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Retorno à História Há mais de seis séculos que a sociedade explicou e tratou os transtornos comportamentais de diferentes maneiras, em diferentes momentos.

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2 Retorno à História Há mais de seis séculos que a sociedade explicou e tratou os transtornos comportamentais de diferentes maneiras, em diferentes momentos. O modo como as sociedades reagem ao que estabelecem como anormalidade, depende de seus valores e suposições sobre as ações humanas.

3 Retorno à História Desde os tempos mais antigos a ‘anormalidade’ era frequentemente atribuída a causa sobrenaturais. Por exemplo, acreditava-se que as pessoas que apresentavam comportamentos incomuns, estivessem possuídas por espíritos ou demônios malignos.

4 Demonologia Durante a Idade Média a religião tornou-se a força dominante, disseminando a crença de que os transtornos comportamentais eram causados por forças sobrenaturais, que assumiam o controle do corpo e da mente. O tratamento típico para expulsar os demônios eram usar encantamentos, preces ou poções para persuadi-los a irem embora. Também diversas formas de punição físicas, como, apedrejar ou açoitar, eram defendidas como um meio de forçar os demônios para fora do corpo de uma pessoa possuída.

5 Malleus Maleficaram As pessoas perturbadas, eram ainda acusadas de serem agentes do demônio e não meramente suas vítimas e, portanto rotuladas de bruxas. Em conseqüência, o comportamento incomum foi submetido ao exorcismo preconizado pelo Malleus Maleficaram (martelo das bruxas) que era o manual de caça às bruxas utilizadas pelos religiosos como guia técnico de exorcismo.

6 Malleus Maleficaram Assim, o manual igualava o comportamento incomum com possessão demoníaca e, supunha-se que as pessoas possuídas fossem bruxas. Para expulsar o demônio, as bruxas tinham que ser mortas, muitas vezes, queimadas vivas.

7 A História da Loucura de Foucault
Michel Foucault em seu livro estabelece as condições históricas dos discursos e das práticas que dizem respeito ao louco transformado em doente mental. Demonstra que a psiquiatria é uma ciência recente: a doença mental não tem mesmo duzentos anos, que a intervenção da medicina, com relação ao louco, em vez de ser atemporal é, historicamente datada. Os fatos:

8 A História da Loucura de Foucault
Por força da segregação dos leprosos e, portanto, do contágio, a lepra regride e os leprosários esvaziam-se: os loucos assumirá uma espécie de herdeiros da lepra. O confinamento tem sido utilizado desde a Idade Média.

9 A Nau dos Loucos O espaço da loucura era a nau dos loucos, um estranho barco que deslizava ao longo dos rios e levava a carga insana de uma cidade para outra. Isto ocorreu no final da Idade Média até meados do século XVII. Os loucos eram escorraçados para fora dos muros das cidades e confiados aos barqueiros. A nau dos loucos já assinala a exclusão da loucura que, deixada sem destino, vaga em busca da razão. É a ambigüidade do período que ora exclui os loucos e ora acolhe-os em seus portos.

10 O Hospital Geral Na Idade Clássica, a loucura será vista de forma diferente, passando a ser administrada a partir de uma instituição que surge com o decreto que fundou em Paris, o Hospital Geral, assinado por Luiz XIV em 27 de abril de 1656. É o momento da grande internação, onde a loucura é isolada e reduzida ao silêncio. O internamento dos loucos expressa a ruptura com o Renascimento e o surgimento de uma nova forma de percepção da loucura, própria da Idade Clássica: a impossibilidade do pensar, ou seja a desrazão!

11 A Dúvida Cartesiana ...“porque eu, que penso, não posso estar louco” que tem em Descarte o grande marco filosófico: o momento em que a loucura vai ser excluída da razão, pois a loucura é, justamente, a condição de impossibilidade do pensamento. Os hospitais gerais é a resposta a qualquer tipo social que possa significar problemas para a sociedade. É o submundo moral da desrazão enquanto desordens de costumes e negatividade do pensamento.

12 A desrazão O renascimento inventou a segregação dos leprosos e o classicismo inventou o internamento. A grande internação tem motivos políticos, sociais, econômicos, religiosos e morais.

13 A desrazão A igreja junta-se ao poder real e a burguesia participando do movimento. Sob esse gesto, vão encontrar-se atrás dos muros dos hospitais gerais, os pobres, os devassos, os suicidas, os assassinos, os homossexuais... e os loucos. Em outras palavras ‘a desrazão’.

14 O Interior dos Grandes Hospitais
Os hospitais gerais não se baseiam em nenhuma prática médica. Trata-se de uma estrutura semi-jurídica, uma espécie de entidade administrativa que aos lado dos poderes já constituídos e além dos tribunais decide, julga e condena. Os internos constituem a categoria dos inúteis sociais legitimando, assim, a sua exclusão, os associais.

15 O Interior dos Grandes Hospitais
Há todo um jogo de poder que cria a desrazão, que a isola e exerce tutela sobre ela. A desrazão é desarmada, localizada e constituída como personagem – a outra coisa.

16 Os Quatro Tipos Sociais
O primeiro agrupamento é constituído pelas condutas morais, éticas ou socialmente condenadas. Em sua grande maioria diz respeito à sexualidade! A homossexualidade, a doença venérea, a prostituição etc., constituem-se nas relações que se instauram entre o amor e a desrazão.

17 Os Quatro Tipos Sociais
Tudo o que possa ameaçar a família deve ser internado. Desse modo, a ética estabeleceu a distinção entre o que passou ser considerado racional e o seu oposto. Entre o normal e o anormal; entre a saúde e a doença!

18 O Segundo Agrupamento Comportamentos considerados pela igreja como profanadoras do sagrado: os que praticam a feitiçaria que enganam os mais fracos, pessoas maléficas e, por esse motivo, internadas! Há também a visão religiosa da pobreza! Os pobres são percebidos como vagabundos e como tal, internados.

19 O Segundo Agrupamento O suicida, um profanador, que indica desordem da alma; os hereges que escrevem contra a religião. A religião tem valor ético e moral! Se as pessoas abandonassem os sacramentos, designava um comportamento imoral e, portanto seriam condenadas pela ética da religião e internadas!

20 A libertinagem O terceiro agrupamento que irá compor o hospital geral é o da libertinagem! São aqueles que sujeitam-se aos desejos do coração! Um conjunto de pessoas que não sabem e não podem utilizar a razão ou que a utilizam erroneamente.

21 A libertinagem Colocam-se a serviço de um coração desregrado e apresentam os desregramentos da imoralidade! São aqueles que não ligam sua liberdade à ética e, dessa forma, comportam-se como libertinos!

22 O Quarto Agrupamento: OS LOUCOS
A revolução moral descobriu um denominador comum: os loucos! A loucura era considerada como incapacidade do indivíduo contrair obrigações ou contratos sociais. Não há margem para tratar a loucura humanamente, pois ele é, de pleno direito inumana! É o escândalo da condição humana!

23 O Quarto Agrupamento: OS LOUCOS
A percepção social da loucura, produzida por diversas instituições, como a polícia, a justiça, a família e a igreja indicará o louco para o internamento a partir das transgressões às leis da razão e da moral. O internamento unifica os quatro grupos, que em si mesmo opõem-se e não possuem nada em comum a não ser o enunciado: a desrazão!

24 O Fim dos Hospitais Gerais
Em 1780, espalha-se uma epidemia por Paris: atribuía-se sua origem à infecção do Hospital Geral que se transforma em símbolo do horror e causador de problemas para a sociedade. A critica interna, vem do próprio interior do hospital, onde o louco começa a ser isolado pelo perigo que podia representar. Os demais internos percebiam-se diferentes dos loucos.

25 O Fim dos Hospitais Gerais
A crítica externa é econômica! Os pobres adquire uma importância básica para o capitalismo nascente. O pobre é reintroduzido na sociedade. O capitalismo transforma a população pobre, ociosa, vagabunda e desempregada em força de trabalho produtiva, consumidora e matéria prima para o trabalho e riqueza. Assim, todas as figuras da desrazão foram afastadas a exceção de uma: os loucos!

26 O que fazer com a Loucura?
A loucura começa a aparecer como um problema de difícil solução. Os loucos são remetidos as suas famílias, porém essas se mostram incapazes de resolver o problema. Diante da resistências das famílias e da rejeição dos mesmos pela sociedade permanece a questão: o que fazer com os loucos?

27 O que fazer com a Loucura?
No final do século XVIII, a medicina e a prática do internamento aproximam-se como objetivo de uma primeira convergência. Uma coisa é certa: a loucura encontra-se na mesma situação dos prisioneiros e condenados. Se aos pobres prescreviam-se o trabalho, estava fora de cogitação deixar os loucos se misturar à sociedade.

28 A Loucura como Alienação
O internamento ganha o status de instituição curativa na medida que se propõe a conduzir a loucura à razão, ou seja, quando de passa a perceber a loucura como alienação. E da nova forma de perceber a loucura como alienação dar-se-á a ruptura definitiva com o modelo do hospital geral e o passo essencial para o surgimento de um espaço destinado aos loucos: os asilos!

29 A Loucura como Alienação
A loucura individualiza-se no plano do conhecimento e muda de figura no plano da percepção, dando lugar a uma nova forma de internamento sob os poderes de uma nova especialidade da medicina! E assim, nasce a PSIQUIATRIA! Nasce um saber!

30 Tratamentos da Atualidade
HOSPITAIS DO CORPO * Mais de mil anos de história; * Imune à critica de qualquer natureza; * Seleção pelas conseqüências; * Status interativo cultural; * Neste contexto, as variáveis psicológicas são ignoradas ou medicalizadas; * Medicina: eficaz para tratar as doenças do corpo, mas ineficaz para tratar os transtornos comportamentais.

31 Tratamentos da Atualidade
HOSPITAIS DA MENTE * Nascidos por édito do rei: Paris em 17 de abril de 1657. * Ocupado por pessoas que compunham a desrazão. * Nova ruptura: os asilos. * A loucura como alienação. * As transformações: loucura, desrazão, alienação e hoje doença mental. * Psiquiatria: herdeira das práticas de segregação e isolamento.

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