A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Toxoplasma gondii (Nicole e Manceaux, 1908)

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Toxoplasma gondii (Nicole e Manceaux, 1908)"— Transcrição da apresentação:

1 Toxoplasma gondii (Nicole e Manceaux, 1908)
Toxoplasmose Profa. Marise S. Mattos – Curso de Protozoologia – Universidade Federal do Rio de Janeiro

2 Toxoplasmose: história e distribuição geográfica
Primeiras referências: 1908 : foi encontrado o parasita no roedor Ctenodactylus gondii, por Nicole e Manceaux e também em coelhos, por Splendore; 1909 : descrição do parasita e criação do gênero Toxoplasma (Nicole e Manceaux) 1923 : descrição da coriorretinite por Janku 1929 : descrição da forma congênita por Wolf A partir da década de 1960: – desenvolvimento e aplicação de testes sorológicos revelaram a ubiqüidade do parasita – ampla distribuição geográfica e de hospedeiros - descrição do ciclo e identificação dos felinos como hospedeiros definitivos

3 Toxoplasma gondii IMPORTÂNCIA:
É o único agente etiológico da Toxoplasmose IMPORTÂNCIA: Altamente prevalente no mundo – 15 a 60% de acordo com a população Pode provocar doença congênita grave Importante causa de doença oportunista em pacientes infectados pelo HIV Causa comum de uveíte podendo levar à perda da visão

4 Toxoplasma gondii : características
Parasita intracelular obrigatório, eurixeno Classificação: esporozoário pertencente ao filo Apicomplexa – classe Sporozoa Hospedeiros: é uma zoonose de felinos porém infecta inúmeros vertebrados inclusive o Homem Morfologia: formas infectantes: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos (possuem complexo apical) forma de resistência: oocisto formas do ciclo sexuado – gametócitos , gametas, zigoto (no felino)

5 Morfologia Complexo apical:
4 a 8 µm Retículo endoplasmático rugoso Grânulo denso Golgi Apicoplasto Micronema conóide roptrias Mitocôndria núcleo - Ultraestrutura do taquizoíta 2 a 4 µm Complexo apical: Anéis polares – são dois, permitem a passagem do conteúdo parasitário Conóides – definem a extremidade apical e têm motilidade micronemas – organelas secretoras, auxiliam na adesão e invasão celular roptrias – organelas secretoras, auxiliam na invasão grânulos densos – organelas secretoras, necessárias para multiplicação

6 O APICOPLASTO É uma organela pequena localizada próximo ao núcleo que contém 4 membranas provável aquisição evolutiva precoce de um plastídeo de alga incorporado com perda dos gens de fotossíntese molécula de DNA circular 35kb descoberto em 1975 em 1987 seu seqüenciamento revelou conteúdo genético, estrutura de um plastídeo de alga, com pouco mas suficiente tRNA e rRNA para translação tem-se mostrado um alvo interessante para atuação de quimioterápicos pois a inibição de suas proteínas interfere com a sobrevivência do parasita

7 Morfologia taquizoítas bradizoítas taquizoítas

8 Podem parasitar várias células e tecidos – exceto hemácias
Habitat Podem parasitar várias células e tecidos – exceto hemácias Metabolismo Glicose é a principal fonte de energia Consomem O2 e produzem CO2 HABITAT, METABOLISMO E TRANSMISSÃO Transmissão São transmitidos pela ingestão de oocistos ou cistos teciduais

9 Reprodução ENDOPOLIGENIA
Dá-se por endodiogenia (1 célula gera duas) e endopoligenia (1 célula gera várias) ENDOPOLIGENIA Este processo ocorre para MEROGONIA, GAMETOGONIA E ESPOROGONIA É característico dos protozoários pertencentes ao filo Apicomplexa

10 Mecanismo de invasão celular
Processo ativo que envolve reconhecimento de receptores conservados de membrana: laminina, integrina, glicosamino glicans, proteoglicans – são receptores para MIC2 e molécula P30. Uma vez aderido, o conóide é projetado e os micronemas descarregam seu conteúdo – MIC2 e outras proteínas A membrana plasmática da célula hospedeira realiza um movimento de englobamento do parasita a partir do sítio de adesão para formar o vacúolo parasitóforo processo ativo inibido por citocalasina : inibidor da montagem de filamentos de actina O conteúdo das roptrias é lançado e suas proteínas incorporam-se aos componentes de membrana do recém criado vacúolo parasitóforo Dentro do vacúolo parasitóforo os grânulos densos despejam seu conteúdo modificando o ambiente do vacúolo parasitóforo, impedindo a acidificação e facilitando a replicação do parasita. Não há fusão de lisossomos.

11 Ciclo vital do Toxoplasma
Desenvolve-se em duas fases: . assexuada – nos linfonodos e tecidos de todos os hospedeiros .sexuada ou coccidiana – no epitélio intestinal dos felídeos Apenas o animal não imune elimina oocistos! Hospedeiro definitivo Oocisto não esporulado é eliminado nas fezes 3 dias 21 dias cisto no tecido do hospedeiro intermediário ingestão Taquizoítas transmitidos pela placenta ±2 a 5 dias esporocistos contendo esporozoítas água e alimento contaminado ingestão água e solo Hospedeiros intermediários oocistos esporulados infecção do feto

12 FASE CRÔNICA DA DOENÇA FASE AGUDA DA DOENÇA
esporozoítas taquizoítas bradizoítas INGESTÃO HOMEM FELINO EPITÉLIO INTESTINAL formação de anticorpos e imunidade celular FASE CRÔNICA DA DOENÇA Penetração em diversos tipos de células Formação de CISTOS teciduais compostos de BRADIZOÍTAS formação de vacúolos citoplasmáticos FISIOPATOGENIA NO HOMEM multiplicação sucessiva intravacuolar – PSEUDO CISTO Desaparecimento dos parasitas circulantes rompimento da célula com liberação de TAQUIZOÍTOS Disseminação linfática e hematogênica Desenvolvimento de imunidade FASE AGUDA DA DOENÇA Morte do hospedeiro

13 Penetração nas células epiteliais do intestino ELIMINAÇÃO COM AS FEZES
esporozoítas taquizoítas bradizoítas INGESTÃO FELINO EPITÉLIO INTESTINAL Oocisto maduro Penetração nas células epiteliais do intestino ELIMINAÇÃO COM AS FEZES formação dos vacúolos parasitóforos Oocisto imaturo multiplicação por endodiogenia e merogonia zigoto formação de MEROZOÍTOS fecundação invasão de novas células epiteliais microgametas masculinos móveis e macrogametas femininos fixos formação de GAMETÓCITOS masculinos e femininos

14 Patogenia FATORES RELACIONADOS Tipo de cepa
Cepa do tipo I – associada com infecção congênita Cepa do tipo II – isolada em 65% dos pacientes com AIDS e reativação de infecção crônica Cepa do tipo III – infectam muito mais animais e pouco o HOMEM Susceptibilidade do hospedeiro Idade – a infecção é mais comum em crianças e jovens Imunidade – a doença é mais grave nos imunodeprimidos Idade gestacional – a infecção é mais grave no 1o trimestre da gravidez

15 Patogenia FORMAS CLÍNICAS Toxoplasmose CONGÊNITA
É necessário a primo-infecção materna (geralmente assintomática) durante a gravidez A infecção fetal se dá pela invasão placentária de TAQUIZOÍTAS No primeiro trimestre acomete 10 a 25% dos fetos com maior gravidade No segundo e terceiro trimestre acomete 50 e 65% dos fetos com menor gravidade Toxoplasmose ADQUIRIDA Febril aguda – mais comum em crianças e jovens, é auto-limitada Uveíte – resulta da infecção da retina e coróide por taquizoítas ou reativação de bradizoítas Encefalite – raramente produzida pela infecção aguda e sim por reativação

16 Quadro clínico Infecção materna no primeiro trimestre:
Toxoplasmose CONGÊNITA Infecção materna no primeiro trimestre: a infecção fetal é menos frequente porém mais grave pode resultar em aborto, natimorto, prematuridade pode provocar encefalite, pneumonite, convulsões, miocardite não provoca mal formações congênitas pois não afeta o DNA hidrocefalia, calcificações cerebrais, coriorretinite, retardo mental (tétrade de Sabin) Infecção materna no segundo e terceiro trimestres - pode ser assintomática para o feto com manifestação tardia de doença - geralmente causa micropoliadenopatia, hepatosplenomegalia, lesões oculares (cegueira)

17 Quadro clínico Toxoplasmose ADQUIRIDA Em 80% dos casos é assintomática
Nos casos em que produz sintomas encontramos febre, linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia, mialgia, rash máculo papular, coriorretinite Os sintomas regridem sem tratamento em cerca de 4 a 6 semanas O tratamento é necessário nos casos que cursam com coriorretinite Toxoplasmose NO PACIENTE COM AIDS Na maioria dos casos manifesta-se como abscesso cerebral Febre, convulsões, hemiparesia, torpor, confusão mental e coma

18 Diagnóstico laboratorial
Demonstração do parasita Ramente é possível. Algumas vezes pode ser evidenciado em biópsias de gânglio ou vísceras – pelo exame histopatológico, por inoculação animal, por PCR Testes sorológicos São os mais utilizados. A presença de anticorpos da classe IgM indica infecção aguda e da classe IgG infecção antiga Os principais métodos utilizados são: Imunofluorescência indireta (IFI) – bastante sensível, o antígeno usado é esfregaço de toxoplasma fixado com formol, detecta infecção recente; Hemglutinação indireta – método sensível porém falha ao detectar infecção recente. Não deve ser usado para recém-nascidos; ELISA – mais prático que a IFI e bastante sensível. Ë o mais usado.

19 Tratamento Infecção aguda na gravidez (conversão sorológica) Uveítes
Indicado apenas nas seguintes situações: Infecção aguda na gravidez (conversão sorológica) Uveítes Doença congênita Doença no imunodeprimido Drogas utilizadas: Na gravidez – espiramicina, clindamicina; Nos demais casos – sulfa e pirimetamina por 2 a 4 meses – inibem a dihidrofolato-redutase impedindo a síntese de folato e do DNA parasitário

20 Profilaxia da toxoplasmose
Prevenção primária Prevenção secundária Evitar o consumo de carnes cruas ou mal cozidas Evitar manipular terra ou fazer serviços de jardinagem Evitar comer alimentos crus ou mal lavados Evitar o contato com gatos filhotes de procedência ignorada Tratar a gestante que apresentar conversão sorológica


Carregar ppt "Toxoplasma gondii (Nicole e Manceaux, 1908)"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google