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CASO CLÍNICO: HOMEM DOS LOBOS HISTÓRIA DE UMA NEUROSE INFANTIL

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Apresentação em tema: "CASO CLÍNICO: HOMEM DOS LOBOS HISTÓRIA DE UMA NEUROSE INFANTIL"— Transcrição da apresentação:

1 CASO CLÍNICO: HOMEM DOS LOBOS HISTÓRIA DE UMA NEUROSE INFANTIL
Célio Amaro Elen Cristina Iran Lima Mirla Patrícia Queiroz Tiago Lima Thais Morais

2 INTRODUÇÃO Trata-se do mais elaborado caso clínico de Freud
Sergei Pankejeff ( ) um jovem russo começa sua análise com Freud em 1910, após uma gonorréia. A primeira parte do tratamento durou até 1914, quando Freud considerou-o como concluído. A publicação ocorreu 4 anos mais tarde.

3 QUAL A IMPORTÂNCIA DESTE CASO PARA FREUD
Despertou interesse de Freud já na primeira entrevista com o paciente (19 anos). Detecta a importância do fator sexual infantil e o lugar da neurose infantil na origem da neurose. Possui um valor e demonstração que decide transmiti-lo para a comunidade científica. Em 1912, se dirige aos analistas para que estes dêem a importância devida aos sonhos infantis. Provável motivo: Sonho - Homem dos lobos

4 Sergei - Principais instrumentos para provar a validade da psicanálise
Sergei - Principais instrumentos para provar a validade da psicanálise. Reunia principais aspectos da teoria psicanalítica: catarse, sexualidade, inconsciente, análise e interpretação dos sonhos e os três ensaios da sexualidade. Sergei viveu até 1979 sustentado pela comunidade psicanalítica.

5 CONTEXTO Sergei tivera uma vida mais ou menos normal durante os dez anos que precederam a data de sua doença . Cumpriu os estudos da escola secundária sem muitos problemas. Seus primeiros anos de vida haviam, contudo, sido dominados por um grave distúrbio neurótico, que começou imediatamente antes de seu quarto aniversário, uma histeria de angústia (na forma de fobia animal). Passou um longo período em sanatórios alemães, e foi, na época classificado por vários especialistas, como um caso de insanidade maníaco depressivo.

6 CONTEXTO FAMILIAR Pais - casaram-se jovens e mantinham ainda uma vida feliz sobre a qual a doença em breve lançaria as primeiras sombras em suas vidas. Mãe – Começou sofrer distúrbios abdominais Irmã – 2 anos mais velha, vivaz, dotada e precocemente maliciosa, desempenhou grande papel em sua vida. Quando criança era intratável e comportava-se como menino, mas depois ingressou numa brilhante fase intelectual, admirada pelo pai. Pouco depois dos vinte anos, começou a ficar deprimida, afastou-se do convívio social. Em 1905, durante uma viagem, envenenou-se e morreu. Pai – Teve seus primeiros ataques de depressão muitas vezes ligados a determinados acontecimentos políticos do dia, que o fizeram ausenta-se de casa. Suicidou-se em 1907 por excesso de medicação para dormir.

7 Sergei – Pelas constantes ausências dos pais, seus cuidados ficaram a cargo de uma babá sem instrução, de origem camponesa, com uma incomparável afeição por ele. (substituto de seu filho que morrera jovem). Nos primeiros anos foi uma criança tranqüila, de boa índole, de tal modo que costumavam dizer que ele é deveria ter sido menina. Com o passar do tempo tornara-se inquieto, irritável e violento, mudando seu comportamento. Tinha medo e repugnância de insetos, costumava atormentar os besouros e a cortar as lagartas em pedaços.

8 INFÂNCIA Foi dividida em duas fases:
1ª fase - Mau comportamento e perversidade, desde a sedução, aos três anos e três meses, até o quarto aniversário. 2ª fase - Durou mais tempo, na qual predominavam os sinais de neurose. O evento que torna possível essa divisão não foi um trauma externo, e sim um sonho, do qual acordou em estado de ansiedade.

9 O SONHO “Sonhei que era noite e que eu estava deitado na cama. (Meu leito tem o pé da cama voltado para a janela: em frente da janela havia uma fileira de velhas nogueiras. Sei que era inverno quando tive o sonho, e de noite.) De repente, a janela abriu-se sozinha e fiquei aterrorizado ao ver que alguns lobos brancos estavam sentados na grande nogueira em frente da janela. Havia seis ou sete deles. Os lobos eram muito brancos e pareciam-se mais com as raposas e ovelhas empinadas, como cães quando prestam atenção em algo. Com grande terror, evidentemente de ser comido pelos lobos, gritei e acordei.

10 “A única ação no sonho foi a abertura da janela, pois os lobos estavam sentados muitos quietos e sem fazer nenhum movimento sobre os ramos da árvore, à direita e à esquerda do tronco, e olhavam para mim. Era como se tivessem fixado toda a atenção sobre mim. – Acho que foi meu primeiro sonho de ansiedade. Tinha três, quatro, ou, no máximo, cinco anos de idade na ocasião. Desde então, até contar onze ou doze anos, sempre tive medo de ver algo terrível em meus sonhos.”

11 INTERPRETAÇÕES DE SERGUEI
Medo de lobos – História de conto de fadas contada por sua irmã, tinha uma figura de lobo e sua irmã o forçava a olhar. Posição do lobo ereto – Ilustração da história do Chapeuzinho vermelho Lobos brancos – Rebanho de ovelhas do pai. Posição dos lobos na árvore – História contada pelo avô que um alfaiate foi atacado por um lobo e teve sua cauda cortada. Quantidade de lobos – História do Lobo e os 7 cabritinhos, crianças na barriga do lobo.

12 INTERPRETAÇÃO DE FREUD
Nos últimos três meses do tratamento, dois fatores no sonho causam maior impressão: 1º: Perfeita quietude e imobilidade dos lobos 2º: Atenção que os lobos olhavam para ele A sensação duradoura de realidade traz consigo um significado particular: Certifica-nos que determinada parte do material do sonho reivindica, na memória do sonhador, possuir a qualidade da realidade.

13 Por trás do conteúdo do sonho havia alguma cena desconhecida.
Material desconhecido da cena de algum modo deformado para o seu oposto. Os lobos em cima da árvore – Relação com o tema castração O olhar atento dos lobos foi atribuído para o olhar atento de Sergei, indicando uma transposição no conteúdo manifesto no sonho. Em vez de mobilidade – movimento – o significado teria de ser: o mais violento movimento, ou seja, Sergei acordou de repente e viu à sua frente uma cena de movimento violento, para qual olhou tensa e atentamente.

14 O sonho aconteceu antes do seu quarto aniversário, Sergei estava com muita expectativa para ganhar dois presentes. Em vez de presentes, estes haviam se transformados em lobos, e o sonho finalizava com ele sendo dominado pelo medo de ser comido pelo lobo (provavelmente seu pai), ameaças afetuosas, e fugindo para refugiar-se nos braços da babá. Entra em cena: Quadro de uma cópula entre os pais. Quando o menino tinha um ano e meio, acordou, presenciou um coito (por trás), podia ver os genitais da mãe, bem como o órgão do pai; e compreendeu o processo, assim como o seu significado. CENA PRIMÁRIA

15 SÍNTESE DA ORGANIZAÇÃO SEXUAL DE SERGEI
Tentativa de conquistar a babá ao invés da irmã, ela o desiludiu e o ameaçou castrá-lo. Repressão da masturbação, a vida do menino assumiu uma característica sádico-anal. A ativação da cena primária levou Sergei de volta à organização genital. Descobriu a vagina e o significado biológico de masculino e feminino. Compreendia que ativo era o mesmo que masculino e passivo era o mesmo que feminino. Tanto o pai como a mãe transformaram-se em lobos. Sua mãe assumiu o papel do lobo castrado, que deixava os outros subirem sobre ele; o pai assumiu o papel do lobo que subia. Seu medo do lobo relacionava-se apenas com o lobo ereto, isto é, seu pai.

16 Parece que ele se identificou com a mãe castrada durante o sonho, e agora lutava contra esse feito.
Rejeitava a castração e apoiava-se na sua teoria de relações sexuais pelo ânus. A ameaça de castração provém do pai e é ao mesmo tempo, fonte de hostilidade inconsciente em relação a ele, que chega ao desejo de que ele morra e de sentimento de culpa ligado ao carinho que sente por seu pai. Essa via seguida por Sergei, não é senão, a do complexo de Édipo positivo, segundo Freud, a mesma seguida por todo neurótico. 

17 SINTOMAS DE NEUROSE OBSESSIVA
Fazia várias vezes o sinal da cruz, passava por todas as imagens sagradas da casa e dava um beijo em cada um delas, antes dormir. Piedade obsessiva Tinha certos pensamentos, blasfêmias que lhe vinham à cabeça como inspiração do diabo, pensava: Deus- suíno ou Deus-merda. A vida sexual do menino se desenvolveu na direção de um sadismo e do masoquismo. Dificuldade de evacuar, sentia como se houvesse um véu isolando-o do mundo.

18 TRATAMENTO Houve um tempo em que o tratamento não andava então Freud decide afixar uma data para o término do tratamento não dando muita importância se o caso se moveria ou não, com o passar do tempo as resistências do paciente cederam. Freud continua as seções e, a compreensão da neurose infantil torna-se melhor, mais acessível nesta última etapa do processo, com isso Freud consegue provar a existência de uma sexualidade e afirma a importância da análise do sonho infantil como manifestação do inconsciente.

19 "O psicanalista, como o arqueólogo, deve descobrir uma camada após a outra da mente do paciente, antes de alcançar os tesouros mais profundos."


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