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Linguagens e Códigos - Arte

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Apresentação em tema: "Linguagens e Códigos - Arte"— Transcrição da apresentação:

1 Linguagens e Códigos - Arte
Ensino Médio, 1º. Ano MODERNISMO – Semana de Arte Moderna no Brasil

2 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil A Semana de Arte Moderna de 22, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. Inserida nas festividades de comemoração do centenário da independência do Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna apresenta-se como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX (1). Imagem: Cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922 / Di Cavalcanti / Acervo do Instituto de Estudos Brasileiros - USP - Arquivo Anita Malfatti /

3 ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, realiza-se um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões literárias e musicais noturnas. A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa sem perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha de divulgar (2).

4 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil São Paulo dos anos 20 era a cidade que melhor apresentava condições para a realização de tal evento. Tratava-se de uma próspera cidade, que recebia grande número de imigrantes europeus e modernizava-se rapidamente, com a implantação de indústrias e reurbanização. Era, enfim, uma cidade favorável a ser transformada num centro cultural da época, abrigando vários jovens artistas (3). Imagem: Caio Guimarães/ Teatro Municipal de São Paulo/  Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.0 Generic Imagem: Guilherme Gaensly / Vale do Anhangabaú /  Public Domain

5 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Esse era o ano em que o país comemorava o primeiro centenário da Independência e os jovens modernistas pretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o das amarras que o prendiam aos padrões estrangeiros. Seria, então, um movimento pela independência artística do Brasil. Os jovens modernistas da Semana negavam, antes de mais nada, o academicismo nas artes. A essa altura, estavam já influenciados esteticamente por tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós-impressionistas (4). Imagem: Moeda de 500 reis / Coleção Eduardo Rezende/ Imagem: Eliseu Visconti / Selo comemorativo do 1º centenario da independência / Imagem: Autor Desconhecido / Vista do portal de acesso ao Parque de diversões no centenário da independência. / Museu da imagem e do som /

6 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Até aí, nenhuma novidade nem renovação. Mas, partindo desse ponto, pretendiam utilizar tais modelos europeus, de forma consciente, para uma renovação da arte nacional, preocupados em realizar uma arte nitidamente brasileira, sem complexos de inferioridade em relação à arte produzida na Europa. Essa arte nova aparece inicialmente através da atividade crítica e literária de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem (5). Imagem: Oswald de Andrade / Autor desconhecido / Public Domain. Imagem: Menotti del Picchia / Autor desconhecido / Domínio Publico. Imagem: Mario de Andrade / Michelle Rizzo / Public Domain.

7 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do Manifesto Futurista, de Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova civilização técnica”. Ao mesmo tempo, Oswald de Andrade alerta para a valorização das raízes nacionais, que devem ser o ponto de partida para os artistas brasileiros. Assim, cria movimentos, como o Pau-Brasil, escreve para os jornais expondo suas ideias renovadores de grupos de artistas que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética (6). Revista paulista editada em São Paulo de 1911 até Tinha como principal articulador Oswald de Andrade e Emílio de Menezes. Revista de cunho literário, esportivo, sociedade paulista, crítico e com ideias pré-modernistas. Muito bem impressa e redigida. Esta é a capa do nº59 de 21 de Setembro de 1912, com uma crítica feroz ao governo do Presidente Hermes da Fonseca ( ), que instituiu o Estado de Sítio no Brasil (7). Imagem: Revista o Pirralho/ Autor desconhecido /

8 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913 e a de Anita Malfatti, em 1917 (8). Imagem: A Família/ Lasar Segall / Imagem: A estudante/ Anita Malfatti / Museu de Arte de São Paulo Assis / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti

9 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Vindo da Alemanha, o pintor Lasar Segall realizou uma exposição em São Paulo e outra em Campinas, ambas recebidas com uma fria polidez. Desanimado, Segall seguiu de volta à Alemanha, só retornando ao Brasil dez anos depois, quando os ventos sopravam mais a favor (9). Imagem: Perfil de Zulmira / Lasar Segall / Museu de arte contemporânea da universidade de São Paulo / Direitos do MAC Imagem: Os mercadores/ Lasar Segall /

10 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foi outro marco para o Modernismo brasileiro. As obras da pintora, então afinadas com as tendências vanguardistas do exterior, chocaram grande parte do público, causando violentas reações da crítica conservadora (10). Imagem: A boba/ Anita Mafaltti/ Museu de arte contemporânea da universidade de São Paulo / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti Imagem: O homem amarelo / Anita Mafaltti / Ilustração do colega Mario de Andrade / Instituto de Estudos Brasileiros da USP/ Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti.

11 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Dessa polêmica, o artigo de Monteiro Lobato para o jornal O Estado de S. Paulo, intitulado: “A propósito da Exposição Malfatti”, publicado na seção “Artes e Artistas” da edição de 20 de dezembro de 1917, foi a reação mais contundente dos espíritos conservadores (11). Imagem: O farol / Anita Mafaltti / Col. Chateaubriand Bandeira de Mello / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti. Imagem: Monteiro Lobato/  "Nosso Século" (1980) da Editora Abril / Public Domain

12 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil No artigo publicado nesse jornal, Monteiro Lobato, preso a princípios estéticos conservadores, afirma que “todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude” (12). Imagem: Meu irmão Alexandre/ Anita Mafaltti / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti

13 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Mas Monteiro Lobato vai mais longe ao criticar os novos movimentos artísticos. Assim, escreve que “quando as sensações do mundo externo transformaram-se em impressões cerebrais, nós ‘sentimos’; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em ‘pane’ por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá ‘sentir’ senão um gato, e é falsa a ‘interpretação que do bichano fizer um totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes” (13). Imagem: A boba/ Anita Mafaltti/ Museu de arte contemporânea da universidade de São Paulo / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti /

14 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil A exposição, entretanto, marcou o início de uma luta, reunindo ao redor dela jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira. Além disso, traços dos ideais que a Semana propunha já podiam ser notados em trabalhos de artistas que dela participaram (além de outros que foram excluídos do evento) (14). Imagem: Interior de residência / Antonio Moya Imagem: Taperinha na praia grande / Georg Przyrembel /

15 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem. Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de amplas manifestações de ruptura, com debates abertos. Essa divisão entre os defensores de uma estética conservadora e os de uma renovadora prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de Arte Moderna (15). Imagem: Musa Impassível / Victor Brecheret /  Pinacoteca do Estado de São Paulo / Foto tirada por Leandro Lanzoni / Wikimedia Commons Imagem: Musa Impassível / Victor Brecheret /  Pinacoteca do Estado de São Paulo / Foto tirada por Gabriel de Andrade Fernandes /

16 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil No interior do teatro, foram apresentados concertos e conferências, enquanto no saguão foram montadas exposições de artistas plásticos, como: os arquitetos Antonio Moya e George Prsyrembel; os escultores Vítor Brecheret e W. Haerberg; os desenhistas e pintores Anita Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, João Fernando de Almeida Prado, Ignácio da Costa Ferreira, Vicente do Rego Monteiro e Di Cavalcanti (o idealizador da Semana e autor do desenho que ilustra a capa do catálogo) (16). Imagem: Capa do catálogo da Semana de arte moderna 1922 / Autor Desconhecido / United States Public Domain

17 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Além disso, havia escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida. Na música, estiveram presentes nomes consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana (17). Imagem: Pierrô e Colombina / John Graz / Acervo Pessoal de John Graz /

18 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas; nacionalistas em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno. Imagem: Morro Vermelho / Lasar Segall / Museu Lasar Segall / Lasar Segall - Morro Vermelho, 1926

19 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil 13/02/22- Segunda-feira Casa cheia, abertura oficial do evento. Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipal de São Paulo, várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do público. O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". Tudo transcorreu em certa calma neste dia (18). Imagem: Programa da semana de arte moderna de1922 / Autor Desconhecido /

20 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Enfunando os papos,  Saem da penumbra,  Aos pulos, os sapos.  A luz os deslumbra.  Em ronco que aterra,  Berra o sapo-boi:  - "Meu pai foi à guerra!"  - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".  O sapo-tanoeiro,  Parnasiano aguado,  Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado.  Vede como primo  Em comer os hiatos!  Que arte! E nunca rimo  Os termos cognatos.  O meu verso é bom  Frumento sem joio.  Faço rimas com  Consoantes de apoio.  Vai por cinquüenta anos  Que lhes dei a norma:  Reduzi sem danos  A fôrmas a forma.  Clame a saparia  Em críticas céticas: Não há mais poesia,  Mas há artes poéticas..."  Urra o sapo-boi:  - "Meu pai foi rei!"- "Foi!"  - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".  Brada em um assomo  O sapo-tanoeiro:  - A grande arte é como  Lavor de joalheiro.  Ou bem de estatuário.  Tudo quanto é belo,  Tudo quanto é vário,  Canta no martelo".  Outros, sapos-pipas  (Um mal em si cabe),  Falam pelas tripas,  - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".  Longe dessa grita,  Lá onde mais densa  A noite infinita  Veste a sombra imensa;  Lá, fugido ao mundo,  Sem glória, sem fé,  No perau profundo  E solitário, é  Que soluças tu,  Transido de frio,  Sapo-cururu  Da beira do rio... 15/02/22 -Quarta-feira Guiomar Novais era para ser a grande atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas, aproveitou um intervalo do espetáculo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Mas a "atração" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética. Menotti apresenta os novos escritores dos novos tempos e surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos…) que se alternam e confundem com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o poema intitulado ”Os Sapos”, de Manuel Bandeira (poema criticando abertamente o parnasianismo e seus adeptos). O público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra (19).

21 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil 17/02/22 - Sexta-feira O dia mais tranquilo da semana, apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado (20). Imagem: Cartaz da Semana de Arte Moderna / Autor Desconhecido /

22 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Entretanto, acredita-se que a Semana de Arte Moderna não tenha tido originalmente o alcance e amplitude que posteriormente foram atribuídos ao evento. A exposição de arte, por exemplo, parece não ter sido coberta pela imprensa da época. Somente teve nota publicada por participantes da Semana que trabalhavam em jornais como Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Graça Aranha (justamente os três conferencistas, cujas idéias causaram grande alarde na imprensa) (21). Imagem: Retirantes / Candido Portinari / Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand /

23 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes uma coletânea de ideias comum a todos, por isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança (22). Imagem: Café / Candido Portinari / Museu Nacional de Belas Artes /

24 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Entre os movimentos que surgiram na década de 1920, destacam-se: Movimento Pau-Brasil; Movimento Verde-Amarelo e Grupo Anta; Movimento antropofágico. A principal forma de divulgação destas novas ideias se dava através das revistas. Entre as que se destacam, encontram-se: Revista Klaxon e Revista de Antropofagia. Imagem: Revista Klaxon nº1 / Guilherme de Almeida /

25 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil O Movimento Pau-Brasil foi um movimento artístico lançado no Brasil em 1924 por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral que apresentava uma posição primitivista, buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do mundo e do Brasil e que foi inspirada nos movimentos de vanguarda europeus, devido às viagens que Oswald fazia à Europa. O movimento exaltava a inovação na poesia, o primitivismo e a era presente, ao mesmo tempo em que repudiava a linguagem retórica na poesia. Convivem dialeticamente o primitivo e o moderno, o nacional e o cosmopolita, sendo ideologicamente a raiz do Movimento Antropofágico (23). Imagem: Revista Pau Brasil / Tarsila do Amaral /

26 ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta foram movimentos culturais decorrentes da Semana de Arte moderna em Na literatura tem por característica textos patrióticos, ufanistas e a idealização do país. Características formais, versos livres, sem rima, sem métrica, em estrofação e discurso não linear. Recusando todo e qualquer contágio com ideias europeias, este movimento é uma reação às intenções primitivas do Pau – Brasil. Liderado por Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Plínio Salgado e outros, o grupo acabou caindo num nacionalismo ufanista, escolhendo como símbolo de suas ideias a anta, animal que tinha uma função mítica na cultura tupi. Esse movimento converteu- se, em 1926, no chamado Grupo da Anta, que seguiu uma linha de orientação política nitidamente de direita, da qual sairia, na década de 1930, o Integralismo de Plínio Salgado (24).

27 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil O Manifesto Antropófago ou Antropofágico foi um manifesto literário escrito por Oswald de Andrade, publicado em maio de 1928, que tinha por objetivo repensar a dependência cultural  brasileira. Propunha basicamente devorar a cultura e as técnicas importadas e sua re-elaboração com autonomia, transformando o produto importado em exportável. O nome do manifesto recuperava a crença indígena: os índios antropófagos comiam o inimigo, supondo que assim estavam assimilando suas qualidades (25). Imagem: Manifesto Antropofago / Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de /

28 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil O Manifesto foi publicado na primeira edição da Revista de Antropofagia, meio de comunicação responsável pela difusão do movimento antropofágico brasileiro. A linguagem do manifesto é majoritariamente metafórica, contendo fragmentos poéticos bem-humorados e torna-se a fonte teórica principal do movimento (26). Imagem: Revista de antropofagia / Autor Desconhecido /

29 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil O Manifesto Antropofágico foi um marco no Modernismo brasileiro, pois não somente mudou a forma do brasileiro de encarar o fluxo de elementos culturais do mundo, mas também colocou em evidência a produção própria, a característica brasileira na arte, ascendendo uma identidade tupiniquim no cenário artístico mundial (27). Imagem: A Lua / Tarsila do Amaral /

30 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Logo após a realização da Semana, alguns artistas fundamentais que dela participaram acabam voltando para a Europa (ou indo lá pela primeira vez, no caso de Di Cavalcanti, dificultando a continuidade do processo que se iniciara (28). Por outro lado, outros artistas igualmente importantes chegavam após estudos no continente, como Tarsila do Amaral, um dos grandes pilares do Modernismo Brasileiro (29). Imagem: Mulheres Protestando / Di Cavalcanti /

31 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Houve ainda bastante confusão estilística e estrangeirismos contrários aos ideais da amostra, como demonstram títulos como "Sapho", de Brecheret, "Café Turco", de Di Cavalcanti ou "Cubismo" de Vicente do Rego Monteiro. Não resta dúvida, porém, que a Semana integrou grandes personalidades da cultura na época e pode ser considerada importante marco do Modernismo Brasileiro, com sua intenção nitidamente anti-acadêmica e introdução do país nas questões do século (30). Imagem: Homens trabalhando / Zina Aita / Coleção Yan de Almeida Prado / Imagem: Jardineiro (Mulato) / Zina Aita /

32 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil A própria tentativa de estabelecer uma arte brasileira, livre da mera repetição de fórmulas europeias foi de extrema importância para a nossa cultura e a iniciativa da Semana, uma das pioneiras nesse sentido. Aliás, o principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional (31). Imagem: Sapateiro de Brodowski/ Cândido Portinari / Imagem: Catequese / Cândido Portinari /

33 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Ainda assim, nota-se até as últimas décadas do Século XX a influência da Semana de 1922, principalmente no Tropicalismo e na geração da Lira Paulistana nos anos 70 (Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, entre outros). O próprio nome Lira Paulistana é tirado de uma obra de Mário de Andrade. Mesmo a Bossa Nova deve muito à turma modernista, pela sua lição peculiar de "antropofagia", traduzindo a influência da música popular norte-americana à linguagem brasileira do samba e do baião (32). Imagem: Retrato de Joaquim Rego Monteiro / Vicente Rego Monteiro / Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo /

34 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Imagem: Meninos brincando / Cândido Portinari/ Imagem: Grupo de meninas / Cândido Portinari/ Col. Museus Castro Maya /

35 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Imagem: Os operarios/ Tarsila do Amaral / Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo / Imagem: Abaporu / Tarsila do Amaral / Colección Costantini (Buenos Aires, Argentina) / Material protegido por direitos autorais no Brasil até /

36 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Imagem: Mulheres na Janela / Di Cavalcanti / Estação Pinacoteca /

37 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Imagem: Bandeirinhas / Alfredo Volpi / Coleção do artista / Imagem: Mastros e Bandeirinhas de fundo azul / Alfredo Volpi / Imagem: Composição em ogiva / Alfredo Volpi / Imagem: Mastros e Bandeirinhas / Alfredo Volpi / Coleção Particular /

38 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Imagem: Menino e Ovelha / Alfredo Volpi / Coleção Gilberto Chateaubriand /

39 Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Imagem: Mural de Vidro em homenagem a imprensa / Di cavalcanti / fachada do hotel Novotel Jaraguá /

40 ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Artistas que iniciaram o Modernismo no Brasil e que participaram da Semana: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos entre outros.

41 ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Sugestões de links para ampliar o conhecimento sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. Museu Virtual - Museu de Arte Contemporânea da cidade de São Paulo Museu Virtual -  Museu de Arte Brasileira (MAB) Vídeo sobre a Semana de Arte Moderna Vídeo sobre a Semana de 22 ao som do Trenzinho Caipira de Villa Lobos

42 CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
ARTE, 1º. Ano Modernismo – Semana de Arte Moderna no Brasil Fontes de pesquisa: - ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna; São Paulo: Companhia das Letras, 1992. CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1993. GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1978. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.

43 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
2 Cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922 / Di Cavalcanti / Acervo do Instituto de Estudos Brasileiros - USP - Arquivo Anita Malfatti / 07/03/2012 4a Guilherme Gaensly / Vale do Anhangabaú /  Public Domain 4b Caio Guimarães/ Teatro Municipal de São Paulo/  Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.0 Generic 5a Eliseu Visconti / Selo comemorativo do 1º centenario da independência / 09/03/2012 5b Moeda de 500 reis / Coleção Eduardo Rezende/ 6a Oswald de Andrade / Autor desconhecido / Public Domain.

44 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
6b Menotti del Picchia / Autor desconhecido / Domínio Publico. 09/03/2012 6c Mario de Andrade / Michelle Rizzo / Public Domain. 7 Revista o Pirralho/ Autor desconhecido / 8a A Família/ Lasar Segall / 8b A estudante/ Anita Malfatti / Museu de Arte de São Paulo Assis / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti 9a Perfil de Zulmira / Lasar Segall / Museu de arte contemporânea da universidade de São Paulo 9b Os mercadores/ Lasar Segall /

45 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
10a A boba/ Anita Mafaltti/ Museu de arte contemporânea da universidade de São Paulo / Direitos do MAC 09/03/2012 10b O homem amarelo / Anita Mafaltti / Ilustração do colega Mario de Andrade / Instituto de Estudos Brasileiros da USP/ Direitos da USP 11a Monteiro Lobato/  "Nosso Século" (1980) da Editora Abril / Public Domain 11b O farol / Anita Mafaltti / Col. Chateaubriand Bandeira de Mello / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti. 12 Meu irmão Alexandre/ Anita Mafaltti / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti 13 A boba/ Anita Mafaltti/ Museu de arte contemporânea da universidade de São Paulo / Copyright - Elizabeth Cecília Malfatti / 14a Taperinha na praia grande / Georg Przyrembel /

46 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
14b Interior de residência / Antonio Moya / 09/03/2012 15a Musa Impassível / Victor Brecheret /  Pinacoteca do Estado de São Paulo / Foto tirada por Leandro Lanzoni / Wikimedia Commons 15b Musa Impassível / Victor Brecheret /  Pinacoteca do Estado de São Paulo / Foto tirada por Gabriel de Andrade Fernandes / 16 Capa do catálogo da Semana de arte moderna 1922 / Autor Desconhecido / United States Public Domain 17 Pierrô e Colombina / John Graz / Acervo Pessoal de John Graz / 18 Morro Vermelho / Lasar Segall / Museu Lasar Segall /

47 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
19 Imagem: Programa da semana de arte moderna de1922 / Autor Desconhecido / 12/03/2012 21 Cartaz da Semana de Arte Moderna / Autor Desconhecido / 22 Retirantes / Candido Portinari / Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand / 23 Café / Candido Portinari / Museu Nacional de Belas Artes / 24 Revista Klaxon nº1 / Guilherme de Almeida / 25 Revista Pau Brasil / Tarsila do Amaral /

48 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
27 Manifesto Antropofago / Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de / 12/03/2012 28 Revista de antropofagia / Autor Desconhecido / 29 A Lua / Tarsila do Amaral / 30 Mulheres Protestando / Di Cavalcanti / 31a Jardineiro (Mulato) / Zina Aita / 31b Homens trabalhando / Zina Aita / Coleção Yan de Almeida Prado /

49 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
32a Sapateiro de Brodowski/ Cândido Portinari / 12/03/2012 32b Catequese / Cândido Portinari / 33 Retrato de Joaquim Rego Monteiro / Vicente Rego Monteiro / Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo / 34a Grupo de meninas / Cândido Portinari/ Col. Museus Castro Maya / 34b Meninos brincando / Cândido Portinari/ 35a Os operarios/ Tarsila do Amaral / Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo /

50 Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso
35b Abaporu / Tarsila do Amaral / Colección Costantini (Buenos Aires, Argentina) / Material protegido por direitos autorais no Brasil até / 12/03/2012 36 Mulheres na Janela / Di Cavalcanti / Estação Pinacoteca / 37a Mastros e Bandeirinhas de fundo azul / Alfredo Volpi / 37b Bandeirinhas / Alfredo Volpi / Coleção do artista /

51 Tabela de Imagens 37c Composição em ogiva / Alfredo Volpi / 12/03/2012 37d Mastros e Bandeirinhas / Alfredo Volpi / Coleção Particular / 38 Menino e Ovelha / Alfredo Volpi / Coleção Gilberto Chateaubriand / 39 Mural de Vidro em homenagem a imprensa / Di cavalcanti / fachada do hotel Novotel Jaraguá /


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