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Hoje aqui, oiando pra vancê, meu pai To me alembrando quanto tempo faz Que pela primeira vez na vida, eu chorei Não foi quando nasci Pru que sei que vim.

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Apresentação em tema: "Hoje aqui, oiando pra vancê, meu pai To me alembrando quanto tempo faz Que pela primeira vez na vida, eu chorei Não foi quando nasci Pru que sei que vim."— Transcrição da apresentação:

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2 Hoje aqui, oiando pra vancê, meu pai To me alembrando quanto tempo faz Que pela primeira vez na vida, eu chorei Não foi quando nasci Pru que sei que vim berrando... E disso ninguém se alembra, não Foi quando um dia eu cai... Levei um trupicão Eu era criança... Me esfolei, á perna me doeu Quis chora, oiei pra vancê, que esperança Vancê não correu pra do chão me alevantar.

3 Aquilo que vancê, falô naquela hora Calou bem fundo, Pru que vancê era o miô homi do mundo Não sabia menti, nem pra mim... Nem pra ninguém... O tempo foi passando... Cresci também... Mas sempre me alembrando... Só me oiô e me falô! -Que isso, rapaz? Alevanta já daí... HOMI NÃO CHORA.

4 O mundo foi me dando os solavancos Ia sentido das pobreza os tranco... Vendo as tristezas vorteá nossa famia E as vêz as revorta que eu sentia era tanta Que me vinha um nó cego na garganta Uma vontade de gritá... berra... chorá... mas quá Tuas palavra, pai, não me saía dos ouvido... HOMI NÃO CHORA. HOMI NÃO CHORA Foi o que vancê falô...

5 Intão, mesmo sentindo, eu tudo engolia E segurava as lágrima que doía... E elas não caía, nem com tamanho de Quarquê uma dô... Veio a guerra de 40... E eu tava lá... Um homi feito Pronto pra defender o Brasi Vancê e a mãe foram me acompanhá pra despedi A mãe, coitada, quando me abraçô, chorô de saluça Mas, nós dois não... Nóis só se oiêmo, se abracêmo e a despedimo Como dois HOMI... Sem chorá nem um pingo. Ah, como me alembro bem... Era um dia de domingo.

6 Também quem é que pode esquecê Daquele tempo ingrato? Fui pra guerra, briguei, berrei,,, Feito um cachorro do mato A guerra é coisa que martrata... Fiquei ferido... Com sodade de vancês... Escrevi carta Sonhei, quase me desesperei Mas chora, mesmo que era bão Nunca chorei... Pruque eu sempre me alembrava Daquilo que meu pai me ensino... HOMI NÃO CHORA

7 Agora, vendo vancê aí... Desse jeito... quieto... sem fala Inté com a barbinha rala... Pru que não teve tempo de fazê... Todo mundo im vorta... Oiando e chorando pru vancê... Eu quero me alembrá... Quero segurá... Quero maginá. Que nós dois sempre cumbinemo de HOMI NÃO CHORA...

8 Quero maginá que um dia vancê Vorta pra nossa casa Pobre... E nóis vai podê de novo se vê Ansim, pra coversá Intão vem vindo um desespero Que vai tomando conta... A dô de vê vancê ansim é tanta... É tanta, pai Que me vorta aquele nó cego na garganta... E uma lágrima Teimosa quase caí... Ôio de novo prós seus cabelos branco... E arguém me diz Agora pra oiá pela úrtima vez... Que ta na hora de vancê Embarcá.

9 Passo minha mão na sua testa Que já tá... játá ansim sem pensamento... E a dô que to sentindo aqui dentro Vai omentando... Omentando, quase arrebentando Os peito... E eu não vejo outro jeito senão me descurpá O sinhó pediu tanto pra môde eu não chora... HOMI NÃO CHORA... O sinhô cansô de me falá... Mas, pai Vendo o sinhô ansim indo simbora... Me descurpe, mas... TENHO... QUE... CHORA!

10 IMAGEM Internet AUTOR/TEXTO Rolando Boldrin MUSICA/NARRAÇÃO Rolando Boldrin FORMATAÇÃO Alvaro Cardoso alvaro.cardoso187@hotmail.com


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