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1 Professor Edley

2 Período Imperial

3 Segundo Reinado

4 Política Interna O Jogo Político Entre Liberais e Conservadores
Pedro de Alcântara foi conduzido ao trono com apenas 14 anos de idade. A imagem do Imperador seria difundida como símbolo de um Estado Centralizado. Na visão predominante nas Elites da época, o Estado teria como principais tarefas preservar a unidade política do país e garantir a estabilidade social. A coroação de D. Pedro II representava, portanto, a perspectiva de manutenção dos privilégios dos grupos que haviam dominado o cenário político e econômico até então. Esses grupos acreditavam que o Imperador reuniria forças para liquidar as revoluções provinciais, submetendo revoltosos e descontentes à ordem pública do Império. Desse modo, D. Pedro II exerceria o poder apoiado, principalmente, por uma classe representante da grande agricultura e grande comércio, com seus diversos matizes.

5 Política Interna Liberais e Conservadores – Partido Conservador
O grupo político dos Liberais Moderados dividiu-se, por volta de 1837, em duas alas: Regressistas e Progressistas. Que formaram, a partir de 1840, dois partidos políticos. – Partido Conservador Constituído pelos Regressistas e apelidado de Saquarema – termo originário da Cidade de Saquarema, situada no norte da província do Rio de Janeiro, conhecido centro de políticos conservadores na época. – Partido Liberal Formado pelos Progressistas e chamado de Luzia – apelido ligado provavelmente ligado à cidade de Santa Luzia, em Minas Gerais, foco de atividades dos Liberais durante a Revolução Liberal, ocorrida em 1842. Esses dois partidos dominaram o cenário político do Segundo Reinado.

6 Política Interna Diferenças e Semelhanças
De acordo com o historiador José Murilo de Carvalho: O Partido Conservador era uma aliança em que predominavam representantes dos proprietários rurais – grandes lavouras de exportação – burocratas do serviço público – entre os quais se destacavam os bacharéis de Direito – e grandes comerciantes. Já o Partido Liberal reunia, principalmente, profissionais liberais urbanos e proprietário rurais que produziam para o mercado interno ou de área de colonização mais recente. Diferenças e Semelhanças Embora estes partidos não tivessem profundas divergências ideológicas, entre os Conservadores predominava a Defesa de um Governo Imperial forte e centralizado, enquanto entre os Liberais havia uma tendência mais favorável à descentralização, concedendo-se certa autonomia às províncias. No entanto, quando estavam no governo, Liberais e Conservadores não apresentavam atitudes muito diferentes.

7 Política Interna Por isso, em meados do Século XIX, era comum nas conversas políticas dizer-se que “não havia nada mais parecido com um saquarema – Conservador – do que um Luzia – Liberal – no poder” Não era difícil, por exemplo, a passagem de políticos de um partido para outro, movidos por interesses imediatos de poder. A política desse período – e não só dele – não se fazia, em grande medida, em função de programas e objetivos ideológicos definidos. A grande preocupação dos políticos era chegar ao poder, porque isso significava obter prestígio e benefícios para si próprio e sua gente. Conservadores e Liberais utilizavam-se dos mesmos recursos para lograr vitórias eleitorais, concedendo favores a amigos e empregando a violência em relação aos indecisos e ao adversários.

8 Política Interna O Governo de D. Pedro II
Ao assumir o trono, em 23 de julho de 1840, D. Pedro II escolheu, par seu primeiro ministério um Gabinete formado por uma maioria de políticos do Partido Liberal que haviam lutado pela antecipação de sua maioridade. Como participavam desse ministério os irmãos Andrada e os irmãos Cavalcanti, ele ficou conhecido como Ministério dos Irmãos. A volta dos Liberais ao poder aguçou a rivalidade com os Conservadores, instando-se uma disputa entre os dois partidos, que se revezavam no poder. Num clima de vale-tudo, o Partido que governava, passou a usar de arbitrariedade em sua gestão e a empregar recursos para não perder o mandato para seu opositor em épocas de eleições.

9 Política Interna

10 Política Interna Eleições do Cacete
A primeira eleição da Câmara dos Deputados durante o Segundo Reinado, marcada para 13 de outubro de 1840, foi também a primeira demonstração desse “estilo de fazer política”. No dia da eleição, em certas regiões do país, capangas contratados pelos Liberais invadiram alguns locais de votação, distribuindo “cacetadas” e ameaçando seus adversários políticos. Além disso, houve fraude na apuração dos votos, substituindo-se urnas autênticas por outra com votos falsos. Vitoriosos na eleição, os Liberais acabaram acusados por seus opositores de vencerem na base da fraude e da violência, e o episódio ficou conhecido como Eleições do Cacete. Apesar de tal denominação, é fato de que violência e fraude não ocorreram apenas nas eleições de 13 de outubro de 1840.

11 Política Interna Revolta Liberal
A debilidade do Primeiro Ministério Liberal, somada a pressão dos Conservadores, levou D. Pedro II a substituí-lo em 1841, por um novo gabinete, de maioria Saquarema. Os políticos do Partido Conservador obtiveram, assim, mais força para exigir que o Imperador anulasse o resultado das eleições. Em 1842, antes que assumissem os deputados da nova legislatura, de maioria liberal, D. Pedro II resolveu atender aos pedidos dos Conservadores e convocou novas eleições. Em relação a essa decisão, os políticos do Partido Liberal de São Paulo e Minas Gerais, liderados por Diogo Antônio Feijó – em São Paulo – e Teófilo Ottoni – de Minas Gerais – promoveram a Revolta Liberal de 1842, contra o Centralismo do governo nas mãos de seus rivais Saquaremas. Os lideres revoltosos esperavam a adesão de outras províncias, o que não ocorreu.

12 Política Interna As Tropas do Império, comandadas outra vez pelo Coronel Luis Alves de Lima e Silva, dominaram o levante e prenderam seus líderes. Estes foram anistiados em 1844, ano em que os Liberais voltaram ao Poder, governando até 1848.

13 Política Interna

14 Política Interna Instituição do Parlamentarismo – Parlamentarismo às Avessas Em 1847, com a criação do cargo de Presidente do Conselho de Ministros, teve início o Parlamentarismo no Segundo Reinado. Como Primeiro-Ministro, esse Presidente era encarregado de organizar e chefiar o gabinete do governo. A nomeação do Presidente do Conselho de Ministros era feita pelo Imperador, após a realização de uma eleição entre os líderes políticos do partido vencedor. Esse líder montava o Gabinete Ministerial, que, em seguida, era apresentado a Câmara dos Deputados para obter o voto de confiança – aprovação pela maioria dos Parlamentares. Se aprovado pela Câmara, o gabinete começava a governar o país. Caso não fosse aprovado, cabia ao Imperador demiti-lo ou dissolver a Câmara, convocando novas Eleições.

15 Política Interna Como o Poder Moderador não havia sido extinto, o imperador podia impor o gabinete de sua preferência. Essa prerrogativa contrariava os princípios do Parlamentarismo, sistema em que o Poder Legislativo é que detém a maior influência na formação dos governos e o Monarca Reina, mas Não Governa. Por isso, diz-se que tivemos um “Parlamentarismo às Avessas”.

16 Política Interna Predomínio Conservador – Período de Conciliação ( ) Durante todo o Segundo Reinado ( ), houve 36 gabinetes ministeriais no governo: – 21 Liberais; – 15 Conservadores. Os Conservadores, no entanto, permaneceram dez anos a mais no poder que os Liberais, pois realizavam uma política mais de acordo com a autoridade centralizadora do Imperador. Houve um período em que os Liberais e Conservadores governaram em coalizão, por meio de acordos para a ocupação de cargos políticos, Foi o chamado Período de Conciliação ( ). No entanto, as grandes Teses de origem Liberal – extinção do Poder Moderador, fim do Conselho de Estado, fim da Vitaliciedade do Senado, autonomia para as Províncias – não foram “conciliadas”. As linhas gerais da prática política permaneceram sob o viés Conservador.

17 Revolta Praieira

18 Revolta Praieira A Revolta Liberal Pernambucana (1848)
A Revolta Praieira foi a última grande Rebelião Provincial. Ocorreu em Pernambuco em 1848. vejamos uma interpretação das linhas gerais desse movimento. Antecedentes Gerais Em meados do Século XIX, a produção de açúcar era uma das mais importantes atividades econômicas pernambucanas. No entanto, quase todos os Engenhos de Açúcar da região pertenciam a algumas poucas famílias, como a Cavalcanti, dona de mais de Um Terço dos engenhos da província. Daí a origem da seguinte trova popular: Quem viver em Pernambuco / Deve estar desenganado Que há de ser Cavalcanti / Ou há de ser cavalgado.

19 Revolta Praieira Formação do Partido da Praia
Devido a seu poder econômico, essas poucas famílias dominavam a política pernambucana. O comércio, por sua vez, era a segunda fonte de riqueza de Pernambuco e estava concentrado principalmente nas mãos de portugueses. Assim, o poder político-econômico de Pernambuco era controlado pela oligarquia rural e pelos comerciantes portugueses. Considerável parte da população urbana – profissionais liberais, pequenos mercadores, artesãos, padres, militares, etc. – vivia em dificuldades econômicas e insatisfeita com a dominação política local. Formação do Partido da Praia Em 1842, dissidentes do Partido Liberal pernambucano formaram o Partido da Praia. Seus líderes eram ricos proprietários rurais, que, por não pertencerem a aristocracia fundiária tradicional, não participavam dos acordos políticos entre Liberais e Conservadores para ocupar os principais cargos da província.

20 Revolta Praieira Insatisfeitos com essa exclusão do jogo do poder, acabariam unindo-se, mais tarde, a Liberais Exaltados, que defendiam propostas mais radicais, como o combate à desigualdade social na província. As idéias dos praieiros – membros do Partido da Praia – eram expressas por meio do Jornal Diário Novo, cuja sede ficava na rua da Praia, na cidade de Recife – daí o nome do Partido. Com a Nomeação de um gabinete Liberal no Rio de Janeiro, em 1844, foi designado Presidente de Pernambuco um aliado dos praieiros: Antônio Pinto Chichorro da Gama, homem não comprometido com a oligarquia proprietária de engenhos, nem com os comerciantes portugueses. Assim, durante o seu mandato ( ), os líderes praieiros conseguiram chegar ao Poder.

21 Revolta Praieira Eclosão do Conflito
Em 1848, porém, um novo Gabinete Conservador assumiu o Governo do Império e demitiu Chichorro da Gama. Não aceitando a indicação feita pelos Conservadores para a Presidência da Província, os praieiros iniciaram o movimento que ficou conhecido como Revolta – ou Revolução – Praieira. Liderados por Pedro Ivo – Comandante Militar – e Borges da Fonseca – Jornalista – os praieiros divulgaram seus planos num documento intitulado Manifesto ao Mundo, cujas principais propostas eram: – Voto Livre e Universal para o povo brasileiro – fim do Voto Censitário; – Plena Liberdade de Imprensa; – Garantia de trabalho para o cidadão brasileiro; – Extinção do Poder Moderador; – Exercício do comércio a varejo só para brasileiros – portugueses seriam proibidos de exercer essa atividade;

22 Revolta Praieira Repressão e Alcances
– Garantia dos Direitos individuais do Cidadão; – Estabelecimento da Federação. Como podemos observar, o programa político dos praieiros era Liberal, não tocava na questão da Escravidão. Repressão e Alcances A Luta Armada entre os revoltosos praieiros e as tropas imperiais não chegou a durar Um Ano. Sem recursos militares – contavam com apenas Dois Mil Homens – os Praieiros não resistiram a Repressão Imperial. Os principais líderes da Revolta Praieira – Borges da Fonseca, José Inácio Abreu e Lima, Jerônimo Vilela e muitos outros – foram condenados à prisão perpétua em Fernando de Noronha. Mas acabaram sendo anistiados em 1851.

23 Revolta Praieira Pedro Ivo foi preso e enviado ao Rio de Janeiro, de onde conseguiu fugir para a Europa, mas morreu na viagem. Com a derrota dos praieiros, chegava ao fim esse conjunto de Revoltas que acompanharam e sucederam o movimento de Independência do Brasil. Sufocadas as tendências separatistas, as Elites sociais e políticas, com o Governo do Império consolidaram a construção de um Estado Centralizado. Preservaram, assim, a Unidade do país. A maioria da população brasileira, entretanto, continuou afastada da participação no Poder Político Nacional.

24 Modernização

25 Modernização O Impacto das Transformações Econômicas
A segunda metade do Século XIX foi marcada por certa modernização do país, vinculada basicamente ao crescimento da produção e exportação de Café, ao fim da importação de Escravos e à promoção da Atividade Industrial. Vejamos algumas transformações produzidas nesse período e seu impacto econômico e social: – A produção do café superou a de todos os demais produtos agrícolas, como açúcar, tabaco, algodão e cacau. O Café tornou-se,então, o principal produto da economia brasileira; – Os cafezais expandiram-se no sudeste brasileiro, e o centro econômico do país deslocou-se das antigas áreas agrícolas do nordeste para essa região. – Nas fazendas de Café de São Paulo, o trabalho escravo foi sendo substituído lentamente pelo trabalho assalariado, com predomínio de Imigrantes Europeus (italianos, alemães, etc).

26 Modernização – Parte do dinheiro obtido com a Exportação do Café foi aplicada na industrialização do país. Surgiram inicialmente indústrias de produtos alimentícios, de vestuário, madeiras, entre outras. – Nas cidades mais importantes, como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belém e São Paulo, foram surgindo novos serviços públicos – iluminação nas ruas, bondes, ferrovias, bancos, teatros, etc.

27 Modernização Café: a Nova Riqueza
O Café foi introduzido no Brasil provavelmente em 1727, mas, a princípio, era produto sem grande valor comercial, utilizado como bebida destinada apenas ao consumo local. Entretanto, a partir do início do Século XIX, o hábito de beber café alcançou grande popularidade na Europa e nos Estados Unidos, fazendo crescer o consumo internacional do produto. Como o clima e o tipo de solo de muitas áreas do sudeste brasileiro favoreciam o desenvolvimento da lavoura cafeeira, houve um deslocamento parcial da mão de obra Escrava par a cafeicultura, a fim de atender à demanda externa. Assim, com um cenário internacional favorável e a disponibilidade interna de recursos para expandir a produção. O Brasil tornou-se em pouco tempo o principal produtor mundial de café, condição que, no Império, se manteve de 1830 até o final do Século XIX.

28 Modernização As lucros gerados pela exportação do café possibilitaram a recuperação econômica do Brasil, que tinha suas finanças abaladas desde o período da Independência, devido à quedas da exportações agrícolas e à Dívida Externa, entre outros fatores.

29 Modernização Novo Centro Político-Econômico
Considerando a riqueza que o produto gerava, o escrito paulista Monteiro Lobato ( ) comparou os pés de café a uma árvore que “dá ouro em bagos vermelhos”. E como dinheiro e poder estão geralmente associados, os cafeicultores tornaram-se o grupo mais rico e influente da sociedade brasileira na época, de tal forma que o centro do poder político e econômico do país transferiu-se do Nordeste para o Sudeste do território brasileiro. Inicialmente, o café era cultivado na Baixada Fluminense e no Vale do Paraíba – que abrangia áreas das Províncias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A partir de 1870, as fazendas de café expandiram-se para o Oeste da província de São Paulo, onde se encontrava um tipo de solo extremamente favorável ao seu desenvolvimento: A Terra Roxa. Nessa marcha para o Oeste, a lavoura cafeeira está diretamente vinculada à história de várias cidades paulistas, como Campinas, Ribeirão Preto, Araraquara e São José do Rio Preto.

30 Modernização Primeiros Imigrantes
Com a proibição do Tráfico Negreiro, em 1850, e a necessidade de conseguir mão de obra para a lavoura, os cafeicultores viram-se obrigados a recorrer ao trabalho de Imigrantes Europeus – italianos, espanhóis, alemães, etc. O senador paulista Nicolau de Campos Vergueiro foi o primeiro fazendeiro a trazer imigrantes europeus para trabalhar na cafeicultura. Entre os anos de 1847 e 1857, levou para sua fazenda de Ibicaba, no interior de São Paulo, os primeiros grupos de Alemães, Suíços e Belgas. Os imigrantes eram contratados pelo Sistema de Parceria: Davam ao proprietário da fazenda uma parte da colheita e Ficavam com a outra parte. No entanto, acabaram enganados pelos fazendeiros, que os tratavam e exploravam como se fossem Escravos. Por isso, muitos deles iniciaram revoltas, que tiveram como conseqüência o fracasso do Sistema de Parceria e o desestímulo à vinda de novos imigrantes. O Fluxo Migratório Europeu só voltaria a crescer no Brasil no final do Século XIX.

31 Condições de Vida dos Primeiros Imigrantes
O relato, posteriormente transformado em livro, feito pelo imigrante suíço Thomas Davatz que veio para São Paulo nesse período, expõe a situação vivida por esses primeiros imigrantes, como podemos ver no trecho a seguir: Os colonos abaixo assinados, vêm, por meio desta, afirmar que esta situação está bem longe de ser tão excelente quanto vantajosa quanto o prometiam as notícias divulgadas aqui na Europa, que vivem sujeitos a arbitrariedades de toda ordem e que sua situação é antes de lamentar do que de causar inveja. Por isso decidiram firmemente fazer valer seus direitos. Solicitando um inquérito que lance luz sobre toda a situação. Esperam que de parte dos senhores Vergueiro e Cia. Sejam cumpridas todas as obrigações expressas nos contratos e também não sejam cometidos contra nenhum colono atos de violência, como sejam expulsão da fazenda, prisão, etc.

32 Bill Aberdeen e Lei Eusébio de Queirós
Fim do Tráfico Negreiro Internacional Desde a Independência, o Governo Brasileiro era pressionado pelo Governo Inglês para que pusesse fim ao Tráfico Negreiro. Em 1881, uma Lei do Império estabelecia que os Escravos importados a partir desta data fossem Considerados Livres. Entretanto, essa lei de 1831 não foi cumprida, mesmo com toda a pressão dos sucessivos governos ingleses. Assim, os traficantes mantiveram o comércio de escravos com nosso país durante praticamente mais duas décadas. A partir de 1825, a pressão inglesa, transformou-se em Ameaça Militar, com a promulgação do Bill Aberdeen. Ato que declarava o direito Inglês de aprisionar Navios Negreiros, mesmo se estivessem em águas territoriais brasileiras, e de julgar seus comandantes por seus Crimes.

33 Bill Aberdeen e Lei Eusébio de Queirós
Tal medida gerou uma crise nas relações entre Brasil e Inglaterra. Depois de tanta pressão, a Inglaterra finalmente conseguiu que o Governo de D. Pedro II promulgasse, em 4 de setembro de 1850, a Lei Eusébio de Queirós. Onde proibia a entrada de negros traficados no Brasil a autorizava a expulsão dos Traficantes. A partir de então, o comércio de Escravos Importados foi duramente reprimido pelas autoridades brasileiras. Entre as conseqüências da Lei Eusébio de Queirós, além da própria extinção do tráfico externo de Escravos, podemos destacar: – Crescimento do Tráfico Negreiro Interno Escravos de regiões como o Nordeste do país – produtoras de cana-de-açúcar – passaram a ser vendidos para as regiões Centro-Sul em expansão econômica, como as áreas cafeeiras de São Paulo;

34 Bill Aberdeen e Lei Eusébio de Queirós
– Liberação de Capitais para Outras Atividades Grandes somas de dinheiro, até então aplicada na Importação de Escravos, passaram a ser destinadas a outros setores da economia.

35 Escravos Africanos no Rio de Janeiro
Até a extinção do tráfico negreiro, o número de escravos existentes em todo o país correspondia a cerca de 33% da população. No Rio de Janeiro, entretanto, os cativos representavam de 40% a 50% do total de habitantes durante o Século XIX. O texto a seguir do historiador brasileiro Luiz Felipe de Alencastro (1946-), expressa a visão do autor sobre essa situação. Considerando que a população do município praticamente dobrou nos últimos anos , a corte agregava nessa última data, em números absolutos, a maior concentração urbana de escravos existentes no mundo desde o final do Império Romano: 110 mil escravos para 266 mil habitantes. No entanto, ao contrário do que sucedia na Antiguidade, o escravismo moderno, e particularmente brasileiro, baseava-se na pilhagem de indivíduos de uma só região. Em outras palavras, no moderno escravismo do continente americano a oposição senhor/escravo desdobra-se numa tensão racial que impregna toda a sociedade. Tamanho volume de escravos dá à corte as características de uma cidade meio africana. Entranhado no Estado centralizado, difundido em todo o território, na corte e nas províncias mais prósperas como nas mais remotas, o escravismo brasileiro ameaça a estabilidade da monarquia e faz o País perigar. E a Elite Imperial sabia disso: o Brasil será – até 1850 – o único País independente a pratica o tráfico negreiro, assimilado à pirataria e proibido pelos tratados internacionais e pelas próprias Leis Nacionais.

36 Modernização Lei de Terras (1850)
No mesmo ano em que, pela Lei Eusébio de Queirós, foi extinto o comércio de escravos africanos para o Brasil, também foi aprovada a Lei de Terras. Essa Lei estabelecia que, apesar da imensidão do território, o meio normal de adquirir a propriedade da terra era a Compra e não mais a Posse – ocupação – da área. A nova norma instalava-se precisamente nessa fase de transição entre o Trabalho Escravo e o Trabalho Livre, quando as populações que iam conquistando a liberdade mais necessitavam de terras para se instalar e trabalhar, a fim de conseguirem seu sustento. Sob a nova Lei, comentou o antropólogo Darcy Ribeiro ( ): Se alguém pretendia ser proprietário, tinha de comprar suas terras do Estado ou do Particular que as tivesse por título hábil. É certo que a Lei estabelecia uma exceção: a chamada usucapião.

37 Modernização Se alguém pudesse provar, diante de autoridade competente, que ocupou continuamente, por 10 ou 20 anos, um pedaço de terra, talvez conseguisse que o cartório o registrasse como sua propriedade. Mas quase ninguém do povo adquiria propriedade por essa via. Em conseqüência, as boas terras do país permaneceram concentradas nas mãos dos antigos proprietários, que puderam fazer de seus filhos e netos outros tantos fazendeiros latifundiários. Em outras palavras, a Lei de Terras contribuiu para preservar o domínio patrimonial dos velhos fazendeiros, os únicos que, de modo geral, tinham recursos financeiros e poder para satisfazer à nova legislação, podendo, portanto, manter e aumentar seus latifúndios. Essa lei também dificultou a desconcentração da propriedade da terra em nosso país, questão que persiste até os dias atuais.

38 Modernização Crescimento Industrial
As grandes somas de dinheiro resultantes das exportações de café não foram aplicadas apenas na expansão da própria cafeicultura. Em certa medida, também financiaram a instalação de indústrias e a modernização de algumas cidades brasileiras, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. Além do dinheiro da cafeicultura, o crescimento industrial também foi favorecido, como vimos pelos capitais antes destinados ao tráfico internacional de escravos. Mas houve uma medida propriamente de política econômica, adotada pelo Governo Brasileiro, que começou a incentivar a industrialização no país: O Aumento das Taxas de Importação.

39 Modernização Tarifa Alves Branco (1844)
Em 1844, anos antes da Extinção do Tráfico Negreiro, o Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, decretou a cobrança de uma nova Tarifa Alfandegária sobre os produtos importados, que ficou conhecida como Tarifa Alves Branco. Até então, o imposto sobre importação era de apenas 15%. Com a Tarifa Alves Branco, a maioria dos produtos importados passou a ser tributada em 30% e se fossem fabricados no Brasil produtos semelhantes, a tarifa chegava a 60%. Isso acarretou o aumento do preço destes produtos, forçando o consumidor brasileiro a procurar similares nacionais. Com o estímulo desta medida, passou a ser mais vantajoso investir os capitais disponíveis no país na criação de indústrias, bancos, empresas de navegação, ferrovias, companhias de seguros, mineradoras, etc. Como resultado, na última década do Império ( ), o Brasil já contava com 600 indústrias, que empregavam quase 55 Mil Operários nos setores têxtil, alimentício, madeireiro, metalúrgico e de vestuário.

40 Barão de Mauá – Um Empresário no Império
Nesse período de Crescimento Industrial e modernização econômica do Brasil Imperial, merece destaque a figura de Irineu Evangelista de Souza, Barão, e depois, Visconde de Mauá ( ). Homem de iniciativa e visão empresarial, Mauá foi responsável por grandes empreendimentos econômicos no Segundo Reinado. Fundou empresas de construção de navios a vapor e fundição de ferro. Construiu a primeira ferrovia brasileira – ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis – e a primeira linha de bondes do Rio de Janeiro. Foi responsável pela instalação da iluminação à gás nesta cidade, pela construção das linhas de telégrafo no país e de um cabo submarino intercontinental, ligando a Europa e o Brasil. Há várias interpretações sobre o sucesso e, depois, o fracasso de Mauá. Uma delas diz que o Sucesso de Mauá durou até suas empresas serem abaladas pela concorrência dos produtos importados – principalmente Ingleses – e passarem a sofrer diversos atentados e sabotagens. Pela pressão de Empresários Estrangeiros, as empresas de Mauá foram à Falência.

41 Modernização Alcances Limites e Transformações
Todas essas mudanças repercutiram no desenvolvimento urbano e econômico do país, propiciando a expansão dos setores de serviços, comércio e indústria. No entanto, cabe ressaltar que essas transformações não beneficiaram igualmente todas as regiões do Brasil. Com a expansão do café, o crescimento das cidades e a industrialização ocorreram principalmente na região Sudeste, foi esta a grande favorecida pelo desenvolvimento econômico desse período. Por outro lado, o crescimento dos setores industrial de serviços, não foi suficiente para renovar, de modo amplo e profundo, a face tradicional de nossa economia, que ainda se apoiava no Latifúndio e na Agricultura de Exportação. A Lei de Terras, promulgada em 1850, acabou consagrando – apesar dos avanços – a Sociedade Latifundiária brasileira e a exclusão social da maioria da população.

42 Modernização Isso não ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos, um país que se assemelha ao nosso tanto em termos de vastidão de seu território, como em relação ao período em que ocorreu sua colonização e ocupação. Na interpretação de Darcy Ribeiro: Lá – com exceção dos Estados Sulistas – a forma normal de obtenção da propriedade rural era a posse – ocupação das terras – para aqueles que fossem para oeste – como se vê nos filmes de faroeste – o resultado é que nos Estados Unidos se multiplicou um imenso sistema de pequenas e médias propriedades, criando e generalizando para milhões de modestos granjeiros uma prosperidade geral.

43 Referência Bibliográfica
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995. MOTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1990. MARTINS, Ana Luiza. O Trabalho nas Fazendas de Café. São Paulo, Atual, 1994. Google Image Wikipedia

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