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SEMINÁRIO Mestrado em Estudos da Linguagens

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Apresentação em tema: "SEMINÁRIO Mestrado em Estudos da Linguagens"— Transcrição da apresentação:

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2 SEMINÁRIO Mestrado em Estudos da Linguagens
Disciplina: O Livro Didático e a Leitura Literária Professora: Marta Passos Pinheiro Belo Horizonte, 2011.

3 Geralda Aparecida do Carmo Schyra .
Sandra de Fátima Ferraz. Sandra Miranda Brito

4 Magda Becker Soares

5 Possui graduação em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1953) e doutorado em Didática pela Universidade Federal de Minas Gerais (1962). Atualmente é membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Foi membro do Comitê Assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Consultora da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e conselheira da Communitee Economique Europeen, professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas. É professora emérita da UFMG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem Lattes:

6 SOARES, Magda. Letramento em ensaio
SOARES, Magda. Letramento em ensaio. In Letramento: um tema em três gêneros, 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, p

7 LETRAMENTO UM TEMA EM TRÊS GÊNEROS
LETRAMENTO EM ENSAIO: Como Definir, como avaliar, como medir

8 Principais dimensões do letramento
Dimensão individual: atributo pessoal Conjunto de habilidades lingüísticas e psicológicas, que se estendem desde a habilidade de decodificar palavras escritas até a capacidade de compreender textos escritos “Simples posse individual das tecnologias mentais complementares de ler e escrever”

9 Dimensão social: o letramento é visto como fenômeno cultural
um conjunto de atividades sociais que envolvem a língua escrita, e de exigências sociais de uso da língua escrita. Letramento é o que as pessoas fazem com as habilidades de leitura e escrita, em um contexto específico, e como essas habilidades se relacionam com as necessidades valores e práticas sociais.

10 É possível uma definição?
Uma definição geral e amplamente aceita é necessária, especialmente quando se pretende avaliar e medir níveis de letramento. Avaliação e medição do letramento: em busca de critérios Em contextos escolares Em censos demográficos nacionais Em pesquisas por amostragens Avaliação de medição do letramento em contextos escolares Avaliação progressiva a aquisição de habilidades de conhecimentos, de usos sociais e culturais da leitura e da escrita

11 Letramento escolar, sistema de conhecimentos descontextualizados, validado através do desempenho em testes. Os padrões de letramento definido pelas escolas variam de acordo com o status social e/ou econômico do aluno. Os alunos das classes trabalhadoras são sub-escolarizados e sub-letrados em comparação dos alunos das classes altas. O sistema escolar estratifica e codifica o conhecimento, selecionando e dividindo em “partes” o que deve ser aprendido, planejando em quantos períodos ( bimestres, semestres, séries, graus) e em que seqüências deve se dar esse aprendizado, e avaliando, periodicamente, em momentos pré determinados, se cada parte foi suficientemente aprendida.

12 O letramento é reduzido àquelas habilidades de leitura e escrita e aqueles usos sociais que os testes avaliam e medem.

13 Mesa é a superfície linguística de um conceito, o conceito mesa, que é adquirido por meio de nossas manipulações sensório-motoras com o mundo. É tocando as coisas que são mesas que formamos o conceito pré-linguístico de mesa. O conceito é prototípico porque se define pelo membro mais emblemático: objeto de quatro pernas.

14 Avaliação e medição do letramento em censos populares
Um dos processos dos censos demográficos é fornecer informação estatística sobre letramento e analfabetismo. Os levantamentos censitários coletam dados sobre o letramento basicamente através de vários processos.

15 Auto-avaliação A auto-avaliação, coletadas em censos demográficos nacionais, são obtidas por meio de uma ou mais perguntas feitas ao indivíduo e a ??????? avaliação feita pelo próprio informante sobre suas habilidades de leitura e escrita. É letrada a pessoa que consegue tanto ler quanto escrever com compreensão uma frase simples e curta sobre sua vida cotidiana(Unesco, 1978a).

16 Conclusão de série escolar
Definir, avaliar e medir o letramento em termos de anos de escolarização . O critério baseado em números, trás em si, o reconhecimento de que o letramento é uma série ou um contínuo de competências e práticas. Obs: As informações por auto-avaliação e por conclusão de série escolar, coletadas em levantamentos censitários, permitem apenas uma medida bastante precária de letramento

17 Avaliação e medição do letramento em estudos por amostragem
Avaliar o letramento por meio de levantamento das competências reais de uma amostra representativa da população, é uma alternativa para assegurar uma aferição mais precisa da extensão e qualidade do letramento na população

18 Avaliação e medição do letramento: em busca de soluções
O conjunto de problemas envolvidos na definição, avaliação e medição do letramento, equipara-se a um conjunto correspondente de problemas associados à interpretação dos dados coletados. O letramento é , pelo menos nas modernas sociedades industrializadas, um direito Humano absoluto, independente das condições econômicas e sociais em que um dado grupo humano esteja inserido.

19 SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento e cibercultura. Campinas: Educação e Sociedade, vol. 23, n. 81, dez.2002, p

20 O artigo busca melhor compreensão do conceito de letramento, confrontando tecnologias tipográficas e tecnologias digitais de leitura e de escrita  a partir de diferenças relativas ao espaço da escrita e aos mecanismos de produção,reprodução e difusão da escrita.

21 Conceitos de letramento
O plural, nesse subtítulo – conceitos –, explica-se pela imprecisão da definição de letramento, imprecisão compreensível se considera que o termo foi recentemente introduzido nas áreas das letras e da educação. Entretanto,não há, propriamente, uma diversidade de conceitos, mas diversidade de ênfases na caracterização do fenômeno.

22 Letramento é, na argumentação desenvolvida neste texto, o estado ou condição de indivíduos ou de grupos sociais de sociedades letradas que exercem efetivamente as práticas sociais de leitura e de escrita, participam competentemente de eventos de letramento.

23 Indivíduos ou grupos sociais que dominam o uso da leitura e da escrita e, portanto,têm as habilidades e atitudes necessárias para uma participação ativa ecompetente em situações em que práticas de leitura e/ou de escrita têm uma função essencial, mantêm com os outros e com o mundo que os cerca formas de interação, atitudes, competências discursivas e cognitivas que lhes conferem um determinado e diferenciado estado ou condição de inserção em uma sociedade letrada.

24 Tecnologias de escrita e letramento
Lévy (1993) inclui as tecnologias de escrita entre as tecnologias intelectuais, responsáveis por gerar estilos de pensamento diferentes. Insiste, porém, que as tecnologias intelectuais não determinam, mas condicionam processos cognitivos e discursivos.

25 Tecnologias tipográficas e digitais de leitura e de escrita
Diferenças entre tecnologias tipográficas e digitais de leitura e de escrita serão consideradas, neste texto, restringindo-se a análise ao uso de ambas essas tecnologias para a escrita de textos informativos ou literários; não se incluirá na análise o uso delas para a interação a distância.

26 Os espaços de escrita Jay David Bolter - É o presidente da New Media Wesley e um professor na Faculdade de Letras, Comunicação e Cultura no Georgia Institute of Technology . Alguns de seus principais pontos do estudo incluem a evolução dos meios de comunicação, o uso da tecnologia na educação, e o papel dos computadores no processo de escrita. Para Bolter (1991)- Todas as formas de escrita são espaciais, todas exigem um “lugar” em que a escrita se inscreva/escreva, mas a cada tecnologia corresponde um espaço de escrita diferente. Nos primórdios da história da escrita, o espaço de escrita foi a superfície de uma tabuinha de argila ou madeira ou a superfície polida de uma pedra; mais tarde, um rolo de papiro ou de pergaminho, finalmente, com a descoberta do códice, foi, e é, a superfície bem delimitada da página . Atualmente, com a escrita digital, surge este novo espaço de escrita: a tela do computador

27 Há estreita relação entre o espaço físico e visual da escrita e as práticas de escrita e de leitura. O espaço de escrita relaciona-se também com os gêneros e usos de escrita. O texto no papel é escrito e é lido linearmente, seqüencialmente – da esquerda para a direita, de cima para baixo, uma página após a outra; o texto na tela – o hipertexto – é escrito e é lido de forma multilinear, multi-seqüencial, acionando-se links ou nós que vão trazendo telas numa multiplicidade de possibilidades,sem que haja uma ordem predefinida. A hipótese é de que essas mudanças tenham conseqüências sociais,cognitivas e discursivas, e estejam, assim, configurando um letramento digital, -estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e exercem práticas de leitura e de escrita na tela.

28 Bolter (1991, p ) - escrita no papel, contraria o fluxo natural do pensamento, que se dá por associações, em rede . É o hipertexto que veio legitimar o registro desse pensamento por associações, em rede,tornando-o possível ao escritor e ao leitor. Lévy (1999, p. 157) afirma que a cibercultura traz uma mutação da relação com o saber. Chartier (1994, p ) considera o texto na tela uma revolução do espaço da escrita que altera fundamentalmente a relação do leitor com o texto, as maneiras de ler, os processos cognitivos.

29 Os mecanismos de produção, reprodução e difusão da escrita
Roger Chartier -Francês- é um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo palestras. Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se também pelos efeitos da revolução digital.

30 Para Chartier (1998, p. 7-9),a invenção da imprensa não tenha representado uma transformação tão radical como se costuma supor – “um livro manuscrito (sobretudo nos seus últimos séculos, XIV e XV) e um livro pós-Gutemberg baseiam-se nas mesmas estruturas fundamentais, as do códex”.

31 Bolter (1991, p. 3), o autor do texto impresso é a monumental figure (uma figura monumental) e o leitor é apenas a visitor in the author’s cathedral (um visitante na catedral do autor) – no textoeletrônico, a distância entre autor e leitor se reduz.

32 O hipertexto é construído pelo leitor no ato mesmo da leitura.
O texto eletrônico exige uma reconceituação radical de autoria, de propriedade sobre a obra, de direitos autorais. Enquanto, na cultura impressa, editores, conselhos editoriais decidem o que vai ser impresso, determinam os critérios de qualidade, portanto, instituem autorias e definem o que é oferecido a leitores, o computador possibilita a publicação e distribuição na tela de textos que escapam à avaliação e ao controle de qualidade. Segundo Eco (1996), os eventos de letramento que ocorrem com a intermediação da Internet exigem novas práticas e novas habilidades de leitura e de escrita.

33 Letramentos, o plural Propõe-se o uso do plural letramentos para enfatizar a ideia de que diferentes espaços de escrita e diferentes mecanismos de produção, reprodução e difusão da escrita resultam em diferentes letramentos.

34 SOARES, Magda. Práticas de letramento e implicações para a pesquisa e para políticas de alfabetização e letramento. In MARINHO, Marildes e CARVALHO, Gilcinei Teodoro (Org.) Cultura escrita e letramento. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, p

35 Práticas de letramento e implicações para a pesquisa e para políticas de alfabetização e letramento
Neste artigo Magda Soares apresenta uma reflexão sobre os conceitos de letramento no Brasil em comparação com esses mesmos conceitos em outros países. Soares afirma que durante muito tempo, no Brasil, aceitou-se a palavra alfabetização uma vê que não existia dicionarizada a palavra letramento antes dos anos 80.

36 A autora apresenta as distinções entre letramento no Brasil e Literacy nos países de língua inglesa.
Letramento é uma palavra saturada que significa diferentes coisas para diferentes pessoas de diferentes contextos culturais e acadêmicos, para diferentes pesquisadores e para diferentes professores.

37 Pontos de vista diferentes do letramento:
Ponto de vista antropológico práticas sociais de leitura e escrita e os valores atribuídos a essas práticas em determinada cultura. Aqui, analisa-se diferenças entre culturas letradas e não-letradas. Sob esse ponto de vista a melhor tradução para literacy seria cultura escrita e não letramento.

38 Ponto de vista linguístico letramento designa os aspectos da língua escrita que a diferenciam da língua oral. Sob essa perspectiva , é palavra que remete para aspectos linguísticos, psicolinguísticos e sociolingüísticos das práticas da escrita.

39 Do ponto de vista psicológico letramento designa as habilidades cognitivas necessárias para compreender e produzir textos escritos, nessa perspectiva considera-se literacy – letramento - como processo cognitivo de compreensão e de produção de textos.

40 Perspectiva educacional, pedagógica
letramento designa as habilidades de leitura e escrita de crianças, jovens ou adultos, em práticas sociais que envolvem a língua escrita. Esse conceito, entre nós, está presente nas práticas escolares, nos parâmetros curriculares, nos programas, nas avaliações que são feitas repetidamente em diferentes níveis – nacional, estadual, municipal.

41 É importante dizer que seja qual for o conceito de letramento, em decorrência do ponto de vista sob o qual seja considerado, quase sempre, pode-se dizer que sempre, exclui-se do conceito a aprendizagem inicial da tecnologia da escrita.

42 Na língua inglesa, há uma designação para essa aprendizagem inicial da tecnologia da escrita: reading, às vezes early reading. No campo educacional, nos países de língua , nos países de língua inglesa, usa-se literacy para designar algo além de reading, palavra que indica a aprendizagem do sistema alfabético como sistema de representação.

43 Reading Aprendizagem formal do sistema de escrita na escolaridade obrigatória Literacy Inserção inicial da criança no mundo da escrita, nas etapas que antecedem a aprendizagem formal do sistema de escrita

44 Emergent literacy – letramento emergente
Fase anterior à fase denominada reading. O letramento emergente põe o foco na inserção da criança no mundo da escrita, promove o convívio com diferentes portadores de texto, diferentes gêneros de escrita, no contexto de diferentes eventos de letramento, enquanto a alfabetização, na fase inicial da escolarização formal, põe o foco na aprendizagem sistemática do sistema de escrita.

45 Literacies - letramentos
Usado para designar diferentes tipos de letramento, uma vez que, cada sistema de representação exige um letramento específico: letramento matemático;letramento musical; letramento midiático;letramento digital etc. Por outro lado também se fala que cada área de conhecimento exige um letramento específico, então fala-se de letramento geográfico, histórico, científico etc.

46 No Brasil a palavra letramento foi introduzida em meados dos anos 1980
No Brasil a palavra letramento foi introduzida em meados dos anos Surgiu no campo da Linguística Aplicada e da Educação, em obras de Mary Kato - doutora em Lingüística pela USP e docente aposentada do programa de pós-graduação em Linguística da Unicamp, onde, como professora convidada, ainda orienta dissertações de mestrado e teses de doutorado em sintaxe. É autora de: O aprendizado da leitura, Martins Fontes, 2002; Gramática do português falado, vol. 5, EdUnicamp, 2002; A concepção da escrita pela criança, Pontes, 1992; No mundo da escrita, Ática, 1998; A semântica gerativa e o artigo definido, Ática, 1974; em co-autoria com Fernando Tarallo e Nádia Moreira, Estudos em alfabetização, Pontes, 1998; com Ian Roberts, Português brasileiro, EdUnicamp, 1996.

47 Brian Street é professor no King´s College da Universidade de Londres,  onde integra o grupo de pesquisadores  do Centro de Linguagem, Discurso e Comunicação (Centre for Language, Discourse & Communication - LDC). Street é também professor visitante, na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Antes de assumir o cargo de professor no King’s College, realizou, nos anos 70, trabalhos antropológicos vinculados à teoria do letramento no Irã e lecionou antropologia social e cultural por vinte anos na University of Sussex. Seus trabalhos sobre letramento buscam relacionar as áreas de Linguagem, Educação e Antropologia, cujo foco principal é a perspectiva etnográfica do letramento e da alfabetização. As temáticas de maior interesse do professor Brian Street são:  Letramento numa perspectiva trans-cultural;  A Linguagem na Educação;  Políticas de desenvolvimento e alfabetização; Letramentos Acadêmicos. Publicou mais de doze livros e inúmeros e artigos.

48 STREET, Brian V. Os novos estudos sobre o letramento: histórico e perspectivas. In MARINHO, Marildes e CARVALHO, Gilcinei Teodoro (Org.) Cultura escrita e letramento. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, p

49 Brian Street utilizou a expressão "Literacy practices" como um meio de focalizar as práticas sociais e concepções do ler e escrever. (Street, 2003, p.77). Nesta obra o autor define o letramento segundo duas perspectivas: a autônoma e a ideológica. Sugere que o letramento, na concepção autômona, destinado às pessoas pobres, analfabetas, residentes em aldeias, ou jovens urbanos, promoveria desenvolvimento destas habilidades cognitivas e a possibilidade de ascensão econômica, lhes tornando melhores cidadãos, embora as condições sociais e econômicas que produziram sua "ignorância" estejam em primeiro lugar.


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