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MAX WEBER. Tipo Ideal Tipo Ideal Construção mental acerca de um tipo “puro” de comportamento, feita na cabeça do investigador, a partir de vários exemplos.

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1 MAX WEBER

2 Tipo Ideal Tipo Ideal Construção mental acerca de um tipo “puro” de comportamento, feita na cabeça do investigador, a partir de vários exemplos históricos. Instrumento de análise científica: Conceituar fenômenos e formações sociais; Identificar na realidade observada suas manifestações; Comparar essas manifestações. Na prática não existem já que é impossível isolar esses tipos “puros” de comportamento. Não correspondem à realidade, pois são apenas construções teóricas abstratas. Sendo, contudo, fundamentais para o trabalho do cientista, pois, à medida em que este descreve o quanto a realidade se aproxima ou distancia do tipo ideal construído, é que a realidade se apresenta e se revela em seu caráter mais complexo.

3 A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Um dos aspectos mais importantes dessa obra é a exposição das relações entre religião e sociedade e o conhecimento de particularidades do capitalismo. Nesse sentido, Weber observa que os valores do protestantismo revelam a tendência ao racionalismo econômico que predominará no capitalismo, avançando a tese de que a ética e as idéias puritanas influenciaram o desenvolvimento do capitalismo.

4 Dominação Legítima Dominação Legítima  Dominação Tradicional: tradição Autoridade pessoal do governante, investida por força do costume e exercida nos limites da tradição. Ex: patriarcalismo, patrimonialismo, sultanismo, etc.  Dominação Carismática: carisma do líder Carisma: qualidade excepcional de liderança; espécie de magnetismo pessoal mágico que leva a pessoa carismática a ter certa preponderância sobre as demais. O exercício dessa dominação se rege por normas e limites da autoridade fixados pelo líder e não resultam do consenso. Não visa estabilidade, mas movimento.  Dominação Racional – Legal: legalidade A autoridade dos governantes, baseada na legalidade, é limitada pela ordem impessoal do direito, que tem por objetivo a proteção dos interesses sociais, e que só à ela devem os cidadãos obedecer.

5 Burocracia Burocracia Consiste na mais típica forma de domínio legal, sendo uma forma de organização que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance dos objetivos. Tem como princípios: Existência de serviços definidos e competências precisamente determinadas Proteção dos funcionários no exercício de suas funções (estatuto) Hierarquia das funções Recrutamento feito por concurso, exame ou títulos e exigência de formação especializada dos candidatos Remuneração regular dos funcionários Possibilidade de promoções Separação entre a função e o indivíduo que a ocupa

6 Limites à Burocracia Como o tipo racional-legal tem como fundamento a dominação em virtude da crença na validade do estatuto legal e da competência funcional, baseada, por sua vez, em regras racionalmente criadas, a autoridade desse tipo mantém-se segundo uma ordem impessoal e universalista, e os limites de seus poderes são determinados pelas esferas de competência, definidas pela própria ordem. Nesse sentido, o Direito é entendido como um conjunto de regras abstratas de caráter técnico ou normativo, que estabelece essa organização.

7 Legalidade e Legitimidade Legalidade - aquilo que está conforme os parâmetros legais, mas que não é necessariamente legítimo Ex.: leis que não são cumpridas Legitimidade - parte do consenso de todos, ou da maioria. Os indivíduos são importantes, pois estes legitimam as instituições. Não é necessariamente legal. Ex.: leis que são cumpridas Ex. de legitimidade não legal: jeitinho brasileiro

8 O contrário de um poder legítimo é um poder de fato. O contrário de um poder legal é um poder arbitrário. Quem detém o poder não o detém, nem o exerce sempre de forma arbitrária, assim como nem sempre quem o exerce arbitrariamente é detentor unicamente de um poder de fato. Exs.: Ditaduras Militares, Nazismo, Facismo..

9 Pedagogia do Cultivo “Qualificação Cultural” Procura formar um tipo de homem culto, onde o ideal de cultura depende da camada social para o qual o indivíduo está sendo preparado. Esse processo educacional é realizado através de uma educação geral destinada, ao mesmo tempo, à composição de determinado grupo de status (sacerdotes, cavaleiros, intelectuais, etc.) e à composição do aparato administrativo típico das formas tradicionais de dominação política.

10 Pedagogia do Treinamento Preparo especializado com o objetivo de tornar o indivíduo um perito. Mecanismo de ascensão social e de obtenção de status privado. Essa pedagogia, imposta pela racionalização da vida, impossibilitava o desenvolvimento do talento do ser humano, em nome da preparação para a obtenção de poder e dinheiro.

11 “A Burocracia desenvolve-se melhor se for desumanizada” Disciplina – modelo ideal para a moderna fábrica capitalista, e também, para as prisões, as escolas, os reformatórios, etc. Diminui a importância da ação individual, diminuindo as ameaças de quebra da uniformidade da produção e dos controles.. A mente e o corpo do homem se ajustam às exigências das ferramentas e das máquinas. O conteúdo da disciplina é nada mais que a expectativa de execução da ordem recebida, sem irregularidades.

12 A execução é ela própria planejada, racionalizada, metodicamente treinada e exata; É fundamental que a obediência de uma pluralidade de homens seja racionalmente uniforme. Dessa forma, a Gaiola de Ferro da Burocracia ( sobretudo na administração da justiça) pode minar as bases de sustentação da autonomia individual.

13 Tocqueville (1805 – 1859): “O governo não quebra a vontade do homem, mas a enfraquece, ao mesmo tempo em que a controla e guia; ele raramente impede a ação, mas frequentemente a limita; ele não destrói nada, mas impede o surgimento de muitas coisas; ele não é totalmente tirânico, mas bloqueia, constrange, sufoca e idiotiza de tal forma que no fim cada nação não passa de um rebanho de animais tímidos e trabalhadores tendo no governo o seu pastor.”


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