Projeto de Pesquisa em Psicologia Social – PPPS MÉTODOS DE COLETA DE DADOS na Pesquisa Qualitativa 25/04/2011 2º bimestre.

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1 Projeto de Pesquisa em Psicologia Social – PPPS MÉTODOS DE COLETA DE DADOS na Pesquisa Qualitativa 25/04/2011 2º bimestre

2 HISTÓRIA DE VIDA (HV) “[...] a compreensão do comportamento de alguém só é possível quando este comportamento é visto sob o ponto de vista do ator”. HAGUETTE, p. 81. Para as Ciências Sociais, é fundamental que questões sociais como o crime, a drogadicção, a corrupção sejam levantadas do ponto de vista de seus atores – criminosos, adictos, etc - para que possamos nos embrenhar em seu mundo e compreender seu funcionamento.

3 HISTÓRIA DE VIDA (HV) Documento ou técnica de captação de dados. 1927: 1ª obra a utilizar a HV sociológica: “O camponês polonês na América e Europa” – Thomas & Znaniecki Caracterização da HV: -Preocupa-se com a, fidelidade das experiências e interpretações do ator social sobre seu mundo; - Checagem das informações recebidas com outras evidências. Confronto da história contada com outros tipos de materiais, como relatórios oficiais e outros documentos; -O pesquisador deve orientar o ator social para as questões a que está interessado;

4 HISTÓRIA DE VIDA (HV) Funções: 1.Ponto de referência para avaliar teorias; 2.Base sobre a qual as suposições podem ser feitas (por ex., a relação da drogadicção com a cidade, a família, a escola); 3.Fornecer insights sobre o lado subjetivo de estudos sobre processos institucionais (leva em consideração a experiência individual dentro destes processos); 4.Pode sugerir novas variações, novas questões e novos processos em uma área de estudos que exauriu a busca de novas variáveis; 5.Captação do “processo em movimento” – a HV fornece uma riqueza de detalhes só comparável à OP.

5 HISTÓRIA DE VIDA (HV) No Brasil, a HV é utilizada apenas como técnica subsidiária (?) Pesquisas relacionadas: BOSI, E. “Memória e Sociedade: lembranças de velhos”. Instituto de Letras e Ciências Humanas, SP, 1979. BURNIER, S. et al.História de vida dos professores: o caso da educação profissional. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 35, 2007. pp. 343 –358

6 HISTÓRIA ORAL (HO) Em termos gerais, a HO representa tudo o que é “oral” e que pode ser gravado, transcrito e preservado, sendo mantido como fonte primária para uso futuro da comunidade científica. Caracterização da HO: 1.É uma técnica de coleta de dados baseada no depoimento oral gravado 2.Tem por finalidade o preenchimento de lacunas existentes nos documentos escritos 3.É interdisciplinar (uso na história, sociologia política, antropologia, etc) 4.Não prescinde da teoria 5.Sofre algumas limitações, enquanto instrumento de captação de dados, comuns a outros instrumentos de coleta.

7 HISTÓRIA ORAL (HO) Por tratar, basicamente, de fatos passados, utiliza-se da memória do ator como fator dinâmico entre passado e presente. Da relação HO/memória surgem as críticas: -A HO baseia-se num depoimento parcial (o ator transmite a sua versão dos fatos e não a reconstituição dos acontecimentos) - A HO se funda na memória do depoente, o que pode trazer à tona fatos distorcidos ou elementos omitidos) A prática da HO deve envolver toda a “vigilância epistemológica” para controle de erro e preservação da fidedignidade dos dados. Deve-se considerar, na HO, a informação NÃO de um único depoente, mas de todo o conjunto de depoimentos que informam o todo de determinada pesquisa.

8 HISTÓRIA ORAL (HO) Pesquisas relacionadas: FGV/CPDOC – Manual de História Oral - História Oral : A experiência do CPDOC GUSMÃO, Denise Sampaio; JOBIM E SOUZA, Solange. História, memória e narrativa: a revelação do "quem" nas histórias orais dos habitantes do Córrego dos Januários. Psicologia e Sociedade., Florianópolis, v. 22, n. 2, ago. 2010.