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Ao findar daquele ano - 1882 -, fui acometida de contínua dor de cabeça, porém suportável, que não me impedia de dar prosseguimento aos estudos; esta.

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3 Ao findar daquele ano - 1882 -, fui acometida de contínua dor de cabeça, porém suportável, que não me impedia de dar prosseguimento aos estudos; esta situação durou até a Páscoa de 1883. Tendo papai ido a Paris com Maria e Leônia, minhas irmãs, titia levou-me com Celina para a sua casa.

4 Certa noite, eu estava sozinha com meu tio. Ele falou sobre a mamãe, evocando recordações de uma forma tão bondosa, que me tocou profundamente, fazendo-me chorar. Minha sensibilidade o comoveu, igualmente.

5 Surpreso em me ver, naquela idade, com os sentimentos que eu expressara, disse-me, então, que eu tinha um coração demasiado sensível e que necessitava de muita distração, durante aquelas férias. O bom Deus havia escolhido um caminho diferente para mim. Naquela mesma noite, senti violenta e extrema dor de cabeça. Titia estava comigo. Ao trocar de roupa fui sacudida por estranho tremor.

6 Crendo que eu estava com frio, titia, como uma verdadeira mãe, não me deixou nem por um instante. Durante a minha enfermidade, ela me envolveu com a mais terna solicitude, prodigalizando-me com cuidados dos mais carinhosos e delicados, rodeando-me de cobertores e botijas de água quente. Nada, entretanto, fazia reduzir a minha agitação, que durou quase a noite inteira.

7 O que dizer da dor de nosso pobre pai, quando, ao retornar de Paris me encontrou naquele estado desesperador? Ele pensou que eu não tardaria em morrer; mas Nosso Senhor lhe teria dito: "Esta doença não a levará a morte, ela serve, como a de Lázaro, para a glorificação de Deus (cf. Jo, 14)". Sim, o bom Deus foi glorificado com esta minha provação!

8 De fato, ele o foi, graças à admirável resignação de meu pobre paizinho, cuja idéia era que "sua filhinha ficaria louca, ou então morreria". Ele o foi, outrossim, graças à resignação de minhas irmãs, principalmente à de Maria. Oh! quanto não sofreu por minha causa... Como lhe sou reconhecida pelos cuidados que, com tão grande desprendimento me prodigalizou... O coração ditava-lhe o que me era necessário.

9 Na verdade, o coração de mãe é muito mais sagaz do que a ciência de hábeis doutores. Não sei como descrever um mal tão estranho: eu dizia e fazia coisas em que nem pensava; quase sempre parecia estar em delírio, a proferir palavras incoerentes. Apesar disso, tenho a certeza de não ter ficado, um instante sequer, privada do uso da razão... Muitas vezes, parecia estar desfalecida, e não fazia o mínimo movimento, durante horas e horas.

10 Deixaria, então, que exercessem qualquer prática em mim, até mesmo a morte. Não obstante, ouvia tudo o que se dizia ao meu redor, mesmo que fosse em voz baixa, e ainda me lembro de tudo. E que receios o demônio me inspirava! Sentia medo de tudo, absolutamente. Minha cama parecia-me cercada de medonhos precipícios.

11 Alguns pregos, fixados nas paredes do quarto, assumiam, aos meus olhos, a feição assustadora de grandes dedos, pretos, carbonizados; e faziam-me soltar gritos de pavor. Um dia, estando papai a me olhar, silencioso, o chapéu que tinha entre as mãos, transformou-se, de repente, em não sei qual forma de fantasma e dei mostras de tão grande pavor, que o pobre do papai, saiu dali a soluçar.

12 Quando o sofrimento era menos agudo, eu colocava a minha alegria em trançar coroas e grinaldas de margaridas e miosótis para a Santíssima Virgem. Estávamos no belo mês de maio. Toda a natureza se guarnecia de flores e trescalava de alegria; somente a *pequena flor é que se finava e parecia emurchecer para sempre! Sem embargo, tinha um Sol junto a si. Esse Sol era a Estátua milagrosa da Rainha dos Céus. Amiúde, sim, bem amiúde, a florzinha pendia sua corola em direção do Astro bendito (Jesus).

13 Certo dia, eu vi quando papai entrou no quarto de minha irmã Maria, onde eu estava acamada. Deu-lhe, com expressão de grande tristeza, várias moedas de ouro, dizendo- lhe escrevesse para Paris, mandando celebrar Missas em honra de Nossa Senhora das Vitórias, para curar sua pobre rainhazinha. Oh! como me comoveu ver a fé e o amor do meu querido rei!

14 Queria ter força para me levantar e dizer-lhe que estava curada! Mas, infelizmente, já eram tantas as falsas alegrias que lhe tinha preparado. Meus desejos não poderiam produzir um milagre e, para minha cura, para que eu voltasse à vida, era necessário um enorme milagre... Sim, era preciso um grande milagre e este milagre, Nossa Senhora das Vitórias o realizou integral e perfeitamente. A pequena flor é Santa Terezinha do Menino Jesus.

15 23/05/2010


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