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1
Cartilha da Natureza A candeia
2
O silêncio volve aos ninhos, Que se estende nos caminhos.
A sombra desce de manso, O silêncio volve aos ninhos, É a noite cariciosa Que se estende nos caminhos.
3
É mais densa a escuridão Que amortalha a Natureza.
Na casa pequena e simples Que é refúgio da pobreza, É mais densa a escuridão Que amortalha a Natureza.
4
Perpassa a bênção do amor, A candeia humilde e rude
Mas no quadro desolado Perpassa a bênção do amor, A candeia humilde e rude Clareia do velador.
5
De uma estrela generosa.
Na sala desguarnecida Da morada carinhosa, Sua luz mostra a beleza De uma estrela generosa.
6
Aproveita-se-lhe o encanto
Na esfera da utilidade, Mas quase ninguém lhe vê O espírito de humildade.
7
Nas sombras da noite escura,
Seu processo de ajudar Nas sombras da noite escura, Revela lição sublime Ao plano da criatura.
8
Por servir de fonte calma Ao clarão bondoso e amigo,
Ela queima a provisão De tudo que tem consigo.
9
Consome o óleo, a torcida, Perde o brilho, perde a graça,
Suporta o calor do fogo, Sofre o assédio da fumaça.
10
E Guarda, com Deus, a glória De haver produzido o bem,
Sem ferir qualquer pessoa, Sem prejuízo a ninguém.
11
Proceda como a candeia: Sem reclamar luz alheia.
Quem deseje iluminar, Proceda como a candeia: A si mesmo se ilumine Sem reclamar luz alheia.
12
Francisco Cândido Xavier
Casimiro Cunha (espírito) Francisco Cândido Xavier (psicografia)
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