidade do Plano ? Como custos e benefícios são distribuídos no futuro. Jackson De Toni -

280 O Plano só se completa na ação
Curso de Planejamento Estratégico O Plano só se completa na ação A execução de uma estratégia demanda uma organização estável. Estabelece uma direcionalidade e coordena ações parciais. Cria capacidades institucionais (grau de perícia organizacional). “Triângulo de Ferro”: recurso gráfico para analisar sistema de gestão, seus fluxos e sua sinergia sistêmica. Jackson De Toni -

281 Curso de Planejamento Estratégico
“Triângulo de Ferro das Organizações” Menu diário de decisões Agenda e Processamento Técno-Político Prestação de Contas Gerência por Operações Jackson De Toni -

282 Interpretando o “triângulo de ferro”...
Curso de Planejamento Estratégico Interpretando o “triângulo de ferro”... Quando não há avaliação por desempenho há uma “coerência medíocre” nivelado a organização para a “baixa responsabilidade” (decadência). Uma agenda de “urgências” (e não “importâncias”) e uma gerência “rotineira” são efeitos do mal funcionamento da avaliação de desempenho. Processos inovativos se tornam rituais e supérfluos ou necessários e operacionais de acordo com o funcionamento do “triângulo”. Não há demanda por planejamento, criatividade e reformas organizativas se não ná demanda pela avaliação por desempenho. Jackson De Toni -

283 Curso de Planejamento Estratégico
Uma organização onde ninguém pede ou presta contas, com base em operações e resultados... Acaba atrofiando sua capacidade de governo e involuindo para posições de baixa responsabilidade! Jackson De Toni -

284 As 5 regras do jogo macro-organizativo
Curso de Planejamento Estratégico As 5 regras do jogo macro-organizativo (a) Direcionalidade: respondem pelo padrão político-ideológico, selecionam missões e demandas. (b) Macro-institucionalização: definem os modelo-tipo de organização pública (direta, indireta, fundacional, governo local, etc...). (c) Departamentalização: estruturas singulares, organogramas, meios e recursos gerenciais. (d) Governabilidade: relação entre missão e competência para executá-la, descentralização. (e) Responsabilidade: definem a exigibilidade dos compromissos, a prestação de contas. O funcionamento destas regras no “jogo da organização” definem aquelas de “alta” e “baixa” responsabilidade. Jackson De Toni -

285 Curso de Planejamento Estratégico
Não filtra prioridades, não seleciona e processa problemas: baixa capacidade de governo. Troca importâncias por emergências. Sucumbe à improvisação “planejada”. As ações não correspondem às decisões, estas não traduzem o Projeto: ingovernabilidade parcial. Processo decisório é truncado e não-transparente: cultura política verticalizada. Não há monitoramento por indicadores, nem gestão por operações, há baixa solidariedade e alta competição interna. Não demandam planejamento, nem gestão estratégica. Organização de baixa responsabilidade Jackson De Toni -

286 Curso de Planejamento Estratégico
Organização de baixa responsabilidade Regras Acumulações Fluxos Sintomas Curso de Planejamento Estratégico Não há sistemas de treinamento da alta direção Deficiente Capacidade de Governo Sistema de direção de baixa qualidade Carência de sistemas de prestação de contas Não há demanda por planejamento e gestão criativa Função ritual do planejamento e domínio da rotina Baixa pressão para elevar o desempenho do governo Predomínio das urgências e improvisação Falência dos sistemas democráticos Governabilidade centralizada Baixa responsabilidade institucional Partidos políticos primitivos Jackson De Toni -

287 Curso de Planejamento Estratégico
As consequências... Curso de Planejamento Estratégico O barbarismo político, próprio do populismo, consiste em departamentalizar a eficácia política e ignorar os problemas econômicos e gerenciais para, de imediato, dar benefícios econômicos e conceder favores políticos gerando, no futuro, uma crise política por esgotamento da base econômica e organizativa da gestão política. O barbarismo tecnocrático, próprio da visão parcial dos especialistas, consiste em departamentalizar a eficácia econômica ou técnico-gerencial, ignorar o problema político e, de imediato, incorrer em custos políticos criando, no futuro, uma crise econômica por esgotamento da base política da gestão econômica. O barbarismo gerencial, associado aos vícios anteriores, consiste em ignorar a eficiência e a eficácia organizacional como elementos complementares básicos do manejo político e econômico. Jackson De Toni -

288 Um governo não pode ser melhor que a organização que comanda
Curso de Planejamento Estratégico Um governo não pode ser melhor que a organização que comanda Práticas de Trabalho: definem a qualidade e a quantidade da produção pública e de seus resultados, são moldadas pela cultura institucional. Formas Organizacionais: normas e organogramas condicionam as práticas de trabalho, mas não as determinam em última instância. Estruturas Mentais: determinam as práticas de trabalho, criam e modificam a cultura institucional da organização. Jackson De Toni -

289 Curso de Planejamento Estratégico
Estruturas Mentais Formas Organizativas Práticas de Trabalho A organização real apoiada em práticas de trabalho se impõe à organização formal Jackson De Toni -

290 Mudança de organograma X mudança de valores !?
Curso de Planejamento Estratégico Uma instituição muda somente quando mudam suas práticas de trabalho. As práticas de trabalho mudam somente quando mudam as estruturas mentais. As estruturas mentais se reproduzem em culturas institucionais específicas. Normalmente mudamos as formas organizativas, sem mudar as práticas de trabalho porque não atuamos sobre valores culturais. Mudar a cultura é difícil porque ela está nas “regras do problema”. A formação e motivação constante é uma das estratégias viáveis. Jackson De Toni -

291 Olhar as instituições como sistemas comunicacionais
Curso de Planejamento Estratégico Olhar as instituições como sistemas comunicacionais Organizações são ações coordenadas, o que permite esta coordenação é a linguagem através do fluxo de conversações ou atos de fala (Speech Acts, John Searle). As afirmações: são proposições baseadas na observação da realidade, segundo distinções podem ser falsas ou verdadeiras. As declarações: são falas com poder (se forem cumpridas), podem ser válidas ou inválidas. Exemplos: “sei”,”não sei”... Os compromissos: são falas que criam vínculos, expectativas, promessas e confiança, “eu vou fazer...”. Jackson De Toni -

292 Comunicação para a Ação!
Curso de Planejamento Estratégico Comunicação para a Ação! A comunicação depende de quem ouve, como ouve, não do transmitido (Maturana), ex. da sirene... Ouvir é perceber sons, “escutar” é entender ações, o sentido do agir... O “escutar” depende: a história pessoal, do contexto cultural, do estado de ânimo, etc... Observar (explicar !) implica em saber (a) porque que razão ele disse ? Qual o sentido (oculto ou não) desta declaração, afirmação, juízo, etc… ? As conversações produzem ações diferentes e combinadas, coordenadas visando: persuadir, animar, motivar, convencer, divertir, gerar compromisso, segurança, etc… Jackson De Toni -

293 Curso de Planejamento Estratégico
Exemplo Jackson De Toni -

294 Curso de Planejamento Estratégico
Ciclo de Coordenação das ações Permite analisar o fluxo gerencial na organização através dos atos de fala: afirmações, declarações e compromisso. Jackson De Toni -

295 Curso de Planejamento Estratégico
INFORMAÇÃO PRIMÁRIA, INDICADORES E SINAIS Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni -

296 Curso de Planejamento Estratégico
Articulação de 6 grupos de indicadores Jackson De Toni -

297 Curso de Planejamento Estratégico
I - Sobre os Atores: de controle direto do vetor de recursos críticos (VRC) do plano de adesões (controle indireto) de interesses pelas operações do plano de valor atribuído às operações do plano de afinidades entre os atores II -Sobre o Balanço Político Global: do Balanço da Gestão Política do Balanço da Gestão Macroeconômica do Balanço de Intercâmbio de Problemas de Opinião Pública Jackson De Toni -

298 Curso de Planejamento Estratégico
III -Sobre o Resultado das Operações: de resultados parciais (mostram as mudanças no VDNC dos problemas) de grandes resultados (mostram situações obtidas e se precisam pelos VDR) IV -Sobre o Produto das Operações: de eficiência (definem a relação recurso/produto) de produto (valoração, medição ou definição de produto) de oportunidade (mostram o cumprimento dos cronogramas) de execução orçamentária Jackson De Toni -

299 Curso de Planejamento Estratégico
V -Sobre os Atos Políticos Administrativos (atos de fala): de cumprimento de Diretivas de compromissos recebidos e seu cumprimento de compromissos assumidos e seu cumprimento de processos administrativos requeridos pelas operações de declarações administrativas e de controle de avanço dos atos Legislativos VI -Sobre o Contexto do Plano das variantes internas das variantes externas Jackson De Toni -

300 Curso de Planejamento Estratégico
Você acha que monitorar é importante ? Jackson De Toni -

301 Anotações sobre monitoramento & avaliação
Curso de Planejamento Estratégico Anotações sobre monitoramento & avaliação Toda avaliação é um juízo de valor técnico e político posicionado num contexto de relações de poder entre quem avalia e quem é avaliado. A qualidade do monitoramento determina a avaliação. A avaliação e o monitoramento são parte do processo de aprendizado contínuo da organização. No setor público, a avaliação é ao mesmo tempo um medidor de eficácia e um mecanismo de responsabilização. A credibilidade da fonte influencia diretamente a aceitação da informação e o julgamento. Os órgãos públicos são mais receptivos à informações produzidas internamente. Sistemas estatísticos são diferentes de indicadores e sinais. A falha mais comum: planejar mal a avaliação! Jackson De Toni -

302 Como avaliar um governo ?
Curso de Planejamento Estratégico Como avaliar um governo ? Gestão Política: qualidade da democracia, adesão da população, governabilidade das instâncias de Governo. Recurso crítico: Poder. Gestão Macroeconômica: resolução dos problemas econômicos vigentes. Recurso crítico: meios econômicos. Intercâmbio/solução de Problemas: saldo líquido do efeito político do enfrentamento de problemas valorizados pela população. Recurso crítico: poder, recursos econômicos e sobretudo capacidade gerencial. Princípio fundamental: compensar o aperto de um “cinto” com o afrouxamento dos outros Jackson De Toni -

303 Lista de Verificação FINAL: as 8 provas...
Curso de Planejamento Estratégico Lista de Verificação FINAL: as 8 provas... 1ª Prova: de necessidade O plano, projeto ou ação proposta é de fato necessária? 2ª Prova: de eficácia O Plano é normativamente eficaz? Indica se as soluções propostas são as mais adequadas. Devem ser verificadas quanto a: Coerência: suas ações produzem um balanço positivo sobre a situação-objetivo? Potência: seu impacto é suficiente para alcançar a situação-objetivo desejada? Jackson De Toni -

304 Curso de Planejamento Estratégico
(...) 2ª Prova: de eficácia Consistência temporal: os resultados serão alcançados em tempo político adequado? Eficácia da trajetória: a seqüência das ações minimiza os custos políticos e econômicos? Flexibilidade: o desenho do plano contempla cenários? Como pretende lidar com surpresas? Consistência ideológica: É consistente com os valores dominantes do ator? Quais os principais juízos de valor que sustentam a situação-objetivo? Jackson De Toni -

305 3ª Prova: de viabilidade econômica
Curso de Planejamento Estratégico 3ª Prova: de viabilidade econômica É economicamente viável? Prova de disponibilidade de recursos financeiros em relação às exigências do projeto, no curto, médio e longo prazos. 4ª Prova: de variedade de opções É a opção mais eficaz entre as exploradas? Examinaram-se outras opções? Com quê fundamento foram descartadas as alternativas existentes? Jackson De Toni -

306 5ª Prova: de vulnerabilidade do plano
Curso de Planejamento Estratégico 5ª Prova: de vulnerabilidade do plano Qual é a vulnerabilidade do plano? Prova decisiva para avaliar a confiabilidade. Quais são os elos na cadeia de argumentos, supostos e apostas em que repousa o plano? Quais destes elos são críticos; isto é, argumentos ou apostas débeis e de alto impacto sobre os resultados esperados? Levou-se a sério as contra-argumentações dos oponentes ou simplesmente foram descartadas por supor-se que são interessadas? Quais destas apostas críticas estão fora do controle do ator que planeja? Que medidas de reforço foram consideradas para fortalecer as apostas críticas? Jackson De Toni -

307 6ª Prova: de viabilidade política
Curso de Planejamento Estratégico 6ª Prova: de viabilidade política O plano é politicamente viável? Quais os atores e forças relevantes na situação que se pretende alterar? Qual é a motivação dos atores relevantes frente às operações do plano? Qual é o peso de tais atores? Quais as ações de viabilização propostas frente a estes atores? Quais são as ações mais conflitivas? Foram projetadas estratégias especiais para tais ações? Jackson De Toni -

308 7ª Prova: de eficácia comunicacional
Curso de Planejamento Estratégico 7ª Prova: de eficácia comunicacional O Plano abrange sua comunicação? Desenhou-se um plano de comunicação? Tomaram-se medidas para evitar o “manuseio” das operações antes de seu tempo de materialização? Que parte do plano deve ser preservada (seqüência ação-comunicação) e qual deve ser difundida (seqüência comunicação-ação)? Qual o plano comunicacional para cada operação? A quê atores e estratos populacionais está dirigido? Qual é a relação expectativa criada – resultados prováveis? Jackson De Toni -

309 Curso de Planejamento Estratégico
Um bom plano comunicacional evita mal entendidos e falsas expectativas...! Jackson De Toni -

310 Curso de Planejamento Estratégico
8ª Prova: de eqüidade O plano é eqüitativo? A quem beneficia o plano? Como distribui os benefícios e os custos imediatos? Como distribui os benefícios e os custos no futuro? Este é um ponto crucial para o suporte político e ético do plano. Jackson De Toni -

311 Curso de Planejamento Estratégico
Síntese do problema de gestão: os quatro tetos da eficácia Jackson De Toni -

312 Curso de Planejamento Estratégico
Exemplo Jackson De Toni -

313 Sistemas básicos de uma organização viável
Curso de Planejamento Estratégico Sistemas básicos de uma organização viável (A) um sistema sensor-avaliador que detecta ameaças, oportunidades e problemas, filtra tais anormalidades e alimenta e define o foco de atenção do dirigente [monitoramento] (B) um sistema seletor e formulador de problemas, que filtra e define prioridades [direção política] (C) um sistema processador de problemas, que analisa causas e seleciona propostas de ação [processamento tecnopolítico] (D) um sistema de operação ou gestão, que gerencia a ação sobre a realidade [gerência] Jackson De Toni -

314 Curso de Planejamento Estratégico
Os processos do sistema de gestão Jackson De Toni -

315 Processos de suporte à direção
Curso de Planejamento Estratégico Processos de suporte à direção (1) A Agenda do Dirigente (urgências X importâncias). (2) Processamento técno-político na conjuntura (planejamento – direção -gerência). (3) Orçamento por Operações. (4) Prestação de Contas: (indicadores). (5) Gerência por Operações: permeia todos níveis da organização, flexível e modular. (6) Sistema de Condução de crises (sala de situações). (7) Sistema de Planejamento Estratégico. (8) Sistema de Monitoramento (sinais em tempo eficaz). (9) Escola de Governo (formação corpo dirigente). (10) Centros de Grande Estratégia (elaboração da grande estratégia). Jackson De Toni -

316 Curso de Planejamento Estratégico
AGENDA (1) PROCESSAMENTO TECNOPOLÍTICO (2) PROCESSAMENTO TECNOPOLÍTICO (2) CONDUÇÃO DE CRISES (3) PLANEJAMENTO DA AÇÃO ESTRATÉGICA (4) PLANEJAMENTO DA GRANDE ESTRATÉGIA (5) ORÇAMENTO POR PROGRAMA (6) MONITORAMENTO (7) COBRANÇA E PRESTAÇÃO DE CONTAS (8) GERÊNCIA POR OPERAÇÕES (9) ESCOLA DE GOVERNO (10) Jackson De Toni -

317 (1) A agenda do dirigente
Curso de Planejamento Estratégico (1) A agenda do dirigente Ações de menor probabilidade na agenda: muito consumidoras de tempo. prazo não é urgente ou postergável. sinal de atenção é silencioso. percepção indireta da importância (fora do foco) Problemas importantes (menor probabilidade): complexos, de difícil compreensão e análise. não se manifestam como problemas imediatos. A “jaula de cristal”: problemas tornam-se paisagem, o valor de uma proposta depende do tipo de porta-voz, a agenda reflete o foco da atenção, há uma cortina de ruído. Jackson De Toni -

318 Curso de Planejamento Estratégico
Alocação do Tempo Percentual 1. Atenção a problemas importantes 4% 2. Assuntos de ordem pública 7% 3. Gestão administrativa 12% 4. Relações políticas 16% 5. Rotinas e Protocolos 26% 6. Descanso e necessidades humanas 35% TOTAL 100% Fundação Altadir Jackson De Toni -

319 (r) 1994 Covey Leadership Center, Inc.
Curso de Planejamento Estratégico (r) 1994 Covey Leadership Center, Inc. Jackson De Toni -

320 A noção de tempo é relativa...
Curso de Planejamento Estratégico A noção de tempo é relativa... Entre tantas coisas urgentes e importantes, como podemos saber o quê devemos fazer? É ruim atuar muito no primeiro quadrante? Como conseguir tempo para dedicar ao segundoquadrante? E se em meu ambiente predominar o primeiro quadrante? Há alguma coisa no primeiro quadrante que pode ser deixada para depois? Jackson De Toni -

321 (2) O processamento técno-político
Curso de Planejamento Estratégico (2) O processamento técno-político Filtro cotidiano das rotinas e problemas secundários, defende as importâncias na agenda. É a apreciação situacional permanente (como um Observatório de Conjuntura). Funciona como um “escritório de planejamento”, interdisciplinar, de assessoria sistemática ao dirigente; Sistema de Informações: a base de dados é muito grande e a variabilidade é extensa. Sistemas de Inteligência: acesso aos fatos ou aos alarmes sobre os fatos. Jackson De Toni -

322 (3) Orçamento por Operações.
Curso de Planejamento Estratégico (3) Orçamento por Operações. O orçamento deve possibilitar vinculação entre os recursos financeiros e os resultados de gestão (ferramenta gerencial). Deve permitir a análise de eficiência e eficácia (recurso, produto e resultado). Nem todas operações orçamentárias correspondem às operações do Plano: transferências, provisões, subsídios, etc.). O plano deve ser desagregado para equivalência com a classificação do orçamento (projeto/atividade).... Jackson De Toni -

323 Curso de Planejamento Estratégico
(4) Prestação de Contas É sistema-chave para o “triângulo de ferro”. Diferença entre estatística e informação gerencial seletiva e intencional. Todo produtor de informação deve ser usuário da informação que produz. Deve referir-se a problemas e operações concretas, sistemático e universal. Efetividade depende: (a) aplicação rigorosa, (b) formalidade legal, (c) vinculação à estímulos positivos e negativos, (d) publicidade e (e) uso efetivo da fonte de informação. Jackson De Toni -

324 (5) Gerência por Operações
Curso de Planejamento Estratégico (5) Gerência por Operações Condição para o gerenciamento criativo e a descentralização de responsabilidades em toda organização. Implica em considerar a gerência por objetivos e de qualidade total. É um dos vértices do “triângulo de ferro”: se apoia na prestação de contas e na agenda. “o sistema de gerência por operações exige avaliação permanente da situação na conjuntura e supõe, portanto, que se compare constantemente a situação planejada com a situação real” C.M. Jackson De Toni -

325 (6) Sistema de Condução de crises
Curso de Planejamento Estratégico (6) Sistema de Condução de crises Quando os planos de contingência falham: (a) pessoal especializado, (b) sistema de informação e monitoramento, (c ) logística e infraestrutura e (d) domínio de técnicas específicas. Informação eficaz X informação em tempo real. “Sala de Situações” (Sala de Crises): isolamento da tensão gerada pela crise, concentração total nos eventos críticos, centro de “informação eficaz”, rápida análise e solução de problemas críticos (crises), só funciona como parte final do processo de planejamento estratégico. Tomada de decisão + comando direto Jackson De Toni -

326 Curso de Planejamento Estratégico
Simulações bem feitas ajudam (preparam) a enfrentar crises...controlar a ansiedade e evitar o pânico! Jackson De Toni -

327 (7) Sistema de Planejamento Estratégico
Curso de Planejamento Estratégico (7) Sistema de Planejamento Estratégico O sistema de planejamento é uma cadeia de vários elos (agenda - plano - grande estratégia), se a relação entre eles falhar, toda cadeia sistêmica se compromete: isolamento da liderança, divórcio entre a ação na conjuntura e a direcionalidade estratégica, imediatismo ou superficialidade do plano. Planejar na conjuntura é efetuar um cálculo de síntese, imediatamente anterior à ação, corretivo e adaptativo e submetido a pressões e conflitos. “o dirigente não escolhe entre alternativas previamente existentes; ele gera alternativas a partir da sua apreciação situacional” C.M. Jackson De Toni -

328 (8) Sistema de Monitoramento
Curso de Planejamento Estratégico (8) Sistema de Monitoramento Sistemas estatísticos (tradicionais): usuário indefinido, informação diversificada, atraso alto e permitido, informação não-perecível, produção centralizada e uso generalizado, informação primária. Sistema de Monitoramento: apoiado em indicadores, usuário definido, seletivo, tempo eficaz, feedback permanente, uso específico. Indicadores: (a) resultado das operações (b) VDP do problema (impacto). Sem monitoramento a prestação de contas não funciona. Jackson De Toni -

329 Curso de Planejamento Estratégico
Sistemas são só ferramentas... Cadê o indicador?? Jackson De Toni -

330 Curso de Planejamento Estratégico
(9) Escola de Governo Ferramenta básica para elevar a capacidade de governo. Forma um novo profissional tecnopolítico, especialista em “ciências de governo”. Disciplinas: Análise Estratégica e Situacional, Estudo de Atores Sociais, Análise de Problemas, Técnica de Cenários, Técnica de Simulação Histórica e Social, Estratégia de Negociação, Orçamento e Gerência por Operações, Gabinete do Dirigente, Administração de Conversações, Técnica de Jogos, Análise da Grande Estratégia, Teoria das Macroorganizações, Planejamento de Campanhas Eleitorais, Monitoramento da Gestão Pública, Reengenharia de Organizações Púlbicas,... Jackson De Toni -

331 (9) Escola de Governo - EGAP/FUNDAP- SP
Curso de Planejamento Estratégico (9) Escola de Governo - EGAP/FUNDAP- SP Curso de Especialização em Ciências e Técnicas de Governo (400 h/a). - CITEG: “contribuir para elevar a capacidade estratégica na ação governamental, visando a consolidação dos princípios da democracia”. Laboratório de Governo: Jogos e Práticas, Método PES, Processamento de Problemas, Oficina de Jogos e Oficinas Técnicas (Gabinete do Dirigente, Técnica de Cenários e Estratégias de Negociação). Desenho e Gestão de Programas Sociais (120 h/a) e Laboratório de Gerência Pública. Características: cursos modulares, técnicas de oficina e extensão, laboratórios experimentais, parceria com universidades e Ongs. Jackson De Toni -

332 (10) Centros da Grande Estratégia
Curso de Planejamento Estratégico (10) Centros da Grande Estratégia Função: explorar o futuro, construir cenários de longo prazo, processar macro-problemas, refletir sobre a grande estratégia. Sistema que detecta as grandes “encruzilhadas” que podem representar marcos na História e explora as possibilidades de oferecer opções críticas de longo alcance. “na grande estratégia os adversários somos nós mesmos, nossos defeitos, ..., nossas incapacidades organizacionais, nossa falta de personalidade,...de imaginação e de visão de futuro, nossa cultura agringalhada e nossa paixão superficial pelas modas “ C.M. Jackson De Toni -

333 Sinergias e sistemas de apoio
Curso de Planejamento Estratégico Sinergias e sistemas de apoio Petição de contas: participação popular e legislativo Planejamento sistemático  capacidade de governar Agenda de importâncias na Alta direção Descentraliza planejamento p/os órgãos Gerência por Operações Monitoramento por indicadores Democratização & eficiência Jackson De Toni -

334 Reforma ou capacidade constante de reforma ?
Curso de Planejamento Estratégico Reforma ou capacidade constante de reforma ? A reforma do Estado só é sustentável como força endógena, auto-dinamizadora. Uma auto-reforma contínua é melhor que uma convulsão intermitente: o tempo útil é maior e os custos políticos são menores. O eixo da reforma é a inovação constante na produção de serviços ao cidadão: (a) depende do capital cognitivo, (b) da existência de estímulos e penalizações. A focalização nos serviços já prestados fixa limites à ação inovadora. 1° nível: análise e enfrentamento do problema. 2° nível: dissolver o problema, mudar o produto. 3° nível: redefine o problema, questiona a demanda. Jackson De Toni -

335 Na América Latina as reformas produziram três resultados indesejados:
Curso de Planejamento Estratégico (a) Fragilizaram a capacidade de ação do setor público. (b) Não estruturaram as carreiras públicas. (c) Difundiram métodos de gestão estranhos à lógica pública. Na América Latina as reformas produziram três resultados indesejados: Jackson De Toni -

336 O desenho organizativo
Curso de Planejamento Estratégico Toda organização tem uma “tecnologia institucional de produção” de bens, serviços e regulações, nos processos: (a) produção com base em fornecimento externo (b) produção com base em auto-abastecimento (c) produção para a demanda externa (d) os microprocessos de produção (gerenciar a máquina!) Numa organização eficaz a dinâmica de produção é liderada pelos produtos finais ao cidadão. Numa organização burocratizada a qualidade da produção final está condicionada pela produção intermediária (o custo de carregamento da máquina institucional): baixo índice de “eficiência institucional”. Processos de “reengenharia” devem ser adotados em conjunto com o PES de forma radical e total. Jackson De Toni -

337 Curso de Planejamento Estratégico
A “fricção burocrática”...las trabas... “Deficientes e excessivas regulamentações sobre procedimentos intermináveis, manejados por verdadeiros zumbis burocráticos completamente insensíveis ao tempo, à qualidade, à oportunidade e aos resultados, infectam e travam processos simples. Detém e entorpecem a contratação de pessoal, o processo de compras e insumos, ..., a contratação de serviços e obras, o processamento de contratos, a elaboração de licitações..., a contabilidade orçamentária, a tomada de decisões...esta massa de pequenas ineficiências se acumula até criar um obstáculo gigantesco que desgasta e deteriora a gestão dos problemas intermediários e finais. “ “Los tres cinturones del Gobierno, C. Matus Jackson De Toni -

338 Curso de Planejamento Estratégico
LABORATÓRIO 5 Debater o “triângulo de ferro” das organizações. Debater os sistemas de suporte à direção. Definir desenho básico: sistema de prestação de contas, funcionamento do Comitê de Planejamento e Gestão, desdobramento do plano nas áreas (divulgação e detalhamento). Definir a melhor trajetória das Ação (Matriz de Apoios). Fazer avaliação crítica do processo de planejamento (seminário de planejamento). Jackson De Toni -

339 Papel de um “Escritório de Planejamento”
Curso de Planejamento Estratégico Papel de um “Escritório de Planejamento” Alimentar o planejamento modularmente. Identificar e processar problemas bem-estruturados, normatizando a ação gerencial. Tratar os macro-problemas centralizadamente. Coordenar o “balanço de governo” com as áreas operacionais. Fornecer apoio metodológico às unidades descentralizadas (não planejar por elas !!!) Dar suporte à agenda do dirigente (filtro de importâncias). Dar suporte ao sistema de pedido e prestação de contas. Manter o sistema de monitoramento. Assegurar encaminhamento técnico e politico das decisões. Atualizar o acompanhamento dos cenários. Jackson De Toni -

340 A metodologia de moderação de grupos no PES
Curso de Planejamento Estratégico A metodologia de moderação de grupos no PES Quem conduz o processo de planejamento ? Quem e como se moderam processos de planejamento grupais e participativos ? Quais são as melhores técnicas de moderação ? Moderar é facilitar processos comunicativos, distinguindo tipos de conversação, fomentando a capacidade de escutar e priviligiando a visualização coletiva. Princípios: respeito às pessoas, transparência do processo, autonomia do grupo, participação e igualdade de todos. Jackson De Toni -

341 A metodologia de moderação de grupos no PES
Curso de Planejamento Estratégico A metodologia de moderação de grupos no PES O processo grupal: fases, tipos, dinâmicas, movimentos corporais, etc… Técnicas de Visualização: uso de cartelas. Elaborar “fios condutores”: perguntas encadeadas para atingir resultados previstos em cada fase do planejamento. O perfil do moderador: domínio metodológico e inteligência emocional. Tópicos especiais: o “contrato com cliente”, a ambientação e organização, o momento inicial, a preparação do roteiro, o fechamento e o relatório final. Referência: “H+K Desenvolvimento Humano e Institucional” Jackson De Toni -

342 Erros mais comuns do assessor em planejamento
Curso de Planejamento Estratégico Erros mais comuns do assessor em planejamento Achar que todos problemas do governo podem ser explicados pela falta de planejamento ou por que os dirigentes não tem método ou vontade política ! Achar que a técnica é uma coisa e a política outra, propensão ao tecnocratismo. Alimentar a ilusão de que há um único método correto de planejar e avaliar políticas. Confundir apoio tecnopolítico com apoio emocional. Aceitar missões impossíveis: quem dá a missão dá os meios! Forçar prioridades na agenda: não guardar uma “distância segura” do dirigente, insensibilidade para ritmos desiguais. Ultrapassar os limites do espaço de aceitabilidade do líder: um assessor desempregado é um assessor inútil! Jackson De Toni -

343 Curso de Planejamento Estratégico
“...O congelamento da minha forma de conhecer corre paralelamente à estagnação dos conceitos que manejo. Se durante 25 anos não pude renovar minha teoria de planejamento, isso deve-se ao fato de não ter podido ampliar o vocabulário da teoria social através da qual me aproximo do mundo...se fixo minha capacidade de conhecer o mundo, congelo meu vocabulário, se congelo meu vocabulário, fixo minha capacidade de conhecer o mundo...o mundo dos homens é do tamanho do seu vocabulário, dos conceitos que conhece...” C.Matus Jackson De Toni -

344 Principais livros de Carlos Matus
Curso de Planejamento Estratégico Principais livros de Carlos Matus (1993) Política, Planejamento & Governo (TOMOS I e II), IPEA, Ministério do Planejamento, Brasília. (1996) Estratégias Políticas: Chipanzé, Maquiavel e Gandhi, FUNDAP, São Paulo. HUERTAS, F. (1997) Entrevista com Matus, o Método PES. Edições Fundap,São Paulo. (1997) Los três cinturones del gobierno, Fondo Editorial Altadir, Caracas (Venezuela). (1997) Adeus, Senhor Presidente, Governantes e Governados, FUNDAP, São Paulo. (2000) O Líder sem estado Maior, FUNDAP, São Paulo. (2005) Teoria do Jogo Social, FUNDAP, São Paulo. Jackson De Toni -

345 Curso de Planejamento Estratégico
Este documento não está sujeito a copyright. Os direitos de tradução, reprodução, reuso de figuras, citações, reprodução de qualquer forma, armazenagem em sistemas de informação, inclusive na Web, estão autorizados desde que citada a fonte. O uso de nomes registrados, marcas, figuras de outras publicações etc. neste documento não implica que estes objetos deixam de estar sujeitos às leis de proteção da propriedade intelectual aplicáveis em cada caso. Jackson De Toni -


Carregar ppt "Curso de Planejamento Estratégico"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google