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Showrnalismo: a notícia como espetáculo José Arbex Junior

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Apresentação em tema: "Showrnalismo: a notícia como espetáculo José Arbex Junior"— Transcrição da apresentação:

1 Showrnalismo: a notícia como espetáculo José Arbex Junior

2 Conhecendo a obra Lançado em 2001 pela editora Casa Amarela.
294 páginas divididas em 5 capítulos. Apêndice- Não recomendado à mídia grande 2 prefácios: Um do autor e outro feito por João Pedro Stedile ( Em boa hora)- Membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

3 Showrnalismo I- Memórias e histórias III- Folha de São Paulo
Telenovela ou a domesticação do imaginário O império das corporações Auschwitz cultural O indivíduo na era do clichê Ricupero, amoroso Frankenstein Linguagem e mundo Um show de amnésia e memória II- Fatos e notícias De como a televisão contamina a cultura “ O fato como ele conheceu” Guerra do Golfo: o “ bem” contra o “ mal” O estrangeiro, a “peste” da globalização Limite da construção dos fatos III- Folha de São Paulo IV-Nuestra América Nicarágua: teologias em crise Haiti: barreiras do preconceito Paraguai: ameaças e o show União Soviética Crônica de um ilustre desconhecido 1917, marco estrutural da nossa época Gorbatchov e a mídia: falsa “familiaridade” Congresso do povo: ares de liberdade Cai o império Estado de direito versus razão de Estado Uma conversa com Gorbatchov

4 Conhecendo o autor José Arbex Júnior é jornalista.
Foi correspondente do Jornal Folha de São Paulo em Nova York (87) e em Moscou (88-91). Doutor em História Social pela USP, Professor do Curso de Pós-Graduação de Jornalismo Internacional da PUC-SP, editor da Revista Caros Amigos, Prêmio Wladimir Herzog de Direitos Humanos (99) e autor de 30 livros entre os quais: Narcotráfico - um jogo de poder nas Américas; Islã - um enigma de nossa época e Cinco Séculos de Brasil - Imagens e Visões.

5 Introdução Tempo histórico X Tempo subjetivo.
Memória coletiva X Memória individual. Espetacularização da notícia tendo as mesmas regras de um show.

6 3 questionamentos? Qual a diferença, do ponto de vista do meu conhecimento sobre um acontecimento qualquer, entre tê-lo presenciado “em carne e osso”, ter tomado conhecimento por meio da leitura do jornal ou tê-lo visto por meio da tela de televisão? Como a televisão e a imprensa escrita criam metáforas que “explicam”o mundo, transformando-as em convicções individuais? Até que ponto a mídia tem o poder de sedimentar como “a” realidade ( isto é, como “fatos que realmente aconteceram”), na memória coletiva, as imagens que fabrica dos eventos( isto é, as imagens por ela selecionadas e editadas)? E, finalmente, quais as implicações políticas, econômicas e sociais do poder adquirido pela mídia na sociedade contemporânea? Ou: até que ponto os meios de comunicação de massa são uma força determinante nos rumos dos fatos históricos ( isto é, da história pública, do evento político)?

7 Telenovela ou a domesticação do imaginário
Ficção X Realidade Ilusão da participação interativa (opinião pública) Informação X Entretenimento Telejornalismo X Mensagens publicitárias Guerra do golfo: lembrança das cenas “espetaculares” e da guerra limpa

8 O império das corporações
Investimento em novas tecnologias X Dependência dos anunciantes e dos sistemas de crédito. Mídia antes: instituição de pessoas privadas enquanto público Mídia agora: instituição de determinados membros do público enquanto pessoas privadas Publicidade: suporte e alavanca de valores ideológicos.

9 “A televisão é um pólo ativo do processo de seleção e divulgação das notícias e também dos comentários e interpretações que delas são feitas. Ela não é mera ‘observadora’ ou ‘repórter’: tem o poder de inferir nos acontecimentos. O tele-noticiário diário adquiriu o estatuto de uma peça política , cuja lógica é determinada pelas relações de cada veículo da mídia com o sistema político, financeiro e econômico do país ou região em que ele se encontra.”

10 De como a televisão contamina a cultura
Notícia: resultado de um pacto de cumplicidade ( Mídia X Mercado) A notícia, como produto final, é o resultado de um pacto de cumplicidade: o mercado se vê refletido por uma mídia que, por sua vez, dá visibilidade aos eventos que reforçam a estrutura de mercado. Transformação de um fato em notícia Um efeito imediatamente visível é a adoção de cores, diagramação “leve”, a ampla utilização de mapas e boxes didáticos, o aumento no tamanho do corpo dos caracteres, a recomendação aos colaboradores no sentido de escreverem parágrafos mais curtos etc. Em outros termos, a transformação de “fato” em “notícia” passa pela sanção do mercado.

11 De como a televisão contamina a cultura
Mídia: criação de um estado hipnótico A mídia cria diariamente a sua própria narrativa e a apresenta aos telespectadores- ou aos leitores- como se essa narrativa fosse a própria história do mundo. Os telespectadores, embalados pelo “estado hipnótico”diante da tela de televisão, acreditam que aquilo que vêem é o mundo em estado “natural”, é “o ” próprio mundo. Ícones da mídia: grandes marcas de consumo Essas marcas e símbolos atingem os mais distintos pontos do planeta, excitando o desejo, educando percepções, alterando os ritmos e as rotinas do cotidiano construídos por tradições locais e regionais.

12 “O imaginário construído pela mídia é composto por uma vasta rede de símbolos e signos, de referências culturais, sociais, políticas e artísticas que prefiguram a constituição de uma espécie de memória coletiva ‘globalizada’ em um mundo cada vez mais desterritorializado”

13 “ ‘Fatos’ e ‘notícias’ não existem por si só, como entidades ‘naturais’. Ao contrário, são assim designados por alguém ( por exemplo, por um editor), por motivos ( culturais, sociais, econômicos, políticos) que nem sempre são óbvios. Mas essa operação fica oculta sob o manto mistificador da suposta ‘objetividade jornalística’ ”

14 “A convivência da amnésia com a memória coletiva é o mecanismo para o jogo praticado pela mídia - a qual, basicamente, constitui um imenso banco de dados que , aparente paradoxo, aposta permanentemente no esquecimento como condição básica para apresentar o ‘velho’, o ‘já visto’como o ‘sempre novo’ ”

15 Interpretação X Objetividade
Observador X Fatos ( resultado de eventos) ....se é verdade que a escolha de um evento e de um determinado ponto de vista para analisar o evento depende integralmente do observador, isso não significa que ele tem o poder de alterar livremente os fatos. Verdade da notícia- entendida de duas formas: ela é um texto(um discurso sobre determinado evento) e também uma tessitura expressiva que remete a um dimensão extratextual, ao fato propriamente dito) ...apreender uma notícia significa , em primeiro lugar, entender a notícia ou entender-se ao seu respeito e, apenas em segundo lugar, apreender aquilo que é noticiado.

16 A imprensa escrita X A televisão
A influência da televisão na imprensa escrita A imprensa escrita adotou uma série de procedimentos destinados a “competir com a televisão”( textos curtos, parágrafos pequenos, letras em corpos garrafais, fotos coloridas) de tal forma que o leitor não se sinta “cansado” e possa ler de maneira mais rápida e mais cômoda possível. Assim, o leitor de jornal está exposto ao impacto da televisão, mesmo que não seja um telespectador.

17 “A mídia conquistou, de fato, a capacidade política e tecnológica de ocultar até genocídios de grandes proporções. Esse dado coloca, com urgência, as indagações sobre o futuro dessa perigosa articulação de interesses entre as grandes corporações da mídia e o estado”

18 Adjetivações X Jogos de interesses
O preconceito contra os sérvios .... Os sérvios são maus por serem culpados de uma “herança maldita”: são aliados históricos dos russos ; seu alfabeto é cirílico, e portanto seus caracteres não são reconhecíveis no Ocidente; geograficamente , a Sérvia está no extremo oriente da Europa; sua religião, ortodoxa, carrega o peso da dissidência da Igreja Católica Apostólica Romana, ao passo que os muçulmanos são apenas “infiéis” e os croatas são cristãos ocidentalizados. Os sérvios são em geral descritos nas reportagens como “resquícios do Império Romano”, os oficiais sérvios como “generais ex- comunistas ortodoxos”. Os sérvios são “orientais”, “bizantinos” e “ortodoxos”, ao passo que os croatas são “ocidentais”, “nacionalistas”, “ocidentalizados”, “ricos”e os que mais desenvolveram um estilo de estado democrático ocidental.

19 “Todos os preconceitos construídos pela mídia contra os sérvios durante a cobertura da Guerra da Bósnia foram novamente mobilizados na cobertura da Guerra do Kosovo. Por meio da propagação midiática, os fatos inscritos na memória coletiva (nesse caso, a constatação de que os sérvios representavam o mal) tornam-se visíveis pela televisão e analisados pelos jornais impressos.”

20 Folha de São Paulo O Projeto Folha
Implantado na década de 80 porém já existia desde a década de 70. Sintaticamente significou a adoção do discurso-para-o-mercado. Caracterizava a notícia como mercadoria, destinada a gerar lucros. Saneamento ideológico da redação.

21 Folha de São Paulo Democracia X Autoritarismo
A Folha de São Paulo aparecia, aos olhos da sociedade, como porta-voz da democracia, ao mesmo tempo em que, internamente, praticava uma política autoritária de rígido controle industrial e ideológico. O “paradoxo”, apenas aparente, resolve-se com a constatação de que a FSP apenas adotou a estratégia de transformar a democracia em marketing.

22 A sedução feita pela Folha
Aposentou a máquina de escrever e adotou o terminal de computador na redação ( abril de 1983). Produção efeitos visuais na forma de apresentação do jornal e reformas gráficas introduzidas ao longo dos anos 80. Transformação da redação em uma linha industrial de produção em série. Controle maior sobre a produção de um texto- adoção de um manual de redação. Conseqüências: demissões em massa para aqueles que não conseguiam o “bom desempenho”.

23 “A FSP é reflexo impresso de uma organização centralizada, dotada de um programa ideológico,formulador de um práxis que impõe aos seus funcionários (de quem exige ‘fidelidade’) e com objetivos estratégicos claramente delimitados.”

24 “Liberdade de imprensa é confundida com liberdade de empresa,mas a liberdade é pública, assim como o seu exercício e não pode ser privatizada.”

25 Nicarágua: teologias em crise
Guerra na Nicarágua: resultado das pressões de Washington. A guerra civil que se desenvolveu na Nicarágua nos anos 80 foi, muito mais , resultado das pressões de Washington, que formou e armou o exercito dos “contras” como ficaria estabelecido as investigações dos escândalos Irã-Contras, em 1967.

26 Haiti: barreiras do preconceito
Queda do governo do presidente Jean Claude. Era de incertezas Jogos de poder políticos comandados por Washington As advertências recebidas por Arbex Desprezo pela América Latina

27 “O maior problema, para o pensamento crítico, é tornar visível não apenas o oculto, censurado ou ausente como texto ou imagem, mas o que as tecnologias da informação tornam aparente visível por um processo de exposição extrema que, fingindo tudo mostrar, de fato nada revela.”

28 Paraguai: ameaças e o show
Sintomas da decomposição da ditadura de Alfredo Stroessner. Começava a aparecer os primeiros sintomas de decomposição da ditadura de Alfredo Stroessner( entre os quais, os constantes atritos do governo paraguaio com a embaixada dos Estados Unidos), até como resultado do impacto do fim regime militar no Brasil. Cobertura caracterizada por um aspecto “sensacional”. Pirotecnia: superficialidade Se a ditadura foi denunciada, os milhares de indígenas que estavam sendo exterminados ganharam pouca ou nenhuma visibilidade; a vida cotidiana dos paraguaios- sobre o que conversavam, seus problemas diários, que imagem tinham de si mesmos e do Brasil, que projeção faziam do seu próprio passado e futuro etc.- permanecia tão desconhecida dos leitores como sempre fora.

29 “De uma forma ainda bastante incipiente, difusa e confusa, eu começava a perceber que a mídia, mesmo quando relatasse acontecimentos reais, criava meras fabulações simplificadas, com o objetivo de oferecer aos leitores\ telespectadores alguma sensação de ordem em relação a um mundo, de fato, complexo em demasia.”

30 União Soviética Mikhail Gorbatchov- a percepção simplista e unilateral divulgada pela mídia. É impossível compreender a “era Gorbatchov” e o seu significado para o mundo mediante a utilização de rótulos tão grosseiros. Para entender o que realmente se passou na União Soviética, nos anos 80, é preciso indagar com seriedade a própria história soviética, e não tratá-lá como mero “acidente de percurso”. Gorbatchov foi, ele próprio, um resultado da história soviética e não um dirigente a ela estrangeiro, “ocidentalizado”, portador de uma perspectiva “liberal”ou hostil ao regime implantado em 1917. Capitalistas X Socialistas ( O Bem X O Mal) ... o surgimento da União Soviética criou uma polarização ideológica e moral ( entre “capitalistas”e “socialistas”, entre o “Bem “e o “Mal”) que fez do século XX um século de “lutas religiosas”

31 1917, marco estrutural de nossa época
Revolução Russa Nenhum macroevento cultural, político e social do mundo contemporâneo pode ser adequadamente analisado sem levar em conta a história e os destinos da Revolução de Todos os setores da vida, da arte e da cultura foram imediatamente afetados pela revolução de criatividade. A explosão da arte abordada pelo advento do Stalinismo Em 1924 ( morte de Vladimir Ilitch Lênin) e 1938 ( Fim doa Processos de Moscou), Josef Stalin eliminou completamente qualquer possibilidade de oposição ao seu poder político, que passou a ser absoluto.

32 “Stalin, em síntese, governou a União Soviética com os mesmos poderes absolutos e a mesma sanha terrorista com que os antigos czares governavam a Rússia”

33 Guerra Fria A permanente sombra do “holocausto nuclear”( o botão vermelho ) O Bem X O Mal ... A Guerra Fria elevou ao máximo de tensão a simbologia religiosa do “Bem”contra o “Mal”, pólos que mudavam os sinais conforme a propensão ideológica do narrador da fábula. Destruição da credibilidade do discurso político ( os líderes falavam em “Paz”, mas engordavam os estoques nucleares) Esvaziamento do diálogo entre pensamentos distintos Desenvolvimento da tecnologia

34 Gorbatchov e a mídia: falsa “familiaridade”
Explorado pela mídia devido a sua aparência ocidental. Falsa impressão de que ele era um líder bem conhecido, interpretado e compreendido. Perestroika e Glasnost Formação e eleição do Congresso de Deputados do povo (CDP). A declaração da “moratória nuclear-”a suspensão imediata e total dos testes nucleares subterrâneos, para fins civis e militares. Estimulou debates, liberdade de imprensa, as manifestações políticas, a liberdade de criação, libertou presos políticos.

35 “Em muitos aspectos, Gorbatchov foi tão mal compreendido e falsamente conhecido quanto a própria Guerra fria”

36 “ Gorbatchov acreditava que poderia construir um Estado de direito na União Soviética - e esta era o objetivo central de sua estratégia. Não via antagonismo entra ‘socialismo’e ‘liberdade’. Acreditava na possibilidade de um ‘mercado regulado’, compatível com a justiça social. Coerente com suas convicções, Gorbatchov nunca reprimiu os opositores ( ao contrário, liberou os presos políticos); nunca enviou tropas para sufocar manifestações; nunca invocou a razão de Estado para sufocar o Estado de direito.”

37 Conclusões do autor

38 A era do showrnalismo Manipulação do imaginário coletivo
Interesses da empresa no que podem ou não ser divulgados Mídia: o megainvestimento Mídia X Cultura ( Preconceitos) Golfo: entrada da tecnologia na era do show

39 Brasil Desigualdade social: enquanto as principais redes de tv tem um público de 60 milhões os três principais jornais apresentam um público leitor de apenas 7 milhões. O Estado exerce um grande poder de uniformizar e impor a informação.

40 “Na mídia contemporânea, a imagem fabricada não se limita a ‘embelezar’ a dura realidade da vida, mas a substitui pela relação entre homem e a vida encenada pela mídia.”

41 “A mídia produz a abolição da memória mediante a substituição pelo show da memória”

42 Iraque, a guerra permanente: a posição do Regime Iraquiano Patrick Denaud

43 Conhecendo a obra 256 páginas.
9 capítulos mais 5 anexos (Cronologia sumária das crises, O Conselho de Segurança da ONU, Resoluções do Conselho de Segurança, Resolução 661 e Resolução 687). A Guerra interna no Iraque. Entrevistas com Tarek Aziz mostrando a posição do regime iraquiano.

44 Conhecendo o autor Ex-correspondente de guerra da cadeia americana CBS News. Jornalista e escritor, Patrick foi durante vários anos correspondente de guerra para a cadeia americana CBS News. Especializado no mundo muçulmano e nas zonas de conflito, ele colabora na realização de documentários para a televisão.

45 Quem é Tarek Aziz? Cristão em um país árabe.
Viveu os primeiros anos de sua vida em um povoado curdo, Batofa, perto de Mossoul. Diplomata de uma nação constantemente em guerra. Negociador com uma inspiração brutal. Ministro das Relações Exteriores do Iraque em 1983. Atual membro do Conselho da Revolução. Último representante dos jovens revolucionários baasistas que chegaram ao poder em 1968. Serve de ligação entre o Iraque e a Comunidade Internacional.

46 Bagdá, verão 1999.

47 Bagdá antes do embargo Sistema de assistência social. Ensino gratuito.
Serviços de saúde gratuito. Ajuda de custo a todo cidadão que estivesse na miséria ( 40 dinares- 120 dólares)

48 “O embargo que devia, segundo os americanos, visar o regime de Saddam Hussein, atinge, na realidade, todo um povo e não muda a realidade política do país.”

49 O Iraque após o embargo da ONU
Bagdá não está mais acessível por avião. Várias horas por dia a energia elétrica é interrom-pida e não há água nas torneiras. Hoje em dia não se fala mais em Dinares mas em papéis. O povo vive de combinações, pequenos tráficos, para conseguir se alimentar corretamente. Nas ruas de Bagdá encontra-se crianças abandonadas, mendigos e prostitutas. A situação sanitária piora a cada dia.

50 O Iraque após o embargo da ONU
Nos hospitais existe um andar reservado para os doentes contagiosos atingidos por cólera. Milhares de bebês morrem por falta de cuidados. Crescimento no analfabetismo. Aumento na criminalidade e agressões.

51 “Em nenhuma parte da Carta da ONU está escrito que a organização tem o direito de tornar um povo faminto e de ter o poder de polícia impondo sanções.”

52 Algumas questões abordadas por Tarek Aziz
Março de Mídia acusa Iraque de ter usado gás contra curdos. Segundo Teerã, os bombardeios na região de Halabja, no Kurdistão iraquiano, fizeram cinco mil mortos e um igual número de feridos em um único dia , sexta-feira passada. [...] O Iraque reconheceu implicitamente no sábado, 26 de março, ter utilizado armas químicas [...] Le Monde, 29 de março de 1986 Tarek rebate a acusação da mídia afirmando que não foi usado contra civis em Halabja. Halabja foi bombardeado por bombas clássicas, enquanto sede militar e não enquanto povoado. Os que os iraquianos mataram, morreram em bombardeios clássicos, não por causa do gás.

53 Baas Partido político oriundo do movimento fundado na Síria aproximadamente em 1940. Fundado por Michel Aflak e Salah al- Din Bitar 1963: pela primeira vez chega ao poder no Iraque. governando apenas 9 meses. Ala “militar”e ala “civil”. Em 1963, o Baas chegou pela primeira vez ao poder no Iraque, através de uma revolução que havia sido planejada e dirigida por civis. Os militares foram os braços e as pernas da mesma, mas os civis eram a sua cabeça.

54 Baas A influência do Baas
O partido Baas está igualmente próximo às escolhas políticas, sociais e ideológicas dos países que insistem na identidade islâmica. Efetivamente, uma vez que que essa identidade seja aprofundada entre os povos desses países, seus esforços unem-se aqueles dos árabes no seu combate contra o sionismo.

55 Hafez el- Assad e outros cinco jovens oficiais vem do Egito para o Iraque. Organizam um comitê militar secreto e baasista. Contrario aos seus fundadores esses jovens tem origem rural e modesta ligado as reformas socialistas. 1966, tomam o poder expulsando a velha guarda do partido.

56 “O regime iraquiano é um regime nacionalista socialista que acredita nos princípios do partido Baas [...]. Por outro lado, visto que o regime iraquiano é revolucionário e socialista, ele se mostra mais satisfeito quando os países vizinhos são governados por regimes próximos quanto a princípios e tendências.”

57 Iraque X Kuwait Início: complô kuwaitiano organizado pelos americanos.
Iraque invade o Kuwait em uma ação defensiva. Endividamento iraquiano por causa da guerra contra o Irã. Superprodução de petróleo causando uma queda no seu valor piorando a situação iraquiana. Iraque após a guerra contra o Irã conseguiu criar um equilíbrio militar diante do Irã e Israel. Objetivos: empobrecer o Iraque e colocar um freio nos seus programas de desenvolvimento. Criar uma preocupação com a segurança alimentar.

58 Saddam Hussein Não é militar, ele tem o título de marechal enquanto chefe de estado mas é de origem civil. Na revolução de 1968, ele era estudante de direito. Sempre foi muito desconfiado com relação às forças armadas que fizeram muitos golpes de estado no Iraque. Dá aos iraquianos a impressão de estarem protegidos.

59 “Os iraquianos amam Saddam Hussein porque ele é um líder justo e corajoso.”

60 Reflexões sobre a ordem mundial
Intervenção da OTAN na Iugoslávia. O regime sérvio era o único poder independente na Europa, com relação a política americana.[...]Um país apaziguado pelo Ocidente que lhe dava créditos, toda espécie de ajuda e recebia com grande pompa seus dirigentes. Porque ela era um dos únicos países comunistas independentes com relação a Moscou.[...] Quando o regime soviético afundou, a Iugoslávia manteve a sua independência , ficando fora do sistema atlântico. De repente ela se tornou insuportável para os Estados Unidos. A Iugoslávia cometeu erros certamente,mas estes foram aumentados desmensuradamente, sempre por causa das câmeras de televisão que se deslocam pelo mundo seguindo as trilhas do fronte que provêm de decisões estratégicas. As câmeras empunhadas sobre a Iugoslávia eram câmeras políticas, para aplicar uma estratégia. Um albanês morto na Iugoslávia era uma informação que dava volta ao mundo. Mas de dez mil pessoas massacradas em Serra Leoa, isso não era uma informação.

61 “Em 1991, elas (as câmeras de televisão) estavam na Somália
“Em 1991, elas (as câmeras de televisão) estavam na Somália. Todos os dias, mostravam imagens de crianças com o ventre inchado, coberto de moscas, agonizando ou dormindo. Após a retirada das tropas americanas, as câmeras partiram também. Faz agora sete ou oito anos que não sabemos mais nada da situação da Somália, quem matou, quem é morto ou violentado.[...] O mesmo para o Haiti, onde os americanos parecem ter encontrado uma solução para sua conveniência, pois não sabemos mais nada do que acontece nesta ilha: democracia, direitos humanos, matanças, assassinatos?”

62 Guerra na Croácia, na Bósnia e em Kosovo
Guerras étnicas e culturais O Kosovo é sérvio desde os tempos mais antigos que viram a criação do primeiro Estado sérvio. Com o tempo, os albaneses tornaram-se majoritários, o que não significa que eles não tenham o direito a fazer secessão. Em contrapartida, eles têm o direito de ser iguais aos sérvios e de não sofrer tratamento discriminatório. A afabilidade comunista, que permitia às populações da ex- Iugoslávia viverem juntas, não existem mais. Os conflitos são étnicos e mostram o confronto de três civilizações que entram em confluência nesta região do mundo: os ortodoxos, os muçulmanos e os católicos. As guerras de hoje parecem não ser ideológicas, mas étnicas e culturais.

63 “Quando um país caminha para os interesses americanos, estes fazem de tudo para dividi-lo internamente, jogando em cima divergências étnicas ou religiosas. Eis o que fazem com o Iraque principalmente.”

64 “É preciso dizer que, historicamente, nunca houve conflito entre xiitas e sunitas.”

65 “No Iraque, com um regime moderado e sem intervenção estrangeira, o país conservará suas estruturas sociais que fazem a sua particularidade e sua riqueza. Pois o Iraque é uma entidade sólida muito antiga.”

66 As relações do Iraque com os EUA
Tentativa de dominação do Iraque pelos EUA após o enfraquecimento da região soviética. Objetivo: controlar uma zona geográfica que obtém sua importância nas enormes reservas de petróleo em seu subsolo. ...após o enfraquecimento da região soviética, eles decidiram dominar a região. Essa é a razão de sua agressão em Sua estratégia é controlar totalmente uma zona geográfica que obtém sua importância das enormes reservas de petróleo que se encontram no seu subsolo. O Iraque é o único país do Oriente Médio a ser independente com relação aos EUA.

67 Os iraquianos que deixam o Iraque
Dificuldades por causa do embargo. Não deixam em razão de discriminação ou um problema social. Melhores condições de vida. Solidariedade ao Iraque atual. Apoio a Saddam Hussein.

68 Talibãs no poder Destruição de tudo. Obscurantismo.
Não tem um futuro certo. Não podem servir de exemplo. Retorno a idade média. O que ocorre atualmente nesse país é um absurdo, tanto em nível ideológico, quanto político e militar. Todo movimento político, qualquer que seja sua ideologia, deve ter como objetivo melhorar o destino de seu povo e desenvolver seu país.Os talibãs destroem tudo: os hospitais, as escolas, as usinas etc... Eles levam seu país ao obscurantismo, fazendo-o dar um pulo para trás, que o faz voltar a idade média. Eu acho que tais movimentos políticos não podem ter um futuro certo. Eles, em todo caso, não podem servir como exemplo.

69 Iraque, agosto de 2002.

70 O que mudou? Fornecimento de energia funciona melhor.
Lojas bem abastecidas. A moeda iraquiana afundou. Reino do “se vira”: professor de manhã e a tarde taxista. Prostituição nos campi universitários para melhorar de vida. Hospitais: faltam alimentos e estruturas adaptadas para cuidar das crianças.

71 2002: O Iraque e o embargo O povo iraquiano está habituado agora a viver sob o embargo. O estado de choque foi atenuado. Crescimento na agricultura, industria, comércio e dos serviços. Iraquianos vivem melhor que há sete anos.

72 11 de Setembro Acontecimento interno.
Iraque não tem ligações com Osama Bin Laden. Bin Laden tentou prejudicar a América por próprios meios, por seu próprio método. Divergências de idéias e ideologias. Nós não cremos no fanatismo religioso, nem no uso da religião para realizar objetivos políticos, é porquê, essencialmente , não há aproximação de idéias, de ideologias entre nós e Bin Laden.

73 “Os Estados Unidos são um país imperialista de natureza agressiva.[...]. A América é governada por um establishment capitalista ávido, que aproveita todas as ocasiões para impor sua hegemonia em todo lugar, na Europa, na Ásia, na pátria árabe, na América do Sul.”

74 “Hoje, o governo americano gasta menos para o ensino, a saúde, os serviços sociais do que para o Pentágono. Todo esse dinheiro é dado a sociedades próximas ao governo que produzem armamentos e munições. Depende então do interesse desses estabelecimentos, de seu interesse financeiro particular, criar um sentimento de perigo, de angústia nos americanos para que eles aceitem esses gastos em vez de reclamar contra a diminuição dos orçamentos para o ensino e para a saúde.”

75 Porquê tomar como alvo o Iraque?
Estabelecer uma ligação entre o Iraque e aqueles que eram apontados como terroristas. Os americanos não acharam nada que incriminasse o Iraque. Intervir no Afeganistão tem uma certa lógica porque Bin Laden vive lá protegido pelos talibãs. Não há provas nem elemento - algo fictício. Interesse em se apossar do petróleo do Iraque. Derrubar Saddam Hussein. O regime iraquiano não tem nada a ver com os atentados de 11 de setembro. Porque eles querem mudar nosso governo? Para implantar um regime às suas ordens, um regime servil, satélite, que lhes dará a oportunidade de impor seu domínio econômico e político sobre o Iraque.

76 “Como querem se apossar do petróleo do Iraque, eles se utilizam dos acontecimentos de 11 de setembro para fazer a desinformação, alimentada por mídias possuídas por sociedades de armamento. Eis a verdade...”

77 “Esta questão das armas de destruição em massa é utilizada como um pretexto para enganar o opinião pública mundial.”

78 “Mintam, mintam, até que todos acreditem em vocês” Goebbels


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