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Curso Animais Peçonhentos - Série Solução SST-

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Apresentação em tema: "Curso Animais Peçonhentos - Série Solução SST-"— Transcrição da apresentação:

1 Curso Animais Peçonhentos - Série Solução SST-
Aula 1 Departamento Regional Coordenadoria de Educação Local, 00 de mês de ano.

2 Introdução Os animais peçonhentos podem representar uma ameaça à saúde dos trabalhadores de alguns setores produtivos. Vamos conhecer a diferença entre animais peçonhentos e animais venenosos. Também vamos conhecer os principais grupos de animais peçonhentos – ofídios, aracnídeos (aranhas e escorpiões). E, finalmente, vamos conhecer os primeiros socorros e as dicas de prevenção contra acidentes com animais peçonhentos. Disponível em: Acesso em: 08 maio 2010.

3 Objetivo Orientar os trabalhadores sobre os perigos e formas de prevenção nas atividades que apresentam riscos de contato com animais peçonhentos. Comentário: Questionar se os trabalhadores sabem ou conhecem o que são animais peçonhentos. Alinhar uma discussão e posteriormente apresentar o conceito e as diferenças entre animais peçonhentos e venenosos.

4 Notícias da mídia Encontrado foco de escorpiões em Indústria Catarinense - Animais peçonhentos estavam dentro de instalações de indústria têxtil. Crescem os casos de picada de aranha em SC - Número de ocorrências em janeiro em município da serra catarinense corresponde a 64,1% do registrado em 2007. (Diário Catarinense, 8 de fevereiro de 2008) Comentar: A Vigilância Epidemiológica do Planalto Serrano de Santa Catarina está em alerta para o aumento do número de pessoas picadas pela aranha-marrom. As ocorrências em janeiro na cidade correspondem a 64,1% dos casos registrados em todo o ano passado. A dona de casa R.S.R foi uma das vítimas. Ao limpar alguns cômodos em construção da residência, ela matou cinco aranhas, mas não percebeu a picada do animal. — Não senti nada. À noite, eu tive febre, tremia de frio. Era um dia bem quente. Eu estava com quatro acolchoados. Pensei que era uma gripe, mas nem imaginei em picada de aranha — relata a dona de casa, que ficou internada por 15 dias. A Vigilância Epidemiológica recomenda que as vítimas procurem atendimento médico logo após a picada. Com o passar das horas, a necrose e a dor se acentuam. A vítima tem febre, náuseas e dor de cabeça. Para não aumentar o número de casos de picadas de aranha-marrom, recomenda-se a limpeza periódica de armários e forros, locais preferidos dessa espécie. Além das aranhas, a região do Planalto Serrano catarinense enfrenta problemas com outro aracnídeo: o escorpião. Apesar de o veneno ser mais fraco em relação à aranha-marrom, a população deve adotar medidas preventivas para evitar o aparecimento do animal, como manter a grama roçada. Os escorpiões costumam vivem em locais com entulho e madeira podre. A Vigilância Epidemiológica redobrou o combate ao escorpião amarelo após a descoberta de um novo foco do aracnídeo no Vale do Itajaí. Sexta-feira à noite, foram encontrados 70 escorpiões dentro das instalações de uma empresa. A operação foi feita após denúncias de moradores da região, que alertaram para a presença constante dos aracnídeos nas imediações da têxtil. A Vigilância Epidemiológica deve agora intensificar as buscas pelos escorpiões na região com o objetivo de impedir que os focos se alastrem para outras áreas do município. O veneno do escorpião amarelo afeta os movimentos respiratórios e cardíacos da vítima e pode até matar.

5 Animais peçonhentos Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões, com o qual injetam o veneno nas suas vítimas. Perguntar aos trabalhadores se eles saberiam citar que animais são considerados peçonhentos. Ex.: serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos e arraias. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX

6 Animais venenosos Animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões), provocando envenenamento passivo por contato (lonomia ou taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu). Comentar a diferença. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX

7 Animais peçonhentos Indústria Madeireira
Exemplo de local propício para o desenvolvimento de animais peçonhentos: Fazer uma introdução sobre a Indústria Madeireira. Texto auxiliar: A Indústria Madeireira é o setor da atividade industrial baseado no processamento da madeira, desde o plantio até a transformação em objetos de uso prático, passando pela extração, o corte, o armazenamento, o tratamento bioquímico e a modelagem. O produto final desta atividade pode ser a fabricação de móveis, material de construção ou a obtenção de celulose para a fabricação do papel, entre outros derivados da madeira. A Indústria Madeireira é um setor muito forte no Brasil e em países como o a Malásia e a Indonésia, além de vários países do Leste Europeu. A Indústria Madeireira é diferente da marcenaria e da carpintaria tanto se dar em escala industrial (enquanto aquela é em modelo artesanal de produção) quanto por incluírem não só o corte, a modelagem e a finalização, mas todo o processo anterior, como o corte de árvores, o replantio de áreas desmatadas e o reflorestamento. Na Indústria Madeireira acontecem muitos acidentes por contato com animais peçonhentos. O grande debate sobre a atividade madeireira, durante muito tempo no Brasil, limitava-se às questões ambientais, deixando de lado alguns fatores essenciais para o desenvolvimento do setor, como a formação de mão-de-obra e a segurança dos trabalhadores, segundo Amaral et al, 2005. Após essa reflexão, lembrar os trabalhadores de outros setores também estão sujeitos à aparição de animais peçonhentos, e que esse foi apenas um exemplo. Lembrar também que muitas residências também são invadidas por eles e que, sendo assim, todos devem ter interesse em adquirir os conhecimentos selecionados para este curso. Na sequência, convidá-los a continuarem as reflexões. 7

8 Animais peçonhentos Você sabe quais são os animais peçonhentos de maior importância em saúde pública? Comentário: A importância se deve ao maior número de acidentes que ocorrem com esses animais. São exemplos de animais peçonhentos de importância da saúde pública: - serpentes: jararaca, cascavel, surucucu e coral verdadeira; - insetos: aranhas (marrom, armadeira, viúva negra), escorpiões (preto, amarelo), abelhas, vespas, formigas, lagartas; - peixes: arraias e peixes que possuem órgãos produtores de eletricidade; Outros animais marinhos ou fluviais, como medusas, águas-vivas, caravelas. Os que causam o maior número de acidentes: cobras, escorpiões e aranhas. E é deles que iremos falar nos próximos slides. Os acidentes com cobras constituem grande interesse médico pela frequência e gravidade. Disponível em: Acesso em: 27 mar Disponível em: Acesso em: 27 mar

9 Ofídios Serpentes: Podem ser aquáticas ou terrestres.
São animais carnívoros. Comentário: As serpentes ocupam quase todos os tipos de ambientes do globo terrestre, com exceção das calotas polares, onde o clima frio impede a sobrevivência de animais ectotérmicos, isto é, animais que obtêm energia a partir de fontes externas, não metabólicas. Explicar essa definição aos trabalhadores. Os ofídios podem ser aquáticos ou terrestres. Entre os aquáticos há os que vivem em água doce e os marinhos. No ambiente terrestre, ocupam os hábitats fossoriais, arborícolas ou terrestres, podendo viver em matas, savanas ou desertos. Os ofídios são exclusivamente carnívoros: na cadeia alimentar suas presas podem ser tanto animais vertebrados quanto invertebrados, os quais são engolidos inteiros, em alguns casos com até 3,5 vezes o seu diâmetro. Quanto ao tamanho, esses animais medem de pouco mais de 10 cm até cerca de 10 metros, como a sucuri. As cobras possuem os dois sexos, e sua reprodução pode ocorrer de duas formas: através da postura de ovos (ovíparas), em locais com condições de temperatura e umidade adequados; ou pelo nascimento de filhotes já desenvolvidos. Disponível em: Acesso em: 27 mar

10 cobras, serpentes Ofídios
Cobras e serpentes podem ser classificadas em dois grupos básicos: as peçonhentas e as não peçonhentas, ambas encontradas no Brasil, nos mais diferentes tipos de hábitat, inclusive em ambientes urbanos. Comentário: São animais vertebrados, carnívoros, que pertencem ao grupo dos répteis. Peçonhentas: conseguem inocular (injetar através de suas presas) seu veneno no corpo de uma presa ou vítima. Não peçonhentas: A serpente peçonhenta é definida por três características fundamentais: presença de fosseta loreal; presença de guizo ou chocalho no final da cauda; presença de anéis coloridos (vermelho, preto, branco ou amarelo). Explicar que a fosseta loreal é um rebaixamento ou depressão entre as narinas e os olhos. Parece um orifício de cada lado da cabeça, o que faz essas serpentes serem popularmente chamadas de "cobras de quatro ventas". A fosseta loreal é um órgão termorreceptor vital para a sobrevivência da cobra. É por meio desse órgão que a serpente percebe a presença de animais de sangue quente, por exemplo um camundongo ou um passarinho, e garante sua comida. Fonte: disponível em: < Acesso em: 27 mar Vamos reconhecê-las nos slides posteriores. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX 10

11 Distinção das cobras peçonhentas
Comentário: As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais), essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas.  Presença de fosseta loreal: com exceção das corais, as serpentes peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termorreceptor denominado fosseta loreal, que serve para a cobra perceber modificações de temperatura à sua frente. Visto em posição frontal, esse animal apresentará 4 orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a denominação popular de "cobra de quatro ventas".  Dentes inoculadores: são dentes que penetram na presa e injetam veneno. Podem ou não apresentar uma canal interno por onde passe o veneno. Dentes inoculadores Fosseta loreal Disponível em: Acesso em: 27 mar Disponível em: Acesso em: 27 mar 11

12 Cabeça triangular Escamas Coral verdadeira Comentário:
As serpentes peçonhentas possuem a cabeça triangular, recoberta com escamas pequenas, e a parte superior do corpo é recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, isto é, como bico de barco ou casca de arroz. Apontar no desenho para que os trabalhadores reconheçam essas características. As corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção às regras acima referidas, pois apresentam características externas iguais às das serpentes não peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal, apresentando cabeça arredondada, recoberta com escamas grandes e com coloração viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa.  Questionar se os trabalhadores já viram ou tiveram contato com um desses animais. Coral verdadeira Disponível em: Acesso em: 27 mar Disponível em: Acesso em: 27 mar Disponível em: Acesso em: 27 mar 12

13 As serpentes não peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em todos os ambientes, particularmente próximos a locais úmidos, têm coloração viva, brilhante e escamas lisas. São popularmente conhecidas por “cobras d’água”, “cobra cipó”, “cobra verde”, dentre outras numerosas denominações.  Comentário: Mas cuidado! É sempre bom manter distância desses animais. Às vezes eles podem se sentir ameaçados e atacar, mesmo que não sejam venenosos. 13

14 Picadas Peçonhenta Não peçonhenta Comentário:
No local da picada de uma serpente peçonhenta encontra-se geralmente um ou dois ferimentos puntiformes (ou seja, em formato de pontinhos, como as figuras mostram), de modo diferente do que ocorre com as não peçonhentas, que costumam provocar vários ferimentos, também, puntiformes, delicados e enfileirados. Essa característica, entretanto, é muito variável e nem sempre útil para o diagnóstico. Apontar no desenho. Peçonhenta Não peçonhenta Disponível em: Acesso em: 28 mar 14

15 Explicar aos trabalhadores cada uma dessas características.
Veja algumas características que ajudam a reconhecer os diferentes tipos de serpentes. Explicar aos trabalhadores cada uma dessas características. Dentição opistóglifa: Essa dentição se caracteriza pela serpente possuir os dentes inoculadores de veneno no fundo da boca e fixos. Esse tipo de dentição é encontrado em falsas-corais, muçuranas e cobras-cipó. Dentição proteróglifa: Na dentição proteróglifa encontra-se um par de dentes inoculadores fixos, localizados na região anterior da boca, que são pequenos e pouco se diferenciam dos demais dentes maciços e menores. Apresentam um sulco por onde escorre o veneno quando inoculado. Essa dentição é característica das corais verdadeiras. Dentição solenóglifa: Apresenta dentes inoculadores localizados na região anterior da boca. Esses dentes são longos, móveis (“dobráveis” quando a cobra fecha a boca) e completamente caniculados. São característicos de cobras que apresentam a fosseta loreal, ou seja, jararacas e cascavéis, entre outras. As caudas são diferenciadas para cada gênero que constitui este grupo: 4) cauda lisa (é encontrada em jararacas); 5) cauda com escamas arrepiadas ou eriçadas no final (encontrada em surucucus); 6) cauda com guizo ou chocalho (encontrada em cascavel) . Disponível em: Acesso em: 28 mar

16 VENENOSA NÃO VENENOSA CABEÇA Triangular Arredondada OLHOS Pequenos
Grandes FOSSETA Tem Não tem DESENHOS DAS ESCAMAS Irregulares Simétricos Explicar aos trabalhadores que existem outras características que podem ajudá-los a diferenciar uma cobra venenosa de uma não venenosa. Ler o quadro de diferenças junto com os trabalhadores. Realizar junto com os participantes uma revisão das diferenças entre cobras venenosas e não venenosas. CAUDA Afina rapidamente Afina gradativamente DENTES 2 presas Dentes pequenos e iguais PICADA 2 marcas mais profundas Orifícios pequenos e iguais (Adaptado). Disponível em: Acesso em: 28 mar

17 Tipos de cobras peçonhentas
Jararaca (Bothrops jararaca) Características: Coloração esverdeada, com desenhos semelhantes a um “V” invertido, corpo delgado, medindo aproximadamente 1m. Comentário: Existe em todo o Brasil e em todo tipo de terreno e vegetação. Sua picada causa inchaço e perda de sangue, inclusive pelas gengivas. Essa serpente habita largas áreas da América do Sul, nomeadamente no Norte da Argentina, Brasil e Venezuela. O hábitat preferido dessas cobras são os terrenos agrícolas, mas também se encontram junto aos grandes aglomerados urbanos, já que aí encontram alimento com grande facilidade. O veneno dessa espécie é altamente letal para os humanos e para os animais domésticos: qualquer dentada dessas serpentes necessita de tratamento hospitalar ou veterinário urgente. Mostre, no próximo slide, fotos com algumas consequências de picadas por essa serpente. Disponível em: Acesso em: 28 mar 17

18 Síndrome compartimental
Amputação Como tratamento, usa-se o soro antiofídico, o soro anti-botrópico (específico), ou ainda o soro anti-botrópico-laquético. Explicar que esses são alguns exemplos das complicações por picada de jararaca. Comentar que o veneno provoca manifestações precoces (logo após a picada já podemos verificar os sintomas), ou seja, até 3 horas depois do acidente: dor imediata, inchaço, calor e vermelhidão no local picado, hemorragia no local ou distante dele. Algumas complicações podem surgir, como: bolhas, gangrena, abscesso (pus), insuficiência renal aguda. Explicar o que é esse tratamento e onde o trabalhador pode obter ajuda. O palestrante deve informar que ao final do curso se apresentarão os contatos para os casos de primeiros socorros. Síndrome compartimental Edema e equimose IBAMA; INSTITUTO BUTANTAN. 18

19 Surucucu (Lachesis muta)
Tipos de cobras peçonhentas Surucucu (Lachesis muta) Comentário: Comentar que outro tipo de cobra peçonhenta é a surucucu, também conhecida como pico-de-jaca. Seu veneno provoca reações semelhantes ao veneno da jararaca, que causa o chamado envenenamento laquético. A palavra laquético vem do gênero de serpentes ao qual a surucucu pertence (Lachesis). Características: A cauda apresenta escamas eriçadas como uma escova. É a maior das serpentes peçonhentas das Américas, atingindo até 3,5m. Disponível em: Acesso em: 28 mar 19

20 Local da picada da surucucu
Complicação causada por picada de surucucu Comentário: As surucucus são encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro até a Paraíba. Sua picada provoca hemorragia dos capilares, a carne se enche de líquidos e é destruída por bactérias (gangrena). Pode haver sangue na urina devido a hemorragias internas nos rins e, em casos graves, morte por falência renal (a peçonha de algumas víboras, porém, têm o efeito contrário: provocam a coagulação do sangue e tromboses fatais). A picada da surucucu também costuma provocar diarréia. No local da picada, há dor intensa, edema, bolhas, inchaço e necrose dos tecidos. O paciente sofre também de hemorragia pelas mucosas (estômago, intestino, rim, boca, ouvido, útero), lesão dos tecidos (gangrena), taquicardia e alterações nervosas. Local da picada da surucucu Inchaço e morte da pele IBAMA; INSTITUTO BUTANTAN. 20

21 Cascavel (Crotalus durissus)
Tipos de cobras peçonhentas Cascavel (Crotalus durissus) Comentário: Outra cobra peçonhenta é a cascavel, mais encontrada nas regiões do campo do Centro-Sul, Nordeste e Amazônia. Nunca são encontradas, entretanto, no interior das florestas. Após a picada, o paciente apresenta visão dupla e borrada, e sua face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento). A urina pode se tornar escura de 6 a 12 horas após a picada. Características: Coloração marrom-amarelada, corpo robusto, medindo aproximadamente 1m. Apresenta chocalho na ponta da cauda. Disponível em: Acesso em: 28 mar 21

22 Complicação causada por picada de cascavel
Comentário: Explicar que estas fotos trazem algumas das complicações causadas por picada de cascavel. O veneno provoca: Nas primeiras horas: - dificuldade em abrir os olhos, “visão dupla” ou “visão turva”, dor muscular, urina avermelhada. Após horas: - escurecimento da urina. Complicação: - insuficiência renal aguda. O tratamento consiste na aplicação do soro anti-crotálico ou do soro anti-ofídico polivalente. Explicar ao trabalhador o que é esse tratamento e onde obtê-lo. Ptose palpebral Fáscies miastênica (flacidez dos músculos da face) Edema local discreto IBAMA; INSTITUTO BUTANTAN. 22

23 Coral verdadeira (Micrurus frontalis)
Tipos de cobras peçonhentas Coral verdadeira (Micrurus frontalis) Comentário: Outro exemplo de cobra peçonhenta é a coral verdadeira, que existe em todo o Brasil e em qualquer terreno. A diferença da falsa cobra é que nesta os anéis não contornam todo o seu corpo. Alertar para que, no caso de dúvida em relação a qual tipo de coral se encontrou, mantenham-se os cuidados para que não ocorra uma picada. Se não há certeza quanto ao tipo de cobra, procurar ajuda. Características: Possui anéis vermelhos, pretos e brancos ao redor do corpo, medindo entre 70 e 80 cm. Se esconde em buracos, montes de lenha e troncos de árvores. Disponível em: Acesso em: 28 mar 23

24 Complicação causada por picada de coral verdadeira
Comentário: Explicar que este é um tipo de complicação causada por picada de coral verdadeira. O veneno provoca: dificuldade em abrir os olhos, “cara de bêbado”, falta de ar, dificuldade em engolir, insuficiência respiratória aguda. O tratamento consiste em aplicar soro anti-elapídico. Obs.: Fácies miastênica = fraqueza dos músculos da face. Fácies miastênica IBAMA; INSTITUTO BUTANTAN. 24

25 Diagnóstico e tratamento do ofidismo
Soroterapia. Não há evidências de que remédios (anti-inflamatórios, heparina) neutralizem os efeitos dos venenos. Comentário: Explicar que ofidismo é relativo a envenenamento por picada de cobra. Comentar que o diagnóstico é clínico, baseado nas manifestações apresentadas pelo paciente. O diagnóstico com a identificação do animal é pouco frequente. Na ausência de alterações clínicas, o paciente deve ser mantido em observação por 6 a 12 horas seguintes ao acidente, após o que, mantendo-se o quadro inalterado, deve ser considerada a possibilidade de acidente por serpente não peçonhenta ou acidente por serpente peçonhenta sem envenenamento. Complementar com dados estatísticos: No Brasil são mais comuns acidentes com cobras nas regiões Centro-Oeste e Norte, sendo o maior número de casos registrado no Sudeste. Os casos são registrados com maior frequência nos meses quentes e chuvosos. 88% dos casos são causados por jararacas, e o restante é causado por cascavel, surucucu e corais verdadeiras. Os estudos feitos sobre esses acidentes ajudam a identificar que tipo de soro pode ser usado em cada caso. Quanto ao tratamento: A soroterapia deve ser realizada o mais rapidamente possível: a via de administração (aplicação do soro) é a endovenosa (endovenoso ou intravenoso = que se aplica no interior da veia), devendo-se prestar atenção para a ocorrência de manifestações alérgicas durante e logo após a infusão do antiveneno. Manifestações alérgicas: - urticária: alergia, coceira pelo corpo; - estridor laríngeo: um som de alta frequência produzido pelo fluxo turbulento de ar através de uma via aérea parcialmente obstruída; - angioedema: inchaço por baixo da pele; - náuseas e vômitos; - broncoespasmo: dificuldade para respirar; - hipotensão: pressão baixa; - choque. Na ocorrência de reações imediatas, a soroterapia deve ser interrompida e posteriormente aplicada, após o tratamento dessas reações. Hidratação endovenosa deve ser iniciada precocemente para prevenir a insuficiência renal aguda. Não há evidências de que remédios (anti-inflamatórios, heparina) neutralizem os efeitos dos venenos. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 25

26 Aracnídeos Aranhas Venenosas Animais carnívoros Comentário:
Iniciar os estudos sobre os aracnídeos. Questionar se os trabalhadores conhecem esses animais e sabem diferenciá-los. Questionar se em seu ambiente de trabalho ou em casa existem muitos animais como esses. Explicar que: - são animais carnívoros, que se alimentam principalmente de insetos. Podem ainda alimentar-se de presas maiores, como pequenas lagartixas, rãs, peixes, roedores e filhotes de pássaros; - seus predadores são pássaros, lagartos, sapos, rãs, escorpiões e parasitas diversos, além do próprio homem. Disponível em: Acesso em: 28 mar 26

27 Aracnídeos Aranhas Todas as aranhas têm veneno e podem causar acidentes. Mas nem todas são responsáveis por acidentes humanos graves, devido a fatores como: a baixa toxicidade do veneno para seres humanos; a pequena quantidade de veneno injetado; ferrão incapaz de perfurar a pele. Comentário: Alimentam-se de insetos como mosquitos e baratas. Algumas espécies vivem poucos meses, enquanto outras, principalmente caranguejeiras, podem viver até 25 anos, de acordo com observações realizadas em cativeiro. Explicar que no Brasil apenas três gêneros, com cerca de 20 espécies, podem causar envenenamentos graves em humanos: Latrodectus (viúva negra), Loxoceles (aranha marrom) e Phoneutria (armadeira). Os acidentes causados por Lychosa (aranha de grama) e caranguejeiras são destituídos de maior importância. São notificados anualmente cerca de 5 mil acidentes com aranhas no país. A predominância dessas notificações ocorre nas regiões Sul e Sudeste. Vamos conhecer cada um dos três gêneros a seguir. 27

28 Tipos de aranhas peçonhentas
Aranha armadeira (Phoneutria) Comentário: Vive em folhagens, bananeiras e dentro de casa. O veneno provoca: - dor imediata; - inchaço local - formigamento; - sudorese no local da picada. Deve-se combater a dor com analgésicos e realizar observação rigorosa dos sintomas. A preocupação deve ser com a ocorrência de vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares, caracterizando acidente grave. Assim, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia. Características: pode atingir até 15 cm, não constrói teia geométrica e tem hábito agressivo, podendo saltar a uma distância de 40cm. Disponível em: Acesso em: 28 mar 28

29 Aranha marrom (Loxosceles)
Tipos de aranhas peçonhentas Aranha marrom (Loxosceles) Comentário: Efeitos do veneno: Na hora a dor é fraca e despercebida. Após 12 a 24 horas, a dor é local com inchaço, náuseas, mal estar geral, manchas, bolhas e até necrose local. Nos casos graves, a urina fica cor de coca-cola. Orienta-se procurar atendimento médico para avaliação. Características: De pequeno porte (3-4 cm), constrói teia irregular em fendas, telhas e tijolos e, dentro das casas, atrás de quadros e móveis, sempre ao abrigo da luz; não é agressiva e só causa acidentes quando comprimida contra o corpo. Disponível em: Acesso em: 28 mar 29

30 Viúva negra (Latrodectus)
Tipos de aranhas peçonhentas Viúva negra (Latrodectus) Comentário: Efeitos do veneno: Dor local e elevação cutânea avermelhada no local da picada, acompanhados de reflexos ativos, tremores e contrações musculares variáveis. Características: Aranha pequena, constrói teia irregular e vive em vegetações arbustivas e gramíneas, podendo apresentar hábitos domiciliares ou viver próximas de casas. Disponível em: Acesso em: 28 mar 30

31 Caranguejeira tarântula (Lycosa)
Tipos de aranhas peçonhentas Caranguejeira tarântula (Lycosa) Caranguejeira Tarântula Comentário: O veneno provoca: - dor discreta e transitória no local da picada. Quadros dermatológicos irritativos ou alérgicos podem ser causados por aranhas caranguejeiras, que liberam pelos que se depositam sobre pele e mucosas. Utilizam-se analgésicos para tratamento da dor, e não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras. Características: Há grande variedade de espécies, encontradas em todo o país, mas são consideradas de menor importância médica. Disponível em: Acesso em: 28 mar 31

32 Diagnóstico do araneísmo
Clínico-epidemiológico. Exames laboratoriais auxiliam no diagnóstico da necrose cutânea causada pela picada dos aracnídeos. Comentário: Explicar que necrose cutânea é a morte dos tecidos da pele. 32

33 Tratamento do araneísmo
Loxoscelismo (aranha marrom): o tratamento consiste na aplicação local de anestésico. Nos casos mais graves, deve-se usar soro antiaracnídico. Comentário: Doenças Infecciosas e Parasitárias. 33

34 Foneutrismo (aranha armadeira): o soro antiaracnídico somente é utilizado nos casos moderados e graves, onde há manifestações sistêmicas. Latrodectismo (aranha viúva-negra): o soro antilatrodéctico tem sido pouco utilizado, em vista de sua pequena disponibilidade. Disponível em: Acesso em: 28 mar

35 Aracnídeos – escorpiões
Também são chamados de lacraus. Variam de tamanho entre 6 a 8,5 cm. Frequentemente causam acidentes. São carnívoros. Possuem hábitos noturnos. Comentário: Vamos agora iniciar o estudo sobre os escorpiões Perguntar aos participantes se conhecem ou se já viram um escorpião. - São carnívoros: alimentam-se principalmente de insetos, como grilos baratas e outros, desempenhando papel importante no equilíbrio ecológico. - Possuem hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob cascas de árvores, pedras, troncos podres, dormentes de linha de trem, madeiras empilhadas, entulhos, telhas ou tijolos e dentro das residências. Enxergam pouco, apesar de terem dois olhos grandes e vários pequenos. Disponível em: Acesso em: 28 mar 35

36 Aracnídeos – escorpiões
Não possuem audição e sentem vibrações do ar e do solo. Principais predadores: pássaros, lagartixas e alguns mamíferos insetívoros. Podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil. Explicar que estas são outras características que identificam o escorpião. 36

37 Tipos de escorpiões peçonhentos
Comentário: Esses são os escorpiões mais comuns no Brasil. O envenenamento ocorre pela inoculação (injeção do veneno) de veneno pelo ferrão ou aguilhão, localizado na sua cauda. Efeitos do veneno Existem 3 graus de gravidade das picadas: - Picadas muito graves: causam alteração da respiração (cada vez mais rápida e superficial) a preceder a parada respiratória por paralisia dos músculos respiratórios. A vítima parece ansiosa, agitada, mas não perde a consciência. Ocorrem alterações do ritmo cardíaco. O mecanismo de termo-regulação é perturbado. Por vezes ocorrem vômitos e sudação exagerada (eliminação de água em forma de gotículas). Desidratação intensa. Sem tratamento, os distúrbios se agravam, causando a morte da vítima. - Picadas graves: os sinais locais dominam o quadro clínico. Existe dor violenta no local da picada (edema - inchaço e rubor - vermelhidão). Esses sintomas duram por algumas horas ou até mesmo alguns dias e desaparecem progressivamente. Pode ocorrer morte sobretudo se a vítima for hipersensível. - Picadas benignas: tanto no homem como em outros mamíferos produz apenas edema passageiro no local da inoculação. Escorpião preto Escorpião amarelo Tytius bahiensis (escorpião preto) Tytius serrulatus (escorpião amarelo) Disponível em: Acesso em: 28 mar 37

38 Diagnóstico do escorpionismo
Eminentemente clínico-epidemiológico. São de grande utilidade na detecção e acompanhamento das complicações: a radiografia de tórax, que evidencia aumento de área cardíaca e velamento pulmonar difuso (áreas com troca diminuída de O2) e o eletrocardiograma, que mostra padrão semelhante ao observado no infarto agudo do miocárdio. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 38

39 Tratamento do escorpionismo
Nos casos leves, onde se apresentam somente manifestações locais, as medidas de tratamento visam ao alívio da dor. O soro antiescorpiônico ou antiaracnídico é indicado nos acidentes moderados e graves, seguindo os mesmos princípios de aplicação dos soros antiofídicos. Comentário: Nos casos leves, onde se apresentam somente manifestações locais, as medidas de tratamento visam ao alívio da dor: infiltração com anestésico. O soro antiescorpiônico ou antiaracnídico é indicado nos acidentes moderados e graves, seguindo os mesmos princípios de aplicação dos soros antiofídicos. Nesses casos, o paciente deve ser mantido em unidade de terapia intensiva (UTI) para monitoramento das funções vitais. Após esses comentários, lembre aos participantes a importância de um tratamento adequado nas picadas de animais peçonhentos. Finalize a aula convidando-os para continuar a reflexão na próxima aula. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 39

40 Agradecemos sua participação e esperamos você na próxima aula.

41 Curso Animais Peçonhentos - Série Solução SST-
Aula 2 Departamento Regional Coordenadoria de Educação Local, 00 de mês de ano. Comentário

42 Vimos na aula 1: a diferença entre animais peçonhentos e venenosos;
os principais animais peçonhentos e suas características; os riscos à saúde que o contato com animais peçonhentos pode causar. Na aula de hoje, falaremos sobre medidas de primeiros socorros em casos de picadas por animais peçonhentos.

43 O que você faria diante de uma picada de animal peçonhento?
Primeiros socorros O que você faria diante de uma picada de animal peçonhento? Comentário: Antes de ver as medidas corretas, questionar os participantes quais medidas que eles tomariam diante de uma picada de animal peçonhento. Após os comentários dos participantes, comentar que muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda amplamente empregados, visando ao retardamento da absorção do veneno (por exemplo, furar o local picada, chupar o veneno). Boa parte deles pode, contudo, contribuir para a ocorrência de complicações no local da picada, daí a importância de se conhecer o que deve ser feito diante de uma situação de picada de animais peçonhentos. 43

44 Manter o acidentado em repouso.
Fazer uma boa limpeza local (água e sabão) e aplicar compressas frias ou gelo. Levar o acidentado o mais rapidamente possível a um serviço de saúde. Comentário: Não deixe a vítima fazer qualquer esforço ou caminhar, pois o estímulo da circulação sanguínea difunde (espalha) o veneno pelo corpo. Se a picada tiver ocorrido no pé ou na perna, procurar manter a parte atingida em posição horizontal, evitando que o acidentado ande ou corra. É difícil estabelecer um prazo para o atendimento adequado, porém o tempo decorrido entre o acidente e o tratamento é um dos principais fatores para o prognóstico. O soro é o único tratamento eficaz no acidente ofídico e deve ser específico para cada tipo (gênero) de serpente. Instituto Butantan. 44

45 Primeiros socorros Se for possível, capturar o animal que causou o acidente, levando-o junto com a pessoa picada. Essa medida facilita o diagnóstico e o tratamento correto. Mas cuidado para não correr riscos e se tornar mais uma vítima! Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, o paciente deve ser medicado nas primeiras horas após o acidente. O soro antiveneno é o único tratamento eficaz. Comentário: Instituto Butantan. 45

46 O que não se deve fazer em caso de uma picada de animal peçonhento?
Primeiros socorros O que não se deve fazer em caso de uma picada de animal peçonhento? Questionar os trabalhadores se eles já ouviram falar sobre algumas formas de curar picada de cobra: geralmente em conversas informais são passadas algumas informações que nos próximos slides serão mostradas como impróprias no tratamento. Acompanhem! Comentário: Antes de ver as medidas corretas, questionar os participantes sobre que medidas eles tomariam diante de uma picada de animal peçonhento. Após os comentários dos participantes, comentar que muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda amplamente empregados, visando ao retardamento da absorção do veneno (por exemplo, não furar o local picada, não chupar o veneno). Boa parte deles pode, na verdade, contribuir para a ocorrência de complicações no local da picada, daí a importância de se conhecer o que deve ser feito diante de uma situação de picada de animais peçonhentos. 46

47 Não amarrar o membro acometido.
Comentário: O torniquete ou garrote dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose (morte do tecido) ou gangrena (falta de oxigênio em partes do corpo) e não impede que o veneno seja absorvido. Instituto Butantan. 47

48 Não cortar, não furar o local da picada.
Não chupar e não espremer o local da picada. Comentário: Alguns venenos podem inclusive provocar hemorragias, e o corte aumentará a perda de sangue. Não se consegue retirar o veneno do organismo após a inoculação (injeção do veneno). A sucção pode piorar as condições do local atingido. Instituto Butantan. 48

49 Evitar que o acidentado beba querosene, álcool ou outras bebidas.
Comentário: Além de não neutralizarem a ação do veneno, podem causar intoxicações. Não colocar substâncias no local da picada, como folhas, querosene, pó de café, pois elas não impedem que o veneno seja absorvido; pelo contrário, podem provocar infecção. Instituto Butantan. 49

50 Algumas Medidas de Prevenção
Prevenção – o melhor remédio Comentário: Questionar aos participantes se eles conhecem formas de prevenção, seja em casa ou no trabalho. Após análise, listar algumas e debater em grupo. Algumas Medidas de Prevenção IBAMA; INSTITUTO BUTANTAN. 50

51 Em casa Manter limpos quintais e terrenos baldios, não deixar acumular entulho e lixo doméstico. Aparar regularmente a grama dos jardins e recolher as folhas caídas. Vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha; colocar telas nas janelas; vedar ralos de pia; tanque e chão. Evitar plantas trepadeiras muito encostadas à casa, folhagens entrando pelo telhado ou mesmo pelo forro. Explicar, no item 3, que vedar é o mesmo que fechar, tampar, impedindo a passagem de pequenos animais. Comentário: Aranhas, escorpiões e lacraias costumam se abrigar embaixo de pedras, tijolos e madeira velha. Chamar a atenção sobre que cuidados se deve ter em casa. Alinhar discussão com os participantes (5 min.). 51

52 Em casa Colocar lixo em sacos plásticos.
Controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade. Examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-los. Andar sempre calçado e usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha, etc. 52

53 E no local de trabalho? Não andar descalço.
Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer. Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem. Comentário: Questionar o que deve ser feito no local de trabalho para prevenir esses tipos de acidentes. Perguntar se os trabalhadores já passaram por alguma situação parecida e alinhar discussão (5 min.). Sapatos, botinas sem elásticos, botas ou perneiras devem ser usados sempre, pois evitam 80% dos acidentes. Nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Usar sempre antes um pedaço de pau, enxada ou foice, se for o caso.

54 E no local de trabalho? Não utilizar diretamente as mãos ao tocar em sapé, capim, mato baixo, montes de folhas secas. Quando entrar em matas de ramagens baixas ou em pomar com muitas árvores, parar no limite de transição de luminosidade e esperar sempre a vista se adaptar aos lugares menos iluminados.

55 E no local de trabalho? Se por qualquer razão tiver que abaixar-se, além de olhar bem o local, bater a vegetação ou as folhas. Não depositar ou acumular material inútil junto ao local habitual de trabalho. Comentário: Questionar por que? R: A coloração da jararaca e da cascavel se confunde muito com a das ramagens e folhas secas, e há casos de acidentes em que a pessoa não enxerga a serpente, como no lixo, em entulhos e materiais de construção. Em regiões onde normalmente há roedores, há também maior número de serpentes. 55

56 E no local de trabalho? Não montar acampamento junto a plantações, pastos ou matos denominados “sujos”. No amanhecer e no entardecer, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evitar se aproximar da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins; é nesse momento que as serpentes estão em maior atividade. 56

57 Proteção dos olhos e da face
Formas de prevenção Uso de EPI – Equipamento de Proteção Individual Proteção da cabeça Proteção dos olhos e da face Comentário: Comentar que esses EPI devem ser usados de acordo com as características de cada atividade e que o EPI é fornecido pelo empregador. Cabeça: capacete de segurança / chapéu de palha de abas largas / protetores de cabeça impermeáveis e resistentes. Olhos e face: protetores faciais / óculos de segurança. Texto Auxiliar: 4.1. Considera-se EPI, para os fins de aplicação desta Norma, todo dispositivo de uso individual destinado a preservar e proteger a integridade física do trabalhador. 4.2. O empregador rural fornece, gratuitamente, EPI adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou doenças profissionais ( / I2); b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas ( / I2); c) para atender a situações de emergência ( / I2) Atendidas as peculiaridades de cada atividade, o empregador rural fornece aos trabalhadores os seguintes EPI: I - Proteção da cabeça: a) capacete de segurança contra impactos provenientes de queda ou projeção de objetos; b) chapéu de palha de abas largas e cor clara para proteção contra o sol, chuva, salpicos, etc.; c) protetores de cabeça impermeáveis e resistentes nos trabalhos com produtos químicos. II - Proteção dos olhos e da face: a) protetores faciais destinados à proteção contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas; b) óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos provenientes do impacto de partículas ou de objetos pontiagudos ou cortantes; c) óculos de segurança contra respingos para trabalhos que possam causar irritação e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos; d) óculos de segurança contra poeira e pólen. III - Proteção auditiva Protetores auriculares nas atividades em que o ruído seja excessivo. IV - Proteção das vias respiratórias: a) respiradores com filtros mecânicos para trabalhos que impliquem produção de poeiras; b) respiradores e máscaras de filtro químico, para trabalhos com produtos químicos; c) respiradores e máscaras de filtros combinados (químicos e mecânicos) para atividades em que haja emanação de gases e poeiras tóxicas; d) aparelhos de isolamento, autônomos ou de adução de ar para locais de trabalho onde o teor de oxigênio (O2) seja inferior a 18% (dezoito por cento) em volume. V - Proteção dos membros superiores Luvas e mangas de proteção nas atividades em que haja perigo de lesões provocadas por: a) materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes; b) produtos químicos tóxicos, alergênicos, corrosivos, cáusticos, solventes orgânicos e derivados de petróleo; c) materiais ou objetos aquecidos; d) operações com equipamentos elétricos; e) tratos com animais, suas vísceras e detritos e na possibilidade de transmissão de doenças decorrentes de produtos infecciosos ou parasitários; f) picadas de animais peçonhentos. VI - Proteção dos membros inferiores: a) botas impermeáveis e com estrias no solado para trabalhos em terrenos úmidos, lamacentos, encharcados ou com dejetos de animais; b) botas com biqueira reforçada para trabalhos em que haja perigo de queda de materiais, objetos pesados e pisões de animais; c) botas com cano longo ou botina com perneira para trabalhos onde exista a presença de animais peçonhentos; d) perneiras em atividades em que haja perigo de lesões provocadas por materiais ou objetos cortantes, escoriantes ou perfurantes; e) calçados impermeáveis e resistentes em trabalhos com produtos químicos; f) calçados de couro para as demais atividades. VII - Proteção do tronco Aventais, jaquetas, capas e outros para proteção nos trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por: a) riscos de origem térmica; b) riscos de origem mecânica; c) riscos de origem meteorológica; d) produtos químicos. VIII - Proteção contra quedas com diferença de nível Cintas e correias de segurança Os EPI e roupas utilizados em tarefas onde se empregam substâncias tóxicas ou perigosas serão rigorosamente higienizados e mantidos em locais apropriados, onde não possam contaminar a roupa de uso comum do trabalhador e seus familiares ( /I2). 4.5. Compete ao empregador rural, e cabe a ele exigir de seus subcontratantes de mão-de-obra, quanto aos EPI: a) instrução e conscientização do trabalhador quanto ao seu uso adequado ( / I2); b) substituição imediata do equipamento danificado ou extraviado ( / I2); c) responsabilização pela manutenção e esterilização ( / I2). 4.6. Compete ao trabalhador: a) usar obrigatoriamente os EPI indicados para a finalidade a que se destinarem; b) responsabilizar-se pela danificação dos EPI, ocasionada pelo uso inadequado ou fora das atividades a que se destinam, bem como pelo seu extravio Compete aos órgãos regionais do Ministério do Trabalho: a) orientar os empregadores e trabalhadores rurais quanto ao uso dos EPI, quando solicitados ou em inspeção de rotina; b) fiscalizar o uso adequado e a qualidade dos EPI O Ministério do Trabalho poderá determinar o uso de outros EPI quando julgar necessário. Capacete aba total Capacete com viseira Disponível em: Acesso em: 28 mar 57

58 Uso de EPI – Equipamento de Proteção Individual
Membros superiores Membros inferiores Comentário: Comentar que estes EPI devem ser usados de acordo com as características de cada atividade e que o EPI é fornecido pelo empregador. Membros superiores: luvas e mangas de proteção. Membros inferiores: botas impermeáveis ou com biqueira / botas com cano longo ou botina com perneira / perneiras / calçados impermeáveis e de couro Manga protetora Luvas em PVC Bota cano alto Perneira em couro Disponível em: Acesso em: 28 mar 58

59 Soros antipeçonhentos
Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil por: Instituto Butantan (São Paulo); Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais); Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada pelo Ministério da Saúde, que a distribui para todo o país, por meio das Secretarias de Estado de Saúde. O soro está disponível em serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados. Comentário: O palestrante deve falar qual é o posto de saúde mais próximo da empresa, e que as pessoas devem saber qual o mais próximo de suas casas. IBAMA; INSTITUTO BUTANTAN.

60 Centro de Informações Toxicológicas
Em caso de dúvida, ligue para o Centro de Informações toxicológicas de sua região (ligação gratuita): CIT/RS – Porto Alegre CIT/PR – Curitiba CEATOX/SP – São Paulo CIAVE/BA – Salvador CCI/SP – São Paulo CIT/SC – Florianópolis Comentário: 60

61 Atividade em Grupo Para encerramento, deve-se solicitar que os participantes se reúnam em grupo e façam uma discussão sobre como reconhecer os animais peçonhentos, como agir em situações de ataque e, principalmente, como se prevenir. Cada grupo deverá apresentar suas considerações, e em seguida o palestrante incentiva uma discussão com o grande grupo. Duração: 15 minutos para planejamento + 15 minutos de apresentação (5 minutos por equipe).

62 Para refletir No seu trabalho e na sua casa, a segurança deve estar em primeiro lugar, e para que isso aconteça, ela deve partir de suas atitudes, a fim de evitar que ocorra algum tipo de acidente. Orientação pedagógica: Em muitas cidades, os bombeiros possuem animais peçonhentos (mortos) em caixas acrílicas para ilustrar esse tipo de palestras. Vale a pena realizar contato para ver se o instrutor consegue esses animais emprestados. Após a reflexão, finalize o encontro. 62

63 Referências Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina. Doenças Infecciosas e Parasitárias – Guia de Bolso. Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde – Departamento de Vigilância Epidemiológica - 7ª Edição Revista – Brasília/DF, Instituto Butantan.. Animais Peçonhentos: Serpentes. Série Didática 5. São Paulo, SP s/d. Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília, 1998, 131p.il. Comentário: 63

64 Obrigada pela atenção.


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