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EGC EPISTEMOLOGIA E CIÊNCIA

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Apresentação em tema: "EGC EPISTEMOLOGIA E CIÊNCIA"— Transcrição da apresentação:

1 EGC 5004 - EPISTEMOLOGIA E CIÊNCIA
AS BASES EPISTEMOLÓGICAS DA FENOMENOLOGIA Carlos Henrique Prim

2 Epistemologia e Ciência
1. Introdução 2. Idéias Principais 2.1 Fenomenologia de Husserl 2.2 Fenomenologia de Heidegger 2.3 Fenomenologia de Gadamer 3. Questões ontológicas e epistemológicas 4. Questões metodológicas

3 Epistemologia e Ciência
1. INTRODUÇÃO

4 Epistemologia e Ciência
ONTOLOGIA Procura responder “o que é a realidade” (Hughes, 1980). Qual é a forma e a natureza da realidade e o que pode ser conhecido sobre ela (Laverty, 2003).

5 Epistemologia e Ciência
Procura responder “de que forma a realidade pode ser conhecida” (Hughes, 1980). Qual é a natureza da relação entre quem conhece e o que pode ser conhecido (Laverty, 2003).

6 Epistemologia e Ciência
METODOLOGIA Procura responder “como o investigador pode proceder para encontrar o que ele acredita que pode conhecer” (Laverty, 2003). Refere-se às suposições fundamentais e características de uma abordagem científica (van Manen, 1990).

7 Epistemologia e Ciência
ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA e METODOLOGIA Os problemas ontológicos, epistemológicos e metodológicos não são isolados entre si (Morgan e Smircich, 1980). Afirmações a respeito do que existe no mundo (ontologia) levantam questões relativas à possibilidade de se conhecer o que existe (epistemologia) e dos procedimentos para adquirir o conhecimento (metodologia).

8 Epistemologia e Ciência
O QUE É FENOMENOLOGIA? É o estudo da experiência vivida (van Manen, 1990). Experiência vivida é o que experimentamos de forma pré-reflexiva (Laverty, 2003; van Manen 1990). Qualquer coisa que se apresente à consciência é potencialmente de interesse da fenomenologia, seja um objeto real ou imaginário, empiricamente mensurável ou subjetivamente sentido (van Manen, 1990).

9 Epistemologia e Ciência
2. IDÉIAS PRINCIPAIS

10 Epistemologia e Ciência
2.1 Fenomenologia de Husserl

11 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) Edmund Husserl é considerado o pai da fenomenologia. Fez doutorado em matemática teórica (cálculo de variação) antes de iniciar seus estudos em filosofia. Criticou a psicologia como uma ciência que está indo na direção errada ao tentar aplicar os métodos das ciências naturais às questões humanas (Laverty, 2003).

12 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) A análise fenomenológica de Husserl dá ênfase ao fenômeno, ao que é dado imediato, à coisa que aparece diante da consciência (Padovani, 1990). No dado está contida a sua essência (Padovani, 1990).

13 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) O papel da fenomenologia é conhecer e descrever o mundo das essências, “a qual faz uma coisa o que ela é, e sem a qual não seria o que é” (van Manen, 1990). As essências são os objetos de estudo da fenomenologia, enquanto que os fatos são os objetos da psicologia (Padovani, 1990).

14 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) Duas técnicas são fundamentais na fenomenologia de Husserl: a intencionalidade e a “epoché”. A compreensão de um fenômeno é, de acordo com Husserl, um processo intencional. Através da intencionalidade, a mente é direcionada para o objeto de estudo (Laverty, 2003).

15 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) A consciência funde-se com o objeto para o qual está intencionado, não podendo jamais ser separado daquele objeto (LeVasseur, 2003). É da natureza do ser-humano estar com a consciência sempre direcionada para alguma coisa que não a si mesma. Sendo a consciência sempre intencional e indivisível de seu objeto, ela não pode ser uma coisa que subsiste independentemente, como no cartesianismo (LeVasseur, 2003).

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FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) Praticar a “epoché” é colocar em suspensão todas as crenças prévias, uma redução de quaisquer teoria e explicação apriorística (Garnica, 1997). “Epoché”, suspensão e redução fenomenológicas são tidas como sinônimos. Husserl propôs que é necessário “suspender” as pressuposições pessoais para ter contato com a essência do fenômeno (Laverty, 2003).

17 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HUSSERL ( ) Husserl via no seu método uma forma de alcançar o verdadeiro significado das coisas: “ver as coisas como elas são”. Julgou ter descoberto a verdadeira natureza do conhecimento da realidade e dos conceitos universais (Padovani, 1990). A fenomenologia de Husserl é denominada Fenomenologia Transcendental.

18 Epistemologia e Ciência
2.2 Fenomenologia de Heidegger

19 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER ( ) Formação inicial em teologia católica. Heidegger trabalhou com Husserl, que o treinou nos processos de redução fenomenológica e intencionalidade (Laverty, 2003). Contudo, Heidegger decidiu seguir um caminho alternativo ao de Husserl. A forma como a exploração da experiência vivida é realizada diferencia o trabalho de Husserl e Heidegger (Laverty, 2003).

20 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER ( ) Heidegger rejeitava a idéia de que nós somos seres observadores separados do mundo dos objetos que queremos conhecer. Pelo contrário, nós somos inseparáveis de um mundo em existência (Draucker, 1999).

21 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER ( ) Para Heidegger, não é a essência que dá significado à existência, mas o contrário (Padovani, 1990). Heidegger argumenta que o humano “sendo-no mundo” está sempre buscando significados para suas experiências. A filosofia deve desvendar a existência, determinar a essência do “estar-no-mundo”.

22 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER ( ) Apesar de ter tido origem na fenomenologia de Husserl, sua filosofia caracteriza-se como um sistema filosófico distinto, enquadrando-se no Existencialismo. Heidegger modificou o método fenomenológico, ajustando-o para o seu próprio sistema filosófico.

23 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER ( ) Para Heiddeger, as pressuposições não podem ser suspensas, pois são elas que possibilitam a construção de significado das experiências. Linguagem e compreensão são aspectos estruturais inseparáveis do humano “sendo-no-mundo”. Interpretação é vista como crítica para o processo de entendimento da experiência (Laverty, 2003). As experiências só podem ser entendidas em termos do background e do contexto social da experiência.

24 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER ( ) A fenomenologia de Heidegger é denominada: Fenomenologia Existencialista. Fenomenologia Interpretativa. Fenomenologia Hermenêutica.

25 Epistemologia e Ciência
2.3 Fenomenologia de Gadamer

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FENOMENOLOGIA DE GADAMER ( ) Gadamer deu continuidade ao trabalho de Heidegger na Fenomenologia Hermenêutica. Avançou o estudo sobre o papel das pressuposições na fenomenologia, que desempenham papel importante na interpretação.

27 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE GADAMER ( ) Gadamer considera que é somente através do pré- entendimento que o entendimento é possível (Fleming et. al, 2003). A interpretação é um processo em evolução, assim uma interpretação definitiva jamais é possível.

28 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE GADAMER ( ) “Quando interpretamos o significado de alguma coisa, nós interpretamos uma interpretação” (Gadamer apud van Manen, 1990) Gadamer colocou uma ênfase maior na linguagem do que fez Heidegger. Para ele, a redução fenomenológica não é apenas impossível, mas um absurdo (Laverty, 2003). O que é essencial não é a “redução”, mas estarmos consciente de nossos pré-conceitos e pressuposições.

29 Epistemologia e Ciência
FENOMENOLOGIA DE GADAMER ( ) Gadamer também está ligado ao movimento da hermenêutica crítica. Ele afirma que a interpretação é inibida e influenciada pelas forças sociais, políticas e econômicas. Ele acentuou a importância da tradição, do background e da história em nossas formas de entendimento.

30 Epistemologia e Ciência
3. QUESTÕES ONTOLÓGICAS E EPISTEMOLÓGICAS

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QUESTÕES ONTOLÓGICAS E EPISTEMOLÓGICAS Husserl focou em questões epistemológicas da relação entre o conhecedor e o objeto de estudo (Laverty, 2003); Fez distinção entre o objeto que é intencionado e o ato de intencionar.

32 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES ONTOLÓGICAS E EPISTEMOLÓGICAS Heidegger revisou a fenomenologia para incluir a ontologia (Jones, 2001). Apagou qualquer distinção entre o indivíduo e a experiência, interpretando eles como coexistentes (Laverty, 2003). Nessa perspectiva, a redução fenomenológica ou “epoché” é impossível

33 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES ONTOLÓGICAS E EPISTEMOLÓGICAS Husserl parecia ter uma necessidade profunda pela certeza, que o levava em direção de fazer da filosofia uma ciência rigorosa. A suspensão fenomenológica ou “epoché” é considerada uma forma de indicar rigor científico na abordagem fenomenológica (LeVasseur, 2003)

34 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES ONTOLÓGICAS E EPISTEMOLÓGICAS Apesar de Husserl não ser visto exatamente no enquadramento positivista da ontologia e epistemologia, sua educação formal em matemática é visto como uma influência na sua conceitualização de filosofia (Laverty, 2003).

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QUESTÕES ONTOLÓGICAS E EPISTEMOLÓGICAS Na fenomenologia hermenêutica, o pré-julgamento pode ser usado positivamente como parte dos dados da experiência e ajuda a estabelecer o horizonte de significado (LeVasseur, 2003). A essência do que se procura nas manifestações do fenômeno nunca é totalmente apreendida, mas sua busca possibilita novas compreensões (Garnica, 1997).

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4. QUESTÕES METODOLÓGICAS

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QUESTÕES METODOLÓGICAS O método fenomenológico não é dedutivo nem empírico (Gil, 1999). Qualquer coisa que se apresente à consciência é potencialmente de interesse da fenomenologia, seja um objeto real ou imaginário, empiricamente mensurável ou subjetivamente sentido (van Manen, 1990). A experiência não é decomposta em partes, mas descrita/compreendida de forma holística.

38 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES METODOLÓGICAS A fenomenologia ressalta a idéia de que o mundo é criado pela consciência, o que implica o reconhecimento da importância do sujeito no processo da construção do conhecimento (Gil, 1999).

39 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES METODOLÓGICAS A fenomenologia como um método está longe de ter uma abordagem única (LeVasseur, 2003). É possível fazer uma distinção entre a fenomenologia (como uma descrição pura da experiência vivida) e a fenomenologia hermenêutica (como uma interpretação da experiência) (van Manen, 1990).

40 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES METODOLÓGICAS Enquanto o foco e os resultados da pesquisa, incluindo a coleta de dados, a seleção dos sujeitos e o entendimento da experiência vivida, pode ser similar nas duas abordagens, a posição do pesquisador, o processo de análise dos dados e as questões de rigor e credibilidade podem ter um grande contraste (Laverty, 2003).

41 Epistemologia e Ciência
QUESTÕES METODOLÓGICAS Os seguidores rigorosos do método transcendental de Husserl insistem que a pesquisa fenomenológica é puramente descritiva (van Manen, 1990). A fenomenologia descritiva tem o compromisso da redução fenomenológica (LeVasseur, 2003);

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QUESTÕES METODOLÓGICAS A pesquisa hermenêutica é interpretativa e preocupada com o significado histórico da experiência. O entendimento é derivado do envolvimento pessoal do pesquisador com o tema, pois o pesquisador é um “ser-no-mundo” buscando significado de suas experiências.

43 Epistemologia e Ciência
O MÉTODO DE VAN MANEN A abordagem de Van Manen (1990) é fenomenológica, hermenêutica e semiótica ou orientada pela linguagem. A pesquisa fenomenológica interpretativa não pode ser separada da prática textual (van Manen, 1990).

44 Epistemologia e Ciência
O MÉTODO DE VAN MANEN A epistemologia da experiência e percepção mudou para a epistemologia da linguagem (van Manen, 1990). A mudança dessa epistemologia é a conscientização de que a experiência vivida está imersa na linguagem. Nós somos capazes de relembrar e refletir sobre as experiências graças à linguagem.

45 Epistemologia e Ciência
O MÉTODO DE VAN MANEN Suspensão fenomenológica, nessa abordagem, é se tornar consciente de nossas crenças, pré- suposições, preconceitos, suposições e teorias através de sua explicitação.

46 Epistemologia e Ciência
O MÉTODO DE VAN MANEN Estrutura de pesquisa sugerida por van Manen (1990) Orientando-se para a natureza da experiência vivida Investigando a experiência vivida Refletindo sobre os significados da experiência Descrevendo a experiência Mantendo uma orientação para o fenômeno Balanceando o contexto da pesquisa

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DRAUCKER, C. B. The critique of Heideggerian hermeneutical nursing research. Journal of Advanced Nursing, v. 39, n. 2, 1999, pp FLEMING, V.; GAIDYS, U. and ROBB, Y. Hermeneutic research in nursing: developing a Gadamerian-based research method. Nursing Inquiry, v. 10, n. 2, 2003, pp GARNICA, A. V. M. Algumas notas sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v. 1, n. 1, Agosto 1997, pp GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo : Atlas, 1999. HUGHES, J. A filosofia da pesquisa social. Rio de Janeiro : Zahr, 1980, p JONES, A. Absurdity and being-in-itself. The third phase of phenomenology: Jean-Paul Sartre and existencial psychoanalysis. Journal of Psychiatric and Mental Health Nursing, v. 8, 2001, pp

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LAVERTY, S. M. Hermeneutic phenomenology and phenomenology: a comparison of historical and methodological considerations. International Journal of Qualitative Methods, v. 2, n. 3, September 2003, pp LeVASSEUR, J. J. The problem of Bracketing in Phenomenology. Qualitative Health Research, v. 13, n. 3, March 2003, pp MORGAN, G. and SMIRCICH, L. The case for qualitative research. Academy of Management Review, v. 5, n. 4, 1980, pp PADOVANI, U. A história da filosofia. 15a ed. São Paulo : Melhoramentos, 1990. VAN MANEN, M. Researching lived experience. New York : State University of New York Press, 1990.


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