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Amor de perdição Camilo Castelo Branco.

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Apresentação em tema: "Amor de perdição Camilo Castelo Branco."— Transcrição da apresentação:

1 Amor de perdição Camilo Castelo Branco

2 A história de um amor trágico…

3 Personagens Simão Botelho ٭Domingos Botelho ٭D. Rita ٭Manuel Botelho
٭ Ritinha e mais duas irmãs Teresa Albuquerque ٭ Tadeu Albuquerque ٭ Baltazar João ferreiro ٭ Mariana

4 Elemento motivador do conflito na novela:
Autoridade paterna que se impõe na determinação do destino dos filhos. O enredo se organiza a partir de três procedimentos estabelecidos pelo narrador na introdução do enredo:

5 Fonte em que se baseia a história = Fato Verídico:
“folheando os livros de antigos assentamentos no cartório das cadeias da Relação do Porto, li, no das entradas dos presos desde 1803 a 1805, a folha 232, o seguinte: Simão Antonio Botelho,…”

6 X Antítese que se cria em torno das personagens e de suas ações.
Ódio, Intolerância, Autoritarismo dos pais de Simão e Teresa X A luta titânica dos jovens contra os preconceitos e a busca da realização do amor que seria o coroamento da liberdade do indivíduo.

7 O que interessa é relatar a intensidade da paixão que aproximou Simão e Teresa. Em nome dessa paixão o jovem fidalgo prefere o degredo e a morte a se acovardar com as exigências paternas.

8 O poder transfigurador do amor
“O acadêmico, porém, com os seus entusiasmos, era incomparavelmente muito mais prejudicial e perigoso […]” É a descoberta do amor que o transfigura: “Simão Botelho amava. Aí está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos 17 anos.”

9 A intolerância paterna e a hipocrisia
Jovens demais,não tem consciência de que os obstáculos a serem enfrentados acabarão por impedir a união deles. Apesar da discrição dos jovens, o segredo de ambos é descoberto. O pai de Teresa tenta convencê-la aceitar como marido o primo Baltazar. Teresa não aceita e escreve uma carta a Simão, que parte de Coimbra para Viseu, hospedando-se na casa de ferreiro João da Cruz. O encontro dos dois não acontece.

10 Na segunda tentativa, Baltazar arma uma emboscada, mas são mortos os homens que deveriam assassinar Simão. O pai de Teresa, contrariado, encerra a filha num convento em Viseu. No convento, o espírito cristão é apenas uma fachada: “abriu-se a porta do mosteiro. Teresa entrou sem uma lágrima[…] _ Estou mais livre que nunca. A liberdade do coração é tudo.”

11 Luta agônica do herói contra a sociedade
Debilitado pelo ferimento, sem dinheiro e sem ter a quem recorrer, Simão sobrevive e readquire as esperanças graças à dedicação de João da Cruz e sua filha Mariana. No convento, a jovem enfrenta com coragem e resignação as humilhações que lhes são impostas. Como Teresa permaneceu irredutível na decisão de não se casar com o primo, o pai resolve enviá-la para o convento de Monchique. Avisado por Teresa, Simão, seguido pelo fiel João da Cruz vai ao seu encontro para impedir que ela seja transferida.

12 Descontrolado, Simão discute com Baltazar e acaba por matá-lo.

13 O amor sob o signo da honra
Preso, Simão nega-se a prestar qualquer depoimento que pudesse abrandar sua pena. Seu pai, o corregedor Domingos Botelho, recusa-se a interceder por Simão, porque ele o humilhara ao se apaixonar pela filha de seu inimigo confesso. Enquanto aguarda julgamento, Simão é transferido para a cadeia do Porto, encontrando conforto para resistir à tragédia apenas na amizade sincera de João e sua filha, que o ama desde a primeira vez em que se encontraram.

14 Teresa tem a saúde cada vez mais debilitada, porque perde a vontade de viver ao saber o que aguarda Simão. Aceita a morte como único remédio para dor da separação. Por saber que o amor que sentia pelo fidalgo jamais seria retribuido, a jovem esconde o quanto pode seus sentimentos, e trata Simão como se fosse movida só pela eterna gratidão. Pressionado por um velho parente o pai de Simão, valendo-se de amizades, consegue que a pena do filho seja comutada para o degredo na Índia.

15 Mariana, órfã, pois o pai havia sido assassinado, acompanha Simão em sua viagem; quando este morre, acometido pela forte febre, ela atira-se ao oceano atrás do cadáver do estudante: No dia seguinte da partida de Simão, Teresa posta-se à janela do convento para assistir à saída do navio da barra; bastante debilitada, não resiste à dor da separação e morre. “ dois homens ergueram o morto ao alto sobre a amurda. Deram-lhe o balnço para o arremessarem longe. E antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir na água, todos viram, e ninguém já pode segurar Mariana, que se atirara ao mar.”

16 Simão Botelho, herói romântico
Ao encerrar a narrativa com a morte dos três jovens, o autor consagra o ideal de vida romântico. Simão é regenerado pelo amor de Teresa e acredita que será feliz convivendo com os valores sociais. O ódio entre as duas famílias conduz o herói para um abismo sem volta. Resta a Simão e àqueles que compartilham da sua visão de mundo a resistência que conduz à morte.

17 Esta, ao invés de significar a derrota do herói e do seu ideal, simboliza a sua vitória e consagração. A morte aqui, significa a negação de uma negação, que é a vida.

18 Contexto sócio cultural
A exaltação, a emoção e o colorido românticos, eram frutos de um desejo de ruptura com os padrões racionais. Tais manifestações eram uma busca por idealizar uma realidade que se diferenciasse do mundo real opressor, que pouco realizava das promessas de liberdade, igualdade e fraternidade. Amor de perdição: nome carregado de dramaticidade.

19 Camilo = observador sagaz de sua época.
Portugal = valores aristocráticos e dominação clerical. Camilo desvela a sociedade patriarcal: mostra a corrupção aceita e defendida pelos instrumentos de repressão dessa sociedade. Ilustra com dramaticidade romântica, os conflitos que a repressão social e cultural fazem nascer nos integrantes dessa cultura. Constrói suas personagens, Teresa e Simão “como corpos estranhos” dentro do cosmo da época.

20 Transgrediram às convenções: não demonstraram qualquer ato que denotasse culpa. Por isso foram punidos. Nas personagens principais há um evidente processo de desejo - as personagens se amam desmedidamente. Como típicas personagens românticas. Nas personagens, o amor abafou os atributos da razão: mesmo que destrutivo, foi cultivado. Como um vício levou à morte, à perdição.

21 Igreja Instituição contaminada por inúmeros vícios:
- o desejo de um padre por Mariana - a forma como vivem e se comportam as freiras do convento de Monchique. Toda a impureza de um sistema que hipocritamente defende a purificação, é reflexo de uma estrutura social corrompida em seus valores e desonesta em sua própria avaliação. Apesar de toda a devassidão da igreja, ainda se reserva a ela uma influência incontestável na normatização da cultura. A partir do Clero se conjuga todo o tecido cultural: padre e madre correspondem a pai e mãe, os geradores da família, que também encontra-se corrompida.

22 Família A construção da família apresent-se em um padrão que não se aproxima do contato pelo afeto. O casamento é antes de tudo um trato, uma deliberação racional objetivando fins distantes do amor. Tem como núcleo poderoso o Patriarca: Domingos Botelho + Tadeu de Albuquerque – Poder = punição. Um dos patriarcas da família exige que o pai de Simão o defenda, não por Simão, mas pelo nome Botelho.

23 Da mesma forma que Domingos, Tadeu cumpre o seu papel de julgador e algoz da filha.
Por estarem possuídos de um sentimento extremado, de um afeto não pertinente à cultura que os cerca, o casal sofrerá a censura pública determinada pela sociedade representada por seus patriarcas.

24 Sociedade cristã – punição + perdão
Admitida a culpa, a “ piedosa”organização pode reavaliar penas vangloriando-se da própria bondade. Os jovens não aceitam o perdão para não representar e reproduizr a sociedade a que não se adaptaram. Simão e Teresa não encotraram culpa em seus atos. Não encontraram vida em uma sociedade que não valoriza o amor. Manuel Botelho aceita o perdão da sociedade. Corresponde a tudo que Simão não aceitará ser, por isso o recebe duro na prisão. Manuel e a açoirana viverão, darão continuidade à cultura que expurgou Simão e Teresa.

25 Simão Não quis ser patriaca;
Ao matar Baltazar, Simão mata um legítimo representante da sociedade patriarcal, que proíbe de realizar seu amor. A sua morte corresponde ao fim da continuidade de Domingos Botelho;

26 Teresa Discorda dos valores do pai;
Vinga-se do sistema ao optar pela esterilidade. Ambos buscam na morte um desejo de exclusão da sociedade.

27 Mariana Relacionamento com o pai é diferente do relacionamento dos protagonistas para com suas famílias. Não se julga digna de competir com a mulher escolhida por Simão, mas fiel ao seu desejo, prefere a morte abraçada ao corpo de seu amado. Não é agressiva ao obstáculo que impede a realização de seu amor. Teresa não representa a que faz dela e de Simão vítimas. Ambas estão na mesma face de opressão.

28 Camilo, como questionador, golpeou sem piedade a família, a justiça e o clero.
Tramita na obra uma crítica à sociedade portuguesa. Aos valores patriarcais.


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