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Análise de Projetos de Investimentos Prof. Ricardo Bordeaux

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Apresentação em tema: "Análise de Projetos de Investimentos Prof. Ricardo Bordeaux"— Transcrição da apresentação:

1 Análise de Projetos de Investimentos Prof. Ricardo Bordeaux

2 I - Introdução: Função Objetivo em Finanças Corporativas:
Maximizar o Valor da empresa para os acionistas Decisões em Finanças Corporativas: Investimento Financiamento Dividendos

3 Ferramentas de Finanças
Análise de demonstrativos financeiros Modelos de Risco e Retorno Metodologias de Valor Presente Modelos de Precificação de Opções

4 Processo de Planejamento Financeiro
Interações de investimento e financiamento Projeção das conseqüências das decisões atuais de investimento e financiamento: cenários e riscos Plano estratégico e orçamento Avaliação de performance Prazo – depende do setor: Curto Prazo : 12 meses Longo prazo: acima de 5 anos

5 A Empresa e seus parceiros
Matéria Prima/Serviços Produtos/serviços  Contas a Pagar Contas a Receber EMPRESA Estoques Máquinas e equipamentos Funcionários Fornecedor CLIENTE

6 Ativo Passivo O Balanço da Empresa Curto Prazo Ativo Circulante
Passivo Circulante Caixa Aplicações Financeiras Contas a receber Estoques Curto Prazo Capital de Giro Fornecedores Contas a pagar Impostos Dividendos Ativo não Circulante Imobilizados Investimentos a L. Prazo Intangivel Longo Prazo Passivo a L. Prazo Exigível a longo prazo Empréstimos (BNDES) debêntures Patrimônio Líquido Capital próprio Lucros retidos Reservas

7 Demonstrativo de Resultados
(+) Receita Operacional Bruta Venda de Bens ou Serviços (-) Impostos sobre vendas (=) Receita Operacional Líquida (-) Custos dos Produtos ou Serviços Vendidos (=) Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações Geração Operacional de Caixa (EBITDA – Earnings before interests, taxes, depreciation and amortization) (-) Depreciação Despesa contábil que não impacta o Caixa, apenas gerando benefício fiscal (-) Juros Despesas Financeiras (=)Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR) Lucro Tributável (-) Imposto de Renda (=) Lucro Líquido

8 Componentes do Fluxo de Caixa
Fluxo de Caixa Global Componentes do Fluxo de Caixa 1 2 ... n (+) Receita (-) PIS/Cofins, ICMS (=) Receitas Líquidas (-) Custos dos Produtos Vendidos (=) Lucro Operacional Bruto (-) Despesas Administrativas e Comerciais (-) Despesas Gerais (=) Lucro Operacional (EBITDA) (-) Depreciação (=) Lucro antes do I.R. (LAIR) (-) I.R. (=) Lucro Líquido (+) Depreciação (=) Fluxo de Caixa Operacional (+/-) Investimentos ou desmobilizações de equipamentos (+/-) mudanças no capital de giro = Fluxo de Caixa Global

9 Fluxo de Caixa aos Acionistas
Componentes do Fluxo de Caixa aos Acionistas 1 2 ... (=) Receitas – Pis/Cofins /ICMS= Receitas Líquidas (-) Custos dos Produtos Vendidos (=) Lucro Operacional Bruto (-) Despesas Administrativas e Comerciais (-) Despesas Gerais (=) Lucro Operacional (EBITDA) (-) Depreciação (=) Lucro antes de juros e IR (Lajir) (-) Despesas Financeiras (juros) (=) Lucro antes do I.R. (LAIR) (-) I.R. (=) Lucro Líquido (+) Depreciação (=) Fluxo de Caixa (-) Amortizações (+/-) Investimentos ou desmobilizações de equipamentos (+/-) mudanças no capital de giro = Fluxo de Caixa ao Capital Próprio (acionistas)

10 O Projeto de Investimento
O projeto de investimento é uma simulação da decisão de investir:   Reduz a incerteza Deve-se levar em conta o risco do investimento e o custo dos recursos a serem aplicados      

11 Relação com a FUNÇÃO- OBJETIVO:
A Decisão de Investimento deve agregar valor para a empresa e seus acionistas: identificar e comprar ativos que valham mais do que custem; Planejar e desenvolver projetos geradores líquidos de caixa; Calcular o custo com base no custo de oportunidade do capital; Determinar o custo de oportunidade de acordo com o risco assumido;

12 Conceitos Básicos Custo de Oportunidade: alternativa mais valiosa de investimento sacrificada para a realização do projeto. É a taxa de retorno utilizada para o cálculo do Valor Presente Líquido. Horizonte de planejamento: tempo considerado para efeito da avaliação dos fluxos de caixa do projeto. É compatível com a vida útil dos ativos fixos envolvidos e com a capacidade financeira da empresa. Fluxo de Caixa de um projeto: caixa gerado pelo projeto para a empresa, pago a credores e acionistas. Fluxo de caixa depois de juros e impostos: lucro líquido mais depreciação. Depreciação : despesa não desembolsada, lançada contra os lucros para amortizar o custo de um ativo ( máquina, instalação, etc.) ao longo de sua vida útil estimada.

13 Processo de Avaliação de um Projeto
Estimar o Fluxo de Caixa O Orçamento de Capital define as opções de investimento da empresa, através da escolha daquelas que realmente gerem valor. Para esta tomada de decisão, a mais importante em Finanças Corporativas, precisamos aprender a avaliar os projetos de investimento, o que veremos a seguir.

14 Processo de Avaliação de um Projeto
Segundo pesquisa (2000) em 392 das maiores empresas norte-americanas através de seus executivos financeiros (CFO’s) cerca de 78% preferem utilizar o VPL e a TIR como métodos de avaliação de projetos. O Payback vem a seguir com 55%. Apresentaremos a seguir os seguintes métodos de avaliação: Payback, Payback descontado, Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e Índice de Lucratividade.

15 Critérios para classificação de projetos
O valor de qualquer projeto depende de quatro variáveis: Investimento Quanto ele gera de fluxo de caixa Quando este fluxo de caixa deve ocorrer Qual o Risco associado a este fluxo de caixa

16 Payback Simples Calcula o tempo decorrido para o caixa gerado igualar o investimento inicial. ·       Não leva em consideração a distribuição do fluxo de caixa dentro do período de recuperação do investimento ·       Não leva em consideração fluxos de caixa após o período de recuperação ·       Não pode ser comparado com um padrão de rentabilidade, como o custo de capital ·       Não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo

17 Payback Descontado Pode ser adaptado para um Payback Descontado, que não resolve todos os problemas apresentados mas introduz a taxa de desconto e a idéia do valor do dinheiro no tempo.

18 Payback- Exemplo 1: Um projeto apresenta o seguinte fluxo de caixa:
Ano Valores Acumulado ( ) 1 80.000 ( ) 2 90.000 ( ) 3 ( ) 4 20.000 5 6 70.000 .A empresa somente aceita projetos com PB menor ou igual a 4 anos. Sendo assim, o projeto acima deverá ser aceito, já que a recuperação do capital inicial ocorre antes do quarto ano

19 Ano Valores Valor Pres. Acumulado (400.000) 1 80.000 72.727 (327.273)
Payback Descontado- Ex. Com um custo de capital de 10% ao ano, deve-se descontar todos os elementos para a data zero : Ano Valores Valor Pres. Acumulado ( ) 1 80.000 72.727 ( ) 2 90.000 74.380 ( ) 3 90.158 ( ) 4 88.792 (73.943) 5 62.092 (11.851) 6 70.000 39.513 27.662 A empresa somente aceita projetos com PB menor que 4 anos. Sendo assim, o projeto acima deverá ser rejeitado, já que a recuperação do capital inicial ocorre após o quinto ano.

20 Fluxo de Caixa Descontado ou Valor Presente Líquido

21 Fluxo de Caixa Descontado ou VPL

22 Fluxo de Caixa Descontado ou VPL
Onde: I é o investimento inicial FCt é o fluxo de caixa líquido na data “t” “i” é o custo de capital definido pela empresa R é o valor residual do projeto ao final do período de análise Decisão de Investimento pelo VPL: VPL>0, projeto aceito VPL=0, “indiferente” aceitar ou não VPL<0, projeto rejeitado

23 Fluxo de Caixa Descontado ou VPL
O VPL utiliza todos os fluxos de caixa, que são os geradores definitivos de valor; Desconta os fluxos de caixa pela taxa correta, levando em consideração o Risco envolvido no projeto.

24 Exemplo 1 A um investidor é oferecida a oportunidade de abrir uma franquia. O investimento inicial é de R$ O franqueador apresenta a seguinte previsão de fluxos líquidos para os próximos nove anos: R$ ao final do primeiro, R$ no segundo, R$ , no 3º, R$ no 4º, R$ no 5º, e R$ , sucessivamente, do 6º ao 9º anos. O custo de oportunidade do capital do investidor é de 15%. Ele deve fazer o negócio?

25 Exemplo 1

26 Exemplo 1-

27 Nesse caso, ele deve fazer o negócio.
Exemplo 1 - Conclusão O Valor Presente Líquido de R$ ,26 significa que o negócio (projeto) é capaz de gerar um excedente de riqueza no valor de R$ ,26 sobre a melhor alternativa de aplicação existente para o investidor. Nesse caso, ele deve fazer o negócio.

28 Exemplo 2 - Um industrial tem a oportunidade de ampliar sua fábrica. O custo das novas instalações é de R$ 2 milhões. Ele pode depreciá-las linearmente em 6 anos, restando um valor residual contábil de 10% ao final. O valor de venda residual é de R$ As vendas são projetadas em R$ por ano. O custo variável é de 20% das vendas. Os custos fixos anuais são de R$ Determinar o fluxo de caixa operacional e o Valor Presente Líquido do projeto, sabendo que a alíquota de IR é de 35% e que o custo de oportunidade do capital do industrial para aplicação neste projeto é de 18% ao ano.

29 Exemplo 2 - 1 2 3 4 5 6 + Receitas 800 - Custos Variáveis = 0.2X800.00
160 - Custos Fixos 150 - Depreciação = ( )/6 300 = LAJIR= Receitas -CV-CF-Depr. 190 - I.R 35% 66.5 = Lucro Líquido = LAJIR-IR 123,5 + Valor Residual (v. r.) - - I.R do v. r..= 0,35*( ) 35 Fluxo de Caixa Operac.= L.L + Deprec + V. Res. Líq. 423.5 688.5

30 Exemplo 2 – Conclusão: O resultado negativo encontrado para o VPL significa que o projeto não é viável à taxa de 18% ao ano utilizada para desconta-lo. Se o industrial insistir em executa-lo, ele deverá esperar uma perda de riqueza a valor presente de R$ ,96.

31 Limpar memória 2.000.000 423.500 5 688.500 9,75 f CHS F NPV Clear Fin
  EX. 3- No exemplo anterior, se o industrial obtiver uma linha de crédito do BNDES a juros de 9,75% ao ano, qual o Valor Presente Líquido sob o ponto de vista da empresa? Solução: Utilizando novamente a HP 12-C, temos: Limpar memória 5 9,75 f CHS F NPV Clear Fin g CF g CFj g Nj i +9.686,49

32 Exemplo 3 – Conclusão: Nesse caso, o mesmo projeto passa a ser viável e adiciona riqueza ao industrial, no valor de R$9.686,49. OBS: O empreendimento em questão somente é viável a uma taxa extremamente baixa, o que acentua na decisão de investir o risco da fonte de financiamento. Se em projetos similares no futuro o industrial não tiver acesso à mesma taxa, provavelmente não terá bons resultados. Essa dependência de taxas tão baixas pode, a longo prazo, comprometer seu negócio, reduzindo sua competitividade.

33 Exemplo 4: Seu diretor quer analisar novos projetos de investimento
Exemplo 4: Seu diretor quer analisar novos projetos de investimento. Ele comunica que está em estudos a criação de um site para a comercialização de parte da produção via internet. Apresenta o fluxo de caixa abaixo e pede que você o analise. Sabendo que o WACC (weighted average cost of capital - custo médio ponderado de capital de sua empresa) é de 18% ao ano, analise o projeto de investimento.   ·  Valor do investimento: R$ ·  Prazo de análise: 6 anos ·  Fluxos de caixa anuais esperados após os impostos: R$ ·  Valor residual dos equipamentos, a ser vendido para terceiros: R$  

34   Exemplo 4 - Solução

35 Método da Taxa Interna de Retorno
A Taxa Interna de Retorno é a taxa que torna o VPL nulo:

36 Método da Taxa Interna de Retorno

37 Ex. 1- Nos exemplos 2 e 3 da seção anterior (expansão industrial), qual a taxa interna de retorno?

38 Exemplo 2 - Você está analisando um projeto de investimento que possui os seguintes fluxos de caixa anuais após os impostos: Análise de Sensibilidade: verificar o comportamento do VPL para os seguintes valores de custo de capital: 0%, 4%, 8%, 10%, 12%, 14% ao ano.

39 Exemplo 2 - Solução O procedimento para a confecção da tabela pode ser facilmente realizado na HP 12 C, apenas alterando a taxa i, como veremos a seguir Limpar memo 1.300 150 380 500 710 4 8 10 12 14 F Clear Fin CHS i G fNPV CF0 CFJ 440,00 246,97 83,5 11,0 -56,03 -118,16

40 Exemplo 2 - Solução Para verificar o comportamento do VPL em função das taxas, construímos a tabela, a Valor Presente Líquido em função do Custo de Capital.

41 Exemplo 2 - Solução A partir da tabela anterior pode-se traçar o gráfico: o ponto em que a curva corta o eixo das taxas é a Taxa Interna de Retorno, de 10,318%. O mesmo resultado pode ser obtido por meio do comando fIRR da calculadora HP 12-C.

42 Exemplo 3 - Você recebe um projeto de investimento para analisar
Exemplo 3 - Você recebe um projeto de investimento para analisar. O custo de capital é de 10% ao ano. Os fluxos de caixa são os seguintes: Ano 1 2 3 4 Fluxo de Caixa R$ (1.000) 15.000 13.000 3.000

43 Exemplo Solução : Não existe uma TIR real para esse projeto (somente raízes imaginárias). Entretanto, o VPL sempre poderá ser calculado e utilizado como método de tomada de decisão de investimento. CHS G Cf0 G Cfj CFj CHS G Cfj 3.000 Gcfj 10 i fNPV F IRR Fluxo de Caixa R$ (1.000) 15.000 13.000 -8.597 ERRO 3

44 Índice de Lucratividade
O Índice de Lucratividade é uma medida relativa entre o valor presente dos fluxos de caixa recebidos e o investimento inicial: IL = VP/I. ou IL = (VPL +I) /I, sendo o valor do investimento colocado em módulo, ou seja, sempre positivo.

45 Índice de Lucratividade
·        IL > 1 : o      Para cada unidade de investimento, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é maior do que 1. É equivalente a dizer que o VPL > 0. ·        IL = 1: o       Para cada unidade de investimento, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é igual a 1. Isso significa que o VPL=0. ·        IL < 1: o       Para cada unidade de investimento, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é menor do que 1. Isso significa que VPL<0.

46 Índice de Lucratividade
O critério de decisão é muito simples. O investimento deverá ser aceito se ao menos o IL = 1. Exemplo 4- Qual o IL do projeto estudado no exemplo 4 da seção do VPL? IL= (Valor presente dos fluxos de caixa)/(investimento inicial) = ,41/ ,00 = 1,0191. Coerentemente com o resultado do exemplo 4, o projeto tem IL>1 e deve ser aceito.

47 Os métodos da TIR e do IL ignoram as diferenças de escala, na hora da comparação de dois projetos mutuamente excludentes. Exemplo 5- Considere um investimento na realização de um projeto imobiliário. Suponha que a construtora possua um terreno esteja estudando duas opções de investimento: * construir uma grande residência com investimento total de R$ ,00; * construir um edifício com investimento total de R$ ,00. Os projetos são mutuamente excludentes: se decidir construir a residência, não fará o edifício e vice-versa, já que o terreno é o mesmo. O horizonte de ambos os projetos é de um ano. O custo de capital em ambos os casos é de 15% ao ano.

48 Exemplo 5- Solução: Podemos construir a planilha:

49 Exemplo 6 - Um projeto de um espetáculo pode ser realizado de duas maneiras: com investimento menor ou mais expressivo. O custo de capital para os projetos é de 22% ao ano. Os fluxos estão a seguir:

50 Exemplo 6- Solução: Deve-se calcular os fluxos incrementais que são a diferença entre os fluxos dos dois projetos. O quadro a seguir ilustra o procedimento. TIR incremental: é a taxa para a qual o VPL = 0. Assim, 0 = -10 milhões + (22 milhões)/ (1+ TIR). Dessa forma, TIR incremental = 120%. Ou VPL incremental = -10 milhões + (22 milhões)/(1,22) = ou, = Ou Cálculo do IL incremental = (VPL incremental +10 milhões) / 10milhões = 1,54

51 Exemplo 6- Solução: Comparar os VPL’s das duas opções. O VPL do projeto de maior escala é maior que o outro (R$ > R$ ); Calcular o VPL incremental. Se for positivo, como no caso do exemplo acima, escolheremos o projeto de maior escala; ou Calcular o IL incremental. Se for maior que 1, como no caso do exemplo acima, escolheremos o projeto de maior escala; ou ·  Pode-se, de outra forma, comparar a TIR incremental com o custo do capital da empresa. No exemplo, a TIR incremental igual a 120%, maior que o custo de capital, 22%, implica na escolha pelo projeto de escala maior;

52 Custo de Capital Custo do Capital Próprio
A necessidade de levantar capital para investir nos projetos de uma empresa levanta a questão do seu custo. Nesse sentido, estudaremos o custo do capital próprio, o custo do capital de terceiros e o custo do capital geral de uma empresa. Quando se faz um investimento, o retorno exigido deve ser balizado por uma taxa. Esta taxa deve ser suficiente para compensar os investidores, sejam eles os próprios acionistas ou credores de dívida – detentores de obrigações emitidas pela empresa.

53 Modelo de Crescimento de dividendos - Gordon
RE = (D1/P0) + g Onde RE é o retorno exigido pelos acionistas D1 é o dividendo projetado para o próximo período g é a taxa de crescimento constante dos dividendos P0= Preço da Ação hoje.

54 Modelo CAPM Um investimento depende de três fatores: A taxa livre de Risco : Rf O prêmio por risco da Carteira de Mercado: (Rm-Rf) O risco sistemático do ativo, em relação à média: beta (ß) CAPM O Retorno Esperado, portanto do capital próprio de uma empresa pode ser dado pela expressão: RE = Rf + ß [RM – Rf] Onde ß é o beta estimado do projeto e (RM – Rf )é o prêmio por risco da carteira de mercado

55 Custo de capital no Brasil
No Brasil, a taxa livre de risco pode ser 7,2% ao ano (0,8*Selic) e o prêmio por risco em ações em geral é de 8,2%ao ano. Sendo assim, o custo de capital próprio para empresas ou projetos com beta=1 seria de 15,2% ao ano. Para um investimento em um setor, por ex., com beta=0,61 a taxa seria Re=7,2+0,61*8,2=12,2% ao ano.

56 Custo do Capital de Terceiros
É a taxa de retorno (juros) que os credores exigem para emprestar novos recursos à empresa. Depende do perfil da empresa no tocante ao Risco

57 Custo Médio Ponderado de Capital – WACC (CMPC)
Valor da empresa= Capital Total = E + D E = Equity = Capital Próprio (sócios) D= Debt = Capital de Terceiros (credores) Sendo assim, temos: V = Equity+ Debt = Capital Próprio + Dívida WACC = (E/V)*RE + (D/V)*RD*(1-Tc), onde Tc é a alíquota de I.R. pessoa jurídica; RE é o custo do capital próprio RD é a taxa de juros da dívida

58 WACC – Observações importantes:
A ponderação deve ser feita a valores de mercado do capital próprio e da dívida, sempre que possível. O WACC é a taxa adequada para descontar os projetos que tenham as mesmas características de risco da empresa.

59 Estrutura de Capital e Alavancagem
Alavancagem é a utilização de ativos ou recursos a custo fixo para aumentar os retornos dos proprietários da empresa. De modo geral, aumentos na alavancagem levam a aumentos no Risco e no Retorno

60 Análise da Dívida Vantagens Benefício Fiscal dos juros
Disciplina gerencial e foco operacional Subsídios (linhas especiais) Desvantagens Custos de Falência, advogados, taxas e impostos Custos de Agency, Conflitos de interesse entre acionistas e credores Perda da Flexibilidade Operacional

61 Análise do Ponto de Equilíbrio
É utilizada pela empresa para determinar o nível de operações necessárias para cobrir todos os custos operacionais e para avaliar a lucratividade associada a vários níveis de vendas. Sejam p, o preço de venda por unidade, Q a quantidade de vendas por unidades, F o custo operacional fixo por período e v o custo operacional variável por unidade.

62 Análise do Ponto de Equilíbrio
Alavancagem Operacional Receita de vendas (p X Q) - custos operacionais fixos - F - custos operacionais variáveis - (vXQ) = lucro antes dos juros e I.R. = LAJIR LAJIR = (p X Q) - F- (vXQ)    LAJIR= Q X (p-v)- F ; fazendo LAJIR = 0, temos o ponto de equilíbrio, e  Q = F/(p-v)

63 Cálculo do ponto de equilíbrio:
Exemplo: Um pequeno varejista tem custos operacionais fixos de R$ 2.500,00, seu preço de venda por unidade é de R$ 10 e seus custos operacionais variáveis são de R$5,00 por unidade. Cálculo do ponto de equilíbrio:  Q = F/(p-v) = 2500/(10-5) = 500 unidades   Com a venda de 500 unidades o LAJIR da empresa deve ser nulo. Acima desta quantidade o LAJIR será positivo e abaixo, negativo (prejuízo).

64 Gráfico custos/receitas Perda LAJIR custo operacional total 10000 8000 Ponto de Equilíbrio Operacional 4000 2000 Vendas (un.)

65 Incerteza em Projetos de Investimento – tipos de Risco
Risco isolado – variabilidade dos retornos do projeto Risco da Empresa – contribuição do risco do projeto ao risco da carteira de projetos da empresa Risco específico do projeto: localização, mão de obra, infraestrutura local, etc. Pode ser diversificado. Risco competitivo: o sucesso do projeto pode ser afetado por ações dos concorrentes. É difícil a diversificação desse risco. Ex: guerra de preços.

66 Incerteza em Projetos de Investimento- tipos de Risco
Risco específico da indústria: Tecnológico: uma nova tecnologia pode afetar todo o desempenho da empresa (ex: Iridium) Legal : regulamentação, patentes, legislação (Ex: medicamentos) Risco Internacional: Projetos em outros países: ex Petrobrás na Bolívia. Risco de Mercado: Taxas de juros, câmbio, inflação, recessão, etc.

67 Algumas falhas na análise do risco:
Ajuste para o Risco Betas ajustados Ajuste subjetivo Algumas falhas na análise do risco:  a)     não considerar totalmente o risco ou desprezá-lo em busca de maiores lucros;  b)      contar duas vezes o mesmo risco, utilizando mais de uma técnica de ajuste. Leva à rejeição de bons projetos;  c)      aplicar o perfil de risco da empresa a projetos com características diferentes;  d)      levar em conta o risco diversificável na análise de projeto, penalizando-o .

68 As seguintes incertezas afetam o projeto:
Árvores de Decisão Exemplo: Uma empresa de tecnologia nuclear quer desenvolver um motor para automóveis. O período de desenvolvimento levará um ano e esta fase do projeto custará R$ 100 milhões. Os engenheiros estimam em 75% a probabilidade dos testes de produção e marketing darem certo. As seguintes incertezas afetam o projeto: Demanda para automóveis no futuro Incerteza quanto aos preços do petróleo Incerteza quanto ao market share deste produto

69 Árvores de Decisão Se os testes forem bem sucedidos, deverão ser adquiridos terrenos, construídas instalações, e o motor produzido em escala. Esta nova fase de investimentos custará R$ 1400 milhões. O horizonte de produção é de cinco anos. O fluxo de caixa líquido anual foi projetado em R$ 920 milhões. O custo de capital considerado é de 16% ao ano.  O VPL para o projeto, na data 1 ( um ano após o início do projeto, quando o investimento de R$ milhões é feito) será de R$ milhões (calculado para n=5, Flcx = R$920 milhões e i=16%)  Por outro lado, se os testes não forem bem sucedidos, o VPL = - R$ milhões (dado). Este valor se refere a tudo que terá sido investido em desenvolvimento, testes, contratação de pessoal especializado e a perdas com imagem, marca, processos judiciais, etc.

70 A empresa tem, então a seguinte situação:
Árvores de Decisão A empresa tem, então a seguinte situação: 75% de chance de ter um VPL de R$1.612 milhões, e 25% de chance de ter um VPL de (-R$3.000) milhões.  A empresa deve: Testar e desenvolver o motor nuclear ou não? Investir na produção em escala após os resultados do teste ou não?

71 A utilização de árvores de decisão toma as decisões em ordem inversa.
Em primeiro lugar, o investimento de R$ milhões deve ser feito se os testes forem favoráveis, já que dá VPL positivo no valor de R$1.612 milhões. Se os testes não forem bons, o investimento não deverá ser feito. no primeiro estágio, precisa-se saber se o investimento de R$ 100 milhões deverá ser feito para que haja uma chance de 75% de obter sucesso no projeto com um VPL de R$1612 milhões.  O Resultado esperado será :  Res. Esperado = [Prob. de sucessoX Resultado c/sucesso]+ +[Prob. de insucessoXresultado c/ insucesso] = = [0,75X1612] +[0,25X0] = R$1209 milhões. Na data 1. Para a data zero, o VPL do teste será, então, ( /1,16) = R$942,24 milhões.  Portanto, a empresa deve desenvolver os motores nucleares.

72 Árvores de Decisão

73 Modelo de Precificação de Opções Reais – uma visão geral
Desenvolver a árvore de decisões do projeto. As principais opções reais são as de adiamento, contração, expansão e abandono do projeto.

74 Project Finance Project Finance é definido como o desenvolvimento de um projeto através do estabelecimento de uma nova empresa, específica para o projeto em questão (Special Proposed Company – SPC).   A novidade é que os provedores de capital (acionistas e credores) dividem o risco do negócio e os recursos são obtidos apenas para o projeto em si, sem a expectativa de que a companhia original responsável arque com as responsabilidades do projeto.  A maneira de avaliar financeiramente o projeto não difere de um projeto ou empresa normal.

75 Tópicos Especiais: Aspectos envolvidos na avaliação de uma empresa
Cenários Esperado, onde a situação, após alguns anos, permanece inalterada como em uma perpetuidade; Otimista, que pode contemplar crescimento em vendas, aumento de eficiência operacional, melhoria de margens, etc Pessimista, que pode levar em conta aumento na concorrência, deterioração do ambiente econômico, greves, problemas operacionais, etc.

76 Tópicos Especiais: Aspectos envolvidos na avaliação de uma empresa
Horizonte de Projeção deve levar em consideração o tempo em que a concorrência demora para entrar no mercado e derrubar as margens e o potencial de crescimento; levar em consideração o ciclo econômico do país (crescimento ou recessão), que poderá retardar ou adiantar a entrada da concorrência; o ambiente regulatório também influi nas barreiras de entrada à concorrência, e nos prazos de análise.

77 Tópicos Especiais: Valor Residual (projetos e empresas)
é o valor calculado para a empresa no final de seu período de projeção e deve ser descontado junto com o seu fluxo de caixa;   perpetuidade – leva em conta a perpetuação do fluxo operacional de caixa do último período;   múltiplos – baseado em um múltiplo das vendas, do ebitda ou do lucro (P/L);   valor de liquidação – baseado na liquidação do capital de giro e dos ativos ao final do período;   quanto menor o horizonte de projeção, maior será o valor residual do negócio a ser considerado.

78 Bibliografia Indicada
Bordeaux-Rego, R.,Paulo, G., Spritzer, I., Zotes, L.P..Viabilidade econômico-financeira de projetos- Coleção FGV Management- Gerenciamento de Projetos, Ed FGV, Rio de Janeiro, 2006. Damodaran, Aswath – Avaliação de Investimentos: ferramentas e técnicas para determinação do valor de qualquer ativo – Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1997. Ross, Stephen A., Westerfield, R. W.e Jaffe, J. Princípios de Administração Financeira – São Paulo: Ed. Atlas, 2002.


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