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MÍSTICA E ESPIRITUALIDADE AFRO-BRASILEIRA

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Apresentação em tema: "MÍSTICA E ESPIRITUALIDADE AFRO-BRASILEIRA"— Transcrição da apresentação:

1 MÍSTICA E ESPIRITUALIDADE AFRO-BRASILEIRA

2 Catolicismo Popular... Igreja Católica
Batuque, Catimbó, Pajelança, Candomblé, Umbanda, Xangô, Tambor de Mina... São Benedito Catolicismo Popular... Igreja Católica Ritual do Xangô, R.Grande do Sul

3 Pra começar... Que tal assumir nossa história comum?

4 RELIGIÕES NO BRASIL

5 SOU NEGRO Solano Trindade (A Dione Silva) Meus avós foram queimados  pelo sol da África  minh'alma recebeu o batismo dos tambores, atabaques, gonguês e agogôs Contaram-me que meus avós  vieram de Loanda  como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo  e fundaram o primeiro Maracatu.

6 Mesmo vovó não foi de brincadeira Na guerra dos Malês ela se destacou
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi  Era valente como quê  Na capoeira ou na faca  escreveu não leu  o pau comeu  Não foi um pai João  humilde e manso Mesmo vovó não foi de brincadeira  Na guerra dos Malês  ela se destacou Na minh'alma ficou  o samba  o batuque  o bamboleio  e o desejo de libertação...

7 CANDACES Majestosa África Berço dos meus ancestrais Reflete no espelho da vida A saga das negras e seus ideais Mães feiticeiras, donas do destino... Senhoras do ventre do mundo Raiz da criação Do mito a história Encanto e beleza Seduzindo a realeza Candaces mulheres, guerreiras. Na luta... Justiça e liberdade  Rainhas soberanas Florescendo pra eternidade LETRA DO SAMBA-ENREDO

8 Saluba Nanã! Eparrei Oyá; Orayê Yê o, Oxum! Oba Xi Obá.
Novo mundo, novos tempos. O suor da escravidão A bravura persistiu Aportaram em nosso chão Na Bahia... Alforria Nas feiras tradição Mães de santo, mães do samba! Pedem proteção E nesse canto de fé Salgueiro traz o axé E faz a louvação Odoyá Iemanjá;  Saluba Nanã! Eparrei Oyá; Orayê Yê o, Oxum! Oba Xi Obá.

9 A COMUNIDADE CRISTÃ EM DIÁLOGO E PARCERIA COM O POVO DE SANTO
O que temos em comum? O que temos de diferente? Como ser fraternos e somar forças pela justiça e paz?

10 Uma aproximação da mística e espiritualidade afro-brasileira exige atitudes como: deixar para trás os preconceitos e discriminações; superar o medo do desconhecido e do diferente; respeitar as outras religiões, cultos e religiosidades; conhecer melhor o universo religioso “outro”; resgatar a memória histórica do povo negro no Brasil; dialogar e fazer parceria com o Povo de Santo; ver todo o sentido humanitário e de resistência dos sincretismos; buscar a cultura popular com seu universo mito-poético e sua mística!

11 A mística de todas as religiões tem pontos em comum!
SIDHARTA GAUTAMA, O BUDA HILDEGARDA VON BINGEN (1098–1179)  TEREZA DE CALCUTÁ VIVEKANANDA

12 parte do interior da pessoa.
As pessoas místicas, através da experiência direta ou intuitiva, buscam comunhão com a realidade mais profunda, última... Mística é contemplação amorosa! É querer ser “Um” com o Absoluto, fundir a alma com Ele ou Ela. A mística yorubá parte do interior da pessoa.

13 MÃE TERRA ÁFRICA

14 Deles descendem nossos antepassados diretos, homo sapiens.
Na África surgiram os seres humanos com habilidade para trabalhar ferramentas de pedra, homo habilis. Deles descendem nossos antepassados diretos, homo sapiens. Os africanos foram pioneiros em fazer ferramentas de ferro e argila.

15 A ÁFRICA guarda testemunhos muito antigos de raízes religiosas.

16 RUÍNAS DO GRANDE ZIMBÁBUE

17 As dzimba dza mabwe (casas veneráveis) são gigantescas construções de granito erguidas pela tribo chona ao sul do Saara.

18 ILÊ IFÉ Nigéria

19 ILÊ-IFÉ Cidade Santa para os yorubá considerada o berço do mundo
Oba Òrángún de Ìlá ILÊ-IFÉ Cidade Santa para os yorubá considerada o berço do mundo

20 KETU em Benin

21 ILÉ-SIN (Casa dos Sins).
Havia uma antiquíssima aldeia: ILÉ-SIN (Casa dos Sins). Antepassados vieram da Arábia numa viagem de 90 dias, carregando consigo os bétilos sagrados (moradias de divindades) e ali estabeleceram o reino Ketu. Cabeça atribuída ao 1º. obá (rei) do Benin. O líder mais antigo da dinastia Ketu foi IPSA-IPANAM (“Chicote de Deus”). Seu 6º. Sucessor foi o rei Edé que fundou a cidade de Ketu no século 11 dC. ODÉ Orixá tido como o rei de Ketu

22 em trajes tradicionais
Em KETO, Benin, se estabeleceu a cultura yorubá que se desenvolveu na Nigéria (sudoeste), em Benin e no Togo e herdou essas culturas antigas. Homem yorubá em trajes tradicionais O obá da cidade de Benin, 1686.

23 Da África Negra foram traficados para o Brasil multidões de escravos principalmente de Nigéria, Daomé (Benin), Angola, Congo e Moçambique. Os iorubá dominaram a população do Delta do Niger e fundaram os reinos de Ifé e Benin. Mais tarde esses reinos se subdividiram. Acolheram escravos fugitivos, mas foram dominados pela Europa.

24 Benin tornou-se a “Costa dos Escravos”.
Só restou o antigo reino de Benin, famoso pela arte em bronze, marfim e madeira, mas que acabou dominado pelo povo fon, de Daomé. REINO DE DAOMÉ (Benin) foi império de 1300 a 1800 dC. Benin tornou-se a “Costa dos Escravos”.

25 Dos mais de 15 milhões de africanos traficados para as Américas 40% veio para o Brasil ... sem contar o alto número dos contrabandeados e mortos, na captura ou no navio. Navio Negreiro

26 OS BANTO: vieram do Congo, Mina, Cabinda e Angola
OS BANTO: vieram do Congo, Mina, Cabinda e Angola. Eram de cultura matrilinear. Cultuavam os ancestrais, os eguns (espíritos dos mortos) e os nkices (divindades da natureza). Egun EGUNGUN Nkice NKASUTÉ LEMBÁ

27 Orixá dos ventos, raios e tempestades
OS IORUBÁ (NAGÔ): Cultuavam os orixás. Na Nigéria e em Daomé, era culto ligado à família numerosa, desde um antepassado comum e incluía os mortos. IANSÃ Orixá dos ventos, raios e tempestades Ao redor dos santuários, eles tinham confrarias, onde aprendiam a religião e faziam coletivamente os ritos de iniciação.

28 A mitologia iorubá mostra como Ogum criou o mundo e ensinou as artes da agricultura. Na criação dos seres humanos Ogum tomou um cuidado especial: Eles foram formados de argila amassada com as mãos! O ser humano é visto essencialmente como pessoa, formada pelo sopro do criador.

29 A espiritualidade iorubá tem consciência de que a pessoa humana é formada por: émi (sopro do criador), marca do ser vivente, que une todos os seres numa verdadeira comunidade; e corpo, receptáculo de todas as influências, que se abre à relação com os outros, especialmente os progenitores. Pelo corpo a pessoa é um indivíduo único.

30 ORUNMILÁ (IFÁ) Os orixás Xangô e Ifá são especialmente enaltecidos pela sua humanidade. A mitologia iorubá diz que eles eram antepassados que se tornaram ancestrais e foram divinizados. XANGÔ

31 XANGÔ IFÁ XANGÔ foi rei e grande mágico. Cuspia fogo, comandava o raio e o trovão. Seu reinado foi difícil. IFÁ é um “poço de ciência e sabedoria”. Viveu na cidade sagrada de Ifé. Conheceu a miséria, mas perseverou e teve a revelação dos 16 sinais (sistema de Ifá). No oráculo de Ifá estão os comportamentos prescritos desde o começo de tudo.

32 O sistema de escravidão rompeu todos os laços
O sistema de escravidão rompeu todos os laços. A relação com os orixás teve que ser individualizada. A antiga estrutura familiar africana reestruturou-se no Terreiro. Ali, a família de santo está ao redor da yalorixá e do babalorixá. Mas, o processo não foi fácil...

33 Em Salvador, Bahia, havia escravos vindos da Nigéria, de diversas etnias. Destacavam-se os iorubás (nagôs) e os gegês. Dos nagôs, o grupo mais numeroso era do Ketu. As Irmandades católicas, que eram por divisão de cor, acabaram servindo de brecha para os negros se agruparem por etnia. Por volta de 1830, duas escravas libertas, da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, fundaram na periferia de Salvador o primeiro Terreiro de Candomblé, o do Engenho Velho. Elas eram: Iyá Lussô Danadana e Iyá Nassô Akalá.

34 Elas viajaram para o Ketu, na África
Elas viajaram para o Ketu, na África. Akalá levou sua filha de religião, Marcelina da Silva (Obá Tossí). Marcelina levou sua filha de sangue, Madalena. Elas ficaram em Ketu por 7 anos para aprenderem o culto dos orixás. Danadana faleceu lá. Regressaram à Bahia Iyá Nassô, Marcelina Obá Tossí, Madalena já com dois filhos e grávida de outro, e um africano chamado Bangboxé. Membros desse Candomblé, muitas vezes, fizeram peregrinações à África em busca das fontes da religião e de maiores conhecimentos. Assim, fizeram a reafricanização dos cultos.

35 Na Bahia, a recriação de religião foi sob influência maior da
cultura iorubá. Os cultos indígenas dos espíritos, nesse contato, deram origem aos Candomblés de Caboclo. Mas, em Pernambuco, foi o Catimbó dos indígenas que penetrou na religião dos negros angolanos. No Maranhão e no Norte do Brasil nasceu o Tambor de Mina. No Sul nasceu o Xangô. KETU NOS DIAS DE HOJE

36 A Umbanda se afirmou no contexto da urbanização e industrialização, nas décadas de 1920 e É uma religião tipicamente brasileira e essencialmente sincrética, elaborada com elementos religiosos diversos, africanos, católicos, indígenas, espíritas... O Candomblé é a mais tradicional e mais africana das religiões afro-brasileiras, mas tem uma pluralidade. Em seu processo de reafricanização houve interação com outras tradições religiosas, principalmente o catolicismo.

37 (Segundo José de Carvalho): A mística afro-brasileira faz ruptura de códigos e afrouxa ortodoxias. Ela recebe influências mútliplas: da liturgia católica, principalmente do catolicismo popular e da cultura bíblica popular; dos reisados, congados; das religiões afro-brasileiras; das tradições rituais da Jurema, dos Torés indígenas, das tradições e encantaria dos caboclos amazônicos, da capoeira...

38 para entender a interioridade da
Tomamos o parâmetro do REINO DE DEUS anunciado por Jesus de Nazaré, na perspectiva da cultura bíblica que circula oralmente entre as classes populares no Brasil para entender a interioridade da pessoa humana negra!

39 A Grande Cidade do Juremá
“Três pedras, três pedras dentro dessa aldeia uma maior, outra menor a mais pequena é a que nos alumeia”. (trecho de um canto conhecido nas Pajelanças do Pará). Entendimento do cosmo e da alma individual; o poder “menor” sobre o “maior”; a aldeia da Jurema é espaço construído à medida da relação com as Entidades. A Grande Cidade do Juremá

40 Imagem do reino encantado
“Pedrinha miudinha de Aruanda ê lajeiro tão grande, tão longe de Aruanda ê Pedrinha bonitinha de Aruanda ê lajeiro tão grande, tão grande de Aruanda ê” (canto do Caboclo Pedra Preta numa sessão de Jurema, Recife) Reino de Aruanda: Imagem do reino encantado da África Celeste

41 “A porta do céu se abriu, Pai Xangô abençoe este sítio, Pai Xangô abençoe este gongá. Subi a serra acompanhando o Pai Xangô no lugar aonde passa corre água e nasce flor”. (Ponto de Xangô, cantado por Clementina de Jesus) O sentimento religioso afro-brasileiro assimilou o sentimento cristão. Através de sincretismos, Pai Xangô é assimilado na figura de Jesus Cristo, Deus Pai e São José.

42 mas elaboração cultural e forma de resistência!
Sincretismo não é simples mistura confusa, mas elaboração cultural e forma de resistência! O povo devoto, para poder viver na “corda bamba” recorre aos sincretismos, trocas, interações e ao poder da ambiguidade e ambivalência. Ogum e São Jorge

43 “Meu pilão tem duas bocas, trabalha pelos dois lados
“Meu pilão tem duas bocas, trabalha pelos dois lados. Na hora do aperreio valei-me, pilão deitado.” (Canto gravado por José J. de Carvalho e Rita Segato no terreiro de Mário Miranda, em Casa Amarela, Recife, 1976). O pilão grande, da cozinha do amo, é onde o Preto Velho e a Preta Velha trabalham. Mas também é associado a Xangô. No pilãozinho manual são piladas as ervas e ingredientes naturais para os rituais de banhos, despachos, poções. Ele tanto pode trabalhar para o bem como para causar mal ao inimigo. Mas, o pilão deitado evoca a volta à normalidade e equilíbrio.

44 “Vamo-nos embora para nossa aldeia levantá os caboclo guerreiro para a juremeira. Bebe, bebe vinho em qualquer lugar. Levantá os caboclo guerreiro para o Juremá. No jardim das flores onde os caboclo mora levantá os caboclo guerreiro vamo-nos embora.” (Canto para fechar um ritual de mesa – sessão de Jurema, Recife) O vinho da Jurema leva ao êxtase místico. O “jardim das flores” é um oásis no sertão, um instante do paraíso eterno.

45 lembra que ela vem do lodo.
“A rã preta é dourada. Mas eu moro é no balseiro do olho d’água.” (Canto de cerimônia de cura, no terreiro de mina, Casa de Fanti Ashanti, São Luís, MA). Cultua-se o espírito de uma rã que virou Encantado (influência do Tambor de Mina). A rã preta (inferior) é a mesma dourada (superior). O balseiro (mangue) é “do olho d’água”, pura, cristalina! Flor de Lótus No Budismo, o símbolo da flor de lótus lembra que ela vem do lodo.

46 são “salvos” integrando suas qualidades, porque
“Exu que tem duas cabeças ele faz sua gira onde quer. Mas uma é Satanás do inferno e outra é de Jesus Nazaré. Mas uma é Satanás do inferno e outra Tranca Rua de Fé Mas uma é Satanás do inferno e outra é a Pomba Gira de Fé Mas uma é Satanás do inferno e outra é Jesus lá do Céu.” Dualidade radical: Satanás e Jesus. Os exus Tranca Rua e Pomba Gira são “salvos” integrando suas qualidades, porque há uma capacidade de se integrar princípios opostos. Mas não há modo de salvar Satanás.

47 Festa de Nossa Senhora do Rosário (acervo museu Afrobrasil)
A MÍSTICA DA FESTA MARACATU Festa de Nossa Senhora do Rosário Rugendas, 1835 (acervo museu Afrobrasil)

48 A FESTA (Segundo Rita Amaral): Está presente em todas as religiões, mas no Candomblé é parte da estrutura da religião. Ela impregna a visão de mundo de modo total, com todos os valores, o ludismo, o dispêndio, a alegria, a sensualidade, a transgressão... Mas, a festa católica foi bastante absorvida pela cultura nacional, e assim católicos e povo-de-santo ficam muito à vontade para estar tanto nas igrejas como nos terreiros. Nos dois se busca respostas para as necessidades humanas.

49 É gente oprimida quanto ao social, econômico e cultural.
O povo-de-santo é na maioria gente pobre, pouco escolarizada, migrante... Muitos são doentes, solitários, desamparados, excluídos, estigmatizados por serem homessexuais, prostituídas, drogados, neuróticos... É gente oprimida quanto ao social, econômico e cultural. Na festa, a alegria, a jocosidade e a transgressão também se tornam uma forma de resistir contra essas opressões. Trono da Justiça – Xangô e Egunitá ttp://terradeaganju.blogspot.com.br/2011/02/tronos-da-justica-xango-e-egunita.html

50 Pe. JOSIMO MORAIS TAVARES
Nós, cristãos, celebramos nossos mártires. Integramos luta e festa na perspectiva do Reino de Deus. ESCRAVA ANASTÁCIA Pe. JOSIMO MORAIS TAVARES ZUMBI DOS PALMARES

51 ESCRAVA ANASTÁCIA Não há registro histórico de sua vida, mas sua memória está viva na tradição popular: Ela era africana, guerreira, filha do orixá Oxum, uma princesa ou rainha banto, de rara beleza, feita escrava. Por resistir ao abuso sexual do seu senhor, foi torturada e continuamente espancada, condenada a usar uma máscara de ferro só tirada para comer, que lhe deformou o rosto. Era solidária com os outros escravos, unia o povo negro, curava, aconselhava...

52 A ESCRAVA ANASTÁCIA está no âmbito macro-ecumênico
A ESCRAVA ANASTÁCIA está no âmbito macro-ecumênico. Ela é negra, mulher, escrava, santa, entidade, mãe, divina, feiticeira, rainha. Nela está a denúncia da múltipla opressão, especialmente sexual e racial; a consciência da dignidade humana; a recusa a submeter-se ao senhor escravista; a solidariedade. Ela é figura emblemática de todo o martírio, da dignidade e resistência das mulheres negras.

53 Minissérie “Escrava Anastácia”
A figura simbólica da Escrava Anastácia já estava na tradição do Povo Negro, mas foi construída como mito na década de 1970, no Rio de Janeiro, quando se buscava reconstruir a memória e identidade da Irmandade do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. Minissérie “Escrava Anastácia” TV Manchete, 1990

54 Um segmento poderoso da Igreja Católica, no final dos anos ‘70, quis impedir essa devoção. Foram proibidas missas em memória dela, a circulação de santinhos, imagens, símbolos. Porém, essa devoção se expandiu.

55 Santas e santos negros: companheiros e companheiras de caminhada.

56 Ação-contemplação na perspectiva do REINO DE DEUS que começa aqui na terra

57 Agentes Pastorais Negros Padres e diáconos negros
PADRE TONINHO (Antonio Aparecido da Silva): in memoriam! Teólogo e companheiro de caminhada na consciência negra e na luta de libertação. Padres e diáconos negros

58 A Igreja da América Latina, na Conferência de Aparecida reconheceu que os setores oprimidos e deslocados da sociedade têm uma história de exclusão social, econômica, política e principalmente racial! (DAp 96). Entre os novos rostos dos pobres, estão os indígenas e afro-americanos com suas comunidades. São vítimas da desigualdade. A Igreja deve dar-lhes acolhida e acompanhamento (DAp 65 e 402).

59 São “outros” diferentes respeito e reconhecimento
Os índigenas estão na raiz primeira da identidade dos nossos povos. Os afro-americanos são outra raiz, arrancada da África e trazida para cá na condição escrava (Dap 88). São “outros” diferentes que exigem respeito e reconhecimento (Dap 89).

60 NOVOS QUILOMBOS http://mamapress.wordpress.com/2012/02/29/

61 A Igreja os acompanha nas lutas por seus direitos legítimos (Dap 89)
A Igreja os acompanha nas lutas por seus direitos legítimos (Dap 89). Como advogada da justiça e dos pobres faz-se solidária aos afro-americanos que lutam por seus territórios, querem afirmar seus direitos, têm seus projetos de desenvolvimento e consciência de negritude (Dap 533). Quilombolas Lorico e Rita Foto: Thais Fernandes

62 Quilombola da região de Ubatuba
A Igreja se propõe à inculturação e quer a participação dos indígenas e afro-americanos na vida eclesial, nas ações pastorais e no CELAM. Propõe-se a traduções da bíblia e textos litúrgicos para as línguas deles; promoção de vocações e ministérios ordenados entre as pessoas dessas culturas (Dap 94 e 533). Quilombola da região de Ubatuba Foto: Marcos Santos

63 Para que se afirme a plena cidadania, a personalidade humana, a identidade étnica, a memória cultural e o desenvolvimento social dos indígenas e afro-americanos, a Igreja quer ajudar a: descolonizar as mentes, recuperar a memória histórica, curar as feridas culturais, fortalecer os espaços e relacionamentos inter-culturais, apoiar o diálogo entre cultura negra e fé cristã.

64 Ao contrário da proibição à Missa da Terra sem Males e Missa dos Quilombos, em Aparecida são acatados os esforços para a inculturação da liturgia nos povos indígenas e afro-americanos, com crescente profundidade e serenidade de comunhão (Dap 99b).

65 NEGRA MARIAMA Inculturação da devoção a Maria na cultura popular
brasileira com sentido e práticas de libertação!

66 INVOCAÇÃO A MARIAMA. Dom Helder Câmara
INVOCAÇÃO A MARIAMA Dom Helder Câmara (Missa dos Quilombos) “Mariama, Nossa Senhora, Mãe de Cristo e Mãe dos homens! Mariama, Mãe dos homens de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da terra! Pede a teu Filho que esta festa não termine aqui...” MARIAMA

67 NEGRA MARIAMA. M. Cecilia Domezi Negra Mariama. Negra Mariama chama
NEGRA MARIAMA M. Cecilia Domezi Negra Mariama! Negra Mariama chama! Negra Mariama chama pra enfeitar o andor porta-estandarte para ostentar a imagem Aparecida em nossa escravidão com rosto dos pequenos, cor de quem é irmão. Negra Mariama, chama pra cantar que Deus uniu os fracos pra se libertar e derrubou do trono latifundiários que escravizavam pra se regalar.

68 Negra Mariama, chama pra dançar saravá-esperança até o sol raiar
Negra Mariama, chama pra dançar saravá-esperança até o sol raiar. No samba está presente o sangue derramado, o grito e o silêncio dos martirizados. Negra Mariama chama pra lutar em nossos movimentos sem desanimar. Levanta a cabeça dos espoliados. Nossa Companheira, chama pra avançar! (Comentário de Clodovis Boff): É como um Magnificat negro, com linguagem e ritmo tipicamente afro-brasileiros.

69 ENFEITAR: devoção, comunidade, tradição e festa no culto e na vida CANTAR: canto profético da justiça em favor das pessoas e coletividades empobrecidas, escravizadas, marginalizadas, excluídas DANÇAR: valorização do corpo, integralidade do ser humano, relação de fraternidade universal e de irmandade com todos os seres LUTAR: movimentos sociais libertadores, de cabeça erguida, na globalização da Esperança.

70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Rita. Xirê
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Rita. Xirê! O modo de crer e de viver no Candomblé. Rio de Janeiro: Pallas/ São Paulo: Educ, BOFF, Clodovis. Maria na Cultura Brasileira: Aparecida, Iemanjá, Nossa Senhora da Libertação. Petrópolis: Vozes, CARVALHO, Jorge José de. A Tradição Mística Afro-Brasileira. In: Religião e Sociedade, vol. 18, N. 2, maio/ CELAM. Documento de Aparecida: texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. São Paulo: Paulus/ Paulinas/ CNBB, 2007.

71 Profª Dra: Maria Cecilia Domezi São Paulo, agosto/2012 II Seminário da PAB – REGIONAL SUL I


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