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Currículo: das teorias tradicionais às críticas

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Apresentação em tema: "Currículo: das teorias tradicionais às críticas"— Transcrição da apresentação:

1 Currículo: das teorias tradicionais às críticas
In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Teorias do currículo: uma introdução crítica. Porto, Portugal: Porto Editora, 2000. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

2 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Tópicos Teorias tradicionais de currículo Gênese da crítica Os reconceptualistas O neomarxismo de Michael Apple Henry Giroux: currículo como política cultural Pedagogia do oprimido x dos conteúdos NSE: currículo como construção social Basil Bernstein: currículo e reprodução cultural Currículo oculto OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

3 Teorias tradicionais de currículo
Surgimento do campo de estudos do currículo: com a institucionalização da educação de massas. Bobbitt (1918): The curriculum. Currículo: eficiência, organização e desenvolvimento. Funcionamento da escola à semelhança da empresa comercial ou industrial (taylorismo). Currículo e organização: cabe aos especialistas levantar as habilidades a serem desenvolvidas e elaborar os instrumentos de medição das mesmas. Visão predominante até os anos 80. Finalidades da educação dadas pelas exigências profissionais da vida adulta. Ralph Tyler (1949): consolidação das idéias de Bobbitt. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

4 Teorias tradicionais de currículo
Currículo como questão técnica. Orientação comportamentalista radicalizada nos anos 60 (tecnicismo). Modelos tecnocráticos de Bobbitt e Tyler e modelo progressita de base psicológica de Dewey: reação ao currículo clássico humanista – artes liberais na Antiguidade Clássica e educação universitária na Idade Média e no Renascimento (trivium: gramática, retórica e dialética; quadrivium: astronomia, geometria, música, aritmética). OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

5 Teorias tradicionais - questões para discussão
Qual a relação entre o contexto histórico da sociedade e o surgimento dos estudos sobre teoria de currículo? Que tipo de ser humano se pretendia formar na concepção curricular tradicional? Que questões, abordagens e estratégias estão articuladas à concepção curricular tradicional? OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

6 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Gênese da crítica As teorias críticas responsabilizam o status quo pelas desigualdades e injustiças sociais. Desconfiança, questionamento e transformação radical. Ao invés de foco no como fazer, estudo do que o currículo faz. Althusser (A ideologia e os aparelhos ideológicos de Estado): análise marxista da sociedade, conexão entre educação e ideologia. Sociedade capitalista sobrevive por mecanismos e instituições que garantem que o status quo não seja contestado (religião, mass media, escola e família). Escola como aparelho ideológico central, atua ideologicamente através do seu currículo. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

7 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Gênese da crítica Bowles e Gintis: aprendizagem pela vivência das relações sociais da escola (das atitudes necessárias para se qualificar como um bom trabalhador capitalista); A escola deve espelhar no seu funcionamento as relações sociais de trabalho. Escola e reprodução das relações sociais de produção da sociedade capitalista. Escola e o processo bidirecional: de reflexo (ao espelhar) e de retorno (ao produzir o que o mercado de trabalho espera). OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

8 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Gênese da crítica Bourdieu e Passeron: Cultura como economia: conceito de capital cultural. A dinâmica da reprodução social centra-se no processo de reprodução cultural. Domínio simbólico: definição da cultura dominante como a cultura e não como uma das culturas possíveis. Imposição cultural como algo natural: dupla violência do processo de dominação cultural. Currículo da escola: baseado na cultura dominante. Ciclo de reprodução cultural: aprendizes das classes dominantes vêem seu capital cultural reconhecido e favorecido. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

9 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Gênese da crítica Explosão da literatura crítica do currículo: anos 70 e 80. Crítica à crítica: pelo seu determinismo econômico. Seu legado ainda perdura. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

10 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Os reconceptualistas Concepção tradicional de currículo X teorias sociais. A compreensão do currículo como atividade técnica e administrativa não se enquadra nas teorias sociais de origem (mormente européia): Fenomenologia Hermenêutica Marxismo Teoria Crítica (Escola de Frankfurt) Desafio aos modelos técnicos dominantes, em duas vertentes: Marxistas (ancoragem em Gramsci e na Escola de Frankfurt): crítica estrutural da escola e do currículo existentes (desnaturalizá-los) – Michael Apple e Henry Giroux. Fenomenologia e Hermenêutica: estratégias interpretativas de investigação (ênfase nas significações subjetivas). OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

11 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Os reconceptualistas Para a Fenomenologia, o significado é pessoal e subjetivo. Sua conexão com o social dá-se através de conexões intersubjetivas. Ruptura radical com as teorias tradicionais de currículo: a que menos reconhece a validade do currículo em disciplinas ou matérias. Atitude fenomenológica: foco na experiência, no mundo vivido. Destaque para o caráter situacional, singular, único e concreto da experiência vivida. Natureza pessoal, subjetiva e idiossincrática da abordagem fenomenológica. Relação com a hermenêutica e com a autobiografia (William Pinar): oposição às abordagens tradicionais e às críticas macrossociológicas; dimensão formativa e autotransformativa; objetivo libertador e emancipador. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

12 Os reconceptualistas - questões para discussão
1. Em relação à gênese da crítica, que questões são colocadas como contraponto à concepção curricular tradicional? 2. Que tipo de ser humano se pretendia formar na concepção curricular crítica? 3. Qual a contribuição de Althusser, Bowles e Gintis, Bourdieu e Passeron, neste primeiro período da concepção curricular crítica? 4. Em que consiste a atitude fenomenológica na concepção crítica de currículo? OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

13 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
O neomarxismo de Apple Visão estrutural e relacional do currículo: relação estrutural entre economia, educação e cultura; sociedade capitalista e dominação de classe. Vínculo entre reprodução cultural e reprodução social. Conexão entre a organização econômica e a curricular. Conceito de hegemonia (Gramsci): campo social como campo contestado. Ao invés de o que e como ensinar, por que ensinar tais conhecimentos e não outros? De quem são tais conhecimentos? Importância do currículo no processo de reprodução cultural e social. Currículo oficial e currículo oculto. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

14 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
O neomarxismo de Apple Escola como produtora de conhecimento técnico (intimamente relacionado à estrutura e ao funcionamento da sociedade capitalista). Currículo e poder: produção, distribuição e consumo de recursos materiais e simbólicos (cultura, conhecimento, educação, currículo). Análise das mediações, contradições e ambigüidades do processo de reprodução cultural e social. Campo social e cultural: não somente de imposição e dominação, mas também de resistência e oposição. Contribuição de Apple para politizar a teorização sobre currículo. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

15 Giroux: currículo como política cultural
Movimento histórico do estudioso: das análises educacionais para as culturais. Aqui, foco na sua primeira fase. A partir da Escola de Frankfurt, crítica à racionalidade técnica e utilitária e ao positivismo das perspectivas dominantes sobre currículo. Currículo e reprodução das desigualdades e injustiças sociais. Crítica às análises fenomenológicas de currículo, pela ausência de ênfase sobre as formas como as construções sociais de significado se desenvolvem na escola e no currículo e sobre as relações sociais mais amplas de controle e poder. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

16 Giroux: currículo como política cultural
Fundamenta-se no conceito de resistência para desenvolver a teoria crítica alternativa sobre a pedagogia e o currículo. Há mediações e ações no nível da escola e do currículo que podem fazer frente ao poder e ao controle. É possível canalizar o potencial de resistência dos estudantes e educadores para desenvolver uma pedagogia e um currículo com conteúdo político e crítico da sociedade dominante. Conceitos-chave na concepção emancipadora do currículo: esfera pública, intelectual transformador, voz. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

17 Giroux: currículo como política cultural
Esfera pública (ancoragem em Habermas): escola e currículo como esfera pública democrática. Professores como intelectuais transformadores (ancoragem no conceito gramsciano de intelectual orgânico): não como técnicos, mas como críticos e questionadores, agem em favor da emancipação e da libertação. Voz (conceito da fase intermediária da sua obra): construção de um espaço de escuta e consideração aos anseios dos estudantes. Influência de Paulo Freire. Currículo como política cultural, na medida em que envolve a construção de significados e valores culturais e sociais, os quais articulam-se às relações sociais de poder e desigualdade. Significados em disputa: a um só tempo impostos e contestados. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

18 Pedagogia do oprimido x dos conteúdos
Pedagogia do oprimido (Paulo Freire): baseado na dialética hegeliana das relações entre senhor e servo, ampliada pelo marxismo: foco na dinâmica da dominação. Volta-se à educação de adultos (EJA) em países periféricos. Analisa como é a educação e anuncia como deveria ser. Educação bancária: crítica ao currículo existente. Crítica ao caráter verbalista e narrativo do currículo tradicional. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

19 Pedagogia do oprimido x dos conteúdos
Denúncia: o currículo tradicional está desligado da situação existencial do estudante. Conceito de educação problematizadora como alternativa à educação bancária. Intenção (conceito fenomenológico): o conhecimento é sempre intencionado, dirigido a alguma coisa. Conhecimento envolve intercomunicação, mediada por objetos do conhecimento, e intersubjetividade. Os homens se educam mutuamente, intermediados pelo mundo cognoscível. Ato pedagógico como ato dialógico. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

20 Pedagogia do oprimido x dos conteúdos
Educação problematizadora: educador e educando criam, dialogicamente, um conhecimento do mundo. Experiência dos educandos como fonte primária dos temas geradores, que constituirão o conteúdo programático do currículo de EJA. Definição do conteúdo a partir da pesquisa sobre o universo experiencial dos educandos. Portanto, construído por ambos os atores sociais. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

21 Pedagogia do oprimido x dos conteúdos
Currículo em Freire: visão fenomenológica do ato de conhecer como consciência de alguma coisa e de si. Cultura como resultado do trabalho humano. Apagamento das fronteiras entre cultura erudita e popular. A cultura popular deve fazer parte do currículo. Nos anos 80: crítica às idéias freireanas. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

22 Pedagogia do oprimido x dos conteúdos
Pedagogia crítico-social dos conteúdos (Dermeval Saviani): educação é política na medida em que permite que as classes subordinadas se apropriem do conhecimento socialmente legitimado. Articulação entre conhecimento e poder. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

23 Currículo como política cultural - questões para discussão
1. Em relação à concepção curricular crítica, em que consiste as principais idéias de Apple? 2. Em relação à concepção curricular crítica, em que consiste as principais idéias de Giroux? 3. Em relação à concepção curricular crítica, em que consiste as principais idéias de Freire? 4. O que os três pesquisadores têm em comum? OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

24 NSE – currículo como construção social
NSE: Inglaterra, Michael Young. Crítica sociológica e histórica dos currículos existentes. Caráter socialmente construído das formas de consciência e de conhecimento, das relações com as estruturas sociais, institucionais e econômicas. Conhecimento escolar e currículo como invenções sociais; envolve conflitos e disputas em torno do que deve compor o currículo. Currículo e poder: a NSE investiga as conexões entre os princípios de seleção, organização e distribuição do conhecimento escolar, bem como dos princípios de distribuição dos recursos econômicos e sociais mais amplos. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

25 Basil Bernstein – códigos de reprodução cultural
O conhecimento educacional formal realiza-se por 3 sistemas de mensagem intimamente imbricados: currículo, pedagogia e avaliação. Preocupação com as relações estruturais entre os diferentes tipos de conhecimento que constituem o currículo. Percebe o currículo tradicional como fortemente classificado, em contraposição ao interdisciplinar. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

26 Basil Bernstein – códigos de reprodução cultural
Currículo interdisicplinar: Maior controle sobre o tempo e o ritmo de aprendizagem. Objetivos menos explícitos. Fracamente enquadrado (enquadramento como controle do processo de transmissão, por parte do professor). Foco: como se aprendem as posições de classe? Código: ligação entre as estruturas macrossociológicas da classe social, a consciência individual e as interações sociais do nível microssociológico. A posição ocupada na divisão social determina o tipo de código aprendido. O tipo de código determina a consciência da pessoa e os significados que ela realiza ou produz na interação social. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

27 Basil Bernstein – códigos de reprodução cultural
Diferentes códigos culturais: Código elaborado: relativamente independentes do contexto local. Código restrito: o “texto” produzido na interação social é fortemente dependente do contexto. Aprende-se o código em diversas instâncias sociais, dentre elas a família e a escola. O aprendizado dos códigos culturais ocorre de forma implícita, na vivência das estruturas sociais em que o código se expressa. No caso da educação, as estruturas sociais expressam-se através do currículo, da pedagogia e da avaliação. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

28 Basil Bernstein – códigos de reprodução cultural
Esforço em compreender as razões do fracasso educacional e o papel das diferentes pedagogias no processo de reprodução cultural. Atenção para a diferença entre o código elaborado proposto pela escola e o código restrito dos estudantes de classe operária. Questionamento do papel da escola no processo de reprodução cultural e social. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

29 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Currículo oculto Com Bowles e Gintis: análise da escola capitalista americana. Mais do que o conteúdo explícito, as relações sociais são responsáveis pela socialização dos estudantes nas normas e atitudes necessárias para uma boa adaptação às exigências do trabalho capitalista. Definição funcionalista de currículo oculto: as características estruturais da sala de aula e das situação de ensino ensinam as relações de autoridade, a organização espacial, a distribuição do tempo, os padrões de recompensa e castigo, de modo a contribuir implicitamente para aprendizagens sociais relevantes. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

30 OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO
Currículo oculto Atitudes e comportamentos transmitidos pelo currículo oculto: distorção dos genuínos objetivos da educação, por moldarem os estudantes a se adaptarem às injustas estruturas da sociedade capitalista. O currículo oculto ensina a obediência, o conformismo, o individualismo. O currículo oculto ensina pela organização do espaço escolar, pela organização do tempo, pelos rituais, regras, regulamentos e normas. Preocupação com os processos sociais que, de forma inconsciente, moldam a subjetividade dos atores sociais. Objetivo: desolcutar o currículo oculto, para torná-lo menos eficaz e otimizar as possibilidades de mudança. Com a ascensão neoliberal, o currículo tornou-se assumidamente capitalista. OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO

31 Questões para discussão
O que Apple, Giroux e Freire têm em comum? Em que as concepções tradicional e crítica de currículo diferem? Qual o impacto dessas concepções sobre o currículo a ser implementado e, por conseguinte, sobre o tipo de ser humano que se pretende formar? Em que medida as proposições críticas de currículo podem ser relevantes à discussão das questões curriculares, no campo da EaD? OPEC III - LUCILA PESCE - TEORIAS DE CURRÍCULO


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