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A 1a Revolução Industrial (RI) Até a 1a Revolução Industrial (início do século XIX): independência entre ciência e inovações tecnológicas Idéias metafísicas.

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1 Aula 3: Ciência, Tecnologia e Sociedade Revoluções Industriais e o Capitalismo Contemporâneo

2 A 1a Revolução Industrial (RI) Até a 1a Revolução Industrial (início do século XIX): independência entre ciência e inovações tecnológicas Idéias metafísicas dos filósofos naturais tinham pouca utilidade para os artesãos (cuja atividade era considerada inferior) Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi!!! Hã?

3 A 1a Revolução Industrial (RI) Tecnologias como traço distintivo da sociedade humana (capacidade de criar) sempre existiram Contudo… habilidades manuais/de observação/experiência prática transmitida entre gerações vão se tornando insuficientes. Mudanças nas técnicas começam a exigir o conhecimento dos fundamentos dos processos e materiais A.C. Começa a ser necessário sistematizar o conhecimento: leis naturais derivadas da observação

4 A 1a Revolução Industrial (RI) Bases científicas (Século XVII): definição dos métodos fundamentais do que viria a ser ciência (Galileu, Bacon) Revolução Científica e Iluminismo (XVIII) Métodos de experimentação hipotéticos-dedutivos e seus instrumentos vão sendo adotados por industriais, mas ainda não se generalizam. Casos isolados de cientistas com os “pés nos dois mundos” (filosófico e industrial) Precursora do “entrelaçamento” da C&T em produtos e processos, que se generalizaria na 2a RI como rotina.

5 A 1a Revolução Industrial (RI) Industriais Empiristas: Newcomen ( ), James Watt ( ), Samuel Crompton ( ), Richard Arkwright ( ) Máquina a vapor: mais empirismo do que ciência, tentativa e erro (termodinâmica viria 50 anos depois) Melhorias incrementais de técnicas conhecidas Maiores mudanças: sócio-econômicas: surgimento do capitalismo industrial

6 A 1a Revolução Industrial (RI) Resistência às mudanças: nunca é pacífico, sempre é lento e gradual Lei de 1557: “Os tecelões deste reino queixaram-se ao parlamento de que ricos mercadores manufatureiros instalam e mantêm em casa vários teares, entregando-os a operários jornaleiros e pessoas sem aprendizagem, em detrimento de pobres artesãos que desde a infância aprenderam a arte de tecer...ou alugam os teares a preços tão descabidos que não permitem aos artesãos a sobrevivência, ou lhes dão um salários menores do que os do artesão pela mão de obra da tecelagem. Assim, para remediar estes danos e prevenir suas conseqüências, o Parlamento decreta que nenhum mercador manufatureiro possuirá mais de um tear, nem receberá juro, renda ou lucro pelo aluguel de um tear, sob pena de multa semanal de vinte xelins.”

7 A 1a Revolução Industrial (RI) Poder passa da aristocracia para a burguesia capitalista (continuidade do movimento da Revolução Francesa) Cercamentos (séc XVI): propriedade feudal passa a ser privada, assalariamento e êxodo rural (lã) (aumento da população) Economia agrária-artesanal- economia industrial-capitalista A era das revoluções ( ) crimes punidos com pena de morte… (roubo, ataque a máquinas…) em 1870 voltaram a ser 2…

8 A 1a Revolução Industrial (RI) Mudanças técnicas Uso de dispositivos mecânicos Novas fontes de energia: de animal/humana/eólica/hidráulica para carvão (início da era do carbono); Novos materiais; indústria química; metalurgia; Grandes fábricas

9 A 1a Revolução Industrial (RI) Setores: têxtil, mineração de carvão, metalurgia (ferro) Da lã para o algodão (produto central) Mercado dinâmico, produto para as massas Bombas a vapor para secar minas subterrâneas (1698), vagões em trilhos/canais artificiais para transportar o minério “ ... nas minas de carvão de Newcastle, uma só pessoa pode, empregando uma máquina igualmente surpreendente e simples, alçar quinhentas toneladas de água à altura de cento e oitenta pés". (Abade Le Blanc, 1793: “A tour through England, Wales and part of Ireland made during the Summer of 1791”).

10 A 1a Revolução Industrial (RI) Estradas de Ferro: ganham importância como transporte só entre 1850 e 1860 (estabelecidas as principais conexões da Europa Ocidental). Linhas locais surgem na Inglaterra em 1822: demanda por ferro e outros materiais, como vidro e couro. Na década de 1840, foi o estímulo isolado mais importante para a metalurgia e a mecânica. Seleção para a linha Liverpool- Manchester (1829)

11 A 1a Revolução Industrial (RI) Vapor: fonte de energia possante e dócil, que o homem podia aumentar, produzir, transportar à sua vontade. Onde se encontrasse carvão mineral, a máquina a vapor era viável; na Inglaterra, esse mineral era abundante. Interdependência entre ramos industriais- energia, metalurgia, mineração- criando pontos de contato entre as técnicas. Máquina a vapor dinamizou a metalurgia, cujo aperfeiçoamento permitiu a construção de máquinas a vapor mais precisas.

12 A 1a Revolução Industrial (RI) Ferro: Baixa produção e qualidade
A 1a Revolução Industrial (RI) Ferro: Baixa produção e qualidade Inovações fundamentais: fundição com coque, substituindo o carvão vegetal (1730); pludagem e laminação, comuns já em 1780; jato de ar quente (hot blast) de James Nelson, após Em fins do século XVIII e início do século XIX, a Inglaterra possuía a melhor e maior metalurgia da Europa. Contudo, a revolução industrial na siderurgia só ocorreria 50 anos depois da do algodão.

13 A 1a Revolução Industrial (RI) Fatores econômicos e sociais Razões da liderança da Inglaterra: Intensificação do comércio colonial: indústria perto de portos como Liverpool Londres, maior cidade da Europa: forte demanda por carvão mineral) 1750: 2 cidades com mais de habitantes (Londres e Edinburgo);1801: 8 cidades, cidades, 9 com mais de habitantes. Revolução política no século XVIII: regime liberal e parlamentar, capitalista (Tratado sobre o Governo Civil, John Locke, 1689; Declaração dos Direitos, 1689 (Revolução Gloriosa na Inglaterra)

14 A 1a Revolução Industrial (RI) Fatores econômicos e sociais Razões da liderança da Inglaterra: Mercados financeiros, operários especializados, sistema de patentes/proteção da propriedade intelectual Potência naval/militar: monopólio e monopsônio Frota mercante de 6000 navios, marinheiros; maior marinha de guerra mundial garantia a “política” mercantilista e a acumulação de capitais: 200 anos de crescimento econômico.

15 A 1a Revolução Industrial (RI) Fatores econômicos e sociais Razões da liderança da Inglaterra:

16 A 1a Revolução Industrial (RI) Oferta de mão de obra (mecanização) Aumento do proletariado…(bem como do escravismo) Mudanças nas relações de trabalho: operário substituível Novo modelo de negócios exigido por mudanças no mercado: verticalização da produção (maquinaria) e concentração industrial

17 A 1a Revolução Industrial (RI) “ O povo do abismo” (Jack London) Manifesto do partido comunista: escrito entre 1847 e “Natureza humana esmigalhada, defraudada, oprimida e esmagada, lançada em fragmentos sangrentos por toda a parte da sociedade. A cada dia da minha vida agradeço aos céus por não ser um pobre com família na Inglaterra”. Colman, 1845, falando sobre Manchester.

18 A 1a Revolução Industrial (RI) Alguns números… Produção algodoeira (mundo) entre 1770 e 1780 cresceu 700%; : 1000% de aumento na produção de tecidos (GB): fiação, tecelagem, acabamento… Em 1771, a Inglaterra exportava libras de algodão; em 1781, ; em 1784, ; em 1789, libras. Manchester ( hab, em 1760, em 1830)

19 A 1a Revolução Industrial (RI) Alguns números… Factory Act : proíbe o trabalho de crianças com menos de 9 anos; 9 a 16: 72 hs/semana, com 1 e ½ h diária para refeições; Althorp`s Factory Act : 9 a 13 anos: máximo de 42 hs/semana; 13 a 16, 69 h, sem trabalho noturno para menores de Mines Act : proíbe a mulheres e crianças de menos de 10 anos o trabalho subterrâneo; mínimo de 15 anos para operar máquinas Graham`s Factory Act : idade mínima reduzida para 8 anos; de 8 a 13, máximo de 6 e ½ h/dia; de 13 a 18, e mulheres, máximo de 12 hs; agentes de segurança junto às máquinas Fielder`s Factory Act : 10 h/dia para menores de 18 anos e mulheres.

20 A 1a Revolução Industrial Algumas invenções baseadas no empirismo…
1730: tear manual é turbinado pela lançadeira volante- (Flying shuttle), difundida em 1760 Década de 1760: filatório (Spinning Jenny) permitia trabalhar com vários fios de uma só vez; 1768: tear hidráulico (Water Frame), e Mule (década de 1780)

21 A 1a Revolução Industrial Algumas invenções baseadas no empirismo…
Máquina de movimento circular (1782): vapor passa a ser uma força motriz, com usos potenciais diversos. Inicialmente foi utilizado para foles, laminadoras e martelos a vapor nas metalúrgicas. Tear automático a vapor, patenteado em 1785

22 Um Conto de Natal (Dickens, 1843) Lógica técnica e economicista: Desumaniza o trabalhador mas também o capitalista (Lógica do capital: lucro reinvestido)

23 A 2a Revolução Industrial Final do século XVIII- início do século XX Capitais acumulados na 1a Revolução Industrial França, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos Cientistas deixam de ser amadores/entusiastas, e tornam-se profissionais financiados pelo Estado/Empresas Energia e motores elétricos, químicas orgânica e de sintéticos, motor de combustão interna, dispositivos automotores, indústria de precisão, produção em linhas de montagem, gerência científica.

24 A 2a Revolução Industrial Universidades: instituição de exames/certificados para os novos especialistas Complexidade e aumento de escala sem precedentes: especialização disciplinar Aumento de escala: necessidade de conhecer os fundamentos dos processos (Exemplo:Fábrica de Alfred Nobel, inventor da nitroglicerina/dinamite, explodiu em 1864 e matou um de seus irmãos)

25 A 2a Revolução Industrial Exaustão das possibilidades tecnológicas da I RI: métodos tradicionais de aprendizado não bastavam para incrementar a produtividade no nível desejado. Consciente e proposital: ciência torna-se mercadoria. Até então, a maioria dos cientistas buscavam estabelecer verdades metafísicas sobre o universo via filosofia natural, desprezando a pesquisa aplicada Novo sistema de produção em que a ciência e a engenharia se tornam fundamentais: conhecimento básico de fenômenos relacionados a moléculas, gases, luz, magnetismo eletricidade, materiais, ...

26 A 2a Revolução Industrial Domínio global dos processos Aperfeiçoamentos feitos fora da fábrica (laboratórios, plantas-piloto, protótipos) Em uma fábrica a vapor que consume 1 t de carvão por minuto, a racionalização é crucial… Adoção de novas tecnologias (eletricidade, química) por antigas indústrias (papel, borracha, vidro, cerâmica, couro, óleos vegetais, etc)

27 A 2a Revolução Industrial Comunidades profissionais científicas: 1822 (Alemanha), 1831 (GB), 1848 (EUA) 1871 (Fr) Especialização, ensino voltado à aplicação, até então menosprezado pelos filósofos naturais: novas demandas “ Laborious Thinkers - Thinkers Laborers” Engenheiro: filho do casamento da ciência com as artes práticas, guiado por imperativos científicos e econômicos Era dos “gerentes”de pesquisa: projetos e programas de P&D em equipes Tecnologia moderna: capitalismo e eficiência técnica

28 A 2a Revolução Industrial Corporações: locus de trabalho dos engenheiros Monopolizam conhecimento tecnológico (patentes, RH, equipamentos) Direcionamento do progresso, inclusive o conteúdo dos currículos universitários Engenheiros: letrados nos princípios científicos das tecnologias interessantes para os grandes empregadores de cientistas profissionais

29 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? França : Instituições de ensino/pesquisa inovadoras (Politécnica de Paris) Pioneiros no ensino de especialidades científicas (química/física) Modelo adotado em outros países da Europa/EUA Decadência por volta de 1830, recupera importância no final do séc XIX Nicolas Leblanc ( ), Lavoisier, , Gay-Lussac ( ), Louis Pasteur ( ), Mari ( ) (/Pierre ( ) Curie

30 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Inglaterra Academia de ciências decadente no final do séc. XVIII e Início do XIX : Universidades de Londres/Durham Cientistas trabalhando pela elevação dos padrões 1831: British Association for the Advancement of Science Charles Darwin ( ), James Maxwell ( ) Aplicações da ciência química desenvolvida a França- Têxteis, Willian Perkin ( )

31 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Alemanha/EUA Catching up tecnológico: Processo político/social caracterizado pela tomada de dianteira tecnológica por países que anteriormente estavam atrasados (falling behind). EUA/Alemanha: adquirem liderança em setores emergentes com fortes ramificações em outros setores: indústrias elétrica e química

32 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Alemanha Início do século XIX: Reformas de Alexander Von Humboldt ( ), união pesquisa-ensino (equipes) Sistema de ensino técnico/pesquisa aplicada: mão de obra qualificada Adolph Von Baeyer ( ), apoio da BASF Robert Koch ( ), apoio da Hoechst Karl Benz ( ), Gottlieb Daimler ( ): Mercedes Benz, patente (1886) do 1o motor de combustão interna

33 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Alemanha Liderança em química industrial: Bayer, Hoechst e Basf, laboratórios de pesquisa industrial Corantes orgânicos Integração de produtos intermediários e finais; Manufatura/reparos de máquinas e equipamentos Cooperação em grandes equipes e universidades 1880: 1/3 de produção mundial de corantes era alemã; 1900: 4/ : IG Farben (Bayer, Hoechst e Basf)

34 Como aconteceu nos países líderes? Alemanha: Engenharia elétrica
1872: Siemens contratou os primeiros físicos para a área; 1882: curso de engenharia elétrica (Technisque Hochschule) Em 1913, a Alemanha detia 34,9% da produção mundial de equipamentos elétricos (USA- 28,9%; U.K.- 16%.) Universidade voltada à pesquisa e ensino, firmas com laboratórios in house, modelo de ensino técnico e institutos de pesquisa aplicada Gastos públicos : 6 mi de marcos (1860), foram de 53,2 mi (1900) Pessoas em empresas com mais de mil empregados: (1882); (1907).

35 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Estados Unidos Ensino de ciências aplicadas (Rensealer Polytechnic Institute, 1823) West Point: engenheiros treinados em ciências (1850) 1846: Yale oferece cursos de extensão 1854: Harvard forma seu primeiro engenheiro 1861: Massachusetts Institute of Technology (MIT)(Mens et Manus) 1880: Engenharia elétrica (Cornell, MIT)

36 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Estados Unidos Morril Act (1862): terras da União a Estados para escolas de agronomia/engenharia- de 100 (1870) a 4300 diplomados em Química, física, design eficiente e gerência lucrativa Cientifização dos currículos, foco em design com princípios científicos de termodinâmica, hidráulica, materiais- novos campos da física (solução para os métodos de tentativa e erro)- laboratórios Conflito: Engenheiros práticos X Novos formados Tensão: treinamento na indústria X formalismo acadêmico

37 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Estados Unidos Laboratórios de empresas (GE, AT&T), treinamentos in house Empresas de desenvolvimento de processos (Kellog, UOP) Especialização: cursos de humanidades em engenharias (status acadêmico e depois, eficiência gerencial) A liberal education gives power over men Controle de patentes (Westinghouse cresceu a partir de patente comprada de Nikola Tesla), Monopólio do conhecimento tecnológico, litígios Thomas Edison ( , GE), Graham Bell ( ), Willian Burton ( ) laboratórios da Eastman Kodak (1893), B.F. Goodrich (1895)

38 Como aconteceu nos países líderes
Como aconteceu nos países líderes? Estados Unidos Administração Científica: maior controle sobre o processo de trabalho, surge entre engenheiros-gerentes das grandes corporações. Sistematizada e apresentada de forma coesa por Frederick Winslow Taylor no início da década de 1880, na siderúrgica Midvale, na Pensilvânia. Taylor estudou a organização do trabalho e propôs métodos de controle rigoroso sobre o trabalho, em que a função da gerência seria controlar e fixar todas as fases do processo de trabalho, incluindo sua execução, não cabendo ao trabalhador qualquer tipo de decisão.

39 A 2a Revolução Industrial: resultados Algumas invenções baseadas em ciência… Telégrafo* (1832) de Samuel Morse, EUA- física da eletricidade (Alessandro Volta, ;André-Marie Ampère, França, ) Engenharia química: EUA (diversas aplicações em indústrias nascentes) Dínamo- Michael Faraday (GB, ), James Maxwell ( ) Aplicados em escala industrial com a invenção (tecnológica) de Zenobe Gramme (1873, Bélgica)

40 A 2a Revolução Industrial: resultados Algumas invenções baseadas em ciência… Exemplo: Eletricidade Pilha química de Volta (1800); descoberta do eletromagnetismo por Oersted (1820); a formulação da lei do circuito elétrico por Ohm (1827); a descoberta da indução eletromagnética por Faraday (1831); gerador de corrente direta comercialmente viável (1870); desenvolvimento de alternadores e transformadores para a produção e conversão de corrente alternada de alta voltagem para aplicações industriais (1880) : Thomas Alva Edison, lâmpada incandescente (e mais patentes…)

41 A 2a Revolução Industrial : resultados Algumas empresas criadas na época…

42 A 2a Revolução Industrial: : resultados Maior controle do trabalho; Dificuldade de entrada em qualquer ramo industrial: aumento do tamanho das empresas Submissão da pesquisa científica aos interesses das corporações Aumento da dependência de países que não podem investir em Ciência e Tecnologia

43 Terceira Revolução Industrial
Terceira Revolução Industrial? Tecnologias de Informação, processamento e comunicação: Microeletrônica, computação (hdwr e sftwr), telecom e optoeletrônica e genética: anos 80 e 90. Penetrabilidade no tecido da sociedade: realimentação entre inovação e seu uso Rapidez (30 anos), alcance Origem: anos 50 (transistor de 1,5 cm, 1947, Bell Labs) hoje 1,4 bilhão de transistores em uma área de 512 mm2/5,2 GHz, silício 1954 e Circuito Integrado (1957) da Texas Instruments, 19171: Microprocessador (Intel, pentium) Computador programável: ENIAC, 1946, 30 t, Universidade da Pensilvânia/Exército EUA Internet: ARPAS dos EUA

44 Terceira Revolução Industrial
Terceira Revolução Industrial? Internet: ARPA do Depto de Defesa dos EUA, Arpanet, sistema invulnerável a ataques nucleares (1969), nós em 4 universidades que colaboravam com o Depto de Defesa Aberto a outras universidades, evoluíram para redes privadas e auto-geridas, com avanços dependentes do usuário. Capacidade de troca de informações e dados Genética: início dos anos 70 Projeto Genoma: rede mundial, centenas de labs Empresas (TICs/genética): start ups, spillovers de Universidades/Ips TICs/genética: intenso debate sobre a regulação

45 Terceira Revolução Industrial
Terceira Revolução Industrial? Crise dos 70s: Redefinição do capitalismo (distribuição da produção e comércio) Driver: descobertas científicas visando aplicação, que desenvolvem seus próprios paradigmas Novos entrantes: BRICs, Tigres Asiáticos Papel do Estado: articular políticas industriais/tecnológicas Relação entre macroprogramas e iniciativas descentralizadas (empreendedorismo tecnológico) Tecnologias para manipular informação X informação para manipular a tecnologia

46 Terceira Revolução Industrial
Terceira Revolução Industrial? Influência sobre diversos aspectos da vida humana (cultura, lazer, etc.) Lógica do capitalismo em redes: flexibilidade, capacidade de reorganização Sistema altamente integrado: fronteiras vagas entre os componentes Pode-se falar em um novo paradigma técnico-econômico? (Mudança de uma economia baseada em ativos fixos para uma economia baseada em ativos informacionais)? Novos capitais? (Intelectual, Relacional, etc.)

47 As Revoluções Industriais: Conclusões Mudanças são graduais Avanços geram ganhos compartilhados e dependem de fatores sistêmicos Novos materiais e fontes de energia: motores das revoluções (terceira (??): “desmaterialização”/ “desenergização”) Novo monopólio: além de mercados, conhecimentos científicos/tecnológicos (patentes, equipamentos, know how) Práticas corporativas: empresas (maioria das vezes) perenes. P,D&I é fundamental nas estratégias há mais de um século. Por outro lado, pode ser a porta de entrada para novos empreendimentos (Ex, IBM X Apple)

48 As Revoluções Industriais: Conclusões Progresso científico/técnico (transformação constante) Desenvolvimento econômico (sujeito a crises) Inovações (quase) onipresentes: motores do crescimento

49 As Revoluções Industriais: Conclusões Progresso técnico: know-how prático, tácito Progresso científico: conhecimento explícito Ambos se incorporam em processos e equipamentos Processo Interativo, de retroalimentação Entender as Revoluções industriais ajuda a entender essa relação, bem como entender os processos de desenvolvimento econômico contemporâneos: redes de inovação, papel da educação técnica, processos de catching up tecnológico, C,T&I e o desenvolvimento econômico…

50 As Revoluções Industriais: Conclusões Estudos gerais têm foco em países anglo-saxões: e os países “periféricos”? (Japão, Portugal, China…) Bom tema para trabalhos finais Novo paradigma técnico-econômico (Informacional)? Outro bom tema…

51 Aula 4 – Ciência, tecnologia e desenvolvimento econômico
Aula 4 – Ciência, tecnologia e desenvolvimento econômico. Noções de propriedade intelectual.

52 Conteúdo da aula C,T, I e Desenvolvimento Econômico: Abordagens Macro/Micro 3. Noções de propriedade intelectual. Exame de notícias relacionadas ao tema.

53 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
(Raro) consenso entre economistas: C&T é um motor de progresso Contudo, não há consenso sobre como isso ocorre Qual o papel dos atores? Como se transferem os resultados dessas atividades? Onde são gerados? Quais suas características (incrementais, disruptivas)? Divergências levam a diferentes desenhos de políticas públicas e estratégias empresariais

54 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Diversos enfoques Macro (sistemas, como países, setores, etc.) Micro (empresas e instituições) Consideram fundamentais as estratégias de inovação de empresas privadas para o crescimento econômico sustentável

55 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Macro (sistemas) Neo-Schumpeterianos/evolucionistas Schumpeter ( ): Economista que destacava a importância da inovação tecnológica para os ciclos de crescimento econômico (“destruição criativa”) População de firmas que competem e se adaptam para sobreviver Nikolai Kondratiev ( )

56 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Macro: Paradigmas tecnológicos Termo “paradigma”: A estrutura das Revoluções Científicas (Thomas Kuhn). Paradigma define “ciência normal”, visões de mundo dominantes que se modificam com a introdução de novos paradigmas Paradigma Tecnológico: modelos ou padrões de solução de problemas tecnológicos específicos, baseados em princípios científicos e tecnologias materiais selecionadas, e que definem os problemas a serem enfrentados, incorporando prescrições sobre as mudanças técnicas que devem ser perseguidas e descartadas, métodos, equipamentos, etc.

57 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Macro: Paradigmas tecnológicos- exemplo Futuro? Presente. Chips de DNA? (bioquímica) Passado... Válvulas: física clássica

58 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Macro: Paradigmas tecnológicos Paradigma tem uma força que bloqueia paradigmas alternativos: lock in tecnológico em “trajetórias” delimitadas pelos limites do paradigma. Quem garante essa força? Cientistas, engenheiros, fabricantes, usuários, infra-estrutura, regulação... Por exemplo, a introdução de alternativas aos combustíveis de carbono em automóveis (por exemplo, células de hidrogênio) é atrapalhada por soluções aos problemas do paradigma (poluição, oferta de matéria prima) como os biocombustíveis (que se encaixam no antigo paradigma)

59 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Macro: Paradigmas tecnológicos Mudanças de paradigmas podem criar janelas de oportunidade para o catching up tecnológico: etapa de introdução da nova tecnologia, quando as barreiras à entrada são menores, e na maturidade, quando a tecnologia já está difundida e acessível. Risco Risco Grandes empresas podem proteger (ou comprar e congelar) novas tecnologias Adoção de tecnologias maduras compensa?

60 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Macro: Paradigmas tecnológicos Catching up exige ações para a capacitação voltada à absorção de novas tecnologias: Imitação P&D Investimento Direto Estrangeiro Depende das especificidades tecnológicas

61 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Macro: Sistemas de Inovação Supõe a integração de estratégias empresariais, ações de instituições de ensino/pesquisa e políticas públicas Dependente do contexto; Ações do conjunto de atores envolvidos: capacitações e ativos complementares, informação usuário-produtor... Pólos e parques... Sistemas nacionais, regionais, setoriais... Situação dos sistemas nacionais reforça as assimetrias entre países líderes e em desenvolvimento/subdesenvolvidos

62 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Micro: Enfoques Evolucionistas Diferenças setoriais são importantes, em termos das fontes e tipos de conhecimento envolvidos. Tipologia... Dominados pelos fornecedores: Setores “tradicionais” (ex: têxtil, calçados, couro). Foco da P,D&I é o corte de custos. Intensivos em escala: complexidade/risco (ex: alimentos, metalúrgica, cimento). Foco da P,D&I é otimizar processos de produção.

63 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Tipologia...(cont.) Fornecedores especializados: Similar ao anterior, mas fabricantes especializados de bens intermediários para fabricantes de bens finais (ex: instrumentação, autopeças). Foco da P,D&I é diferenciação de produto (preço, qualidade). Baseados em ciência: fronteira do conhecimento (ex: microeletrônica, fármacos, biotecnologia). P,D&I foca inovações disruptivas muitas vezes fundadas em ciência básica /aplicada. Intensivos em informação: usam muita TI (ex: internet, telecom). P,D&I focada em tecnologias “virtuais” e novos modelos de negócio (como vendas online). Cuidado: são tipos ideais, a realidade é mais complexa

64 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
1. Abordagens Micro: Perspectiva baseada em recursos Recursos internos das empresas. Estratégias organizacionais, enfoque prático e aplicável. Capacitações centrais (core) dinâmicas (mudam): importância de valorizar ativos que a empresa já possui (incluindo RH), hierarquizando ações a partir dessa perspectiva. Exemplo: aquisição de equipamento deve levar em conta as capacitações dinâmicas para gerar vantagem competitiva. Dinâmicas: função de mobilidade de RH, treinamentos, P&D, mudanças de mercado.... Empresas mudam, são variadas, e produzem conhecimento.

65 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Como promover o desenvolvimento? Tornar endógeno instrumentos de geração/difusão das inovações... Importância de políticas de C,T&I: riscos, longos períodos de maturação (especialmente formação de RH/pesquisa básica).

66 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Como promover o desenvolvimento? Políticas de compras/encomendas; Incentivos fiscais à P&D; Infra-estrutura de C&T/formação de RH Atração (condicional) de IDE (Investimento Direto Estrangeiro) Grandes programas (spill overs) Social/ambiental (ex: saúde/meio ambiente) Dificuldade: definir áreas prioritárias e gerenciar a oferta, distribuição e utilização do P&D.

67 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Como promover o desenvolvimento? Políticas de C,T&I: métodos para definir prioridades e avaliar ações Lobbies setoriais, de agências, institutos de pesquisa, academia Inexistência de um consenso analítico e normativo: tentativa e erro Público ou privado (ex: Coréia do Sul, de 80/20% para 20/80%) Conexão com os investimentos privados

68 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Indicadores de desempenho e sua relação com o desenvolvimento econômico Artigos científicos: Brasil, Coréia e Taiwan possuem padrões internacionais na produção de artigos de Física, Biologia e Matemática… Mas nos dois Tigres Asiáticos isso foi acompanhado de um crescimento no patenteamento!!! Gastos em P&D/PIB (indicador de esforço tecnológico): baixo no Brasil, com pouca participação de empresas que gastam pouco em P&D e absorvem pouco RH

69 Fonte: Torkomian (2011)- http://www. cti. gov

70 C,T, I e Desenvolvimento Econômico
Políticas macroeconômicas restritivas: fiscal e monetária Contingenciamento: descontinuidade de esforços de P&D, desperdício de recursos (especialmente considerando-se que o padrão de financiamento é público) Criar um ambiente competitivo

71 Noções de Propriedade Intelectual (PI)
Propriedade Intelectual: Mecanismos para apropriação econômica/intelectual da produção científica, tecnológica e inovativa (bem como artística/cultural) que gere renda Muito além das patentes: apropriação de várias formas, o que influencia a produção de C,T&I, a apropriação/distribuição dos resultados e a articulação entre os agentes Mecanismos legais/estratégias empresariais para proteção Importância: maiores custos e riscos na P&D; interpenetração C,T&I; redução do tempo de desenvolvimento; redução do ciclo de vida dos produtos; papel de Universidades/Institutos de Pesquisa. Economia do conhecimento: novos padrões de competição

72 Noções de Propriedade Intelectual (PI)
Incentivo à inovação tecnológica? Barreira à difusão do conhecimento? Proprietários X Opinião Pública

73 Noções de Propriedade Intelectual (PI)
Uso da tecnologia envvolve conhecimentos tácitos, não explícitos/codificados em “manuais” Isso é muito real em tecnologias “caixa preta” Projetos de implementação “turn key” Conhecimento menos codificado e acessível em geral rende maiores dividendos, e é mais difícil de adquirir (ex: RH) Conhecimento explícito (produtos, softwares, manuais) é de mais fácil apropriação por terceiros, portanto de menor valor econômico

74 Noções de Propriedade Intelectual (PI)
Como as empresas (privadas/públicas) se apropriam do conhecimento externo? Licenças de patentes (ex: processos de Hidrotratamento de diesel pela Petrobras, da francesa Axens) Aquisição de empresas (ex: aquisição da canavialis pela Monsanto) Contratação de RH (ex: Lee Iacocca, Ford- Chrysler) Espionagem industrial (ex: investigação de diretores da Renault suspeitos de vazamento de informações sobre carros elétricos, investigação sobre os suspeitos)

75 20/09/2012 Basf compra Becker Underwood, de biotecnologia, por US$ 1,02 bilhão
Por Tatiane Bortolozi | Valor SÃO PAULO - A Basf anunciou hoje a aquisição da empresa americana Becker Underwood, que desenvolve produtos biotecnológicos para o tratamento de sementes, por US$ 1,02 bilhão. A venda foi acordada com o fundo de private equity Norwest Equity Partners, que a tinha em seu portfólio desde O negócio deve ser fechado até o fim do ano, mas aguarda a aprovação regulatória. Após a conclusão, a Becker Underwood será integrada à divisão Basf Corp Protection. A empresa americana deve atingir vendas de US$ 240 milhões (185 milhões de euros) no ano fiscal de 2012, que se encerra em 30 de setembro. A unidade da Basf à qual será integrada apresentou vendas de 4,2 bilhões de euros em “Particularmente, no mercado de tratamento para a aceleração do crescimento das sementes, poderemos desenvolver soluções inovadoras para a agricultura”, disse Andreas Kreimeyer, diretor-executivo de pesquisa e membro do conselho de diretores-executivos da Basf responsável pelo segmento de soluções para a agricultura. A Becker Underwood possui dez unidades produtivas no mundo e emprega 479 funcionários. (Tatiane Bortolozi | Valor)

76 Monsanto compra empresas de biotecnologia da Votorantim Mariana Barbosa escreve para o “Estado de SP”: A Monsanto anunciou ontem sua entrada no mercado de açúcar e etanol com a aquisição, por US$ 290 milhões (R$ 616 milhões), de duas das mais importantes empresas de biotecnologia do País, a Alellyx e a CanaVialis. Ambas pertenciam à Votorantim Novos Negócios, divisão de capital de risco do grupo Votorantim, e foram fundadas em 2002 e 2003.“A cana-de-açúcar está sendo eleita pela Monsanto com uma cultura global, ao lado de milho, soja e algodão”, afirmou André Dias, presidente da Monsanto do Brasil. Com o investimento, o Brasil se transforma em um centro de pesquisa mundial de cana para a Monsanto [...] A Monsanto investe anualmente US$ 800 milhões em pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo. [...] “É um pouco triste ver um filho indo embora, mas sempre foi a nossa intenção um dia vendê-las. A associação com a Monsanto permitirá às duas crescer mais rapidamente”, afirmou o diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios, Fernando Reinach. [...] Maior empresa de melhoramento genético de cana-de-açúcar do mundo, a CanaVialis foi fundada em 2003 e planeja lançar seu primeiro produto comercial no ano que vem. Será uma cana de ciclo precoce, com mais sacarose (açúcar). A Alellyx foi a primeira empresa fundada pela Votorantim Novos Negócios, em 2002, e é uma parceria com um grupo de biólogos moleculares que haviam trabalhado no seqüenciamento genético da bactéria Xyllela fastidiosa. Dentre os produtos que estão sendo desenvolvidos está uma cana com capacidade para aumentar em 80% a produção de etanol por hectare plantado, além de dois tipos de cana geneticamente modificada, uma com alto teor de sacarose e outra mais resistente à seca. A Monsanto já havia firmado, no ano passado, uma parceria tecnológica com as duas empresas para desenvolver e comercializar uma variedade de cana com tolerância a herbicidas (o gene Roundup Ready) e outra resistente a insetos-praga (o gene Bt). Esta última deve levar de cinco a seis anos para se tornar comercial.(Estado de SP, 4/11)Fonte: Jornal da Ciência 3634, 04 de novembro de 2008.

77 GM foi traída por ex-diretor
Se trocar de lado e bandear-se para a concorrência já pode ser interpretado como um ato de ingratidão ou falta de lealdade, imagine fornecer informações secretas do antigo empregador para o novo. Em 1993, o executivo XXXXX, ex-diretor da General Motors na Europa, foi acusado de fazer exatamente isso, quando foi contratado para um alto cargo na Volkswagen. Junto com alguns assistentes, López teria roubado documentos e planos sigilosos da montadora americana para entregar de mão beijada à Volks. Uma das informações mais importantes que vazaram da GM foi o projeto de uma fábrica que poderia revolucionar a indústria de automóveis. Esse plano teria dado origem à unidade de fabricação de caminhões e ônibus da Volks em Resende, no Rio de Janeiro. Depois de uma guerra de quatro anos, a empresa alemã aceitou pagar uma indenização de 100 milhões de dólares e, ainda, gastar 1 bilhão na compra de peças da concorrente. O executivo López acabou saindo do mundo dos negócios e foi viver em uma fazenda no interior da Espanha. Fonte: Luciana Carvalho,

78 Espião da LG teria usado disfarce
O gerente de qualidade da LG Eletronics, em 2007, poderia ser considerado um espião clássico. Ele foi acusado por quatro funcionários da Philips da Amazônia (Zona Franca de Manaus) de usar uma identidade falsa para entrar na unidade e ter acesso a detalhes sobre um novo produto da concorrente, a TV de LCD de 52 polegadas. A espionagem foi descoberta durante uma visita de quatro funcionários da fornecedora coreana LPL (joint venture da LG e Philips, que faz produtos para ambas) à fábrica da Philips em Manaus. Um dos visitantes, cujo nome apresentado era XXXXXX, foi reconhecido como gerente de qualidade da LG Eletronics de Manaus, que, na verdade, se chama XXXXXXX. Na tentativa de se defender, ele afirmou que era funcionário novo da LPL e não portava seu cartão naquele momento. A desculpa não colou e a Philips pediu investigação à polícia do Amazonas. Fonte: Luciana Carvalho,

79 Noções de Propriedade Intelectual (PI)
Outras dimensões da apropriação Propriedade Coletiva (Ex: Joint Ventures- BMW/Citröen para desenvolvimento de veículos híbridos; produtos complexos, formados por várias tecnologias, como eletrônicos- soma de competências) Competências exclusivas: ganhos na realização de pesquisa básica (conhecimento profundo sobre um assunto, maior facilidade de apropriação de idéias de terceiros) As estratégias deependem de países, mercados, tipo de tecnologias e oportunidades tecnológicas (possibilidades de exploração, barreiras à entrada).

80 Noções de Propriedade Intelectual (PI)
Proteção do conhecimento: recompensa a inovação passada, estímulo a ações futuras (especialmente considerando-se as incertezas do processo) Monopólios temporários- posterior difusão Mecanismos de interação entre os agentes envolvidos: inovações complexas, exigem competências complementares Complementaridade entre as diversas formas de proteção: patentes nem sempre são suficientes Propriedade Intelectual: facilita a transação econômica da tecnologia e amplia a articulação entre agentes econômicos (segurança na negociação)

81 Campos de Proteção Jurídica à Propriedade Intelectual
Propriedade industrial: regula invenções, desenho industrial, marcas, indicações geográficas e designação de origem, e concorrência desleal. Legislação específica administrada por uma agência de âmbito nacional. Patente: documento emitido por órgão governamental nacional ou órgão multinacional (como o Escritório Europeu de Patentes). Descreve uma invenção e garante a exclusividade do inventor em sua exploração (entre anos). Refere-se à utilidade.

82 Campos de Proteção Jurídica à Propriedade Intelectual
Requerimentos para se pedir uma patente: Aplicação industrial (deve ser demonstrada); Novidade (não pode existir em artigos, livros, palestras ou uso); Atividade inventiva não/óbvia (criatividade e avanço no estado-da-arte); Possibilidade de descrição (escopo, justificativa) Desenhos industriais: protegidos por patentes (aparência) Marcas: protegidas por uso ou registro Modelos de utilidade: menores requerimentos e tempo para proteção, pequenas invenções e melhorias Ferramentas tecnológicas: maior facilidade de cópia;

83 Campos de Proteção Jurídica à Propriedade Intelectual
Franquias: “pacotes” de direitos (marcas, invenções, etc.) Indicação geográfica: produtos regionais Segredos de negócio: cobrem casos em que não cabe propriedade industrial (via acordos de confidencialidade e outras formas de proteção de informação privilegiada) Descobertas de materiais/substâncias existentes na natureza, teorias científicas e métodos matemáticos não são passíveis de proteção (depende do país).

84 Campos de Proteção Jurídica à Propriedade Intelectual
Direitos sui generis: Adaptação para campos mais complexos- organismos vivos (ex. cultivares), projetos de circuitos integrados, diversidade biológica (nacional X biopirataria), conhecimentos tradicionais Regras específicas (ex: regime de exceções) mostram adaptação institucional a mudanças (novos campos científicos, valorização de novos campos de conhecimento) Interesse econômico, mas também de preservação da “memória” de comunidades e do meio ambiente- fortes pressões políticas/opinião pública

85 Justiça suspende royalties sobre sementes da Monsanto em MT Gustavo Bonato SÃO PAULO, 8 Out (Reuters) - O Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu liminar à Federação de Agricultura do Estado (Famato) suspendendo a cobrança, por parte da Monsanto, de royalties sobre as sementes de soja Roundup Ready (RR) e algodão Bollgard I (BT) dos produtores filiados à entidade e seus sindicatos. Segundo a Famato, a ação judicial foi baseada em estudo técnico e jurídico que confirmou que o direito de propriedade intelectual relativo à tecnologia RR venceu em 09/2010, tornando-a de domínio público. produtores rurais ficam desobrigados de pagar os royalties que começariam a ser cobrados a partir deste mês de outubro, referentes às sementes usadas na safra 2012/13, que está sendo plantada. A Monsanto informou [...] que só vai avaliar um eventual recurso na Justiça quando for notificada oficialmente, o que ainda não aconteceu [...] diz estar "confiante de seus direitos de cobrança até 2014, conforme a legislação em vigor no país", acrescentando que os royalties são a forma de remunerar investimentos em novas tecnologias para a soja. Segundo a Aprosoja (associação que reúne produtores do Estado) [...] a reclamação na Justiça não se trata de um questionamento dos royalties ou do uso de transgênicos, mas sim da cobrança sobre uma tecnologia que está com a patente vencida. O juiz XXXX, que concedeu a liminar afirmou [...] que "vencido o prazo de vigência da patente, desaparece todo e qualquer direito de exclusividade, podendo o seu objeto ser utilizado livremente por qualquer interessado". A decisão contra a Monsanto ocorreu na segunda instância da Justiça de MT, já que a empresa havia garantido a cobrança com um liminar em primeira instância, informaram as entidades de produtores. A tecnologia Roundup Ready insere um gene na soja que a torna resistente ao herbicida glifosato. Já a tecnologia BT, provoca a morte de insetos que atacam as plantações.

86 Áreas de soja com gene Roundup Ready®, em milhões de hectares, no mundo
Percentuais de soja com o gene Roundup Ready® com relação a área mundial plantada 2003 41,0 51% 2004 48,0 56% 2005 54,4 60% 2006 58,6 64% 2007 57% FONTE  International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007

87 Prropriedade Intelectual: implicações
Necessidade de gerir propriedade intelectual (inclusive ativos intangíveis) Distribuição de direitos entre detentores de diferentes partes de um ativo de conhecimento- ou incorporações/fusões Licenciamento cruzado: acordo entre as partes Estímulo à inovação? possibilita IDE de transnacionais, gerando aprendizado no país (RH, equipamentos, regulação, etc.)… Depende de outros fatores (capacitação, fontes de financiamento…) Depende do setor (ex: saúde X custos de medicamentos)

88 Prropriedade Intelectual: implicações
Patentes: fonte de informação tecnológica Cria referências (ponto de partidas) para a exploração de novas possibilidades tecnológicas Articulação complexa: Universidades/Ips X empresas Universidades/IPs devem obter renda com patentes? Caso da Embrapa: política agrícola Conhecimentos tradicionais/diversidade: inconclusivo

89 O algodão “Bollgard” também é chamado de “Bt” teve inserido em seu código genético o gene “Cry1Ac” da bactéria Bacilus thuringiensis, que codifica proteínas tóxicas, fazendo o papel de agrotóxico. A planta também recebeu dois genes da bactéria Escherichia coli, que confere resistência aos antibióticos espectinomicina e estreptomicina. O gene Roundup Ready®, também conhecido como cp4-epsps, é o gene que confere às plantas a tolerância à aplicação, em pós-emergência, de herbicidas à base da molécula de glifosato como o herbicida Roundup Ready®, que foi desenvolvido e registrado pela Monsanto Company, nos Estados Unidos, durante os anos 90 e mais recentemente, no Brasil. Esse gene foi isolado de uma bactéria chamada Agrobacterium spp encontrada em um tanque de efluentes em uma fábrica de produção do glifosato.

90 Ao declarar que a proteção de cultivares é a única forma de proteção legal para plantas, os organismos geneticamente modificados [...] não veriam contempladas as inovações referentes aos genes que possibilitam a transgenia. A proteção para esses genes, como visto nos itens 1.2 e 1.3 do presente capítulo, são objeto de proteção por propriedade industrial (patentes). Essa proteção, no caso brasileiro, não pode se dar para o gene, recaindo, por exclusão, para o processo de inserção do gene na cultivar que se transformará no OGM. Assim, é a conjugação de proteção proprietária por patentes de processo e por direitos de melhorista que remunera as duas invenções.


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