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XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 PAINEL:TRABALHO, SAÚDE PÚBLICA E GLOBALIZAÇÃO A PROPÓSITO DAS RELAÇOES ENTRE SAÚDE.

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1 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 PAINEL:TRABALHO, SAÚDE PÚBLICA E GLOBALIZAÇÃO A PROPÓSITO DAS RELAÇOES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E A ESFERA DO TRABALHO Yves SCHWARTZ

2 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 A PROPÓSITO DAS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E A ESFERA DO TRABALHO 1 Seria possível construir três relações entre a esfera do trabalho e a saúde pública, num mundo cada vez mais globalizado. 2 Duas relações vão do relativamente global (do nível macro) para a esfera do trabalho. Nesse caso, a atividade de trabalho sofre os efeitos gerados fora dela, pelas estratégias de desenvolvimento econômico e industrial: como diz tão bem o professor Oswaldo Sevá, da UNICAMP, os humanos sofrem, no ambiente de vida e de trabalho, das resultantes de alterações, contaminações e destruições mensuráveis no ambiente local, regional até a escala planetária. Temos aqui um problema de saúde pública, o que é visto através da urbanização, habitação, políticas de prevenção e de saúde… Ou seja, isso afeta as condições do trabalho e as condições de vida das famílias dos trabalhadores. a atividade de trabalho pode ainda mais diretamente sofrer pelas escolhas técnicas, escolhas das formas de gestão, de organização, de governança do trabalho: caso do uso amianto, da presença do stress, das Lesões por Esforços Repetitivos. No caso das LER, o professor Paulo Pena, da Universidade Federal de Bahia nos fala (a partir de sua tese de doutorado na França, 2000, Paris, EHESS) de technose, uma doença social de origem ocupacional (a primeira epidemia de origem robótica), considerando a organização do trabalho das caixas de supermercado,

3 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 A PROPÓSITO DAS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E A ESFERA DO TRABALHO 3- Medir esses dois tipos de relação torna-se fundamental. Mas será que o único nível para entender e agir sobre as relações trabalho/saúde pública é o macro? Não seria melhor agir sobre as decisões – estratégias econômicas e industriais globalizadas – e, ao mesmo tempo, dar visibilidade às reservas de alternativas que se geram continuamente no interior mesmo da atividade de trabalho? Não fazer esse esforço seria enfraquecer as ações necessárias no que diz respeito à saúde pública. Isso pode parecer um grande desafio, dado que entre o macro das decisões e forças econômicas e o aparentemente micro do que acontece nas atividades de trabalho, o descompasso parece enorme. Mas não é verdade: trabalhar sempre faz, em maior ou menor grau, um apelo, uma convocação ao mundo social inteiro, com todos os seus valores.

4 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 A PROPÓSITO DAS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PUBLICA E A ESFERA DO TRABALHO 4 - Com a ajuda de certos ergonomistas, filósofos, médicos, etc., Podemos afirmar que em toda atividade de trabalho, através das variabilidades de procedimentos, de cooperações, de interações linguísticas… se processam escolhas múltiplas. ESCOLHAS QUE SUPÕEM VALORES PARA DIRIGIR AS DECISÕES. A SAÚDE É DUPLAMENTE IMPLICADA POR ESSAS ESCOLHAS: –Essas escolhas custam aos trabalhadores, podem favorecer a sua saúde ou, ao contrário, afetá-la de forma nociva (ver as queixas de stress); –Essas escolhas se enfrentam com, se contrapõem a, retrabalham valores do bem comum (como a justiça, a solidariedade, a cultura, e a saúde), na forma de bem comum público. ASSIM, DOIS TIPOS DE VALORES, HETEROGÊNEOS TRABALHAM, DO INTERIOR, A ATIVIDADE DE TRABALHO: –Valores quantitativos, que são tão importantes pelas atividades encerradas nos setores governados pelo mercado; valores que ignoram o conteúdo concreto da atividade de trabalho e dessas escolhas. –Valores sem dimensao, como esses valores do bem comum (a saúde não tem preço); TENTAR COMBINAR ESSES DOIS TIPOS DE VALORES É O QUE SE PODE CHAMAR UMA DRAMÁTICA DE USO DE SI.

5 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 A PROPÓSITO DAS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E A ESFERA DO TRABALHO 5-Por via dessas dramáticas de uso de si, dessa inserção de valores do bem comum nas tarefas e atividades industriosas, o trabalho social nunca fica fechado sobre si-mesmo: tem uma dupla relação dialética: COM OS PÓLOS QUE GOVERNAM OS MERCADOS (VALORES QUANTITATIVEIS E MERCANTIS); COM OS PÓLOS QUE LEVAM EM CONTA, TEORICAMENTE, OS VALORES DO BEM COMUM.` PODEMOS ENTÃO APRESENTAR O ESQUEMA DE UM ESPAÇO SOCIAL COM TRES PÓLOS. ELE TENTA FIGURAR DE FORMA SINTÉTICA COMO SÃO GERADAS TENSÕES, DESIGUALDADADES, CRISES, CONTRADIÇÕES E AVANÇOS: Dentro de sociedades tendencialmente pautadas pelo mercado; Levando em conta as dramáticas de uso de si presentes em toda atividade (industriosa). Para mim, este é um esquema geral. Mas poderia ajudar a entender tanto como se constroem - ou destroem - as relações dialéticas entre trabalho, saúde e democracia através da diversidade histórica dos povos, dos estados ou grupos de estados; quanto como, segundo o grau de visibilidade dado às dramáticas de uso de si, é possível agir sobre a história e transformar positivamente essas dialéticas.

6 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 A PROPÓSITO DAS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E A ESFERA DO TRABALHO 6-APRESENTAÇÃO DOS DOIS ESQUEMAS: O PRIMEIRO, SIMPLIFICADO (em dois tempos); O SEGUNDO, MAIS COMPLICADO (para sugerir como essas relações dialéticas se diversificam junto com os modos locais de uso da força de trabalho, com as tradições sindicais, democráticas, com a força dos Estados, do Direito…).` 7-TRIPLA FUNÇÃO DESSE ESQUEMA: a.COSTURAR OS NÍVEIS TENDENCIALMENTO MACRO, GLOBAL, E O NÍVEL TENDENCIALMENTE MICRO. Assim, se o pólo 2 pode agir e governar o pólo 1, esse pólo 1 reage de modo Mais ou menos visível (através as dramáticas de uso de si) sobre esse pólo E o pólo 1 pode agir sobre o 2 via o pólo 3 (por exemplo, a força do direito Do trabalho). Isso depende da ancoragem das relações democráticas no Estado ou grupo de estados (ex.: União européia); b. TANTO MAIOR A FORÇA DOS VALORES SEM DIMENSÃO (valores do bem comum) EM RELAÇÃO AO PÓLO 3, MAIOR A FORÇA DA CIDADANIA NO LOCAL DE TRABALHO: UM TRUNFO PELA SAÚDE NO TRABALHO. c. MAS, POR OUTRO LADO, DAR VISIBILIDADE ÀS DRAMATICAS DE USO DE SI, AO RETRABALHO DOS VALORES SEM DIMENSAO NA BUSCA DA SAÚDE OU DO BEM-VIVER NO TRABALHO, PODE DAR ESPAÇO ÀS RESERVAS DE ALTERNATIVAS PELO FUNCIONAMENTO DEMOCRÁTICO DA POLITÉIA.

7 XI Congresso Mundial de Saùde Pùblica, Rio de Janeiro, Agosto de 2006 A PROPÓSITO DAS RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E A ESFERA DO TRABALHO EM ANEXO: O EXEMPLO DA CONCORDÂNCIA DOS TEMPOS – ver 2 textos: Alain SUPIOT (12/1995,Temps de travail, pour une concordance des temps, Droit Social pp. 947- 954, tempo do trabalho, tempo pessoal, tempo social); e Y.Schwartz (PEMP, 2000, Texto 25: três tempos - valores ergológico, mercantil, constitucional, distintos, mas que não podem se desenvolver isolados).


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