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RESÍDUOS QUÍMICOS NO LEITE RISCO À SAÚDE PÚBLICA?

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Apresentação em tema: "RESÍDUOS QUÍMICOS NO LEITE RISCO À SAÚDE PÚBLICA?"— Transcrição da apresentação:

1 RESÍDUOS QUÍMICOS NO LEITE RISCO À SAÚDE PÚBLICA?
Daisy Pontes Netto Laboratório de Toxicologia Veterinária Departamento de Medicina Veterinária Preventiva Centro de Ciências Agrárias Universidade Estadual de Londrina Fone: (43)

2 RISCO EM ALIMENTOS O QUE É ?
“ Condição e, ou contaminante que pode causar injúria ou dano ao consumidor por meio de uma lesão ou enfermidade, de forma imediata ou tardia, por uma única ingestão, ou por ingestão reiterada.”

3 Contaminantes em alimentos
Qualquer substância que não seja intencionalmente adicionada a um gênero alimentício mas nele esteja presente como resíduo da produção, fabrico, processamento, preparação, tratamento, acondicionamento, embalagem, transporte e/ou armazenamento do referido alimento ou em resultado a uma contaminação ambiental. Regulamento (CEE) No 315/93 de 8 de Fevereiro de 1993

4 Contaminação de Alimentos
Tradicionalmente maior importância à contaminação microbiológica do que a contaminação química dos alimentos; Talvez devido a maior familiaridade dos meios de comunicação, com o aparecimento de surtos de intoxicações alimentares de origem microbiana que se manifestam, quase sempre, de forma aguda e são relacionadas com a ingestão de um alimento em particular.

5 Fontes de contaminação de alimentos
Poluição do ar, solo e água. Fertilizantes e praguicidas. Antibióticos e promotores do crescimento. Metais. Contaminação natural. Contaminação durante o armazenamento e processamento de alimentos.

6 Ocorrência de Toxicantes em Produtos Alimentícios
Rações Naturais Aditivos Contaminantes Resíduos

7 Resíduos químicos Causam problemas adversos à saúde;
Cada vez é maior o número de países que importam e/ou exportam grandes quantidades de alimentos; Novos desafios para a indústria de alimentos e para os órgãos regulamentadores. Sanidade animal - Menor produtividade

8 Leite e derivados Leite Metais (chumbo. cádmio)
Resíduos de antibióticos Resíduos de praguicidas Aflatoxina M1 Poluentes Orgânicos Persistentes - POPs

9 Chumbo Alimentos LMP (MS-685/1998) Ocorrência Referências Óleos 0,1 20
WHO, 1995 Doces 2,0 Cacau Chocolate 1,0 Dextrose Sucos cítricos 0,3 50 Leite 0,05 0,01 a 0,2 Okada et al (1997) (20%) Pescados 100 Alimentos para bebês 0,2 Crustáceos 0,08 Machado et al (2002)

10 Distribuição percentual dos níveis de chumbo nos diferentes tipos de leite.
Okada et al (1997)

11 Efeitos tóxicos do chumbo
Ação neurotóxica Deficiência no aprendizado, retardo no crescimento, perda de audição, etc. Ação nefrotóxica Ação na biossíntese do HEME

12 Cádmio No Brasil são produzidas anualmente cerca de 800 milhões de pilhas (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica - ABINEE), entre as chamadas secas (zinco-carbono) e alcalinas. Se constituem num veneno lançado no meio ambiente diariamente por milhões de pessoas.

13 Cádmio Uma pilha comum contém, geralmente, três metais pesados: zinco, chumbo e manganês, além de substâncias perigosas como o cádmio, o cloreto de amônia e o negro de acetileno. A pilha de tipo alcalina contém também o mercúrio, uma das substâncias mais tóxicas que se conhece.

14 Efeitos tóxicos do cádmio
Doença de Itai-Itai Hipercalciúria Osteomalácia Dores nas costas, ombros e articulações Dificuldades para caminhar Hipertensão arterial Carcinogênese

15 Resíduos de Medicamentos Veterinários
Promotores de crescimento Antibióticos Antiparasitários

16 PAMvet-PR Distribuição de princípios ativos de acordo com a classe terapêutica com base no levantamento realizado pelo Grupo Técnico Científico: Antibióticos % Parasiticidas % Antiinflamatórios % Antiprotozoários % Hormônios %

17 PAMvet-PR Distribuição de princípios ativos antimicrobianos referenciados de acordo com a classe farmacológica com base no levantamento realizado pelo Grupo Técnico Científico: Penicilina 38,22% Aminoglicosídeos 25,19% Tetraciclinas 15,41% Macrolídeos 7,59% Cefalosporinas 4,19%

18 PAMvet-PR Distribuição de princípios ativos parasiticidas de acordo com a classe terapêutica com base no levantamento realizado pelo Grupo Técnico Científico: Avermectinas % Piretróides % Organofosforados % Benzimidazólicos % Imidazotiazois %

19 Antibióticos - Brasil Amostras Quantidade Referência Leite cru
50% de 96 amostras Nascimento et al. 2001

20 43 amostras de Leite Tipo C – município de Campos de Goytacazes – RJ
Antibióticos - Brasil Amostras Resíduo/Quantidade Referência 43 amostras de Leite Tipo C – município de Campos de Goytacazes – RJ Penicilina G -16/43 com níveis superiores a 4 mg/Kg e 20/43 com níveis inferiores Carlos, L.A. et al. agosto/2004

21 Efeitos tóxicos dos resíduos de Antibióticos em alimentos
Reações tóxicas e alérgicas em indivíduos susceptíveis -lactâmicos Ação carcinogênica Cloranfenicol (anemia aplástica) Sulfametazina (adenomas) Nitrofuranos (genotóxica) Seleção de bactérias resistentes da flora intestinal normal e transferência desta a outras bactérias susceptíveis.

22 Resistência aos Antimicrobianos
Presença de antibióticos nos animais plantas, verduras e frutas Águas contaminadas com fezes utilizadas como adubo orgânico Matéria fecal Resistência bacteriana Pacientes hospitalizados Produtos de origem animal População em geral

23 Efeitos tóxicos dos resíduos de Parasiticidas em alimentos
Resistência de parasitos aos anti-helmínticos Impacto ambiental Endectocidas Ivermectina no solo Inverno (91 a 217 dias) Verão (7 a 14 dias)

24 PRAGUICIDAS Inseticidas Herbicidas Fungicidas RESÍDUOS

25 Os níveis de resíduos em alimentos dependem:
Técnica e quantidade aplicada do praguicida; Fatores ambientais (luz, temperatura, umidade e propriedades do solo); Cumprimento do período de carência ou intervalo de segurança; Características físico-químicas dos praguicidas (persistência).

26 Exposição humana a praguicidas por meio dos alimentos
Aplicação águas solos CULTURAS organismos aquáticos ALIMENTOS

27 Organofosforados e carbamatos
Estruturas químicas diferentes com efeitos clínicos semelhantes Fontes frutas grãos armazenados solo animais produtos inseticidas

28 Organofosforados e carbamatos
Exposição Acidental inseticidas granulados aditivos alimentares ou suplementos vitamínicos ou minerais Intencional adicionados aos alimentos Aplicação excessiva Período de Carência Uso inadequado

29 Análises realizadas em leite no Laboratório de Toxicologia Veterinária/UEL – 1998 a 2004
Equipe: Daisy Pontes Netto Aparecida Maria de Oliveira Marcia Sassahara Erika kubota Yanaka Alexandre Nobuhiro Bibiana Sprizão de Oliveira Gisele Oliveira Romão Paola Gisela Carvalho Santos

30 Metodologia Técnica de Cromatografia em Camada Delgada (CCD) com coloração em Rodamina e p-nitroanilina. (AOAC, 1995; Midio, 1971; Eliakis et al, 1968) Padrões utilizados na concentração de 100µg/mL

31 Número de Análises Realizadas
Resultados obtidos em pesquisas de inseticidas Organofosforados e Carbamatos em Cromatografia de Camada Delgada (CCD), nas análises qualitativas de leite cru e pasteurizado, no período de janeiro de 2003 a agosto de no Laboratório de Toxicologia Veterinária da UEL-PR. Ano Resultados Organofosforado % Carbamato Amostras negativas Número de Análises Realizadas 2003 269 39.3 249 36.4 166 24.3 684 2004 71 34.1 9 4.3 128 61.5 208 Total 340 38.1 258 28.9 294 33.0 892 684 208 340 38.1 258 28.9 892

32 Número de Análises Realizadas
Resultados obtidos nas análises qualitativas, desenvolvidas em Cromatografia de Camada Delgada (CCD), para detecção de pesticidas organofosforados e carbamatos em leite crú, no período de janeiro a agosto de 2004. Organofosforado % Carbamato Total Amostras Positivas 51 27.5 5 3.2 56 35.9 Amostras Negativas 27 17.3 73 46.8 100 64.1 Número de Análises Realizadas 78 156 51 32.7 156

33 Número de Análises Realizadas
Resultados obtidos nas análises qualitativas, desenvolvidas em Cromatografia de Camada Delgada (CCD), para detecção de pesticidas organofosforados e carbamatos em leite pasteurizado, no período de janeiro a agosto de 2004. Organofosforado % Carbamato Total Amostras Positivas 20 38.5 4 7.7 24 46.2 Amostras Negativas 6 11.5 22 42.3 28 53.8 Número de Análises Realizadas 26 52 20 38.5 52

34 PRAGUICIDAS Prevenção: Orientação uso simultâneo
cuidados na manipulação e armazenamento Prevenir a exposição de seres humanos manipulação dos animais aplicação Respeitar o período de carência dos produtos

35 PRAGUICIDAS Meio Ambiente: Uso descuidado em campos e colheitas
pássaros e animais silvestres peixes e animais aquáticos animais Destino adequado de embalagens

36 MICOTOXINAS GRUPO DE COMPOSTOS BIOSSINTETIZADOS, ALTAMENTE TÓXICOS, PRODUZIDOS A PARTIR DO METABOLISMO SECUNDÁRIO DE CERTOS FUNGOS, QUE CRESCEM NOS ALIMENTOS EM GERAL E QUE CAUSAM DOENÇAS OU MORTE, QUANDO INGERIDOS PELO HOMEM OU PELOS ANIMAIS DOMÉSTICOS.

37 Distribuição das Micotoxinas no Mundo
Zearalenona Vomitoxina Ocratoxina Vomitoxina Zearalenona Aflatoxinas Ocratoxina Vomitoxina Zearalenona Aflatoxinas Aflatoxinas Fumonisinas Zearalenona Aflatoxinas Fumonisinas Vomitoxina Ocratoxina Toxina T-2 Aflatoxinas Fumonisinas

38 Aspergillus parasiticus
AFLATOXINAS Grupo de metabólitos tóxicos produzidos durante o estágio de esporulação dos fungos saprófitos Produzidas pelos fungos Aspergillus flavus Aspergillus parasiticus

39 AFLATOXINAS Toxicocinética
Após biotransformação formam vários metabólitos com atividade biológica diferente. Mecanismo de ação Inibem a síntese protéica interferindo com a formação de enzimas necessárias para o metabolismo energético e a mobilização de gorduras.

40 AFLATOXINAS Toxicidade Carcinogênicas, teratogênicas e mutagênicas
Órgão mais atingido  fígado  altera a absorção de lipídeos, vitaminas e minerais Causa depressão do sistema imunológico  porta aberta para vírus, bactérias e protozoários Redução de vitamina E e Selênio  dano das células microssomais do fígado impedindo a transcrição do sistema DNA-RNA Altera o nível de eritrócitos  reduz a pressão osmótica  edema do fígado, rins e baço

41 Concentrações máximas permitidas para Aflatoxinas:
TOLERÂNCIAS MÁXIMAS: Ministério da Saúde:Resolução RDC no 274, da ANVISA, de 15 de outubro de Ministério da Agricultura: Portaria MAARA No.183 de 21 de março de Esta Portaria internalizou as normas do MERCOSUL GMC/RES. No. 56/94. SOMA DE TODOS OS METABÓLITOS  B1, B2, G1 e G2  ppb M1  0,5 ppb

42 IDPM = 14,17ng/L Amostras Médias 1 331,3 2 1584,4 3 804,8 13 1974,9 21
Níveis de aflatoxina M1 detectados em amostras de leite cru coletadas em propriedades produtoras de leite tipo B, de 12 municípios da região norte do Estado do Paraná, analisadas pelo método de ELISA (RidascreenFast Aflatoxin M1 - R-Biopharm/Alemanha) durante o período de julho de 2001 a novembro de 2002 (em ng/L) Amostras Médias 1 331,3 2 1584,4 3 804,8 13 1974,9 21 315,0 23 398,7 31 295,1 32 406,5 33 400,9 42 337,2 IDPM = 14,17ng/L Sassahara, et al, 2003 IDPM calculada para crianças de 4 meses (peso médio: 7 kg), considerando-se a estimativa de consumo de 720 ml/dia; O trecho destacado representa positividade acima do limite de 0,5μg/l (500ng/l)

43 POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POPS
Definição: substâncias altamente tóxicas, bioacumulativas. Fontes: Produção de PVC Produção de papel Produtos agrícolas: herbicidas, fungicidas e inseticidas Incineração de lixo: doméstico, industrial e hospitalar Processos industriais: emprego cloro e derivados do petróleo

44 POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POPS
Dioxinas Aldrin Clordane Dieldrin DDT Furanos Endrin Heptaclor Hexaclorobenzeno Mirex Toxafeno Bifenilas policloradas -PCBs

45 POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POPS
EFEITOS : Carcinogênicos Teratogênicos Diminuem resposta imunológica Bloqueadores de hormônios Bloqueadores de neurotransmissores

46 POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POPS
Março de Bagaço de laranja brasileiro – proibição pelo governo alemão – dioxina no leite – proveniente da cal usada no processo de secagem do produto

47 Interação de agentes tóxicos
Os alimentos podem estar contaminados com vários agentes tóxicos concomitantemente, portanto há necessidade de se considerar os efeitos de interação que ocorrem de várias maneiras: Podem interagir entre si quimicamente, no próprio alimento; Produzir alterações na velocidade de absorção, nas proporções de ligação a componentes sanguíneos; Na velocidade de biotransformação ou remoção de um ou ambos agentes interativos, ou ainda, Produzir modificações nos mecanismos de ação tóxica.

48 Câncer 90% de todos os tipos de câncer observados na população humana é de etiologia química; Cerca de 50% destes sejam produzidos por substâncias componentes das dietas, ou seja, por carcinógenos químicos presentes em alimentos. Lederer, 1990

49 “Consumidores confiantes são essenciais para a saúde, imagem e prosperidade da indústria de alimentos “ David Byrne – Comissário da EU para Saúde e Segurança do Consumidor

50 Obrigada!! Será este o futuro de nosso alimento?
Para que tenhamos bons alimentos e que possamos desfrutá-los com segurança, há a necessidade da conscientização de todos! Obrigada!!


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