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FAZENDO DE CONTA Letícia Thompson
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Se o mundo fosse uma brincadeira de faz-de-conta, faríamos de conta que tudo é sempre bonito.
E mesmo se o mundo não é um grande livro de contos de fadas, estamos sempre querendo fazer de conta. Fazemos de conta que somos felizes; que o amor não acabou, que ainda existe desejo. Tentamos nos convencer que todas as decisões que tomamos no passado foram acertadas.
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Talvez por medo de termos que confessar que em
algum lugar da nossa vida, falhamos. É difícil ter que admitir que nos enganamos de caminho. Mas o mais difícil é pensar que vamos decepcionar outros. Apesar de tudo, o que os outros vão pensar pesa muito nas nossas vidas. Assim vamos fazendo de conta que está tudo certo.
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E chega um dia onde não encontraremos mais saída.
E a gente chora... Chora na encruzilhada onde se encontra, chora no labirinto da vida, onde não queremos nem ir à frente e nem voltar atrás, mas sabemos que teremos que achar o caminho de qualquer jeito. E lamentaremos o não saber o que fazer. Nos sentimos perdidos mesmo quando queremos fazer de conta que não.
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Pensamos que seria melhor fingir que
não existe problema nenhum; ou que podemos passar uma borracha e recomeçar tudo; ou então nos dizemos que bom mesmo seria voltar à infância inocente, sem esses “problemas de adultos” e até ir dormir mais cedo para que amanhã chegue logo. Porque agora, às vezes desejamos que nunca chegue...
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Mas somos adultos, mesmo se nosso eu criança se
sente perdido. Somos adultos e donos da nossa vida, das nossas vontades, embora intimamente sintamos a necessidade de pedir que alguém decida por nós para nos livrar do peso da responsabilidade da escolha.
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É preciso enfrentar a realidade, mesmo que doa;
é preciso ter a coragem de tomar uma decisão e fazer escolhas, mesmo se daqui a dez anos perceber que nos enganamos de caminho. Se enganar não é pecado; pecado é se saber enganado e continuar no mesmo trilho. É uma ofensa ao próprio eu.
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Dê a você mesmo a oportunidade de ser feliz, sendo quem é, como é
Dê a você mesmo a oportunidade de ser feliz, sendo quem é, como é. Saia do marasmo do dia-a-dia que mata e construa algo sólido onde se apoiar. A vida não espera por nós e não é por fingir que o tempo não passa que os relógios vão parar. Chorar é bom e pode aliviar as tensões, mas nunca resolveu problema nenhum. Enxugue estão suas lágrimas para que tenha uma visão mais clara do que é sua vida.
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Tire a máscara do faz-de-conta e viva de cara lavada,
mesmo se no momento não for o melhor que você tenha para apresentar ao mundo. Com o tempo você vai aprender que tudo fica mais fácil e você se sentirá aliviado. Não se pergunte o que vai fazer depois: aprenda com seus erros e dê o melhor de si. Dê a você mesmo uma chance de ser feliz, porque ninguém vai fazer isso por você. Formatação: Beth Norling Imagens: Internet Música: Endless Love
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