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Calculo e Instrumentos Financeiros Parte 1

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Apresentação em tema: "Calculo e Instrumentos Financeiros Parte 1"— Transcrição da apresentação:

1 Calculo e Instrumentos Financeiros Parte 1
Faculdade de Economia da Universidade do Porto 2012/2013

2 Primeira Aula 2

3 Objectivos da Disciplina
1ª Parte (12 aulas) Taxa de juro, capitalização e desconto Instrumentos financeiros sem risco: depósitos e créditos bancários; obrigações Transformação de stocks financeiros em fluxos financeiros (rendas / amortizações) Medidas de desempenho de um investimento os preços correntes e preços constantes 3

4 Objectivos da Disciplina
2ª Parte (6 aulas) Risco do negócio. Modelos estatísticos. Instrumentos financeiros com risco: seguros, acções e obrigações com risco de falha Carteiras de activos: diversificação e alavancagem 4

5 Objectivos da Disciplina
3ª Parte (4 aulas) Aplicações dos conceitos a instrumentos de cobertura de risco. 5

6 Avaliação Avaliação por Exame (2 épocas) Avaliação Distribuída
Um teste sobre a 1ª parte (45%) – 30 Novembro Um teste sobre as 2ª e 3ª partes (45%) Um trabalho individual (10%) – entrega: 14 Outubro Para fazer avaliação contínua têm que frequentar 75% das aulas O segundo teste é parte do exame Mesmo fazendo o 1º teste, pode deitar fora e fazer o exame contando a melhor nota 6

7 Avaliação Cálculo da Nota da Avaliação Distribuída:
Nota dos testes / exame normal: 0.5 max {teste 1; parte 1 do exame} + 0.5*teste 2 Nota final: max {0.9 Nota dos testes/exame trabalho; Nota dos testes/exame} Aplica-se a mesma fórmula no exame de recurso (mesmo para melhoria de nota) 7

8 Material de estudo Existem disponíveis em formato digital Uma página
um texto que segue as aulas Um ficheiro excel com os exercícios do texto As apresentações das aulas em Power Point Cadernos de exercícios resolvidos 8

9 Os contratos de débito/crédito = contratos de mútuo
9

10 O contrato de débito/crédito
Existem três razões principais para a haver contratos de crédito. O ciclo de vida das pessoas Poder ocorrer um período de “desemprego” ou de despesas acrescidas (e.g., doença) O capital ser produtivo

11 O ciclo de vida Uma das mais obvias razões para a existência de empréstimos é o ciclo de vida das pessoas. As pessoas precisam de consumir sempre Existem longos períodos em que não têm rendimento (quando crianças e “velhos”)

12 O ciclo de vida

13 O ciclo de vida As pessoas, quando crianças, não têm rendimento suficiente para sobreviver, pedindo recursos emprestados Em média, é-se “criança” durante 20 anos Quando trabalham, pagam as dívidas (de criança) e poupam alguns recursos (para a velhice) Em média, é-se activo durante 45 anos

14 O ciclo de vida Quando reformados, não geram rendimento suficiente para sobreviver, mas têm os recursos que emprestaram Em média, a reforma dura 15 anos Esses recursos vão-se esgotando

15 O desemprego O trabalho é a fonte mais importante de rendimento das famílias E, de repente, qualquer pessoa pode ficar desempregada. A probabilidade será de 10%/ano

16 O desemprego E, depois, demora alguns meses a encontrar novo emprego
Em média, 12 meses E o salário é menor que o anterior Inicialmente ganha-se menos 15% Será necessário poupar recursos para essa eventualidade. Deverão ter uma poupança  12 salários.

17 Cataclismos Podem ocorrer imponderáveis
O indivíduo pode adoecer, ficando sem poder trabalhar e necessitando de tratamento médico. Pode ter um acidente de automóvel, necessitando de pagar a reparação. Pode ter um incêndio em casa. É necessário ter uns activos de lado ou pedir emprestado na adversidade

18 O capital ser produtivo
O trabalho torna-se mais produtivo se for auxiliado por capital máquinas e ferramentas, solo agrícola, etc. Se um indivíduo pedir emprestado dinheiro, pode comprar bens de capital e aumentar o seu rendimento Mais tarde, pode devolver o capital pedido

19 O capital ser produtivo
Também existem bens que custam “muito dinheiro” e duram muito tempo Casas, carros, frigoríficos, televisores, etc. Estes bens “produzem” utilidade As pessoas, sem dinheiro, estão disponíveis para pedir empréstimos e pagar um pouco todos os meses.

20 O empréstimo em dinheiro
Numa sociedade “atrasada”, Armazenam-se bens Emprestam-se bens e serviços Numa sociedade com moeda, empresta-se dinheiro

21 O empréstimo em dinheiro
O armazenamento de recursos tem custos muito elevados A roupa passa de moda A comida estraga-se Os carros enferrujam É vantajoso emprestar dinheiro e mais tarde tê-lo de volta para comprar bens e serviços

22 O empréstimo em dinheiro
Poupar dinheiro não é o mesmo que poupar recursos escassos Se poupamos dinheiro, nós deixamos de consumir recursos (bens e serviços) Mas, a quem emprestamos, vai consumir esses recursos que poupamos.

23 O empréstimo em dinheiro
Como as pessoas são heterogéneas, haverá sempre algumas que precisam de pedir dinheiro emprestado As crianças, os desempregados e as vítimas de acidentes Os empreendedores Outras que precisam de guardar dinheiro Os indivíduos activos e empregados.

24 A taxa de juro

25 A taxa de juro Quando eu empresto uma quantidade de dinheiro, não vou receber a mesma quantidade A diferença denomina-se por JURO O Juro pode ser entendido como a remuneração de eu adiar o consumo, o custo de antecipar o consumo

26 A taxa de juro Por exemplo, eu empresto 5000€ a um familiar e recebo daqui a 10 anos 7500€. Recebo o capital que são 5000€ mais os juros que são 2500€. 26

27 A taxa de juro O juro, em tese, tanto poderá ser positivo como negativo. Há razões para justificar ser positivos e razões para justificar ser negativo Historicamente é positivo

28 Taxa de juro Hoje faço anos e deram-me 1000€
Hipótese 1: entregam-mos agora. Hipótese 2: entregam-mos daqui a 10 anos. Qual das hipóteses será preferível?

29 Taxa de juro positiva Se for preferível a hipótese 1 então aceitamos uma taxa de juro positiva Podia depositá-lo, recebendo juros O dinheiro vai desvalorizar O doador pode morrer (e a oferta falhar)

30 A taxa de juro É positiva por três razões Existe uma remuneração real
As pessoas preferem o presente ao futuro O capital é produtivo: existem empreendedores Há concorrência pelo capital escasso Há inflação Os preços aumentam havendo necessidade de corrigir esta perda de poder de compra Há risco de incumprimento É uma lotaria

31 Juro real Podia receber um juro real O capital é produtivo.
E.g., um agricultor se cavar com uma enxada consegue produzir mais do que se o fizer com apenas um pau. O capital é escasso Quem precisar de capital estará disponível a pagar uma remuneração positiva pelo empréstimo do capital.

32 Juro real É preferível consumir hoje.
As pessoas preferem o Presente ao Futuro No Futuro estamos mortos No Futuro estamos velhos pelo que não retiramos tanta utilidade do consumo Quem faz o sacrifício de não consumir no presente precisa ser “remunerado”. Quem tem o benefício de consumir o que não tem (ainda) tem que “pagar”.

33 Juro real Inicialmente tenho V0 euros
Supondo que os preços se mantêm e que não existe risco, para uma taxa de juro r% Terei no fim do período V1 = V0(1+ r) Ex., para V0 = 10000€ e r = 10%, terei V1 = 10000(1+ 10%)=11000€

34 Inflação O dinheiro vai desvalorizando
O valor do dinheiro resulta de podermos comprar bens e serviços. Como existe inflação (i.e., o preço dos bens e serviços aumenta com o tempo), a quantidade de bens que posso comprar com um Euro diminui com o tempo. O valor do dinheiro diminui com o tempo

35 Inflação Inicialmente tenho V0 euros Os preços, em média, aumentam %.
Para no fim do período poder comprar os mesmos bens e serviços terei que ter V1 = V0(1+ ) Considerando o duplo efeito virá V1 = [V0(1+ r)](1+ )

36 Inflação Por exemplo, quero uma remuneração real de 7.5% e uma correcção da inflação que é de 5%. Emprestando 5000€ quero receber V1 = [5000(1+ 7.5%)](1+ 5%) = €

37 Segunda Aula 37

38 Risco de incumprimento
O Futuro é incerto. Quando eu empresto dinheiro, estou a pensar receber o dinheiro mais os juros Mas posso não receber nenhum deles Ou receber apenas parte A obrigação pode não ser cumprida

39 Risco de incumprimento
Vamos supor que eu emprestei V0 euros e vou receber (penso eu) V1 euros. Existindo a probabilidade p de eu não receber nada, para, em média, ficar equivalente, terei que contratar uma taxa que corrija este risco V0 = 0 x p + V1 x (1 - p) V1 = V0 / (1 - p) p>0  V1 > V0

40 Risco de incumprimento
O risco acresce à taxa de juro real e à correcção da taxa de inflação V1 = {[V0(1+ r)](1+ )}/(1- p) Então, a taxa de juro contratada será i = (1+ r)(1+ ) / (1- p) - 1

41 Risco de incumprimento
Vamos supor que eu empresto 1000€ pretendo uma taxa de juro real de 6% a inflação prevista será de 8% o risco de incumprimento é de 10%. Qual deverá que ser a soma prometida no fim do prazo? 41

42 Risco de incumprimento
V1 = 1000 (1+ 6%)(1+ 8%) / (1- 10%) = 1272€ A taxa de juro será 27.2%

43 A taxa de juro Haverá razões para que a taxa de juro seja negativa?
O dinheiro que guardo em casa pode ser roubado Se houver poucas criancinhas e poucos empresários, não há a quem emprestar dinheiro i.e., se não houver crescimento económico

44 A taxa de juro Historicamente, os efeitos “negativos” são menores que os efeitos “positivos” Há uma tendência secular de crescimento económico Historicamente, a taxa de juro é positiva

45 A taxa de juro Evolução da taxa de crescimento do PIB português 1910/2010 (fonte: Freitas, Miguel Lebre, 2004, “Acumulação de capital e crescimento económico em Portugal: ”, UA-WP, 20, Quadro 1) 45

46 A taxa de juro As unidades de juro são em termos de unidades de capital por unidades de tempo. e.g., 0.10€ por cada 1.00€ e por cada ano Seria uma taxa de juro de 10% por ano

47 A taxa de juro Como o juro incorpora 3 elementos
A remuneração do capital (o juro real) A inflação O risco de não cobrança Em termos de taxas temos, num ano Vfinal = Vinicial x (1+ ) x (1 + r) / (1 - p) 1+ i = (1+ ) x (1 + r) / (1 - p)

48 A taxa de juro Para valores de r,  e p pequenos, é aceitável somar as 3 parcelas:

49 A taxa de juro Supondo que eu empresto 1000€, durante 1 ano.
A inflação (prevista) é de 5% ao ano O juro real (acordado) é de 2% ao ano O risco de não cobrança é de 3% ao ano Qual deve ser a taxa de juro? Quanto dinheiro devo acordar receber?

50 A taxa de juro A taxa de juro deve ser de10.41%:
1+i = ( ) x ( ) / (1 – 0.03) i =10.412% Devo exigir receber (daqui a um ano) V1 = 1000 x ( ) x ( ) / (1 – 0.03) V1 = € Os juros serão €.

51 A taxa de juro A soma das parcelas daria 10% 0.05 + 0.02 + 0.03
A taxa calculada é % Quanto mais pequenas forem as parcelas, menor é a diferença

52 A taxa de juro Assumir um juro proporcional à duração do tempo e à quantidade emprestada tem problemas O risco de grandes somas é mais que proporcional ao risco das pequenas somas Por causa da diversificação do risco O risco de longos prazos é mais que proporcional ao risco dos curtos prazos O futuro distante é menos previsível

53 A taxa de juro Mesmo assim, usa-se como referência para o juro uma taxa por unidade de tempo, normalmente o ano. E.g. 4.47%/ano Podendo haver ajustamentos ao prazo e ao valor

54 A taxa de juro Taxa EURIBOR
É a taxa de juro por ano que os bancos sem risco (first class credit standing) emprestam euros entre si É uma referência nos contratos com taxa de juro variável (e.g., crédito à habitação).

55 EURIBOR a 6 meses entre 1-1-2008 e 30-4-2010
A taxa de juro EURIBOR a 6 meses entre e 55

56 A taxa de juro EURIBOR dependendo do prazo do contrato
(Escalas: esquerda; direita)

57 A taxa de juro Taxa EURIBOR
Como é uma taxa sem risco, os particulares acrescem um Spread à sua taxa que é a previsão que o credor tem do risco de não cobrança de cada cliente. Os depositantes recebem menos que a EURIBOR – “pagam” os serviços bancários

58 A taxa de juro Taxa de desconto do Banco Central
O BC controla a quantidade de papel moeda em circulação, i.e, controla o nível médio de preços Não tem qualquer efeito real (monetaristas) Quando é definida, e.g., 4%/ano, o BC aceita liquidez a 3.5%/ano e cede liquidez a 4.5%/ano – denomina-se janela de desconto

59 A taxa de juro Taxa de desconto do Banco Central não é uma boa medida da taxa de mercado sem risco A cedência de liquidez é de “último recurso”. Ao fim de 60 dias, a taxa de juro aumenta 1 ponto percentual (está suspenso) Ao fim de 120 dias, aumenta mais 1 p.p. (actualmente este aumento está suspenso)

60 A taxa de juro

61 Terceira Aula 61

62 A taxa de juro O Credit Scoring é uma técnica de estimação da probabilidade de incumprimento. O Score é um índice que resulta de somar os efeitos de várias variáveis

63 A taxa de juro Ex.1.3: assuma o seguinte score:
PJA: Proporção dos juros e amortizações no rendimento mensal PDP: Proporção das dívidas no património IM: Idade média do casal Score = 100PJA + 25PDP + IM

64 A taxa de juro score ≤ 80, o spread será de 0.75 pp
80 < score ≤ 130, o spread será 1.75 pp score > 130, o banco não concede crédito. Qual o spread de um casal, com 2M€/mês, património de 100M€, anos, e que pedem 175M€ para comprar uma casa avaliada em 250M€? Assuma uma prestação mensal de 6€/1M€.

65 A taxa de juro Como o Score p = 100x6x175/2000 + 25.[175/(100 + 250)]
+ 28 = 93 está no intervalo ]80, 130], o spread será de 1.75pp.

66 Capitalização e Desconto

67 Capitalização A taxa de juro é referida a uma unidade de tempo, normalmente um ano. Se a duração do contrato for de vários anos mas os juros forem pagos no final de cada ano Estamos sempre a voltar à situação inicial. Esta é a situação dita normal.

68 Capitalização Se os juros forem pagos apenas no fim do prazo contratado (de vários anos) Cada ano, o capital aumentará Haverá lugar a juros dos juros não pagos. Esta é a situação capitalizada.

69 Capitalização dita simples
Neste caso, desprezamos os juros dos juros. Cada ano, os juros são o capital inicial a multiplicar pela taxa de juro anual J = Vinicial  i No final de n anos, receberemos Jtotal = Vinicial  ni Vfinal= Vinicial +Jtotal = Vinicial  (1+ ni) itotal = n  i

70 Exercício Ex.1.4. Um empréstimo de 10M€ a 3 anos em que os juros são pagos no fim do período, capitalização simples. Spread de 2 pontos percentuais A taxa de juro foi 3.754%/ano; 4.217%/ano e 4.765%/ano, respectivamente. Qual a quantia a pagar?

71 Exercício R. Os juros serão J = 10M€(5.754% + 6.217% + 6.765%)
= € O capital final será V = 10000€ € = €.

72 Exercício C3: =B3*B$1 C6: =SUM(C3:C5) C7: =C6 + B1

73 Exercício O saldo corrente de uma conta é remunerado à taxa de 2%/ano, capitalização simples, a creditar em 1Jan do ano seguinte. Calcule o total dos juros para uma situação concreta. 73

74 Exercício 74

75 Exercício E5: =A6-A F5:=D5*E5/B$2*B$1 D6:=C6+D5 C15: =SOMA(F5:F14) 75

76 Capitalização Composta

77 Capitalização Composta
Neste caso, vamos considerar os juros dos juros. Cada ano, os juros acrescem ao capital Jt+1 = Vt  i Vt+1 = Vt + Vt  i = Vt (1+ i) No final de n anos, receberemos Vfinal=Vinicial (1 + itotal) = Vinicial (1 + i)n, Vinicial (1 + itotal) = Vinicial (1 + i)n, itotal = (1 + i)n - 1

78 Exercício Ex.1.6. Emprestando 25M€, a 5 anos à taxa de 5% ao ano, juros a pagar no fim do período com capitalização composta. i) Qual o capital final a receber ii) Determine a taxa de juro dos 5 anos e compare com a capitalização simples.

79 Exercício i) O capital final a receber será de
25000 (1 + 5%)5 = € ii) A taxa de juro do contrato será (1+5%)5 –1 = % com capitalização simples seria menor = 5x5% = 25%

80 Exercício Ex.1.7. Um empréstimo de 10M€ a 3 anos em que os juros são postecipados, capitalização composta. A taxa de juro foi 5.754%/ano; 6.217%/ano e 6.765%/ano, respectivamente. Qual a quantia a pagar? 80

81 Exercício O valor a receber será
= €

82 Quarta Aula 82

83 Exercício Ex.1.8. Durante o ano, um indivíduo no início de cada mês fez os seguintes movimento bancário: +250; +100; –50; +125;– 150; +250; –350; –25; –10; +50; 0; 200. Para uma taxa de juro constante de 0.165%/mês, determine o saldo da conta no fim do ano com capitalização mensal composta. 83

84 Exercício 84

85 Exercício B1: =(1+B2)^12-1 C4: =B4; D4: =C4*B$2; E4: =C4+D4 e copiava
C5: = B5+E4 e copiava F4: = =B4*(1+B$2)^(13-A4) e copiava F16: =sum(F4:F15). 85

86 Exercício B1: =(1+B2)^12-1 A taxa anual é a capitalização 12 meses da taxa mensal Se fizesse =12* B2 tinha a taxa nominal Capitalização simples Assim é a taxa efectiva Com capitalização composta, os cálculos fazem-se sempre com a taxa efectiva. 86

87 Período de tempo fraccionário
Na expressão da taxa de juro capitalizada de forma composta: itotal = (1 + i)n - 1 O número de anos é inteiro. No entanto, podemos extrapolar o conceito de capitalização a fracções do ano.

88 Período de tempo fraccionário
Sendo que empresto 1000€ durante 3 meses a uma taxa anual de 5%/ ano, quanto vou receber de juros (c. composta):

89 Período de tempo fraccionário
3 meses correspondem a 0.25 anos. Vou receber 12,27€ de juros Se capitalizasse esta taxa 4 vezes, obtinha os 5% ( %)4 – 1 = 5%

90 Período de tempo fraccionário
Ex Num empréstimo de 100M€ foi acordado o pagamento mensal de juros à taxa média do último mês da EURIBOR a 3 meses e o capital no fim do prazo acordado. Supondo um mês em que a taxa de juro foi de 5.735%/ano, quanto foi pago de juros?

91 Período de tempo fraccionário
R. A taxa mensal será ( %)1/12 – 1 = % Um mês corresponde a 1/12 anos  € de juros referentes ao mês

92 Período de tempo fraccionário
Ex Num empréstimo a 5 anos, foi acordada uma taxa de juro total de 25%. Supondo que os juros são pagos trimestralmente, qual será a taxa de juro trimestral? 92

93 Período de tempo fraccionário
R. Um trimestre será 1/20 do período total do contrato pelo que a taxa de juro trimestral será dada por (1 + 25%)^(1/20) – 1 = 1.122%/trimestre. 93

94 Valor Futuro = Valor capitalizado
O valor que uma soma de dinheiro do presente terá no futuro Traduz o total a pagar pelo devedor no final do prazo acordado: valor futuro do capital emprestado.

95 Valor Futuro Ex Umas tias propõem-se a dar-vos agora 1000€ ou 1200€ quando acabarem a licenciatura. Supondo uma taxa de juro de 10%/ano, qual a soma de dinheiro mais apetecível?

96 Valor Futuro R. O valor futuro dos actuais 1000€ daqui a 3 anos será
1000(1+10%)^3 = 1331€ que é maior que os 1200€ que então receberão Então, será melhor receber os 1000€ já. 96

97 Valor Futuro Ex Foram colocadas à venda obrigação do SCP de valor nominal de 5.00€ por 4.05€. Sabendo que o SCP resgata a obrigação ao par (i.e., paga os 5€) daqui a 3 anos com cupão zero, qual a taxa de juro desta aplicação? 97

98 Valor Futuro R. O valor futuro dos 4.05€ do presente serão 5.00€ pelo que a taxa de juro resolve: será 7.277%/ano:

99 Quinta Aula 99

100 Valor Futuro Ex Um indivíduo deposita no início de cada mês 1000€ durante 60 meses. As prestações são antecipadas Supondo que a taxa de juro é de 4% ao ano, determine o valor futuro total das parcelas poupadas (i.e., quanto dinheiro terá no fim dos 60 meses)?

101 Valor Futuro O valor futuro de 1000€ depositados no início do mês i é
O valor futuro total valerá que, resolvido no Excel, resulta em €.

102 Valor Futuro C2: =B2*(1+4%)^((60-A2+1)/12) e copiava em coluna
C62: =Soma(B2:B61)]

103 Desconto Sendo que capitalizar é andar para a frente no tempo
Descontar é andar no tempo para trás É, na taxa de juro capitalizada de forma composta: itotal = (1 + i)n - 1, assumir um número negativo de anos

104 Desconto = Valor passado
Em termos económicos, pode traduzir o valor passado de uma quantidade de dinheiro presente Eu recebi hoje 1000€ de um valor que emprestei há 10 anos a 4% ao ano. Qual o capital que eu emprestei?

105 Desconto = Valor actual
Também pode traduzir o valor actual (no presente) de uma quantidade de dinheiro que vou ter disponível no futuro

106 Desconto = Valor actual
No meu emprego, vão-me dar de prémio 100€, pagos daqui a 10 anos. Para uma taxa de juro de 6% ao ano, esses 100€ de daqui a 10 anos valem no presente 100€ x 1.06–10 = 55.84€.

107 Desconto = Valor actual
Ex Um estudante, quando terminar o curso, vai receber de umas tias um prémio de 10000€. Supondo que pensa terminar o curso daqui a 30 anos e que a sua taxa de desconto é de 5% ao ano, qual será o seu valor actual?

108 Desconto = Valor actual
Posso “vender” este activo e receber no presente € (a outra pessoa que tenha uma taxa de desconto <=5%).

109 Desconto = Valor actual
Ex Um indivíduo depositou num banco em 1940 uma soma. Sendo que esse banco devolveu 1milhão€ em 2008, qual terá sido a soma depositada (para i=3.5%/ano)?

110 Desconto – Valor actual
R. Descontando 1milhão€ para 1940, temos = €.

111 Desconto = Valor actual
Ex Um sortudo ganhou numa lotaria um prémio e deram-lhe a escolher receber 350k€ agora ou 1000€ no fim de cada mês dos próximos 50 anos. Determine a taxa de juro implícita nesta opção 111

112 Desconto = Valor actual
R. Vou descontar cada um dos 1000€ ao presente, somá-las todas e aplicar a ferramenta atingir objectivo. 112

113 Desconto = Valor actual
B2: =(1+B1)^(1/12)-1; B6: =B$3; C6: =B6*(1+B$2)^-A6; C4: =SOMA(C6:C605) 113

114 Desconto = Valor actual
Goal Seek = Atingir Objectivo Menu Data+ Data Tools + what if analysis 114

115 Sexta Aula 115

116 Pagamento da dívida Rendas / amortizações

117 Rendas Já consideramos duas possibilidades para o pagamento da dívida.
1) Os juros são pagos periodicamente e o capital é pago no fim do prazo contrato. 2) O capital mais os juros são pagos no fim do prazo contrato.

118 Rendas Vamos explorar uma outra possibilidade
É paga uma prestação em cada período No final do prazo não há mais nada a pagar Cada prestação contêm juros e amortização do capital Denominamos este plano como uma Renda

119 Rendas Uma renda transforma uma determinada soma de dinheiro num rendimento. Um stock num fluxo

120 Rendas As prestações podem ser regulares ou irregulares no tempo
constantes ou variáveis no valor haver ou não diferimento de alguns períodos terem duração limitada ou serem perpétua

121 Rendas Emprestamos um capital que recuperamos na forma de uma renda
e.g., saiu-nos a lotaria e queremos um rendimento mensal Pedimos um capital que pagamos na forma de uma renda e.g., um crédito à habitação que amortizamos mensalmente Pagamos uma renda que recebemos no final na forma de um capital e.g., depositamos uma quantia mensal para comprar um barco a pronto no futuro

122 Rendas Recebemos uma renda que pagamos no fim na forma de um capital
e.g., termos um rendimento mensal à custa de uma herança que vamos receber no futuro Receber uma renda que pagamos na forma de renda e.g., pagamos os estudos com um financiamento mensal que amortizamos no futuro com uma prestação mensal.

123 Rendas Obtemos o valor actual da renda descontando todos os recebimentos ao instante de tempo presente. Para efeito de comparação, podemos usar outro instante de tempo qualquer mas tem que ser o mesmo para todas as prestações

124 Rendas Temos que clarificar o que é O tempo é uma linha contínua
um instante de tempo e um período de tempo O tempo é uma linha contínua

125 Rendas Cada ponto é um instante de tempo
e.g., às 12h00 do dia 15 de Janeiro de 2010. Um intervalo de tempo é o segmento que medeia dois instantes de tempo, e.g., o semestre que medeia entre as 12h00 do dia 15 de Janeiro de 2010 e as 12h00 do dia 15 de Julho de 2010. O instante final de um período é sempre o instante inicial do período seguinte. e.g. o fim de 2010 é igual ao início de 2011. 125

126 Rendas Ex.1.21.No sentido de se licenciar, um estudante necessita uma renda antecipada cuja prestação mensal é de 300€/mês e a duração de 36 meses. Supondo uma taxa de juro de 5%/ano, utilize o Excel para calcular o valor actual dessa renda 126

127 Rendas B4: =B$2 C4: =B4*(1+B$1)^-((A4-1)/12) e copiava
C40: =SUM(C2:C37). Em vez de calcular a taxa de juro mensal, utilizei partes fraccionadas nos anos, (A4-1)/12. 127

128 Rendas Poderia ter constituído um depósito de 1.5 milhões de euros e
Ex O Jardel, aos 26 anos de idade, ganhava 300mil€ por mês. Poderia ter constituído um depósito de 1.5 milhões de euros e Receber, a partir dos 35 anos, 600 prestações mensais de 5000€ cada. Determine a taxa de juro implícita.

129 Rendas F2: =(1+F1)^(1/12)-1 C2: =B2*(1+$F$2)^-(A2-A$2) e copiava até C602; F3: =Soma(C2:C602). Definir F3 para atingir o valor 0 por alteração da célula F1.

130 Rendas Ex Uma família adquiriu uma habitação mediante um empréstimo bancário de 150mil€ à taxa de juro de 5.5% anual a 50 anos. Qual a prestação mensal a pagar? 720.29€ / mês

131 Rendas

132 Rendas Na coluna A estão os meses, na B as quantias recebidas, na C as quantias descontadas ao presente B3: =E$3; C3: =B3/(1+$E$1)^A3 e depois copiamos ambas em coluna. C603: =Soma(C2:C602); E1: =(1+E2)^(1/12)–1. Usava a ferramenta “atingir objectivo” definindo C603 para 0 por alteração de E3.

133 Conta corrente Ex Uns comerciantes de frutas e legumes numas alturas podem poupar e noutras não. Como, em média, conseguem poupar 325€/mês, quando o filho fez 15 anos, pensando que precisará de 750€/mês quando for para a universidade, decidiram constituir uma conta poupança. Numa folha de Excel lancei a data e os movimentos (colunas A e B). A taxa de juro quando o saldo é negativo (taxa de juro activa) é de 5%/ano e quando os saldo é positivo (taxa de juro passiva) é de 2%/ano.

134 Conta corrente C2: =B2 D2: =(A3-A2)/ E2: =C2*((1+SE(C2>0;J$3;J$2))^D2-1) F2: =C2+E C3: =B3+F2 e copiava em coluna B84=-F83 134

135 Sétima Aula 135

136 Renda perpétua Numa renda perpétua, recebe-se uma prestação para sempre. Sendo a taxa de juro i e os recebimentos no fim de cada período (i.e., postecipada), é uma situação idêntica a um depósito em que no fim de cada período, são pagos apenas os juros 136

137 Renda perpétua Como os juros de cada período valeriam J = Vi
Com P e i podemos determinar o valor da renda (ou da taxa de juro implícita com P e V) P = prestação, i = tx.juro, V = valor actual da renda

138 Renda perpétua Ex Um agricultor arrendou um terreno por 50€/mês para sempre. Supondo uma taxa de juro de 5% ao ano, qual será o valor presente do terreno?

139 Renda perpétua R.mensal = (1+5%)^(1/12)-1 = 0.407%
V = 50 / 0.407% = €

140 Renda perpétua Ex Um eucaliptal produz, a cada 10 anos, 12kg/m2 de madeira. Supondo um preço de 0.03€/kg de madeira e uma taxa de juro de 3%/ano, qual será o valor actual do eucaliptal? 140

141 Renda perpétua R. Calculo a taxa de juro por 10 anos, (1+3%)^10–1= %, e aplico essa taxa na expressão da renda perpétua postecipada: V = (120.03)/34.392% = 1.05€/m2. 141

142 Renda perpétua Se a renda for antecipada (a prestação é paga no princípio do período), teremos que somar a prestação inicial

143 Renda perpétua Se houver deferimento de n períodos (tempo em que não é paga prestação), a renda terá que ser descontada Só se começa a receber daqui a n+1 períodos pois a expressão p/i é para a renda postecipada

144 Renda de duração limitada
Com o conhecimento da expressão da renda perpétua Há quem lhe chame perpetualidade Podemos calcular o valor de uma renda de duração limitada Compondo duas rendas perpétuas: uma a somar e outra a subtrair

145 Renda de duração limitada
Recebemos a prestação R entre o presente e o período N (postecipada). É equivalente a receber uma renda perpétua a começar agora e pagar uma renda perpétua a começar no período N, Descontado tudo ao presente.

146 Renda de duração limitada
Se a renda for paga no princípio do período (i.e., antecipada)? Teremos que somar uma parcela. Descontar menos um período

147 Renda de duração limitada

148 Renda de duração limitada
Ex Um agricultor arrendou um terreno por 50€/mês, pago no fim do mês, até que o TGV lhe destrua o terreno (i.e., daqui a 25 anos). Supondo uma taxa de juro anual de 5%, qual será o valor presente do terreno?

149 Renda de duração limitada
Já não preciso do Excel r = (1+5%)^(1/12)-1 = 0.407% V = 50/0.407% x (1 – –300) = € x = € Mas podemos usá-lo para verificar

150 Renda de duração limitada
C2: =B2*(1+$D$2)^-A2 C302=sum(C2:C301)

151 Renda de duração limitada
Ex Uma obrigação com o valor nominal de 100€ paga trimestralmente 1€ de cupão e o par (i.e., os 100€) mais o cupão do trimestre final ao fim de 10 anos. Determine a taxa de juro desta obrigação. 151

152 Renda de duração limitada
R. No trimestre final recebemos não só o cupão mas também o par, logo Donde resulta i = 1%/trimestre e i = (1 + 1%)^4-1 = 4.06%/ano 152

153 Renda de duração limitada
Alternativamente, como no fim do prazo recebemos o par, aplicamos simplesmente V = P/i  i = P/V = 1/100 = 1%/trimestre i = (1 + 1%)^4-1 = 4.06%/ano Podemos confirmar no Excel que receber o Par no fim do prazo permite utilizar a expressão da Renda Perpétua 153

154 Oitava Aula 154

155 Renda de duração limitada
Ex o Figo, entre os 25 e os 35 anos, depositou 100mil€/mês (i.e., 120 prestações). Com essa poupança vai receber uma renda de valor fixo entre os 35 anos e os 85 anos (600 prestações). Para uma taxa de juro anual de 3%, quanto vai receber por mês?

156 Renda de duração limitada
Vamos usar como instante de referência os 25 anos (acabados de fazer) Vamos somar Duas rendas de duração limitada Ou quadro rendas perpétuas Nota: Sem perda, vou usar anos para descontar e meses para a renda

157 Renda de duração limitada

158 Obrigações a taxa fixa Uma obrigação de taxa fixa consiste num activo que condensa uma entrega inicial e recebimentos futuro. Recebe-se o “cupão” ao longo do tempo e o “par”) na remissão O valor da obrigação é o valor actual dos recebimentos futuros Altera-se com o decorrer do tempo e da tx.jr de mercado

159 Obrigações a taxa fixa Ex Uma obrigação a 10 anos de valor nominal de 100€ reembolsável ao par (i.e., serão pagos 100€ daqui a 10 anos) cupão zero, vai ser vendida em leilão. Para uma remunerado a uma taxa média de 7.5%/ano, qual o preço máximo que o investidor está disponível a pagar?

160 Obrigações a taxa fixa Vamos descontar os 100€ ao presente:

161 Obrigações a taxa fixa Passados 5 anos, qual será o valor da obrigação? Se o mercado justificar um aumento da taxa de juro em um ponto percentual, qual a desvalorização da obrigação?

162 Obrigações a taxa fixa Já só faltam 5 anos para receber os 100€
O aumento da taxa de juro desvaloriza a obrigação em 8.5%

163 Obrigações a taxa fixa Se o investidor adquiriu a obrigação a 45€, qual a taxa de juro que pensava receber? E qual será se vender a obrigação depois da desvalorização?

164 Obrigações a taxa fixa A taxa de juro prevista era E passou a ser

165 Nona Aula 165

166 Obrigações a taxa fixa Ex Uma obrigação soberana (i.e., emitida por um Estado) a 50 anos emitida em 2010 cujo par é 1000€ paga um cupão anual de 25€ postecipado e o par mais o cupão no fim do prazo. Qual a taxa de juro da obrigação se for adquirida ao par? 166

167 Obrigações a taxa fixa Podemos simplificar a expressão obtendo uma renda perpétua: 167

168 TAEG implícita no contrato
TAEG – Taxa anual efectiva global Actualmente, é obrigatório nos anúncios (de venda a crédito) que seja afixado o preço a pronto pagamento e a taxa de juro implícita efectiva calculada com todas as despesas a incorrer pelo cliente (global)

169 TAEG implícita no contrato
Ex Um televisor (ppp de 1190€), a crédito “paga na entrega 119€ mais 12 prestações trimestrais de 100€. Tem que pagar no fim do primeiro ano mais 50€”. Determine a TAEG deste contrato de crédito.

170 TAEG implícita no contrato
Podemos indicar algebricamente o resultado Mas o mais fácil é determina-lo no Excel

171 TAEG implícita no contrato

172 TAEG implícita no contrato
B2: = ; B3: 100; B6: -150 C2: =B2*(1+E$2)^(-A2) e copiar em coluna. C15: =Soma(C2:C14) Definimos a célula C15 para o valor 0 alterando E2. Se a EURIBOR for 5.5%/ano, qual é a probabilidade de incumprimento implícita neste contrato de crédito?

173 TAEG implícita no contrato

174 TAEG implícita no contrato
Ex Um anúncio dizia “Telefone que lhe emprestamos 5000€ por apenas 150€ mensais (durante 60 meses, TAEG=29.28%)”. Confirme a TAEG.

175 TAEG implícita no contrato
Tem que se determinar no Excel

176 TAEG implícita no contrato

177 Preços correntes e constantes
A parte em que os alunos têm mais dificuldades

178 Preços correntes e constantes
A inflação (i.e., a subida generalizada dos preços dos bens e serviços) não tem efeito na afectação dos recursos escassos. Apenas a alteração dos preços relativos tem efeito.

179 Preços correntes e constantes
O aumento dos preços é calculado para um cabaz de bens e serviços, sendo um valor médio (pesos de 2005). B6: =B2*$G$2+B3*$G$3+B4*$G$4+B5*$G$5

180 Preços correntes e constantes
Nesse sentido, calcula-se quanto o cabaz custava então e compara-se com quanto custa agora. Esse preço é normalizado a valer 100 no ano base (ou 1 ou 1000). B7: =B6/$B$6*100 180

181 Preços correntes e constantes
Em teoria, o índice de preços refere-se a um instante de tempo Mas não é possível medir todos os preços no mesmo instante Então, é um valor médio do período IP = preço médio em 2010 na base 2000 181

182 Preços correntes e constantes
O “preço médio” normalizado denomina-se por Índice de Preços no Consumo, havendo outros índices de preços índice de preços na produção índice de preços dos mais pobres índice de preços do interior norte índice de preços na construção Etc. 182

183 Preços correntes e constantes
Os preços dos bens ou serviços observados no dia a dia denominam-se de “preços correntes” (ou “preços nominais”) e variam ao longo do tempo. E.g., há um ano a gasolina tinha um preço diferente do preço que actualmente vigora.

184 Preços correntes e constantes
Os preços corrigidos da inflação denominam-se de “preços constantes” ou “preços reais”.

185 Preços correntes e constantes
Para transformar preços correntes em preços reais utilizamos o índice de preços. Temos os preços correntes do período J, PJ, que queremos em preços reais com base no ano T, PTJ PJ  PTJ 185

186 Preços correntes e constantes
PJ  T, PTJ Teremos os índices de preços dos períodos na mesma base (e.g., T) IP período T no ano base T, IPTT e IP período J no ano base T, IPTJ 186

187 Preços correntes e constantes
Transformamos PJ  PTJ multiplicando o preço corrente pelo índice de preços do período T, IPTT, e dividindo pelo índice de preços do período J, IPTJ: Não interessa a base do IP pois dá-se uma mudança de base. 187

188 Décima Aula 188

189 Preços correntes e constantes
Ex O preço de um frigorífico diminuiu de € em 2006 para € em Com IP = IP = Quais os preços na base 2005? Qual o preço de 2006 na base 2010? Qual foi a variação em termos nominais e reais do preço? 189

190 Preços correntes e constantes
R. em 2005 o IP vale 100 porque é o ano base P =178.50100/ = € P =169.90100/ = € Para 2010 ocorre mudança da base P =178.50102.82/101.61 = € 190

191 Preços correntes e constantes
Em termos nominais temos 169.90/ –1 = – 4.82% ( – )/ = – 4.82% Em termos reais temos Variação = / –1 = –5.98% Var. média anual (1–5.98%)^(1/4) –1 = –1.53%/ano 191

192 Preços correntes e constantes
Podíamos usar outro ano base qualquer E.g, 2010 Variação = / –1 = –5.98% 192

193 Preços correntes e constantes
Ex O salário mínimo em 1974 era de 16,46€ e em 2010 é de 475,00€. IPC é e IPC é 126,62. compare, em termos reais (de 2010), o poder aquisitivos do SM nesses dois anos e a taxa de variação anual em termos nominais e reais. 193

194 Preços correntes e constantes
Se quiséssemos comparar em termos de preços reais do ano 2010 fazemos os 16.46€ de 1974 valem a preços de 2010 SM = = 520,65€ Que é maior que os actuais SM = 475€ 194

195 Preços correntes e constantes
R. Relativamente à taxa de variação, no espaço de 36 anos, em termos nominais o SM aumentou (475/16.46)^(1/36)–1 = 9,79%/ano em termos reais, diminuiu (15.02/16.46)^(1/36) –1 = –0,25%/ano. 195

196 Preços correntes e constantes
A taxa de inflação é calculada pelo INE com base no IPC e tem periodicidade mensal. Taxa de inflação homóloga – compara o IPC do mês corrente com o IPC do mês igual do ano anterior. Taxa de inflação média – é a média das 12 taxas de inflação homóloga. 196

197 Preços correntes e constantes
Taxa de inflação acumulada – é a variação percentual do IPC desde o princípio do ano. A taxa de inflação mensal anualizada – é a variação percentual entre o IPC no mês anterior e o IPC no mês actual anualizada: (1+π)12-1. A taxa de inflação em cadeia – é a taxa de inflação mensal (ou trimestral) sem anualizar 197

198 Preços correntes e constantes
Interessará retirar a inflação da análise de equivalência das somas de valores dinheiro obtidas em instantes de tempo diferentes. E.g., precisamos saber se a renda de 60mil€ mensais dará ou não para comprar alguma coisa quando o Figo tiver 85 anos. 198

199 Taxa de inflação Sendo IPT J e, IPT J-1
os índice de preços no período J e J-1, respectivamente Também calculamos a taxa de inflação durante o período J, J , por:

200 Preços correntes e constantes
Se, por exemplo, em Março de 2005 o IPC valia e em Março 2006 passou a valer 131.4, então a taxa de inflação homóloga de Março entre estes dois “instantes” foi de 131.4/128.7 – 1 = 2.1%. 200

201 Taxa de inflação Se, por exemplo, em 2005 o IPC valia e em 2006 valia 131.4, então a taxa de inflação em 2006 foi de 131.4/128.7 – 1 = 2.1%. Neste exemplo, refere-se à média do IPC de Jan., Fev., …, Dez. de 2005

202 Taxa de inflação Como a taxa de inflação é calculada com o índice de preços, podemos utilizá-la na transformação de preços correntes em preços reais Ou mesmo refazer o IPC

203 Décima primeira Aula 203

204 Preços correntes e constantes
Se o preço corrente de um bem em 2006 foi de 150€, podemos saber a quanto correspondia em 2005 em termos reais (constantes) descontando este preço com a taxa de inflação O preço do bem, a preços de 2005, seria

205 Preços correntes e constantes
O preço de um bem era p2005 = 1.25€ e passou para p2006 = 1.30€. Sendo que em 2006 a inflação foi de 2.1%, em termos reais, será que o preço deste bem aumentou (em termos reais)?

206 Preços correntes e constantes
O preço, em termos reais, aumentou 1.86%:

207 Preços correntes e constantes
Para transformar preços correntes do período T+n em preços constantes em referência ao período T, sabida a taxa de inflação para cada um dos n–1 períodos, temos:

208 Preços correntes e constantes
Como a taxa de inflação é calculada “em cadeia”, a partir do Índice de Preços: Memorizar que se o IPC aumenta, o preço real diminui.

209 Salário Mínimo Nacional A preços correntes e constantes
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

210 Salário Mínimo Nacional A preços correntes e constantes
E3: =C3*$B$3/B3; F3: =D3*$B$11/B3 E copiava ambas as expressões em coluna

211 Preços correntes e constantes
Ex No exercício 1.31, vimos que o planeamento da reforma do Figo se traduz numa prestação mensal a preços correntes de 44603€ até aos 85 anos. Prevendo-se uma taxa de inflação de 2% ano, i) Determine a preços constantes de agora, qual será o valor desse prestação (faltam 50 anos).

212 Preços correntes e constantes
Vamos descontar 44603€ ao presente com a taxa de inflação de 2%/ano como taxa de desconto: Em termos reais, corresponde a apenas 37% do valor nominal.

213 Preços correntes e constantes
Ex.1.42.ii) Supondo as mesmas entregas, determine um plano de reforma que mantenha o poder aquisitivo (igual em termos reais).

214 Preços correntes e constantes
Posso fazer a análise a “preços correntes” aumentando as prestações na taxa de inflação prevista Ou a “preços constantes” retirando a taxa de inflação da taxa de juro nominal Este “nominal” não é o mesmo conceito de quando falamos de capitalização

215 Preços correntes e constantes
Fazemos a análise a preços reais retirando a taxa de inflação da taxa de juro nominal. A taxa de juro real mensal é %= ((1+3%)/(1+2%))^(1/12)-1.

216 Preços correntes e constantes
A “preços correntes”, uso o Excel:

217 Preços correntes e constantes
B3: =$E$1*(1+$E$4)^A3; C3: =B3*(1+$E$5)^-A3 e depois copiamos em coluna; C603: =Soma(C2:C602) e usamos a ferramenta “Atingir objectivo”, definir a célula C603 para o valor 0 por alteração da célula E1

218 Preços correntes e constantes
Retirada a taxa de inflação à taxa de juro nominal (“preços constantes”), deu o mesmo resultado

219 Compatibilização de tramos da série com diferentes bases
Com o acesso a fontes diferentes de informação e com o decorrer do tempo, as séries de preços mudam de base. Nessa alturas, o índice sofre uma quebra porque salta do valor do antigo tramo da série para 100 e são alterados os pesos relativos dos grupos agregados no índice (a representatividade de cada grupo no índice).

220 Compatibilização de tramos da série com diferentes bases
Quando é preciso utilizar o número índice ao longo de todos os períodos, torna-se necessário compatibilizar os vários tramos da série à mesma base. A redução não é uma mudança para a mesma base porque não se tem em consideração que existem alterações dos ponderadores mas permite fazer uma transição suave entre os vários tramos da série. 220

221 Compatibilização de tramos da série com diferentes bases
No sentido de tornar possível a compatibilização dos tramos, estes sobrepõem-se (pelo menos) durante um período. Temos que usar os períodos de sobreposição para calcular o valor do “salto” em termos relativo entre as séries e reduzi-lo a zero. Vejamos um exemplo de uma mudança de base. 221

222 Compatibilização de tramos da série com diferentes bases
222

223 Compatibilização de tramos da série com diferentes bases
Ex A série do IPC do banco mundial WB2008 (base o ano 2000) vale 4.00 para 1974 e vale para 2002, e a série do INE (base o ano 2002) vale para 2009 (media até abril), compare, em termos reais, o salário mínimo de 1974 (16.46€/mês) com o SM actual (450.00€/mês). 223

224 Compatibilização de tramos da série com diferentes bases
R. Há uma salto em 2002 entre as séries pelo que o valor da série do INE compatibilizado ao da série do Banco Mundial será 108.10/100 = O valor a preços de 2009 dos 16.46€/mês será 16.46125.60/4.00 = €/mês. 224

225 Décima segunda Aula 225

226 Análise de investimentos

227 Análise de investimentos
um investimento é uma entrega de recursos em períodos mais próximos do presente que permite ter recebimentos mais afastados para o futuro

228 Análise de investimentos
Teremos uma contabilização das entregas e dos recebimentos com referência a um mesmo instante de tempo. Será necessário capitalizar uns valores e descontar outros

229 Análise de investimentos
Sendo que a análise é financeira, interessa saber as entregas e os recebimentos em dinheiro (i.e., saber o cash flow)

230 Valor actual líquido No Valor Actual
Agregar todas as parcelas ao instante presente, descontadas ao presente É Liquido porque se amortiza o Capital

231 Valor actual líquido Apesar de não haver um horizonte temporal de encerramento O risco aconselha a usarmos um horizonte temporal limitado. 5 anos 10 anos 25 anos 50 anos

232 Valor actual líquido Ex Num investimento são previstas entregas e recebimentos (k€): i) Somando as entregas e os recebimentos qual o saldo do investimento?

233 Valor actual líquido O saldo seria de 175 mil€
ii) Determine, para uma taxa de remuneração do capital de 10%, qual será o Valor Actual Líquido deste investimento

234 Valor actual líquido O VAL será de 2921€
B5: =B4-B3; B6: =B5*(1+$B$1)^-B2 e depois copiar em linha; B7: =Soma(B6:L6).

235 Valor actual líquido A taxa de juro usada é elevada porque
os recebimentos são incertos as entregas são certas A taxa de juro contém o risco do negócio o VAL do investimento é comparável a um activo sem risco (e.g., depósito a prazo). Para investimentos diferente, a taxa de juro será diferente.

236 Taxa interna de rentabilidade
Quantifica a taxa que torna o VAL igual a zero. Estando o modelo implementado no Excel, determina-se a TIR facilmente com a ferramenta “Atingir objectivo”.

237 Taxa interna de rentabilidade

238 Q de Tobin O q de Tobin é uma medida relativa que incorpora o risco de cada investimento Uma mistura de VAL com TIR Calcula-se pelo quociente entre o valor actual dos recebimentos e o valor actual dos investimentos Terá que ser maior ou igual a 1 238

239 Q de Tobin B8: =B3*(1+$B$1)^-B$2 e copiava
B10: =SOMA(B9:L9)/SOMA(B8:L8) 239

240 Exercícios de recapitulação e Dúvidas

241 Exercício -1 Suponha que empresto 1000€.
A inflação (prevista) é de 2.0% / ano O juro real (acordado) é de 2.0% / ano O risco de não cobrança é de 7.0% / ano i) Quanto devo pedir de taxa de juro?

242 Exercício -1 A taxa de juro seria de11.869%:
1+i = ( ) x ( ) / (1 – 0.07) i =11.869% ii) Se acordar receber os 1000€ em 12 prestações trimestrais caindo a primeira depois de decorridos 2 anos do empréstimo, de quanto deve ser a prestação?

243 Exercício -1 A renda é antecipada E começa daqui a dois anos
A taxa de juro trimestral é ( ) = %

244 Exercício -1

245 Exercício -1

246 Exercício -2 Emprestando 25M€, a 5 anos à taxa de 4% / ano. A meio do prazo, recebo 5 M€. Qual o capital final que vou receber?

247 Exercício -2 O capital final a receber será de
25000.(1 + 4%) (1 + 4%)2.5 = = 24901,22€. [25000.(1 + 4%) ] .(1 + 4%)2.5 =

248 Exercício -3 Vou receber 1000€ daqui a 10 anos. Para uma taxa de juro de 4€/ano, qual o valor actual dessa soma?

249 Exercício -3 R. O valor dos 1000€ no presente resolve:

250 Exercício -4 Um indivíduo deposita, durante 40 anos, 100€/mês para receber uma reforma mensal durante 15 anos. Supondo que a taxa de juro é de 4% ao ano e a inflação de 2.5%, determine o valor da reforma a preços correntes e a preços constantes de agora.

251 Exercício -4 Vou somar quatro rendas perpétuas ou duas de duração limitada:

252 Exercício -4 A preços correntes, i = 0,327%/mês R = 854.67€ /mês
A preços reais, i = [(1+4%)/(1+2.5%)]1/12 -1 i = 0,12%/mês R = €/mês

253 Exercício -5 Num investimento de 1000€ prevê-se que as vendas aumentem 25% ao ano e que o custo das vendas sejam 60%. As amortizações são constantes a 5 anos Calcule o VAL e a TIR

254 Exercício -5

255 Exercício -5

256 Exercício -5 D6: =C6*(1+$B$1) C7: =C6*$B$2 C8: =C6-C7 C9: =$B$3/5
B15: =SOMA(B14:G14)

257 Exercício -5 Aplico agora o modelo para determinar a TIR


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