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Nesta Edição CARIDADE FAMÍLIA – Simpatias e Antipatias ORAÇÃO

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Apresentação em tema: "Nesta Edição CARIDADE FAMÍLIA – Simpatias e Antipatias ORAÇÃO"— Transcrição da apresentação:

1 Nesta Edição CARIDADE FAMÍLIA – Simpatias e Antipatias ORAÇÃO
se os grupos, que devem marchar para um objetivo comum, estiverem divididos, eu o lamento, sem me preocupar com as causas, sem examinar quem cometeu os primeiros erros e me coloco, sem hesitar, ao lado daquele que tiver mais caridade, abnegação e verdadeira humildade, pois aquele a quem falta a caridade está sempre errado, assistido embora por qualquer espécie de razão. Minha medida de apreciação seria, então, a caridade, isto é, eu observaria aquele que menos mal diz de seu adversário, aquele que é o mais moderado em suas recriminações”... Infelizmente, muitos companheiros espíritas têm na atualidade do Movimento, alcançado, em 18 de abril de 2007, 150 anos de trabalho, relegado a plano secundário a palavra e a conduto exemplar do Codificador. O que, de maneira geral, se encontra vigorando entre nós é o Personalismo, a vaidade e a ambição! Temos nos esquecido de que, a par da excelência de sua Mensagem, a força da Doutrina, neste um século e meio, tem sido a união de seus adeptos, produzindo como fruto o trabalho no campo assistencial. A CARIDADE, sem dúvida, é o nosso melhor cartão de visitas; através dela, em tempos difíceis, é que o Espiritismo veio conquistando cidadania... Muitos se referem à caridade como se dela não fossem os maiores necessitados. Ninguém precisa tanto dos benefícios dessa virtude quanto aquele que é chamado a praticá-la! O Espiritismo está necessitado de adeptos que arregacem as mangas da camisa, encharcando-a de suor, mais do que os que se mostram de paletó e gravata!!! Do Livro “AMAVAI-VOS E INSTRUI-VOS" – psicografia de CARLOS A. BACCELLI pelo espírito de INACIO FERREIRA. A reencarnação não nos deve valer pela quantidade, mas, pela QUALIDADE. Indispensável dizer que, neste sentido, a Doutrina Espírita sempre nos norteará à luz do Evangelho de Jesus. A uma conclusão, porém, importantíssima já chegamos: sem Jesus, nada faz sentido!! Todo esforço, por mais momentaneamente produtivo, seja em que campo for o Conhecimento, necessitará ser reiniciado. Vale a pena recordar parte do discurso proferido por Allan Kardec, em 1862, quando empreendeu sua mais longa viagem de propaganda da Doutrina, percorrendo mais de vinte cidades e em seis semanas, presidiu mais de cinquenta reuniões: “ Se, entre vós, há dissidências , causas de antagonismos CAMPANHAS “PERMANENTES” DA CEAL 1 – CESTAS BÁSICAS: Doe alimentos não perecíveis. Serão entregues às famílias das mães carentes que freqüentam o “Clube de Mães” todas as 5as. Feiras às 14:30 horas em nossa sede. 2 – LATINHAS DE ALUMÍNIO: Os valores arrecadados na venda deste material reciclável, destina-se às nossas obras assistenciais. 3 – NOVOS SÓCIOS : Para continuar a atender a várias famílias, a CEAL precisa de novos sócios contribuintes. COLABORE. Contribua de acordo com suas possibilidades. 4 – LEITE E PÃO: Com o reinício das atividades do Departamento de Assistência Social a CEAL continuará a fornecer lanche às 5as.feiras para as mães e suas crianças carentes. O LEITE e o PÃO, são extremamente necessário, se puder, ajude-nos! 5 – Também aceitamos doações de: ROUPAS, CALÇADOS e OBJETOS usados e em bom estado. FAMÍLIA – Simpatias e Antipatias A união e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as aproximou. Por isso, diz-se de uma pessoa cujo caráter, cujo gostos e inclinações nada têm de comum com os dos parentes, que ela não pertence à família. Dizendo isso, pronuncia-se uma verdade maior do que se pensa. Deus permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com a dupla finalidade de servirem de provas para uns e de meio de progresso para outros. Os maus se melhoram pouco a pouco ao contato dos bons e abranda, seus costumes se refinam, as antipatias desaparecem. É assim que se produz a fusão das diversas categorias de Espíritos, como se faz na Terra entre as raças e os povos. Allan Kardec – E.S.E. A leitura é para a mente o que o exercício é para o corpo. ORAÇÃO Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-Te a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor; ser paciente, compreensivo, manso e prudente. Quero ver além das aparências teus filhos como Tu mesmo os vês, e assim não ver senão o bem em cada um. Cerra meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha lingua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha meu espírito. Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos quantos se achegarem a mim sintam Tua presença. Reveste-me de Tua beleza, Senhor, e que no decurso deste dia eu Te revele a todos. Extraída do livro “NÃO PISE NA BOLA” de Richard Simonetti MATRICULAS 2012 Área de Ensino da CEAL Início em 01 de março de 2012 CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO 1o ANO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2o ANO BÁSICO DE ESPIRITISMO CURSO DE APRENDIZES DO EVANGELHO As aulas acontecem sempre às quintas-feiras, das 19:45 às 21:30hs. VENHA CONHECER A DOUTRINA ESPÍRITA. Inscrições abertas !!! EXPEDIENTE JORNAL CAMINHO DA LUZ Publicação da Casa Espírita André Luiz Coordenação e Diagramação: Ednilsen C.Martinez Acesse estas e outras informações em nosso site Pag. 4

2 CAMINHO DA LUZ CEAL Casa Espírita André Luiz
INFORMATIVO – Março/Abril Depto de Divulgação da CEAL Ano XVII– no 85 EDITORIAL Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade. E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes. Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar. - Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Nasce do seu esforço, da sua vontade, da sua intimidade. Depende de seu interior. Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos. Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta. Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu:"o reino dos céus está dentro de nós." Por isso, se faz possível, viável, a felicidade na terra. Goza-a o ser, que não coloca condicionantes externos para a sua conquista. É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame. Jesus sempre se preocupou em proporcionar a cada aprendiz, uma visão mais ampla da vida e preparou cada espírito com recursos de renovação para o bem. O Pai também, nunca deixa os filhos desamparados, assim, se nos vemos presentemente, sem laços domésticos, sem amigos certos, sem aquela família que sabemos transitória, passageira, momentânea no Planeta, é que Jesus nos enviou a pleno mar da experiência, a fim de provarmos nossas conquistas em lições supremas. Se temos a oportunidade de trabalhar e descansar, de plantar e de colher; temos também a oportunidade de mostrar nossa confiança em Deus, principalmente nas horas de dificuldades. Não precisamos de otimismo, quando tudo corre bem; precisamos dele exatamente nas horas em que tudo nos parece negativo, difícil; aí sim, temos que exercitar nossa confiança e buscar OTIMISMO. Assim também é a hora de demonstrarmos amizade por alguém. Essa demonstração não se faz necessária nas horas felizes !!!! Precisamos demonstrá-la é exatamente nas horas tristes, quando nossos “amigos” estão em crise, em dificuldades. Nessa hora é que temos que demonstrar amizade, dar o ombro, procurar entender e incentivar nosso amigo. Encaminhamos então esses companheiros à Assistência Espiritual, que não é outra coisa senão, começar esse atendimento pela leitura do Evangelho de Jesus, que é a parte mais importante, seguido então pelo Passe. Tudo buscando uma mudança de pensamentos e atitudes. Se não for assim, de nada vai adiantar a Assistência espiritual. Enfim, o homem feliz é aquele que sabe que a terra é somente um lugar de passagem. - Que sabe que veio de lugares distantes para cá e que, passado o tempo, retornará a outras localidades, lares de conforto e escolas de luz. Moradas do Pai, nesse infinito universo de Deus. A verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma. Então, lancemos nossas redes para pescar.... e com certeza encontraremos muitos peixes!!!! Oremos então, para que o Amigo Maior e nosso Pai Criador não nos abandone jamais! Departamento de Divulgação CAMINHO DA LUZ NESTA EDIÇÃO LEI DE SOCIEDADE MAGNETISMO E ESPIRITISMO ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO CARIDADE FAMILIA Se você quer ser feliz entenda que “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” e SORRIA, você está a caminho da felicidade!!! Pag. 1

3 LEI DE SOCIEDADE Magnetismo e Espiritismo – Ciências Gêmeas
A Lei de Sociedade é uma das Leis Naturais, uma vez que a vida social está na natureza do homem. Para tanto, Deus lhe dotou da palavra e de todas as faculdades necessárias à vida de relação. O insulamento absoluto do homem contraria sua natureza, pois seu instinto o faz buscar a sociedade. Por outro lado, todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-se mutuamente. Como tem que progredir e não lhe sendo possível dispor de todas as faculdades, o homem necessita do contato com outros homens. Comenta Kardec, que nenhum homem possui todas as faculdades completas. Com a vida social é que o homem as completará, assegurando-lhe o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, foram criados para viver em sociedade e não isolados. A vida social é uma necessidade porque todos devem concorrer para o progresso da humanidade, auxiliando-se mutuamente. Se os homens vivessem sempre isolados, a humanidade não progrediria. Faltando-lhe o contacto com os semelhantes, o homem se isolaria, embrutecendo-o em vez de evoluir. Os animais, deixam de se reconhecer após os filhos não necessitarem mais de cuidados, devido a vida dos animais ser material e não moral. Porém entre os pais e filhos, não é assim! A ternura da mãe pelos filhos tem por princípio o instinto de conservação aplicado aos seres a quem deu à luz. O ser humano, porém, tem outras necessidades e outra destinação. Além das necessidades físicas tem também a necessidade do progresso. Os laços sociais são necessários ao progresso e os laços de família resumem esses laços, constituindo-se assim uma Lei da Natural. O objetivo dos laços familiares é fazer os homens se amarem como irmãos. O relaxamento desses laços seria uma recrudescência do egoísmo. - O principal objetivo dos laços de família é o progresso do espírito. Muitas vezes, sabemos que reencarnamos no seio de uma família que outrora foram nossos algozes, ou nós os algozes deles e a reencarnação nesse berço tem o intuito de trocar os laços de ódio, ressentimento, etc. por laços de amor e fraternidade. Não é possível assim, comparar homens e animais nesse aspecto, pois os animais têm uma programação diferente de nós a cumprir. Os animais têm uma vida material e o homem a vida MORAL. O orgulho e o egoísmo são as causas das grandes desarmonização que ocorrem em algumas famílias. No lar devemos trabalhar os sentimentos, no sentido de desenvolver a afeição. Mas o egoísmo aliado ao personalismo provoca grandes desarmonias. Assim, é preciso, cada vez mais, trazer o ensino do Amor ao Próximo, para dentro de nosso lar. LE livro terceiro – Cap. VII Magnetismo e Espiritismo – Ciências Gêmeas O espiritismo e o magnetismo formam uma única ciência “O espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, por que revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice” (Allan Kardec, O livro dos Espíritos, 77 ed., Perg 555) A existência e a manifestação da alma são a base “Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram que essa descoberta – se podemos aplicar-lhes esse nome – ia desfechar um golpe fatal no magnetismo e que com ele ocorreria o mesmo que aconteceu com as demais invenções: a mais aperfeiçoada faz esquecer a precedente. Tal erro não tardou em dissipar-se e prontamente se reconheceu o parentesco dessas duas ciências. Ambas, com efeito, baseadas sobre a existência e a manifestação da alma, longe de se combateram, podem e devem prestar-se um mútuo apoio: completam-se e se explicam uma pela outra “O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso dessa última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das ideias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas não há mais que um passo, tal é sua conexão que, por assim dizer, torna-se impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos se comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz.” (Allan Kardec, Revista Espírita, Março de 1858, 2ed. Pág. 149) Todos os espíritas admitem o magnetismo “O magnetismo e o Espiritismo são, com efeito, duas ciências gêmeas, que se completam e explicam uma pela outra, e das duas, a que não quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se apoiar na sua congênere; isoladas uma da outra, detêm-se num impasse; são reciprocamente como a Física e a Química, a Anatomia e a Fisiologia. A maioria dos magnetistas compreende de tal modo por intuição a relação íntima que deve existir entre as duas coisas, que geralmente se prevalecem de seus conhecimentos em magnetismo, como meio de introdução junto aos espíritas Em todos os tempos os magnetistas foram divididos em dois campos: os espiritualistas e os fluidistas. Estes últimos, muito menos numerosos, pelo menos fazendo abstração do princípio espiritual, quando não o negam absolutamente, referindo tudo à ação do fluido material, estão, por conseguinte, em oposição de princípios com os espíritas. Ora, é de notar que, se nem todos os magnetistas são espíritas, todos os espíritas, sem exceção, admitem o magnetismo. Em todas as circunstâncias, fizerem-se seus defensores e sustentáculos” Allan Kardec, Revista Espírita, Janeiro 1869, 2ed. Pág ) PAINEL DE ATIVIDADES DA CEAL SEGUNDA-FEIRA > 14:30 h. – Evangelho, Passes: Espiritual, P4 para crianças. 19:30 h. – Evangelho, Passes: Espiritual, P4 e P4/4 para crianças. Escola de Evangelização Infantil (19:30hs às 21:00 hs). TERÇA-FEIRA > 19:30 h. – Evangelho, Passes: Espiritual, A3, P1/P2. Entrevistas (DEPOE). QUARTA-FEIRA > 19:30 h. – Evangelho, Passes: P3E, P3M . QUINTA-FEIRA >14:30 h. – Clube de Mães (Assistência Social). 20:00 h. – Escola Espírita (Grupo de Apoio Doutrinário). SEXTA-FEIRA 19:15h – Evangelho e Passes A2 Pag. 2

4 “ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO” - Caetano Veloso
Nesta Edição Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras onde se comemore o Carnaval. “Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”. O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval. - Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano, contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão. No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios. Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval. Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do tumulto festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranquilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”. No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”. Como acontece com todo espírito que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito”. Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo. O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou: - “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade hoje, é festa de todo dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”. O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra. Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana. Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma. Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”. Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano. As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. - Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano. - Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o ímã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam. - Há dois mil anos, tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e consequências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, frequentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios. - Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma frequência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a prática da caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação foi chamado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apóstolo da caridade no Brasil” Fonte: Revista Visão Espírita Pag. 3


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