Decepções Raul Teixeira.

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1 Decepções Raul Teixeira

2 Não somos poucos os que nos tornamos pessoas amargas, indiferentes ou frias, por causa de decepções que afirmamos ter sofrido aqui ou ali, envolvendo outras pessoas.

3 A decepção foi com o amigo
a quem recorremos num momento de necessidade e não encontramos o apoio esperado.

4 Foi com o companheiro de trabalho que nos constituía modelo, parecia perfeito e o surpreendemos em um deslize.

5 Tais decepções devem nos remeter exames melhores das situações.
Decepcionarmo-nos com pessoas que estão no Mundo, sofrendo as nossas mesmas carências e tormentos não é muito real.

6 Primeiro, porque elas não nos pediram para assinar contrato ou compromissos de infalibilidade para conosco.

7 Segundo, porque o simples fato de elas transitarem na Terra, ao nosso lado, é o suficiente para que não as coloquemos em lugares de especial destaque, pois todas têm seu ponto frágil e até mesmo seus pontos sombrios.

8 A nossa decepção, em realidade, é conosco mesmo,
pois nos equivocamos em nossa avaliação, por precipitação ou por análise superficial.

9 Não menos errada a decepção que afirmamos ter com a própria religião, com a doutrina de fé cristã que está a espalhar, em toda parte, os ensinamentos deixados por Jesus Cristo para os seres de boa vontade.

10 O que acontece é que costumamos confundir as doutrinas que ensinam o bem, o nobre, o bom com os doutrinadores que, embora falem das virtudes que devemos perseguir, conduzem as próprias existências em oposição ao que pregam.

11 Como vemos, a decepção não é com as mensagens da Boa Nova, mas exatamente com os que conduzem a mensagem. Nesse ponto não nos esqueçamos de fazer o que ensinou Jesus: comparar os frutos com as qualidades das árvores donde eles procedem, de modo a não nos deixarmos iludir.

12 Nós mesmos é que criamos as ondas que nos decepcionam e magoam.
Avaliemos, desta forma, as nossas queixas contra pessoas e situações e veremos que temos sido os grandes responsáveis pelas desilusões do caminho. Nós mesmos é que criamos as ondas que nos decepcionam e magoam.

13 Cabe-nos amadurecer gradualmente nos estudos e na prática do bem, aprendendo a examinar cada coisa, cada situação, analisar a nós mesmos com atenção, a fim de crescermos para a grande luz, sem nos decepcionarmos com nada ou com ninguém.

14 Precisamos aprender a compreender cada indivíduo no nível em que se situa, não exigindo dele mais do que possa dar e apresentar,

15 exatamente como não podemos pedir à roseira que produza violetas, que não tenha espinhos e que não despetale suas flores na violência dos ventos.

16 Para que avancemos em nossa caminhada evolutiva, imponhamo-nos uma conduta de maturidade, de indulgência e de benevolência para com os demais.

17 Disponhamo-nos a brilhar, sob a proteção de Deus, avançando sempre, não nos detendo na retaguarda a examinar mágoas e depressões, que se apresentam na estrada como pedras e obstáculos, calhaus e detritos. Texto extraído do Livro Revelações da Luz - Música: André Rieu

18 Que em seu coração transborde
a Paz e o Amor de Cristo.