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A Estrutura Antropológica dos Votos: Um Voto em Três L. . Boff.

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1 A Estrutura Antropológica dos Votos: Um Voto em Três L. . Boff.
Teologia da Vida Religiosa A Estrutura Antropológica dos Votos: Um Voto em Três L. . Boff.

2 O Problema dos votos não está nos votos
Para muitos religiosos a vida religiosa é vista como um fardo pesado de regras, constituições, caminho de interiorização e tradição. Falta um elo unificador e um motivo iluminador que dê sentido ás regras e ás varias formas concretas da vivencia religiosa. A crise reside na ausência de um Absoluto na vida que confira sentido ás mínimas ações.

3 Do contrário V.R. se torna
martírio e uma sucessão ritualística de comportamentos e palavras. Os SANTOS não se questionavam sobre os votos, eles viviam o Evangelho. Não entravam na V.R. com o fim de observar os votos, mas de viver Deus em todas as manifestações.

4 O único voto radical: a consagração total a Deus. O esforço de muitos em querer libertar os votos de sua exigência jurídica, na realidade liberta muito pouco se não colocar á luz o verdadeiro sentido dos votos. Os três votos pobreza castidade e obediência detalham a doação total a Deus.

5 Votos: uma tríplice qualificação nova da tríplice dimensão estrutural do ser humano.
Os três votos incidem sobre as três dimensões estruturais em que se articula a vida humana. É uma profunda conversão que atinge as raízes estruturais do viver humano, com as coisas, com o Outro e com os outros.

6 O voto de pobreza tange a relação do homem com as coisas. O voto de castidade refere-se à dimensão masculino-feminino. O voto de obediência toca na relação homem comunidade.

7 O conteúdo essencial dos votos: o senhorio pleno de Deus.
Assim, os votos detalham o único voto de consagração, destinando-o e concretando-o nas três articulações fundamentais da vida. O conteúdo essencial dos votos: o senhorio pleno de Deus. Se alguém se consagra a Deus é porque intenciona fazer Deus o pólo orientador de todas as dimensões da vida. Por isso o núcleo essencial dos votos que deve se realizar em qualquer concretização histórica – reside em restituir o senhorio pleno de Deus sobre todas as coisas e deixar que ela aconteça em sua original gratuidade.

8 SER POBRE é vivenciar: tudo o que vem ad-vem, ter é receber.
Tanto um rico como um desprovido de bens pode ser pobre. Pobreza não consiste na busca da miséria nem no desprezo dos bens. O que é pobreza e riqueza varia de época para época. Um índio não é considerado POBRE por não possuir nenhuma calça, nem o religioso , professor de uma Universidade, é considerado rico por possuir uma biblioteca, instrumento indispensável para seu trabalho.

9 Assim, não é nada seguro que um religioso desprovido de seus bens materiais seja pobre.
Ele pode ser um asceta, mas ainda não um pobre, porque pode ser rico em vontade de poder, em desejos e em desfaçatez de pedir e pedir sem outras considerações. Pobreza não consiste numa virtude conquistada ou num habito adquirido de nada possuir. Ela possui uma raiz mais profunda que faz com que tanto o rico como o desprovido de bens materiais possam ser pobres.

10 Até a capacidade de receber é dada por Deus.
Pobreza é o próprio estatuto ontológico-criacional de todo ser humano. Ser criatura é não ter Ser pobre é compreender que tudo o que vem, ad-vem, tudo o que tem, pro-vem. Até a capacidade de receber é dada por Deus. Ser pobre é vivenciar concretamente essa umbilical dependência de Deus. Pobre não é tanto aquele que pede, mas aquele que dá e dá sem limites

11 A pregação da pobreza não deve indicar sobre o ter e não ter, mas sobre a necessidade de se viver o ser-criatura,de ser ver tudo como gratuidade e de se despojar sempre de todo o instinto de posse e de poder. Só assim se cria a possibilidade de alguém ser realmente pobre e não apenas um asceta a quem lhe é tirado o direito e o poder de dispor dos bens e que por isso pouco ou nada possui. A pobreza é uma atitude tão difícil que se alguém diz: “sou pobre” já não é mais pobre.

12 O religioso que se consagrou a Deus e fez de Deus o projeto fundamental de sua vida é convocado a ver tudo a partir de Deus e daí relacionar-se com os bens de tal maneira que eles não sejam outra coisa que dom recebido e a ser doado adiante.

13 Castidade: não nasce de uma ausência, mas de uma superabundância
O celibato ou a virgindade não é egoísmo nem desprezo da sexualidade. Não é um voto de desamor, mas da radicalidade do amor. A criatura amada revela e vela o Amor absoluto e é ponte para Ele, onde descansa seu ser O religioso não renuncia a reciprocidade homem-mulher mas potencializa-a de tal maneira que nas pessoas vê o Amor absoluto e a partir dele vive o relacionamento com os outros.

14 A castidade não nasce de uma ausência, mas das exigências de uma superabundância.
Castidade é a vivencia da fé na vida eterna presente, manifestada definitivamente em Jesus Cristo, enchendo o futuro e realizando as promessas. Castidade não é desprezo do matrimônio como martírio também não significa descaso da vida. O matrimonio é o caminho para novas vidas, para o futuro e para as promessas nova história amanhã.

15 Obediência: só quem tem autoridade obedece verdadeiramente
O amor que Deus suplica do ser humano supõe a liberdade. Não pode haver coação sobre ele, porque sem liberdade não pode viver a obediência. A obediência é a forma de viver a pobreza ao nível das pessoas e da organização do poder numa comunidade. O cristão é um servo de todas as coisas e a todos sujeito. Em sua liberdade pode acolher a vontade do outro. Obedece não porque a lei manda, mas porque ele assim o escolheu

16 Obediência não tem nada a ver com passividade, conformidade e identificação cega á vontade do outro. Mas é um movimento da liberdade que decide acolher a vontade da outra pessoa. E se decide, não por causa de conveniências pessoais, mas porque se esvaziou de tal maneira, que livremente acolhe o designo do outro compreendido como mensagem de Deus. Quanto mais alguém vive nesta dimensão, tanto mais autoridade moral possui,porque se alimenta não de sua vontade e do seu poder, mas do mistério de Deus.

17 Impor ao outro seus próprios ditames ou as determinações religiosas é exercer poder, mas não necessariamente autoridade. O voto de obediência não vem tirar o ser humano das conjunturas do poder e da autoridade pois, pela consagração lhe confere uma ótica, pela qual tenta descobrir dentro delas a concreção da vontade de Deus. É na mediação dos homens que o designo de Deus e as aspirações humanas encontram sua explicitação e caminho.

18 Conclui-se que os votos não trazem à essência da vida religiosa nenhum conteúdo teológico novo.
Eles detalham a única consagração total a Deus, pela qual o ser humano quer deixar Deus ser o Senhor e Deus sobre toda a sua vida em todas as suas manifestações, especialmente sobre os três eixos radicais sobre os quais ela gira. A Igreja acolhe e defende a vida religiosa como um dom precioso de Deus para toda a comunidade. Por isso a fixação canonico-jurídica dos votos, antes de ser empecilho ás novas formas de vida religiosa, quer ser seu amparo.


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