A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Cultura e humanização Profª Karina Oliveira Bezerra

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Cultura e humanização Profª Karina Oliveira Bezerra"— Transcrição da apresentação:

1 Cultura e humanização Profª Karina Oliveira Bezerra
Educação e Sociedade Cultura e humanização Profª Karina Oliveira Bezerra

2 1. Conceito antropológico de cultura
Cultura é tudo o que o ser humano produz para construir sua existência e atender a suas necessidades e desejos. É o conjunto das caracteristicas distintivas, espirituais e materiais, intelectuais e afetivas que caracteriza uma sociedade ou um grupo social. (valores e crenças). A cultura exprime as variadas formas pelas quais se estabelecem as relações entre os indivíduos, entre os grupos e destes com a natureza: como constroem abrigos, inventam untensilios e instrumentos, criam uma língua, a moral, a política, a estética, organizam leis e instituições, como se alimentam, casam e têm filhos, como concebem o sagrado e se comportam diante da morte.

3 Isso significa que o existir humano não é natural, mas cultural.
E é cultural por ser simbólico, já que todo contato é intermediado pelos símbolos e signos. O signo representa o que está ausente: seja pessoas, ou coisas distantes, sejam entes imaginários, seja o passado o passado ou o futuro. A linguagem humana substitui as coisas por símbolos, tais como as palavras, os gestos, a escrita, a pintura e etc. A cultura é o conjunto de símbolos elaborados por um povo em determinado tempo e lugar, capacidade que inclui todas as formas de agir, pensar, desejar, exprimir sentimentos.

4 Animais não humanos A atividade dos animais à diferença do ser humano, é determinada po condições biológicas que lhes permitem adaptar-se ao meio em que vivem, sem liberdade para agir em discrepância com a sua própria natureza. Razão pela qual o comportamento de cada espécie animal é sempre identico. Por serem os mesmos em todos os tempos, os atos dos animais não têm história, não se renovam salvo as modficações que resultam da evolução das espécies e as decorrentes de alteraçãos genéticas. A medida que subimos na escala zoológica, identificamos ações animais que não dependem apenas de reflexos e instintos. Por mais flexível que seja o comportamento de alguns animais, trata-se, no entanto, de uma inteligência concreta, distinguindo-se da inteligência humana, que é abstrata. Portanto, repetimos, o animal não domina o tempo – não faz história -, porque seu ato se esgota no momento em que ele o executa.

5 2. Cultura e socialização
O processo de socialização tem início pela influência da comunidade sobre os indivíduos. Meninas-lobo e Viktor O mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos por outros, um mundo de valores dados. Tudo se acha estabelecido em convenções, inclusive as emoções. A condição humana resulta, pois, da assimilação de modelos sociais: a humanização se realiza mediada pela cultura. Até a recusa de se comunicar é também um modo de comunicação. Por isso a condição humana não apresenta características universais e eternas, pois variam as respostas dadas socialmente aos desafios, a fim de realizar a existência, sempre historicamente situada. A autoprodução humana por meio da cultura completa-se em dois movimentos contraditórios e inseparáveis: por um lado, a sociedade exerce sobre o indivíduo um efeito plasmador; por outro, porém, cada um elabora e interpreta a herança recebida na sua perspectiva pessoal. E o teor dessas mudanças varia conforme o tipo de sociedade: mundo contemporâneo x tribos indígenas

6 3. Sentido restrito de cultura
Além do conceito antropológico de cultura, que abrange todas as manifestações culturais, podemos fazer um recorte para considerar um aspecto mais restrito, qual seja o da produção intelectual de um povo, expresso nas atividades filosóficas, científicas, artísticas, literárias, religiosas etc. É justo pensar que esses bens deveriam estar disponíveis para todos, tanto na fase de reprodução ou , de invenção, quanto na de consumo e fruição. Quando se predomina relações de dominação, as pessoas do povo são impedidas de elaborar criticamente a sua própria produção cultural e, consequentemente, são excluídas do acesso a esse tipo de bens culturais. E, quando deles se apropriam, tende a prevalecer o consumo da cultura dominante. Essas dirtorções levam a ideia de se ter cultura. Ou seja, o conhecimento como um benefício que se pode se dado. Assim as pessoas “culta” seria aquela que tem posse de conhecimentos, não se levando em conta o dinamismo da cultura e a sua dupla dimensão de construção e ruptura. É necessário saber interpretar a importância da obra para a construção do mundo humano e analisar os significados dos valores propostos.

7 Diversos tipos de cultura
É difícil estabelecer a classificação dos tipos de cultura,e com frequencia se corre o risco de resvalar em distorções e mal-entendidos Assim ao contrapormos, por exemplo, “cultura de elite” e “cultura popular”, estaremos emitindo juízos de valor depreciativos se considerarmos a cultura de elite superior porque refinada, elaborada, ao passo que a cultura popular seria inferior por se tratar de expressão ingênua e não intelectualizada.

8 A cultura erudita A cultura erudita é a produção elaborada, acadêmica, centrada no sistema educacional, sobretudo na universidade, também conhecida como cultura de elite ou alta cultura, por ser produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades. As produções da cultura erudita são as obras-primas que revolucionam os diversos campos do saber e da ação. Produtos humanos que provocam “cortes” na maneira de pensar e agir e que, por isso se tornam clássicos. Exige maior rigor na sua elaboração e torna-se acessível a um público restrito. Nas sociedades divididas existe um tipo de exclusão externa, que seleciona de antemão os privilegiados que terão acesso a essa produção cultural, quando na verdade a possibilidade de escolha deveria estar garantida a qualquer um, independentemente de suas posses e status social.

9 A cultura popular De maneira geral, consiste na cultura anônima produzida pelos habitantes do campo, das cidades do interior ou pela população suburbana das grandes cidades. No sentido mais comum, a cultura popular é identificada ao folclore, que constitui o conjunto de lendas, contos, provérbios, práticas e concepções transmitidos oralmente pela tradição. Alguns a ignoram ou desprezam, e outros podem apreciá-la como manifestação do pitoresco e do exótico, o que resulta na sua apropriação para o “espetáculo”: veja-se o folclore para o turismo, em que as práticas são adaptadas, “maquiadas”, e portanto, ajustáveis ao consumo. Antonio Gramsci: Deve-se reconhecer a necessidade que tem o povo de formar seus próprios intelectuais, a fim de elaborar a consciência de classe. Desse modo seriam desenvolvidas práticas de resistência popular, que afastariam o povo do conformismo, resgatando sua cultura e proporcionando novas vias de expressão popular diferenciadas das elites dominantes.

10 A cultura de massa A cultura de massa resulta dos meios de comunicação de massa, ou mídia. São considerados meios de comunicação de massa o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo, a imprensa, as revistas de grande circulação. Surgiu após a revolução industrial (empresários de circo e de teatro popular; editores de publicações periódicas etc.), e intensificou-se no século XIX com o aparecimento do jornal, no qual o romance-folhetim, precursor das atuais telenovelas, era publicado em episódios fragmentados. Ao contrário da cultura popular, a cultura de massa é produzida “de cima pra baixo”, impõe padrões e homogeneiza o gosto por meio do poder de difusão de seus produtos. Em linhas gerais, é também uma produção estandardizada que visa ao passatempo, ao divertimento e ao consumo.

11 Apocalípticos e integrados, “Pasteurização” e Kitsch
Apocalípticos: denunciam a cultura de massa como instrumento de alienação e massificação. Integrados: a veem como um fenômeno contemporâneo, considerado a partir de sua novidade, não podendo ser avaliado pelos padrões próprios de outro tipo de produção intelectual. Não há como negar a “pasteurização” da cultura quando a televisão, por exemplo, apresenta o espetáculo do carnaval ou da macumba como típico “folclore para turismo”. A cultura de massa tambémprocura se apropriar da cultura erudita e, quando o faz, pode resultar no Kisch. Ex: A imitação da louça chineza inacessível às suas posses.

12 Filósofos frankfurtianos
São críticos severos da cultura de massa, porque “os meios de comunicação de massa são o posto da obra de pensamento, que é a obra cultural – ela leva a pensar, a ver, a refletir. As imagens publicitárias, televisivas e outras, em seu acúmulo acrítico, nos impedem de imaginar. Elas tudo convertem em entretenimento: guerras, genocídios, greves, cerimônias religiosas, catástrofes naturais e das cidades, obras de arte, obras de pensamento. Cultura é pensamento e reflexão. Pensar é o contrário de obedecer. Controvérsias à parte, não há como negar que o grande perigo, no entanto, está no poder dos meios de comunicação de massa em manipular a opinião pública.

13 A cultura popular individualizada
Caracteriza-se por ser produzida por escritores, compositores, artistas plásticos, dramaturgos, cineastas, enfim, intelectuais que não vivem dentro da universidade ( e, portanto, não produzem cultura erudita) nem são típicos representantes da cultura popular ( que se caracteriza pelo anonimato), tampouco da cultura de massa ( que resulta do trabalho de equipe). Ex: Caetano Veloso ou Zeca Baleiro. O criador individual sofre a influência de todas essas expressões culturais. Evidentemente esses artistas não estão livres das influências ideológicas, podendo ser cooptados pelo sistema ou sucumbir ao apelo do consumo fácil. Ex: a música dita “sertaneja”, os livros “esotéricos”.

14 Pluralidade Cultural Existem inúmeras expressões de cultura, não só ao longo do tempo, ou nas diferentes comunidades, como também na vida de cada indivíduo. Na tendencia conservadora, no entanto, muitos definem sua própria cultura como a correta. Chegam a achar “naturais” certos atos e valores que se opõem a outros, considerados “exóticos”. Ex: a perplexidade dos europeus em relação aos costumes dos povos indígenas. O filósofo Montaigne percebeu o teor tendencioso das avaliações e disse: “ Não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem aqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra”. Mais adiante questiona o horror de muitos diante do relato de canibalismo dos selvagens, quando não causava igual espanto o costume dos religiosos de seu tempo de “esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimas aos poucos, ou entragá-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé”.

15 Etnocentrismo e Xenofobia
Aceitar as diferenças entre as culturas é importante para evitar o etnocentrismo. Isto é, o julgamento de outros padrões (morais, estéticos, políticos, religiosos etc.) a partir de valores do seu próprio grupo. Esse comportameno geralmente leva à xenofobia – horror ao estrangeiro, ao “estranho”: um modo de preconceito e caminho certo para a violência -, baseada em critérios de superioridade e inferioridade que justificam indevidamente a dominação de um grupo sobre o outro.

16 Cultura, direitos humanos e globalização
1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que: todo homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios. Tem sido frequente o debate sobre o direito de acesso equitativo à educação – e, portanto, à cultura -, sobretudo de grupos em situação de desvantagem. Se a globalização procedesse a uma difusão simétrica das culturas dos povos, haveria predominância dos pontos positivos de divulgação da diversidade. No entanto, são muitos os aspectos negativos, justamente porque as relações entre os países não são simétricas, mas marcadas pela hegemonia de alguns poucos – principalmente pela influência norte-americana -, o que provoca a predominância dos valores culturais das nações centrais sobre as periféricas e homogeneização dos costumes.

17 Educação e cultura Vimos até aqui que a cultura é uma criação humana. E o seu aperfeiçoamento só é possível pela transmissão dos conhecimentos adquiridos de uma geração para outra. É a educação que mantém viva a memória de um povo e dá condições para sua sobrevivência material e espiritual. A educação é, portanto, fundamental para a socialização e a humanização, com vistas à autonomia e à emancipação. Trata-se de um processo que dura a vida toda e não se restringe à mera continuidade da tradição, pois supõe a possibilidade de rupturas, pelas quais a cultura se renova e o ser humano faz história.

18 Informar Discutir Criar
O que vale, afinal, é conceber a cultura como manifestação plural, um processo dinâmico, e a educação como o momento em que herança e renovação se complementam, a fim de criar o espaço possível de exercício da liberdade.


Carregar ppt "Cultura e humanização Profª Karina Oliveira Bezerra"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google