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PublicouGabriela Ventura Alterado mais de 9 anos atrás
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P RÁTICAS E DUCATIVAS EM S AÚDE Prof ª Dra Ângela Cristina Puzzi Fernandes
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A PRESENTAÇÃO DA FINALIDADE E OBJETIVOS DA D ISCIPLINA : Finalidade: A disciplina de Práticas Educativas em Saúde aborda conceitos do processo saúde-doença e do processo ensino-aprendizagem em um exercício de prática reflexiva, privilegiando os elementos que podem diferenciar o futuro profissional na prática de educação em saúde.
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O BJETIVOS : Compreender a evolução histórica dos conceitos de educação em saúde; Relacionar a educação em saúde com a promoção da saúde; Compreender a relação ensino-aprendizagem e suas implicações sociais;
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O BJETIVOS : Compreender a posição do profissional da saúde no processo ensino-aprendizagem; Conhecer as diversas metodologias de ensino, com destaque ao modelo dialógico; Habilitar-se no desenvolvimento de um projeto educativo em saúde.
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Para discorrer sobre a relação entre educação e saúde, torna-se pertinente, explicitar os referenciais teóricos nos quais estarão pautados os conceitos a serem discutidos. Temos que a saúde envolve compreensões que evoluíram ao longo da história sofrendo grandes modificações. Desde a crença nos aspectos sobrenaturais, evoluindo para o outro extremo, no qual a verdade é considerada apenas a partir de aspectos físicos e orgânicos, concretamente comprovados, sendo essa forma de perceber a saúde atrelada ao contexto filosófico positivista.
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Nessa evolução, chega-se nas formas atuais de compreender a saúde que abrangem definições amplas e complexas, o que não é surpreendente, uma vez que se trata de um atributo humano e sendo humano, torna-se evidentemente complexo.
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Olhar para a saúde como um processo já é um grande avanço e, inserir nesse processo os aspectos contextuais em que ele ocorre amplia ainda mais o olhar para esse fenômeno. Ou seja, hoje temos que o processo saúde doença é influenciado por questões de ordem política, econômica, ambiental, cultural, social, emocional e até espiritual
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Ao encontro da forma de olhar o processo saúde doença descrito anteriormente, pode-se trazer à discussão o processo ensino-aprendizagem que também sofreu mudanças conceituais e procedimentais ao longo da história. Nesse sentido, evoluiu-se do olhar empírico e intuitivo no processo ensino-aprendizagem, passando por práticas metódicas de transmissão de conteúdos, até chegar às discussões mais atuais em educação que considera a participação e foca a formação crítica e política dos sujeitos envolvidos nesse processo.
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Nesse sentido, trazemos à discussão uma questão central para o desenvolvimento deste trabalho que é a saúde. Dejours (1986) questiona o conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) e coloca em foco uma nova possibilidade de compreender esse fenômeno. Para OMS, saúde é um completo estado de bem estar físico, psíquico e social.
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Destaca-se a crítica desse autor à definição internacional de saúde quando ele considera que a saúde não se trata de um estado de bem estar, mas de um estado que se busca aproximar, ou seja, a saúde como um fim, um objetivo a ser atingido e não como algo estático. Assim, saúde é um processo e não um estado (Dejours, 1986).
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Além da crítica, o autor apresenta a contribuição de uma nova forma de conceituar a saúde: “a saúde para cada homem, cada mulher ou criança é ter meios de traçar um caminho pessoal e original em direção ao bem estar físico, psíquico e social”.
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Para o bem estar físico, o autor acredita na liberdade de regular as variações que o organismo apresenta, como por exemplo, dar ao corpo o direito de descansar quando está cansado. Para o bem estar psíquico, a liberdade proporcionada ao desejo de cada um na organização da sua vida e, por fim, para o bem estar social, a liberdade de se agir individual e coletivamente na organização do trabalho (Dejours, 1986).
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Assim, temos até aqui uma nova forma de olhar a saúde como um ideal a ser atingido e que o elemento fundamental para o alcance dessa meta é a liberdade. Nesse sentido, inserimos a reflexão do trabalho em saúde e sua formação elementar e permanente, compreendo que aí está o potencial de transformar os encontros entre profissionais de saúde e usuários em novas possibilidades de liberdade e valorização da vida de qualquer um.
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A intervenção profissional na área da saúde ocorre com o corpo vivo e em interação com o social e com o ambiente, a partir de processos de subjetivação. Entretanto, a formação dos profissionais de saúde tende a enfrentar o corpo vivo apenas ao final da graduação o que gera uma tensão elementar entre a imagem de dessecção do corpo apreendida ao longo da formação e não pela escuta e contato com sua alteridade (Carvalho, Ceccim, 2009).
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Cabe citar o estabelecimento de discussões no âmbito ético-político acerca da formação em saúde ao longo das últimas décadas. Pode-se pontuar como exemplo o estabelecimento do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), em 2005, para os cursos de medicina, enfermagem e odontologia, com ênfase na integração entre instituições de ensino, estruturas de gestão da saúde, órgãos de representação popular e os serviços de atenção à saúde (Carvalho, Ceccim, 2009).
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O processo ensino-aprendizagem A atuação na promoção da saúde envolve, necessariamente, a compreensão de educação em saúde, pois, através das práticas educativas em saúde, os profissionais envolvidos podem concretizar as ações de fortalecimento da população frente aos riscos de agravos à saúde. A educação é compreendida como mediação básica da vida social de todas as comunidades humanas (Severino, 2000). A díade educação e saúde compreendem práticas socialmente produzidas em tempos e espaços históricos específicos (Ruiz-Moreno, Romana, Batista, Martins, 2005).
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Educação: uma prática de liberdade e emancipação Dejours (1986) nos apresenta como meio para o alcance da saúde, a liberdade, essa liberdade torna-se questão singular na dinâmica de busca pelo estado de bem estar físico, psíquico e social. Em consonância com essa forma de pensar, temos a necessidade da liberdade como elemento essencial no processo ensino-aprendizagem.
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‘ Freire (2005) diz que a libertação autêntica, trata-se da humanização em processo, ou seja, não é algo que se deposita nos homens, não é uma palavra, mas sim uma práxis a qual demanda ação e reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo.
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