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Kernicterus, ainda um desafio Paulo R. Margotto Realização:Marta D.Rocha O Kernicterus é devastador, porém,

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2 Kernicterus, ainda um desafio Paulo R. Margotto www.paulomargotto.com.br pmargotto@gmail.com Realização:Marta D.Rocha O Kernicterus é devastador, porém, evitável

3 ACHADOS AUDIOLÓGICOS EM UM PACIENTE PORTADOR DE KERNICTERUS... ACHADOS AUDIOLÓGICOS EM UM PACIENTE PORTADOR DE KERNICTERUS... OBJETIVO: Kernicterus é somente prevenível, mas a severa hiperbilirrubinemia é prevenível e tratável (Buthani VK, Johnson L, 2006) Kernicterus, ainda um desafio

4 Caso Clínico- Kernicterus Apresentado por Fernanda M. Oliveira-R3-Neonatologia (HRAS/SES/DF) História Clínica: RN MSNS, 6 dias de vida, proveniente de Paracatu-MG, deu entrada via emergência HRAS dia 04/03/08, apresentando icterícia tardia até zona V, iniciada com 60 horas de vida. Ficou 2 dias internado no Hospital de origem até ser encaminhado ao HRAS. Ao exame encontrava-se irritado com sucção e reflexos diminuídos, hipertonia de MMSS, cervical e postura quase epistótomo.

5 Caso Clínico História Obstétrica – G1P1AO (Restante sem relato) História do RN Nascido de parto normal, sem intercorrências. IG= 39 sem. PN= 3195g Sexo: M Não há relatos sobre as condições do RN ao deixar a maternidade ou dificuldades de amamentação. Tipagem Mãe = A negativo CI negativo Tipagem RN = O negativo CD negativo

6 Caso Clínico 04/03/08 00:45h - Exames Laboratorias: BT= 43,3mg% BD= 7,3 mg% BI= 36 mg% BT pelo gasômetro= 26,4mg% Conduta inicial: 1) Dieta zero + HV com TIG de 4,5 + Fenocris + Fototerapia tripla. 2) Exsanguineotransfusão 3) Coleta de exames pós exsanguineo

7 Caso Clínico 04/03/08 5:00h Exames Pós-Ext: BT= 21,1; BD= 3 ; BI=18,1 Gasometria normal BT do gasômetro =16,5 Hb= 13,5 Ht=39,6% plaq= 129000 Leuco: 8700 (S=67 B= 5 L=22 m=3 E=3) NT= 6351()NI= 435 (N)I/T=0,06 (N)

8 Caso Clínico 04/03/08 11:00h Colhido nova Gasometria Níveis Gasométricos normais BT=17,7 Nível EXT c/ complicação BT = 20 s/ complicação BT= 22

9 Caso Clínico 04/03/08 14:30 RN segue irritado ao toque, icterícia de difícil classificação devido a presença da foto, mantinha hipertonia de MMSS e postura quase opistótomo. Cd: Colhido Hemocultura e iniciado Cefepime + Amicacina, pois o procedimento foi realizado c/ Sonda uretral e RN ficou internado 2 dias no hospital de origem.

10 Caso Clínico 04/03/08 16:20 Colhidos novos exames. Hemograma(coagulado) Na = 138 K= 3,8 Ca= 9,2 Mg= 1,1() BT= 25,8 BD= 3,6 BI= 22 Gasometria Arterial: pH= 7,4 pCO2= 39,3 pO2= 79,3 HCO3= 22,5 BE= – 3,5 Hb= 13,2 BT= 18,2

11 Caso Clínico Conduta: Como não havia Doença Hemolítica ABO/RH foi optado por manter em Fototerapia Tripla, colher novos exames após 6 h e não repetir a exsanguineo. Gasometria Arterial 22:00 pH= 7.4 HCO3=22.5 PCO2=29.3 BE= -3.5 PO2=79.3 BT= 14.5

12 Caso Clínico 05/03/08 10:00h Exames Laboratorias: Hb= 12,1 Ht= 36,3 pqt= 204000 Leuco=14000 S=44 B=0 L=3 M=4 E=18 NT=6160 NI= 0 I/T= 0 PCR < 0,32 BT=13,8 BD 3,8 BI=10 Cd: Manter Foto p/ evitar REBOTE e estimulo de sucção

13 Caso Clínico 06/03/08 8:00 h RN com boa sucção ao seio materno...Ao exame mantinha rigidez de MMSS porém mais leve. Reflexo de preensão palmar/plantar, moro, tônico-cervical (). Resultado de exames: BT=7,5 BD =3,1 BI=4,4 Cd: Suspender Fototerapia + Alcon Patológico + Ecotransfontanela+ RM+ Potencial Evocado Auditivo+ parecer neuro.

14 Caso Clínico Ecotransfontanela = Pequenos cistos em plexo coróide RM = Dilatação de sulcos, cisternas, fissuras, aumento espaço subaracnóide. Hiperintensidade em globo pálido (compatível com Encefalopatia Bilirrubínica) Parecer da Neuro = Paralisia Cerebral Coreoatetóide + Crises convulsivas+ discinético

15 Caso Clínico Teste da Orelhinha(Triagem auditiva)= normal Estuda a capacidade da cóclea em transmitir sons para o conduto auditivo externo. BERA (Audiometria de respostas elétricas do tronco cerebral):Analisa a ativação do VIII PAR e as estruturas auditivas do tronco cerebral. Resultado: Provável Acusia severa; repetir em semanas

16 Kernicterus, ainda um desafio RN de MS RN de MSNS

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21 Caso Clínico Encaminhado a Fisioterapia, Terapia ocupacional, e fonoaudiologia da APAE de Paracatu-MG. Acompanha com Neurologia Pediátrica do HRAS.

22 Características dos 5 casos de Kernicterus no período de Janeiro/2003 a Dezembro/2004. ALTA HOSPITALAR 24 horas de vida – 2 casos 48 horas de vida – 3 casos INÍCIO DOS SINTOMAS 2 dias de vida – 1 caso 3 dias de vida – 1 caso 4 dias de vida – 2casos 6 dias de vida – 1 caso SINTOMAS MAIS FREQUÊNTES Hipertonia Generalizada – 5 casos (100%) Opistótono – 3 casos (60%) Choro Neurológico – 2 casos (40%) Kernicterus, ainda um desafio

23 Nível máximo de Bilirrubina em cada caso

24 A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda: Encefalopatia Bilirrubínica aguda Manifestações agudas da toxicidade da bilirrubina nas 1 as semanas Kernicterus Seqüelas clínicas permanentes da toxicidade bilirrubínica AAP, 2004 www.paulomargotto.com.br Kernicterus, ainda um desafio

25 Toxicidade da bilirrubina a ganglia basal e diversos núcleos do tronco cerebral Gânglia Basal Núcleos Subtalâmicos Córtex Hipocampal Fatores que predispõem: Hipoglicemia- Acidose Hipotermia- Hipoxia Infecção Bacteriana- Hipoalbuminemia Drogas: Benzoatos, ceftriaxona, sulfixazol, ibuprofeno (competição da albumina/bilirrubina) Maisels (2002), Hallamek (1997), Volpe (1995) www.paulomargotto.com.br Áreas de maior uso de O 2 Kernicterus, ainda um desafio

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27 Anos 40 e 50: Alta freqüência/associada a eritroblastose e ocasionalmente a Doença Hemolítica ABO - Uso de Exsanguineotransfusão (ET) significativa do Kernicterus AGORA: -Uso de Imunoglobulinas Rh: prevenção da sensibilização -Uso de fototerapias mais potentes Significativa da realização da Exsanguineotranfusão (T): RNT e RNPT 1957 – 1961/1980 – 92: 43/10000 – 5/10000 < 1500g: 1983 (Holanda): ET - 2,8% 1985 – 1989 (Carolina): ET – 0,24% 1988 – 1997 (Michigan): ET – 0% Maisels (2002), Maisels (2001), Valaes (1996), Keenan (1983) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

28 Kernicterus, ainda um desafio O kernicterus reapare www.paulomargotto.com.br

29 Amamentação ao Seio: Alterou a História Natural da Icterícia O pico da bilirrubina é atingido com 96 h (não mais com 72h) Os níveis de risco: não antes de 7 dias 59 de 61 RN c/ Kernicterus (Johson e Butani):amamentavam Inadequada ingesta – Circulação enterohepática da bilirrubina RN próximo ao termo: - Alta nas 1ª 48 h de vida (nos anos 60- 70: 3 a 4 dias) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

30 RN próximo do termo: prematuros bilirrubínicos 35, 36, 37 semanas Sistema de Conjugação de bilirrubina imatura Não se alimentam/vigorosamente (ingerem menos calorias) Risco de 5% para bilirrubinas > 20mg% x 1% (RN 40 sem) Se receberam alta com 48h: Revisão com 2 – 3 dias e não com 1 – 2 sem Newman (1999), Maisels (2002) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

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32 Poland (2002): 2 publicações influenciaram o modo de pensar dos Pediatras sobre icterícia 1983 (Watchko e Oski): Bil > 20mg% - vigintifobia (Bilirrubina > 20 mg% - em RNT saudável – sem fundamento) 1992 (Newman e Maisels): Bilirrubina entre 0 – 29,2mg% sem correlação com o desenvolvimento neurocomportamental (no RN a termo- ET > 25 mg%) 1994 – AAP – ET > 25 mg% a 30 mg% para RNT saudáveis s/ hemólise Aparente desvio do Pediatra - RN com hemólise oculta - RN prematuro - RN não se alimentando adequadamente Tratados como iguais www.paulomargotto.com.br Kernicterus, ainda um desafio

33 Maior atenção: Bilirrubina entre 6-8 mg%: 20 – 40% não vêem icterícia (o olho é relativamente insensível ao amarelo) TcB (Bil transcutânea): -BiliChek (menor acurácia >15mg%e <35sem); -JM 103: sobrestima; menor acurácia <35sem) Estimativa Bilirrubina: Extensão Caudal Face: 5mg% Tórax: 10 mg% Abdômen: 12mg% Palmar e Solar: > 15 mg% Maisels (2002), Gartner (2001), Poland (2002), Porter (2002),Stevenson,2004 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

34 ICTERÔMETRO Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Paula Cristina Margotto Bilgen H et al, 1998 r=0,83 (bilirrubinômetro) r=0,78 (icterômetro )

35 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase inicial: Leve estupor ( letargia, sonolência). Leve hipotonia, pobreza de movimentos. Sucção pobre, leve choro estridente. Apnéia com bradicardia (1ª semana de vida) (resposta auditiva evocada: medida neurofisiológica não invasiva da neurotoxicidade da bilirrubina; proximidade do sistema neural auditivo com o centro respiratório): a disfunção do tronco cerebral explicando a apnéia Encefalopatia bilirrubínica e apnéia no recém-nascido prematuro Autor (s): Amin SF, et al. Resumido:Dr. Paulo R. Margotto Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

36 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase intermediária: Estupor moderado: irritável. Tônus variável, geralmente aumentado, alguns com retrocolo-opistótono. Alimentação mínima e choro estridente. GMA Felix e VGB. Amorim/ESCS/SES/DF Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

37 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase avançada: Estupor profundo a coma. Tônus geralmente aumentado; retrocolo- opistótono pronunciado. Sem alimentação, choro histérico. Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br GMA Felix e VGB. Amorim/ESCS/SES/DF

38 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fase crônica: Paralisia cerebral atetóide Anormalidades extrapiramidais: atetose (acometimento do globo pálido) Anormalidades no olhar: olhar fixo para cima. Após período de aparente melhora: Paralisia cerebral grupo globo pálido e núcleos subtalâmicos (severa hiperbilirrubinemia):espasticidade,movimentos atetóticos grupo tálamo-putamen (asfixia): menor habilidade mental, convulsões intratáveis Inteligência: usualmente, é normal (são bons em matemática) Kernicterus, ainda um desafio GMA Felix e VGB. Amorim/ESCS/SES/DF www.paulomargotto.com.br

39 As duas principais saídas do corpo estriado (núcleo caudado, putamen e globo pálido), as vias estriatopalidal direta e indireta, modulam a saída da gânglia basal para as vias talamocorticais. Hipercinesias e discinesias podem ser causadas por uma diminuição da saída do globo pálido interno. No kernicterus, a lesão aos núcleos subtalâmicos e globo pálido pode reduzir a excitação do globo pálido interno/ substancia negra, desinibindo a ativação motora tálamo-cortical, resultando assim no aparecimento de movimentos atetóticos. Ou seja, a destruição das saídas do globo pálido reduz o influxo inibitório ao tálamo motor e a desinibição do tálamo leva aos movimentos excessivos da atetose e a distonia do kernicterus. Os defeitos na função dos gânglios basais (às vezes denominados lesões extrapiramidais) são caracterizados por alterações do tônus muscular, pobreza de movimentos voluntários (acinesia) ou movimentos involuntários anormais (discinesias). Neuroimagem no Kernicterus Autor(es): Paulo R. Margotto Explicação da coreoatetose :

40 Em (A), hemorragia subependimal. Em (B), com 50 dias de vida, hiperecogenicidade bilateral e simétrica em ambos globos pálidos (setas) (Govaert e cl. Pediatrics. 2003 Dec;112(6 Pt 1):1256-63) A B Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

41 Lesão nos núcleos subtalâmicos. (A) Paciente 8 aos 12 dias evidenciando sinal de alta intensidade anormal no globo pálido (seta horizontal) e subtálamo (seta vertical). (B): RM (fluid attenuated inversion recovery-FLAIR-) no paciente 3, aos 22 meses, evidenciando sinal de alta intensidade anormal subtalâmico (seta vertical) e globo pálido (seta horizontal) (Govaert e cl. Pediatrics. 2003 Dec;112(6 Pt 1):1256-63) Neuroimagem no Ke rni cterus Autor (s): Paulo R. Margotto Kernicterus, ainda um desafio

42 RNT (39sem e 5dias);84 hs de vida. Deu entrada na EM de Pediatria com 84 hs-Bilirrubina de 57mg%, Opístótono, Hipertonia. Exsanguineo (2) Deficiência de glicose 6 fosfato? Kernicterus, ainda um desafio (Paulo R. Margotto/HRAS-junho de 2006)

43 Mecanismo da lesão neuronal: A bilirrubina prejudica a homeostase do Ca ++ intracelular: do Ca ++ inicio da apoptose (morte celular programada) MRPI ou glicoproteina P remove a bilirrubina da célula (Estruturas auditivas do tronco cerebral – baixa expressão ou menor atividade da MRPI) Shapiro SM et al, 2006 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

44 A entrada da bilirrubina ao cérebro aumenta nas seguintes condições: Alterações na permeabilidade da BHE Hiperosmolaridade Asfixia Rompimento da BHE (asfixia severa) bilirrubina – albumina para o espaço extracelular cerebral Prolongado trânsito: aumento da pressão venosa Aumento do fluxo sanguíneo: hipercapnia Dissociação da bil/alb (RN doentes) Buthani V, 2006 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

45 Bilirrubina Total(BT),Bilirrubina Direta (BD)? Há evidência que é a BI livre que é neurotóxica (altos níveis podem produzir kernicterus) Na ausência de icterícia obstrutiva, a BI é melhor estimada pela medida da BT Calcular a BI descontando da BT a BD, pode ser enganoso (altos níveis de BI pode aumentar em 10% a BD) Diretrizes da AAP: BT tem sido relatado kernicterus em RN com: BT de 18mg% e BD de 4,1mg%; BT de 27mg% e BD de 8,7mg% Buthani V, 2006 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

46 RN com BD > de 3-4mg% - competição com BI na albumina com aumento de BL (bilirrubina livre) Assim, não descontar da BT a BD (exceção: BD maior que 50% da total) Relação BT/Albumina: correlação com a medida da BL A BL está em função da BT e Albumina e aumenta assim que a relação BT/A aumenta ( Filho Alves, Jr. Reis, 2006;Ahlfors, 1994 ) Kernicterus, ainda um desafio

47 Relação entre Bilirrubina Total e a Albumina sérica Wennberg RP et al, 2005 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

48 Relação entre Bilirrubina Total e a Albumina sérica Wennberg RP et al, 2005 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

49 Albumina sérica e relação bilirrubina/albumina: Considerar albumina sérica < 3g%: fator de risco para diminuir nível para a fototerapia Se considerar exsanguineotransfusão A relação B/A deve ser usada com a bilirrubina total e outros fatores na decisão Nas 1 as 72 h, limitação nas propriedades de ligação da albumina (assim, a bilirrubina é mais tóxica) ligação da albumina com a bilirrubina: 35 - < 38 sem < 34 sem Buthani V, 2004 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

50 38 sem8,0 35 – 36,6 sem ou hemólise 38 sem se alto risco ou doença hemolítica ou deficiência de G6PD 7,2 35 – 36 sem alto risco ou doença hemolítica ou deficiência de G6PD 6,8 Kernicterus, ainda um desafio Relação BT/Albumina (Indicação de exsanguineotransfusão:analisar em conjunto com os níveis de BT)

51 Susceptibilidade do SNC a toxicidade bilirrubínica Vias auditivas amadurecem mais precocemente que as vias motoras: Diferentes padrões de lesão bilirrubínica em RN prematuros em relação aos RN a termo. Shapiro SM et al, 2006 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

52 Kernicterus, ainda um desafio

53 Buthani e cl (1999): 2840 RN normais a termo/próximo do termo CD negativo – Bili-mapa: risco de hiperbilirrubinemia Zona de alto risco: > P 95 : Risco: 14 Zona Intermediaria: P75 – P95 P 75 – P 95 – Alto Risco : Risco: 3,2 P 40 – P 75 – Baixo Risco : Risco: 0,48 Zona de Baixo Risco: < P 40 : Risco: 0 O Bili-mapa permite a individualização do segmento do RN Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

54 Kernicterus, ainda um desafio Tratamento da Hiperbilirrubinemia neonatal nos RN 35 sem : Diretrizes da Academia Americana de Pediatria para fototerapia

55 Kernicterus, ainda um desafio Tratamento da Hiperbilirrubinemia neonatal nos RN 35 sem : Diretrizes da Academia Americana de Pediatria para ET

56 Nível de Bilirrubina Total Plasmática até 48 h (mg/dl) Nível de Bilirrubina Total Plasmática 96 h (mg/dl) Risco para DNIB* (segundo AAP**) FototerapiaExsanguineoFototerapiaExsanguineo Alto Risco (presença de risco para DNIB em RN de 35 – 37 sem IG) 11181519 Moderado Risco (35 – 37 sem IG sem risco de DNIB) 13201822,5 Baixo Risco (RN de termo sem risco para DNIB) 15222125 OS NÍVEIS DE BILIRRUBINA TOTAL SÉRICA QUE DEFINEM INTERVENÇÃO EM RNPT *DNIB: disfunção neurológica induzida pela bilirrubina **anemia hemolítica isoimune,deficiência de G6PD, significante letargia, sepses, acidose, asfixia, instabilidade de temperatura e albumina sérica <3g%

57 (Buthani,2005;AAP, 2004), Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Bebê bronzeado: BT no nível de fototerapia intensiva e não ocorrendo diminuição rápida, considerar ET. NÃO SUBTRAIR DA BT A BD (exceto se >50% da BT)

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59 Outras Intervenções Gamaglobulina endovenosa: Bloqueio de receptores Fc do Sistema reticuloendotelial -velocidade de hemólise Associar com fototerapia eficaz 1g EV (única): Exsanguineotransfusão: RR 0.28, IC a 95%:0.17, 0.47 Usamos no RN com doença hemolítica com CD +, incluindo a forma anêmica Fenobarbital: Sem valor Com a fototerapia: não mais eficaz que a fototerapia isolada Metaloporfirina: Inibição competitiva da hemo-oxigenase 6 μmol/Kg/dose: Elimina a necessidade de foto em RN de risco Ergaz eArad (1993), De Carvalho (2001) Gottstein e Cooke (2003), Kappsa (2001) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

60 Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br

61 Outras Intervenções: Terapia Ocupacional Terapia da Fala: leitura labial e ou sinais Implante coclear: 12 crianças (quanto mais precoce, melhor o resultado) Estimulação cerebral profunda (promissor) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Shapiro SM, 2006

62 Uso de Albumina: Tratamento de Choque Hosono S et al (Japão): 2001 58 RN (39,4 sem; peso: 3245 g): 20 – fototerapia apenas 38 – fototerapia + albumina (1g/Kg) – 2h Resultado: Sem diferença na Bilirrubina Total Menor nível de bilirrubina livre no grupo com albumina (de 0,4 µg% 0,2 µg%) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Shapiro SM, 2006

63 Uso de Albumina: Tratamento de Choque Hosono S, et al (Japão): 2002 58 RN ( 39,4 sem; peso 3245g): Bilirrubina Livre 0,9 µg% 20 – fototerapia apenas 38 – fototerapia + albumina Potencial evocado (6 meses): Anormal: 3 (albumina) x 6 (fototerapia) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Shapiro SM, 2006

64 FOTOTERAPIA Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Fototerapia intensiva: irradiância >30 µ W/cm 2 /nm Efeito do tipo de luz e distância AAP,2004 Bilitron Special Blue

65 BILITRON -Usa o Super Led (light emitting diode) -lâmpadas focadas no espectro azul -5 super Leds azuis (unitreto de índio e gálio) -irradiância:4-50 u W/cm 2 /nm (distância central:30 cm) -pico de espectro:450nm (vida média: 20.000 horas; halógena:2 mil horas) - Kernicterus, ainda um desafio

66 Fototerapia A Academia Americana de Pediatria recomenda: Realizar a medida da irradiância periodicamente Há uma relação direta entre irradiância e a taxa da queda de bilirrubina Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Tan, 1996

67 Fototerapia na Unidade de Neonatologia do HRAS Monografia Dra Jussara Velasco de Oliveira evidenciou : 36 % não ascendem 50% 1 ou mais lâmpadas queimadas (40% com 5 ou mais lâmpadas queimadas) 49% com irradiância < 4 µw/cm 2 /nm 12,8% > 16 µw/cm 2 /nm Procedimento de Emergência em situação calamitosa Kernicterus, ainda um desafio Avaliação técnica dos aparelhos de fototerapia do Serviço de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul, Brasília, Distrito Federal Autor: Jussara Velasco de Oliveira

68 Modelo de Segurança de aviação Estamos 20 anos atrasados! Avaliação da bilirrubina e suporte para a lactação: para todos (cinto de segurança) Fototerapia :procedimento de emergência (O 2 que cai no avião) Exsanguineotransfusão: casos extremos (pouso de emergência) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Bulhani V, 2006

69 Causa da volta do Kernicterus (AAP, 2004) Alta precoce (menos de 48h) sem seguimento ambulatorial dentro das 48 h seguintes, especialmente em RN perto do termo (35 – 37 sem de gestação) Falha em conhecer aos níveis de BT em RN ictérico nas 1 as 24 h de vida. Falha em reconhecer a presença de fatores de risco para hiperbilirrubinemia Subestimar a gravidade da icterícia, utilizando apenas a avaliação clínica (visual) Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Tan, 1996

70 Causa da volta do Kernicterus (AAP, 2004) Deixar de diagnosticar a presença de icterícia clínica Deixar de medir a BT em RN ictéricos francos ou de instalar fototerapia na presença de niveis elevados Utilizar aparelhos de inadequados para fototerapia Deixar de utilizar bilirrubinômetros transcutâneos, de fácil manipulação por todos os profissionais de saúde envolvidos. Eles apresentam uma correlação linear com as dosagens invasivas. Falha em valorizar queixas familiares de icterícia, pobre sucção ou letargia. Kernicterus, ainda um desafio www.paulomargotto.com.br Tan, 1996

71 Conclusões A volta do Kernicterus : alta precoce do RN próximo ao termo (35, 36 semanas) e RN de 37 sem Icterícia pelo leite Materno X Icterícia pela amamentação ET – para RN c/ hiperbilirrubinemia extrema que não respondem a fototerapia intensiva Vigintofobia:deve ser mantida para os seguintes grupos Doença hemolítica RN de baixo Peso RN doentes RN com fatores de risco: Bil – neurotoxina Avaliar 1 – 2 dias após a alta precoce de RN próximo ao termo Avaliar a Bilirrubina Total no contexto da concentração de albumina sérica Mudança de atitude: temos que nos preocupar com a icterícia

72 Manuseio da hiperbilirrubinemia no recém-nascido pré-termo Autor: Vinod K. Buthani (EUA).Realizado por Paulo R. Margotto Prevenção da injúria cerebral pelo kernicterus Autor: Vinod K Buthani (EUA). Reproduzido por Paulo R. Margotto Consultem:

73 Investir no conhecimento rende sempre melhores juros. (Benjamim Franklin, cientista norte americano) O Kernicterus é devastador, porém, evitável


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