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A proposta pedagógica da escola média noturna: à procura do santo graal (do sentido de vida e do trabalho) Profa. Dra. Jeannette Filomeno Pouchain Ramos.

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1 A proposta pedagógica da escola média noturna: à procura do santo graal (do sentido de vida e do trabalho) Profa. Dra. Jeannette Filomeno Pouchain Ramos Fevereiro, 2010

2 De um modo geral, o cotidiano do ensino noturno apresenta uma característica singular, pois recebe um alunado esgotado, que na sua grande maioria, chega à escola após uma jornada de trabalho. Um alunado que já chega reprovado pelo cansaço, que se evade e desiste da escola, porque o que aprende na sala de aula pouco tem a ver com o mundo do trabalho. (Retirado do artigo Novos rumos para o Ensino Médio Noturno – como e por que fazer?) Pensar, então, talvez seja o desafio que esses novos tempos lancem para toda a humanidade. [...]. e o mais paradoxal desafio que os novos tempos – de sólida, mas pérfida opacidade – instauram é o de re-inventar novas utopias éticas. Estrella Bohadana

3 CONHECER E INTERAGIR COM O MUNDO A)TRABALHO - ECONÔMICA B)CULTURA - LAZER C)CIÊNCIA - ESCOLA A EXPECTATIVA DOS JOVENS E ADULTOS COMO ARTICULAR OS INTERESSES DOS JOVENS COM A TAREFA DA ESCOLA, QUE É ENSINAR? COMO CONCILIAR ESTAS COM A DEMANDA DO MERCADO DE TRABALHO? COMO EFETIVAR A EDUCAÇÃO ESCOLAR VINCULADA AO MUNDO DO TRABALHO E À PRÁTICA SOCIAL? (LDB/96, ART. 1º. §2º.)

4 O RETRATO FALADO DO EM Noturno: 1) Fato – são muito altos os índices de evasão (desistência) e de repetência dos jovens que estudam à noite. 2) Causa – esses jovens são oriundos de classes populares, só se escolarizam se puderem estudar à noite e trabalhar de dia, portanto, eles não têm tempo, nem o hábito de estudar. Chegam ao ensino médio sem o conteúdo básico, onde o sistema de dependência maquiou o problema, não o solucionou. 3) Conseqüência: elitizar cada vez mais o ensino, deixando como única oportunidade escolar para esses jovens o Curso Supletivo e afins.

5 Para início de conversa – a origem da escola: a escola do ócio, que preparava intelectuais para ocupar funções de coordenação e de dominação. A PROPOSTA PEDAGÓGICA NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Brasil-colônia: educação tinha como finalidade a catequese Proclamação da Independência e da República Federativa: escola burguesa que formava intelectuais Década de 1930: ampliação do acesso a escola com a profissionalização Década de 1990: escolarização excludentes com a universalização do ensino fundamental sem garantia da aprendizagem O projeto pedagógico reflete o projeto de sociedade ou contribui com a sua transformação.

6 I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental [...]; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, [...]; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico- tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Segundo Kuenzer (2007, 39), a novidade [...] é o desenvolvimento da capacidade de usar conhecimentos científicos de todas as áreas para resolver situações que a prática social e produtiva apresenta ao homem cotidianamente.

7 QUAL O MEU PÚBLICO? Perfil e expectativas dos estudantes O jovem e o adulto sentem a necessidade de construir, de ser parte da história, portanto, é preciso fomentar uma aprendizagem significativa, contextualizada, crítica e criativa! QUAL O CONTEXTO COMUNITÁRIO EM QUE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA? Econômico (indústria, turismo, área de risco); geográfico (litoral – periferia), social (praça, equipamentos), etc. QUAL O PERFIL DO TRABALHADOR DOCENTE DESTA ESCOLA? 3º. turno de trabalho identidade com o perfil dos estudantes condições de trabalho e organização do trabalho na escola QUAL A CONDIÇÃO ECONÔMICA PARA SUBSIDIAR O PROJETO PEDAGÓGICO DA EEM NOTURNA? INVESTIMENTO

8 ESTRUTURA PEDAGÓGICA – repensar os tempos, espaços e pessoas Diretor do noturno e rodízio dos demais membros da gestão Coordenador Pedagógico e de área noturno Professores com dedicação exclusiva para a escola noturna Reorganizar a carga horária – germinar aulas para desenvolver projetos e promover uma relação profícua entre professor-estudante e conteúdo, inclusive com a instituição escola; Tempo na escola para o planejamento pedagógico por área e entre as áreas de conhecimento; Promover atividades que rompem com o isolamento das salas de aula. RECURSOS FINANCEIROS Aquisição de material didático para o noturno; Apoio para realização de projetos temáticos, inclusive feiras solidárias; Realização de aula de campo – indústrias; Dragão do Mar; Cine São Luiz; Visita ao Centro da Cidade; Pólo Industrial;

9 Repensar no currículo de modo a atender as necessidades É possível ter aula de informática (word, excel, corel draw, etc.) – já houve aula de datilografia, lembra! 4 bimestres, portanto, 4 eixos temáticos, a citar; Trabalho e Renda; Cultura, Lazer e Comunidade; Tecnologia e Ciência; Tema de livre escolha dos estudantes sob orientação docente; Planejamento bimestral - semana do outono e da primavera (Praktikum – estágio curricular) Culminância dos temas com feiras, seminários, gincanas, apresentações entre as turmas na praça do bairro, palestras.

10 Educação escolar com o trabalho e a prática social O objetivo da educação escolar é estudar a realidade atual, penetrá-la, viver nela. (Pistrak, 2005, 32). O trabalho como base excelente da educação. Discutindo-o como conteúdo e como método de ensino com a produção de objetos materiais úteis e necessários à coletividade. A natureza do conteúdo é a realidade social cotidiana, tendo a prática social como ponto de partida e de chegada do processo educativo (GASPARIN, 2002). Esta tarefa se configura muito difícil (de dificuldades imediatas), por ser uma tarefa de resistência, mas é possível e necessária.

11 O mundo a ser descoberto, refletido, sistematizado,... Acreditar na capacidade produtiva dos estudantes na reflexão cr í tica e criativa, individual e coletiva (Ramos, 2009) Observar a turma …. O PONTO DE PARTIDA: A SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA DA COMUNIDADE Participação ativa do estudante Diálogo constante entre estudantes, professores e conteúdo A aprendizagem passa a ser uma “pesquisa”, em que o estudante parte de uma visão “global” do problema para uma visão analítica do mesmo (teorização) chegando, portanto, a uma síntese provisória (compreensão).

12 Da questão econômica para a produção de bens úteis e necessários à comunidade - O homem tem a necessidade de produzir conhecimento, materiais, de ser sujeito da sua história. Da instrumentalização técnica à politecnia. O trabalho aparece de maneira explícita no conteúdo programático. Trata-se de explicitar o modo como o trabalho se desenvolve e está organizado na sociedade moderna. Supõe-se que, dominando esses fundamentos, esses princípios, o trabalhador está em condições de desenvolver as diferentes modalidades de trabalho, com a compreensão do seu caráter, da sua essência. Não se trata de um trabalhador adestrado para executar com perfeição determinada tarefa e que se encaixe no mercado de trabalho. Trata-se de propiciar-lhe um desenvolvimento multilateral, um desenvolvimento que abarca todos os ângulos da prática produtiva na medida em que ele domina aqueles princípios que estão na base da organização da produção moderna.(SAVIANI, 2003, 140).

13 É preciso desenvolver uma atitude científica nos estudantes. É preciso estar ciente de que a ciência moderna não é a mesma que a ciência tradicional. Pesquisa e a solução de problemas. Acesso a ciência não é privilégio do estudante diurno Iniciação científica é possível e necessário! Leitura da letra e leitura do mundo; Palavra é palavra e ação (Paulo Freire).

14 atitude científica características Curiosidade; Objetividade; Precisão; Dúvida; Metódica; Analise Crítica; Análise criativa; Prática social que transforma a realidade; etc. assimilação e vivência em articulação com a prática social e coletiva.

15 PODE SER EFETIVADA, ENTRE OUTROS, A PARTIR DE DUAS ESTRATÉGIAS QUE SE COMPLEMENTAM: INSTITUCIONAL: Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, Organizações juvenis; projetos como coleta seletiva do lixo; etc. PEDAGÓGICO: na abordagem dos conteúdos curriculares no cotidiano da escola - projetos investem na capacidade produtiva dos estudantes, reflexão cr í tica e criativa, individual e coletiva Projetos pedagógicos: Disciplinar, interdisciplinar, transdisciplinar e iniciação científica; Pan Americano; A taça é nossa – Copa do Mundo; Seu bairro/cidade: prognóstico em 100 anos; Problema da minha comunidade é meu problema; A praça é nossa; Política, religião e futebol se discute!; Quem me representa que se apresente! Minha terra, minha vida! De onde vim e para onde vou! O produto do meu trabalho! O processo de trabalho! As relações sociais no mundo do trabalho!

16 E o prefeito o que faz? A ponte que leva à escola, um belo dia cai. Nicolau, que é forte e bom, leva nos ombros os colegas. Pela sua bondade, recebe do prefeito um prêmio, na Prefeitura. Nicolau atravessou os colegas durante um ano. A estória não conta porque o prefeito não mandou consertar a ponte. (UMBERTO ECO E BONAZZI, 1980) É PRECISO ROMPER COM A ESCOLARIZAÇÃO EXCLUDENTE; É PRECISO ENFRENTAR OS PROBLEMAS ESTRUTURAIS PARA QUE SE MODIFIQUE O RETRATO FALADO E ENCONTRAR O SANTO GRAAL ( sentido da vida e do trabalho dos docentes e discentes) Entre eles destacam-se: Repensar nos objetivos, métodos, avaliação da aprendizagem, tempos, espaços dos processo de ensino-aprendizagem; Condições, organização e valorização do trabalho docente; Investimento na Escola de Ensino médio noturna.

17 O caminho é longo, longo... E o que é maior que o caminho: o sonho! (profa. Eunice) E eu complementaria... Há a necessidade de reinventar o caminho, enfrentar a estrutura desigual... Para a construção da felicidade de todos e de uma sociedade solidária, justa e fraterna, enfim, do encontro consigo mesmo e com o outro. OBRIGADA E BOM DIA DE TRABALHO!


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