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ANÁLISE SISTÊMICA E ENERGÉTICA DA AQÜICULTURA

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Apresentação em tema: "ANÁLISE SISTÊMICA E ENERGÉTICA DA AQÜICULTURA"— Transcrição da apresentação:

1 ANÁLISE SISTÊMICA E ENERGÉTICA DA AQÜICULTURA
Enrique Ortega Rodríguez Laboratório de Engenharia Ecológica FEA, Unicamp, CP 6121 Campinas, SP VIII Encontro da Associação Brasileira de Patologistas de Organismos Aquáticos Laguna, Santa Catarina, de outubro de 2004

2 Para entender o funcionamento dos sistemas aquáticos é necessário um conhecimento multidisciplinar de boa qualidade, sobre a interação entre os recursos físicos, bióticos e humanos no espaço físico de interesse.

3 A análise do sistema deve levar a uma síntese que consiste na elaboração de um modelo do funcionamento energético do sistema. O modelo permite avaliar o desempenho, fazer simulações de novos cenários no computador e estudar os mecanismos de resposta às forças externas e de reestruturação interna do sistema.

4 A análise emergética aplicada ao estudo de sistemas aquáticos permite:
(a) Calcular a capacidade de suporte renovável e compará-la com as capacidades obtidas ao usar, de forma intensa, insumos derivados de recursos não renováveis; (b) Calcular a contribuição dos sistemas aquáticos nas cadeias tróficas geradas com os peixes exportados;

5 (c) Visualizar, por meio de cenários, as tendências de evolução (composição, espécies) dos sistemas aquáticos; (d) Prever situações de risco e discutir, com antecedência, medidas para solucionar esses problemas.

6 Faremos uma previsão dos resultados da análise emergética da produção de peixes em viveiros em sítios e fazendas onde se integra a produção de milho e suínos com a criação de tilápia, na região Oeste de Santa Catarina para explicar os resultados de uma pesquisa.

7 Aqüicultura em Santa Catarina
Produção integrada de grãos, suínos e tilápia Tese de mestrado de Otavio Cavalett (2004) O sistema integrado de produção de grãos, suínos e peixes é um sistema complexo com co-produção. Este sistema foi estudado por Cavalett et al. (2005).

8 A partir dos índices de desempenho emergético, discute-se a problemática sócio-ambiental e sanitária das bacias hidrográficas. Também se discute teoricamente um modelo de simulação da aqüicultura.

9 Introdução A produção de peixe em recursos hídricos pode ocorrer em:
(a) sistemas naturais (Figura 1); (b) sistemas alterados pelo homem (Figura 2).

10 Figura 1. Diagrama de uma bacia hidrográfica sem intervenção humana.

11 A produção baseada em recursos hídricos naturais ainda existe em lugares isolados sem poluição onde a produtividade é relativamente pequena (500 kg/ha/ano) e a variedade de peixes é grande. A cadeia trófica se desenvolve usando a energia solar direta (sol) e indireta (vento e chuva), os sedimentos e matéria orgânica produzidos pelos processos de intemperismo e produção de biomassa vegetal que ocorrem na bacia.

12 Nos sistemas de piscicultura com maior intervenção humana a produtividade pode ser maior, ela varia entre 5000 a kg/ha/ano, mas ocorre poluição dos recursos hídricos e a biodiversidade diminui muito.

13 Figura 2. Diagrama de uma bacia hidrográfica com intervenção humana.

14 As fontes energéticas renováveis diminuem e aumentam as fontes energéticas não-renováveis, isto é:
Ração feita com grãos da agricultura química que usa recursos não renováveis; Resíduos animais; Infra-estrutura cara; Maquinaria; Eletricidade; Combustível; Produtos químicos.

15 Figura 3. Diagrama resumido das interações de um sistema de aqüicultura.

16 Figura 4. Diagrama de fluxos de energia, materiais e informação.

17 Figura 5. Diagrama resumido dos fluxos de energia, materiais e informação.

18 Figura 6. Diagrama de fluxos agregados de um sistema aqüícola.

19 As figuras anteriores ilustram o processo de identificação das forças que atuam sobre um sistema de aqüicultura instalado em uma bacia hidrográfica até obtenção do diagrama mínimo de fluxos agregados que permite discutir o tipo de forças que definem o comportamento biológico e energético do viveiro.

20 A figura seguinte mostra o vínculo dos indicadores emergéticos de desempenho (Tr, EYR, EIR, %Ren) com os fluxos agregados do sistema e a energia que ele libera para consumo externo.

21 Figura 7. Indicadores emergéticos de desempenho ecossistêmico.

22 A figura seguinte prevê o comportamento energético dos sistemas de aqüicultura ao se intensificar a intervenção humana a qual consiste basicamente na incorporação, cada vez maior, de recursos energéticos não renováveis derivados do petróleo, cujo preço é subsidiado.

23 Figura 8. Mudanças nos índices ao intensificar-se o uso de não renováveis.

24 Figura 9. Viveiro integrado a suinocultura (Cavalett, 2004).
Resultados Figura 9. Viveiro integrado a suinocultura (Cavalett, 2004).

25 Viveiros alimentados com diversas taxas de dejetos suínos
Tabela 1. Indicadores emergéticos e econômicos de viveiros alimentados com excrementos de suínos engaiolados na região Oeste de Santa Catarina (Cavalett, 2004). Viveiros alimentados com diversas taxas de dejetos suínos 30 suínos/ha 60 suínos/ha 90 suínos/ha Tr (sej/J) x 108 1,98 1,40 1,34 EYR 1,92 1,59 1,46 EIR 1,09 1,69 2.16 Rentabilidade 1,44 2,83 3,38 %Renovabilidade 48 32 30

26 Com pode se observar, ao se intensificar o uso de dejetos suínos o saldo emergético líquido (EYR) cai devido a que a participação dos recursos naturais diminui; da mesma maneira a taxa de rentabilidade aumenta e a renovabilidade cai muito. Os valores de EIR são discrepantes. A ração industrializada utilizada para alimentar os suínos é feita com soja que é produzida com fertilizantes químicos e pesticidas e por tanto possui uma baixa renovabilidade.

27 Figura 10. Índices dos viveiros integrado a suinocultura (Cavalett, 2004).

28 Figura 11. Queda da renovabilidade ao intensificar um viveiro integrado a suinocultura (Cavalett, 2004).

29 As figuras 10 e 11 (Cavalett, 2004) confirmam as previsões (Figura 8) dentro de um intervalo reduzido de opções tecnológicas, pois não foram incluídas a opção natural nem opções com maior uso de maquinário e produtos químicos. Como não se premiam os serviços ambientais nem se contabilizam as externalidades negativas, a intensificação aumenta a rentabilidade da micro-empresa sacrificando o ambiente e o futuro da sociedade (menor renovabilidade)

30 Observações A aqüicultura integrada a suinocultura começou como uma atividade marginal dos pequenos agricultores familiares da região Oeste de Santa Catarina, da qual eram totalmente responsáveis. Desta forma durante parte do tempo de trabalho deixavam de atuar como simples prestadores de serviços para as grandes empacadoras de carne de aves e suínos e se beneficiavam de um investimento próprio.

31 A adoção dos viveiros permitiu aos agricultores-suinocultores obter um lucro adicional e em alguns casos participar também do benefícios da venda direta do peixe e de seu processamento industrial. A percentagem de esterco utilizado na piscicultura é relativamente pequena e não resolve o problema do excesso de esterco que em muitos casos é jogado no rio mais próximo, causando impactos ambientais de diversos tipos.

32 A região excede em 100 vezes sua capacidade de suporte natural (300 em vez de 3 suínos por hectare).
Trata-se de um problema de gestão da bacia hidrográfica que tem que ser resolvido com a participação de todos os envolvidos (agricultores, empresas centros de pesquisa, governo). Como o problema é grave e complexo deve considerar-se a possibilidade de metas ou etapas sucessivas até resolver definitivamente o problema da poluição dos recursos hídricos.

33 Esse mesmo problema pode se repetir nas regiões de expansão da produção de milho e soja no Centro-Oeste do Brasil onde se criam as condições para utilizar os grãos para engordar aves e suínos ... e peixes! E de se repetir o fenômeno da poluição dos recursos hídricos. A solução seria planejar antecipadamente parques industriais ecológicos com áreas destinadas a absorção do impacto ambiental gerado pelo acúmulo de dejetos fecais dos animais criados em confinamento.

34 A figura seguinte mostra a forma como a civilização urbana coloca pressões aos agrupamentos rurais para mudar a forma de uso dos recursos naturais locais, para diminuir o atendimento a população local e orientar a produção para o mercado externo.

35 Figura 12. Pressões para mudar a forma de uso dos recursos naturais.

36 Modelagem da dinâmica de um sistema de aqüicultura.

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41 Dinâmica de sistemas (Holling, 1986)
Hipertrofia Oligotrofia Eutrofia Mesotrofia Distrofia O ciclo adaptativo contém quatro fases: exploração (organização em um novo sistema político e social), conservação (manutenção e proliferação do novo sistema), desagregação (revolução) e reorganização (mudança de regime e novo paradigma). O sistema alcança seu maior potencial de uso humano no fim da conservação, por outro lado, nesse momento ocorre a maior perda de biodiversidade. O sistema natural se recupera na fase de reorganização.

42 Bibliografia Cavalett, Otavio “Análise Emergética da piscicultura integrada a criação de suínos e de pesque-pagues”. Tese de mestrado, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp. Ortega, Enrique, Análise emergética na aqüicultura, produção de bagre no Alabama. VIII Encontro da Associação Brasileira de Patologistas de Organismos Aquáticos. Laguna, Santa Catarina, de outubro de Howard T. Odum, Elisabeth C. Odum. The Prosperous Way Down: Principles and Policies. University of Colorado Press. May, 2001. Howard T. Odum, Elizabeth C. Odum. Modeling for all Scales: An Introduction to System Simulation. Academic Press, 80 pages, Cd-Rom edition, ISBN:

43 Howard T. Odum & Wlodzimierz Woucik
Howard T. Odum & Wlodzimierz Woucik. Heavy Metals In The Environment: Using Wetlands for Their Removal. Lowell Pritchard (Editor) 344 pages. CRC Press ISBN: Howard T. Odum. Environmental Accounting: Emergy and environmental decision making. 370 pages, John Wiley & Sons, Inc., New York, USA, ISBN Howard T. Odum, Elisabeth C. Odum, Mark T. Brown. Environment and Society in Florida. Lewis Publishers, Inc. ISBN: Howard T. Odum. Ecological and General Systems: An Introduction to Systems Ecology. University Press of Colorado, April ISBN: X

44 Charles A. S. Hall (Editor)
Charles A. S. Hall (Editor). Maximum Power : A Festschrift on Ecology, Energy, and Economy in Honor of Howard T. Odum. University Press of Colorado, November ISBN: Robert J. Beyers, Howard T. Odum. Ecological Microcosms. Springer Verlag, ISBN: Howard T. Odum. Energy Basis for Man and Nature. McGraw Hill Text, ISBN: Howard T. Odum. Environment, Power, and Society. John Wiley & Sons, June ISBN: X Katherine Carter Ewel, Howard T. Odum (Editors). Cypress Swamps pages, University Press of Florida, ISBN:


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