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Acesso Aberto: uma introdução Eloy Rodrigues (Universidade do Minho) – Da publicação científica ao acesso aberto.

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Apresentação em tema: "Acesso Aberto: uma introdução Eloy Rodrigues (Universidade do Minho) – Da publicação científica ao acesso aberto."— Transcrição da apresentação:

1 Acesso Aberto: uma introdução Eloy Rodrigues (Universidade do Minho) – eloy@sdum.uminho.pteloy@sdum.uminho.pt Da publicação científica ao acesso aberto na saúde pública Curso de formação de formadores. Braga, 15 a 17 de Junho de 2011

2  Acesso Aberto  Definições e âmbito  As origens  As razões  As duas vias para o Acesso Aberto  Evolução e situação actual do Acesso Aberto

3 Evolução e marcos Open Acess

4 «uma velha tradição e uma nova tecnologia convergiram para tornar possível o aparecimento de um bem público sem precedentes. A velha tradição é a boa-vontade de investigadores e cientistas publicarem os resultados da sua investigação em revistas científicas, sem qualquer remuneração, apenas em prol da investigação e difusão do conhecimento. A nova tecnologia é a Internet. O benefício público que as duas possibilitam é a distribuição electrónica, a uma escala mundial, da literatura científica com revisão pelos pares, de forma gratuita e sem restrições de acesso a investigadores, docentes, alunos e outros indivíduos interessados. A eliminação de barreiras de acesso à literatura científica ajudará a acelerar a investigação, a enriquecer a educação (...)». Tradução de BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE [em linha]. 2002. [Consultado em 21 Nov. 2006]. Disponível em Introdução

5 A distribuição mundial da literatura publicada em revistas com peer-review e o acesso completamente livre e irrestrito a essa literatura por todos os cientistas, académicos, professores, estudantes e outras mentes curiosas. A remoção das barreiras a esta literatura acelerará a investigação, enriquecerá a educação, (...), e estabelecerá as fundações para unir a humanidade num comum diálogo intelectual e procura de conhecimento.” Tradução da Budapest Open Access Initiative A utopia de Budapeste

6  Budapest Open Access Initiative – Dezembro 2001  Bethesda Statement on Open Access Publishing – Junho 2003  Declaração de Berlim sobre o Acesso Livre ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades– Outubro 2003 As Declarações OA – os 3 B’s

7 • Uma definição simples: “Acesso livre” significa a disponibilização livre na Internet de literatura de carácter académico ou científico, permitindo a qualquer utilizador ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos. Acesso Livre – O que é?

8  Online  Immediate  Free (non-restricted)  Free (gratis)  To the scholarly literature that authors give away  Permanent (Definição de Stevan Harnad) Acesso Aberto - o que é?

9 “Open-access (OA) literature is digital, online, free of charge, and free of most copyright and licensing restrictions” Definição de Peter Suber, 2006 Acesso Aberto - o que é?

10 Acesso Livre a quê? Essencial: Aos cerca de 2.5 milhões de artigos publicados por ano, a nível mundial, em cerca de 25,000 revistas com peer-review em todas as disciplinas académicas e cientificas. Opcional: A comunicações, teses e dissertações, relatórios, working papers, artigos não revistos (preprints); monografias; dados científicos; etc. Não Aplicável: O Acesso Livre não se aplica a livros sobre os quais os autores pretendam obter receitas ou textos não académicos, como notícias ou ficção.

11 Duas vias para o Acesso Aberto  Óptima (dourada): Publicar os artigos em revistas de acesso livre sempre que existam revistas adequadas para o efeito (presentemente mais de 6500, ≃ 26% - ver www.doaj.org) www.doaj.org  Boa (verde): Publicar os restantes artigos nas revistas comerciais habituais (presentemente cerca de 19000, ≃ 74%) e auto-arquivá-los em repositórios da própria instituição (actualmente mais de 1900 – ver www.opendoar.org e http://roar.eprints.org/). www.opendoar.orghttp://roar.eprints.org/

12  GRÁTIS  Eliminam-se as barreiras económicas. O acesso é realizado sem custos para o utilizador  LIVRE  Eliminam-se as barreiras económicas e pelo menos algumas relacionadas com o copyright (facilitando a re- utilização por humanos e “máquinas”) http://www.earlham.edu/~peters/fos/newsletter/08-02-08.htm Acesso Aberto - Grátis e Livre

13  Acesso Aberto Verde/Dourado  Refere-se à forma/local do acesso aberto (repositórios e revistas)  Acesso Aberto pela via verde é geralmente do tipo “Grátis” mas pode ser “Livre”.  Acesso Aberto pela via Dourada é geralmente “Livre” mas pode ser “Grátis”  Acesso Aberto Grátis/Livre  Refere-se às barreiras/restrições que são eliminadas  Como existem diversas barreiras de copyright, podem existir diversos tipos/graus de AA Livre Tipos de Acesso Aberto

14  Aumentar a visibilidade, o acesso, a utilização e o impacto dos resultados de investigação.  Acelerar e tornar mais eficiente o progresso da ciência.  Melhorar a monitorização, avaliação e gestão da actividade científica. Acesso Aberto – Porquê?

15  Aumentar Ao contrário de outros autores, os investigadores e académicos publicam os resultados do seu trabalho não para obterem rendimentos (direitos de autor, royalties, etc.), mas para obterem outro tipo de recompensa: impacto da publicação.  Os investigadores são recompensados (progressão na carreira, financiamento dos seus projectos, prémios científicos, etc.), pela sua produtividade científica, que é avaliada não apenas pela sua dimensão (quantidade), mas sobretudo pelo seu impacto (qualidade). Acesso Aberto – Porquê?

16 Por isso, tornar o trabalho científico publicamente acessível é o principal interesse do investigador. “From the authors viewpoint, toll-gating access to their findings is as counterproductive as toll-gating access to commercial advertisements.” - Steven Harnad (2001) Acesso Aberto – Porquê?

17 Amplitude = 36%-250% (Fonte: Stevan Harnad e colaboradores)

18 Componentes da vantagem OA EA: Early Advantage >> Vantagem da Antecipação QA: Quality Advantage (Seglen 80/20 effect) >> Vantagem da Qualidade UA: Usage Advantage >> Vantagem do Uso (CA: Competitive Advantage) >> Vantagem Competitiva (QB: Quality Bias) >> Propensão para a Qualidade

19 Um exemplo recente…

20 Gargouri Y, Hajjem C, Larivière V, Gingras Y, Carr L, et al. 2010 Self-Selected or Mandated, Open Access Increases Citation Impact for Higher Quality Research. PLoS ONE 5(10): e13636. doi:10.1371/journal.pone.0013636

21

22 Estudos sobre o impacto do Acesso Aberto  Já existe uma bibliografia sobre este assunto: The effect of open access and downloads ('hits') on citation impact: a bibliography of studies http://opcit.eprints.org/oacitation – biblio.html

23 Acelerar e tornar mais eficiente o progresso da ciência Courtesy Alma Swan – Key Perspectives

24 Acelerar e tornar mais eficiente o progresso da ciência

25 Uma pausa para um comercial…

26 Melhorar a monitorização, avaliação e gestão da actividade científica  Avaliação de investigadores, grupos e centros de investigação baseada na análise de citações de artigos individuais (e não no factor de impacto de revistas);  Registo e acompanhamento dos downloads, citações e padrões de uso;  Detecção de tendencias: previsão de impacto, uso, trajectória e influências da investigação;  Desenvolvimento de um “CitationRank” semelhante ao algoritmo “PageRank” do Google;  Latência e longevidade da investigação  Avaliação do grau de endogamia/exogamia dos investigadores e unidades de investigação  Detecção de autores/trabalhos não citados/ignorados e detecção de plágio por análise semântica

27 Origens do Acesso Aberto Há dezasseis anos atrás... Uma proposta subversiva! "If every esoteric [read: refereed-journal-article] author in the world this very day established a globally accessible local ftp archive for every piece of esoteric [read: author give-away] writing from this day forward... [and hence] "If all scholars' preprints were universally available to all scholars by anonymous ftp (and gopher, and World-Wide Web, and the search/retrieval wonders of the future), NO scholar would ever consent to WITHDRAW any preprint of his from the public eye after the refereed version was accepted for paper "PUBLICation." Instead, everyone would, quite naturally, substitute the refereed, published reprint for the unrefereed preprint." HARNAD, Stevan - Universal FTP Archives for Esoteric Science and Scholarship: A Subversive Proposal. In: Ann Okerson & James O'Donnell (Eds.) Scholarly Journals at the Crossroads; A Subversive Proposal for Electronic Publishing. Washington, DC., Association of Research Libraries, June 1995. http://www.arl.org/scomm/subversive/sub01.html http://www.arl.org/scomm/subversive/sub01.html

28 Origens do Acesso Aberto O Movimento de Acesso Aberto Causas: consciência das limitações e contradições do actual sistema de comunicação científica possibilidades tecnológicas Objectivos Maximizar o impacto da investigação, maximizando o acesso aos seus resultados Reassumir o controlo do sistema de comunicação da ciência

29 Problemas e contradições no sistema de comunicação da ciência  Segunda metade do século XX:  Crescimento acentuado do volume da literatura científica;  “Comercialização” e perda de controlo académico do sistema de comunicação da ciência;  A função essencial das revistas – divulgação dos resultados da investigação – foi obscurecida e prejudicada por esta “comercialização”

30 Problemas e contradições no sistema de comunicação da ciência  O mundo académico perdeu o controlo sobre o sistema de comunicação da ciência.  Aumento constante dos preços dos periódicos (custo médio das assinaturas cresceu 215% entre 1986 e 2003, nos EUA, contra 68% de inflação nesse período), acompanha um movimento de grande concentração (quase monopolista) na indústria da informação de Ciência e Tecnologia.

31 Problemas e contradições no sistema de comunicação da ciência  As barreiras ao acesso traduzem-se numa perda de eficiência do sistema de comunicação da ciência, e em limitações ao impacto e reconhecimento dos resultados alcançados pelos investigadores e as instituições onde trabalham.

32 Problemas e contradições no sistema de comunicação da ciência Panorama actual: Cerca de 175.000 publicações periódicas, das quais cerca de 25.000 são revistas com “refereeing”. Fonte: Ulrich/Bowkers Serials listing Em média cada Universidade dos EUA e Canadá assina 28.454 títulos (do total de 175.000) Fonte: ARL Statistics Em Portugal, este número é substancialmente inferior (mesmo com a B-on...)

33 “O longo caminho para a liberdade...”  A partir de meados dos anos 90, várias iniciativas, movimentos e atitudes expressam uma insatisfação crescente com a situação do sistema de comunicação da ciência:  Demissões de editores e comités editoriais de revistas comerciais, em protesto contra as políticas de preços e condições de licenciamento, e lançamento de revistas em Acesso Livre

34 “O longo caminho para a liberdade...” 1998 –  Criação da Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition (SPARC) pela Association of Research Libraries (ARL). SPARC Europa criada em 2002  Criação do Fórum da American Scientist, também designado September98-Forum. É o mais antigo fórum de discussão sobre Acesso Livre, moderado por um dos principais impulsionadores do movimento, Stevan Harnad.

35 “O longo caminho para a liberdade...” 1999 –  Criação da Open Archives Initiative (OAI), com o objectivo de criar uma plataforma simples, para a interoperabilidade e a pesquisa de publicações científicas de diversas disciplinas.  Surgida no seio da comunidade dos “eprints”, de forma independente do movimento de Acesso Livre, a abordagem do OAI foi essencialmente técnica. A sua principal realização é o Open Archives Metadata Harvesting Protocol (OAI-PMH).  O protocolo OAI-PMH foi decisivo para o desenvolvimento do movimento de Acesso Livre, constituindo a sua base técnica. O número crescente de servidores OAI contribuiu também para dar maior visibilidade e encorajamento ao movimento de Acesso Livre.

36 “O longo caminho para a liberdade...” 2000 – Lançamento da PubMed Central, que disponibiliza gratuitamente artigos em texto completo em complemento da base de dados bibliográficos PubMed, e início da publicação de artigos e revistas de acesso livre pela Biomed Central. 2001 – Reunião em Budapeste, promovida pelo Open Society Institute (OSI), da qual resultou um dos mais importantes documentos e iniciativas do movimento do Acesso Livre, conhecida como Budapest Open Access Initiative (BOAI).

37 37 Cronologia do OA Timeline-Open access directory.http://oad.simmons.edu/oadwiki/Timeline

38 “O longo caminho para a liberdade...” 2000 – Lançamento da PubMed Central, que disponibiliza gratuitamente artigos em texto completo em complemento da base de dados bibliográficos PubMed, e início da publicação de artigos e revistas de acesso livre pela Biomed Central. 2001 – Reunião em Budapeste, promovida pelo Open Society Institute (OSI), da qual resultou um dos mais importantes documentos e iniciativas do movimento do Acesso Livre, conhecida como Budapest Open Access Initiative (BOAI).

39 Situação actual  Crescimento do número de repositórios, e do número de documentos neles depositados  Crescimento do número de revistas em acesso livre  Criação de “opções” de Acesso Livre por vários editores comerciais (com custos significativos)  Políticas e mandatos de Open Access de universidades e organismos financiadores

40 Mundialmente, já foram implementados um total de 272 mandatos OA. ROARMAP (Registry of OA Repository Mandates): http://www.eprints.org/openaccess/policysignup/

41 Políticas e mandatos OA em Portugal Instituição Ano Universidade do Minho2005 ISCTE2007 Universidade do Porto2008 Universidade Aberta2010 Instituto Politécnico de Bragança2010 Universidade de Coimbra2010 Hospitais da Universidade de Coimbra 2011 Instituto Politécnico de Leiria2011

42 As políticas europeias  A Comissão Europeia e o Conselho Europeu de Investigação (European Research Council) pretendem proporcionar uma ampla difusão e acessibilidade aos resultados publicados da investigação por si financiada.

43 As políticas europeias de Open Access Em Dezembro de 2007  O Conselho Europeu de Investigação requer aos investigadores o depósito de todas as publicações, resultantes dos projectos de investigação financiados e com revisão por pares (peer-review) num repositório institucional ou disciplinar adequado e, posteriormente, disponibilizá-las em acesso livre num prazo de 6 meses a contar da data de publicação.

44 Em Agosto de 2008  O Projecto-piloto Open Access do 7º Programa Quadro Projecto-piloto Open Access exige aos investigadores o depósito das publicações num repositório institucional ou disciplinar.  Aplica-se a qualquer artigo que:  possua revisão por pares (peer-review) e tenha sido aceite para publicação;  resulte de investigação financiada numa das sete áreas temáticas designadas: energia, ambiente (incluindo alterações climáticas), saúde, tecnologias da informação e comunicação (sistemas cognitivos, interacção, robótica), infra-estruturas de investigação (e-infraestruturas), ciências na sociedade, ciências socioeconómicas e humanidades;  tenha um acordo de concessão assinado depois de 2008 (cláusula especial 39). As políticas europeias de Open Access

45 Mais informação em: www.openaire.eu

46 Em 2010… Dezembro 2010 Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom. 12345 6789101112 13141516171819 20212223242526 2728293031 2 de Dezembro de 2010 OpenAIRE Public Event O OpenAIRE Public Event realizou-se a 2 de Dezembro em Ghent, integrado no programa oficial da presidência belga da União Europeia, visando apresentar os primeiros resultados da infra-estrutura OpenAIRE, que suporta o Projecto-Piloto Open Access do 7.ºPQ da Comissão Europeia (CE). Este evento contou com a presença, da vice-presidente da CE, Neelie Kroes.

47 “Scientific information has the power to transform our lives for the better - it is too valuable to be locked away.” Neelie Kroes Vice-President of the European Commission, responsible for the Digital Agenda

48 Situação actual  Apesar desta evolução muito positiva, calcula- se que apenas pouco mais de 20% da produção científica mundial está disponível em Acesso Livre;  Vivemos ainda um período de transição…

49 Bjork B-C, Welling P, Laakso M, Majlender P, Hedlund T, et al. (2010) Open Access to the Scientific Journal Literature: Situation 2009. PLoS ONE 5(6)

50 Incertezas e tuburlências do período de transição  Como se atingirá de forma mais rápida e segura os 100% Open Access?  Via Dourada – Revistas OA  Via Verde – Repositórios  Qual o futuro das revistas científicas?  Modelo económico  Revistas “tradicionais” ou “virtuais”/”federadas”  Peer-review “tradicional” ou novas formas (pós- publicação, pelos leitores,etc.)

51 As revistas estão mortas!.. Vivam as revistas?  Novos modelos de publicação científica  PLoS ONE é uma revista “diferente”, em Acesso Aberto, que se publica desde 2006.  Publica qualquer artigo de qualquer área científica que seja julgado tecnicamente válido e original (um revisor interno e um externo), sem ter em conta a sua “importância”.  Em 2010 tornou-se na maior revista do mundo, publicando 6749 artigos  Em Janeiro de 2011 a Nature Publishing Group anunciou uma revista concorrente, com o mesmo tipo de publicação, chamada Scientific Reports

52 Open access is a legal and technical reality today. The question is no longer „if‟ we should have open access. The question is about „how‟ we should develop it further and promote it. Neelie Kroes Vice-President of the European Commission, responsible for the Digital Agenda Mas o Open Access fará certamente parte do futuro da comunicação científica…


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