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A vivência das orientações fornecidas em um grupo de gestantes (Gestação, educação grupal e enfermagem) Programa Unisul de Iniciação Científica (PUIC)

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Apresentação em tema: "A vivência das orientações fornecidas em um grupo de gestantes (Gestação, educação grupal e enfermagem) Programa Unisul de Iniciação Científica (PUIC)"— Transcrição da apresentação:

1 A vivência das orientações fornecidas em um grupo de gestantes (Gestação, educação grupal e enfermagem) Programa Unisul de Iniciação Científica (PUIC) Curso de Enfermagem- Campus Tubarão Orientadora: Prof. Msc. Roseli Ribeiro Pasin Pesquisadora: Ariane Scotti de Almeida Introdução No Brasil as preocupações com a gestação vêm aumentando. Assim, reconhecendo a necessidade de se estabelecer uma nova estratégia, em junho de 2000, o Ministério da Saúde (MS) instituiu o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), que apresenta em sua formulação os seguintes objetivos: reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna e perinatal, ampliar o acesso ao pré-natal, estabelecer critérios para qualificar as consultas e promover o vínculo entre a assistência ambulatorial e o parto. (BRASIL, 2000) Visando primordialmente a preservação da saúde física e mental da grávida e identificação das alterações próprias da gravidez que possam repercutir nocivamente sobre o feto, a formação de grupos terapêuticos pode ser uma valiosa oportunidade para intervenções direcionadas à promoção integral da saúde da mulher. Dentre os instrumentos de trabalho do enfermeiro, podemos citar o grupo, que é definido por Delfino (2003), como o ambiente micro e dinâmico, que objetiva a saúde holística das gestantes e familiares, mediada pelas interações que nele ocorrem. O potencial preventivo desses grupos emerge da possibilidade dessas pessoas com situações semelhantes poderem compartilhar experiências comuns. (MUNARI; RODRIGUES, 1997) Objetivos Objetivo geral: Conhecer como são vivenciadas as orientações fornecidas no grupo de gestantes do Ambulatório Materno Infantil-Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão/SC. Objetivos específicos: Identificar como as gestantes colocam em prática as orientações fornecidas no grupo; Verificar a repercussão das orientações fornecidas no grupo, no cotidiano da grávida/gestante; Adequar as orientações fornecidas com a realidade e vivências das participantes; Proporcionar um espaço de reflexão sobre a saúde durante período gestacional e a possibilidade do auto-cuidado. Metodologia O estudo é de abordagem qualitativa, do tipo descritivo exploratório de acordo com Minayo (1994). O cenário de estudo foi o Ambulatório Materno Infantil (AMI), ambulatório- escola do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina- Unisul, localizado na cidade de Tubarão (SC). Os sujeitos de estudo foram 04 (quatro) grávidas participantes do grupo de gestantes que atenderam aos critérios de inclusão (assiduidade nos encontros, no mínimo presença em 04 (quatro) encontros, e estado cognitivo sem alterações). Os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que considera as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos do Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96 (BRASIL, 2000). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Sul de Santa Catarina- Unisul. Os dados deste estudo foram coletados por entrevistas individuais norteadas por roteiro pré-estabelecido, para obter dados como idade, escolaridade, ocupação, achados obstétricos com a finalidade de caracterizar os participantes do estudo. Para atingir o objetivo proposto no estudo, utilizou-se perguntas abertas sobre a importância do grupo de gestantes, sobre o entendimento e a vivência das orientações fornecidas no dia-a-dia dos sujeitos do estudo. A atividade educativa e prática assistencial deu-se através de encontro grupal pela pesquisadora, aplicou-se ainda durante os encontros a técnica de observação participante onde as informações que emergiram foram registradas em um diário de campo. O grupo foi ministrado pela pesquisadora. Os encontros contaram com o apoio e supervisão da Enfermeira Adriana Elias dos Reis, coordenadora do Ambulatório Materno Infantil- Unisul (AMI). Resultados A partir da troca de experiências, as participante do grupo apreendem o que consideram fundamental para si. Cada integrante do grupo traz um esquema referencial próprio (experiências, sentimentos, etc.) que interage com o das outras participantes, configurando-se em um movimento espiral. (PICHON-RIVIÈRE, 2000) Quando indagadas sobre suas percepções a respeito da participação no grupo, para todas as gestantes os encontros foram considerados muito bons porque levaram à aprendizagem. Através da participação foi possível adquirir conhecimentos que elas necessitavam para o seu dia-a-dia. Dentre esses relatos destacam-se as falas de 02 (duas) gestantes que apontaram o grupo como um espaço essencial para adquirir a experiência que elas necessitavam para o seu dia-a-dia, através da ajuda dos profissionais envolvidos. “Acho importante, porque esclarece, minha tia e minha avó dizem um monte de coisas, mas é melhor aprender com um profissional”. (Bromélia) “Acho importante participar do grupo, minha mãe, minha cunhada dão conselhos porque cuidaram dos filhos delas e com o grupo consigo ajuda profissional”. (Amor- perfeito) Ao afirmarem que as reuniões do grupo significaram aprendizado, fizeram questão de dizê-lo com satisfação. Quanto as gestantes que se mostraram realizadas, considera-se que o fato de terem aproveitado a oportunidade para aprender fez com que alcançassem seus objetivos. “Para participar e aprender, sou mãe de primeira viagem”. (Bromélia) “Gostei, acredito que as gestantes deveriam vir desde o início da gestação, pois esclarecem dúvidas, os encontros que participei foram bons”. (Orquídea) Quando questionadas sobre o que aprenderam no grupo e como conseguiam vivenciar esse aprendizado no seu cotidiano, observou-se que todas relataram exemplos de como mudaram a suas percepções sobre o auto-cuidado. “Consigo por em prática. Eu devo me alimentar, acho que depois do parto tenho que me cuidar mais ainda e vou tentar comer mais frutas e tirar as frituras”. (Orquídea) “Sim, massagens na mama, vou fazer até ganhar, depois não sei”. (Bromélia) Para Munari e Rodrigues (1997) embora a informação cognitiva seja uma condição necessária para a mudança de comportamento, na maioria das vezes, não é suficiente para alterar a postura dos participantes frente ao assunto. Poucas pessoas mudam apenas pela informação recebida. Durante a realização dos encontros, a disponibilização de informações adequadas, além de, modificação das atitudes, crenças e modos de pensar, oportunizou-se as gestantes a gestão da sua própria saúde, num processo de saúde integral. Conclusões Esses encontros possibilitaram detectar a necessidade de, juntamente com as gestantes, padronizar algumas práticas de cuidado. Através das observações realizadas durante os encontros grupais, entendeu-se que as participantes são sensibilizadas sobre o auto- cuidado, mas fica a dúvida quais procedimentos elas realmente aplicam em seu cotidiano, longe do grupo, dos profissionais e de seus colegas. Refletindo sobre este pensamento, sugere-se que o grupo seja complementado com visitas domiciliárias, podendo ser um subsídio para a verificação in locu da vivência nas situações da vida real. Através da pesquisa pode-se compor uma visão mais detalhada dos pensamentos das gestantes, repleto de ansiedades, fantasias e temores manifestos em relação ao processo de nascimento. Bibliografia BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196 de 10 de outubro de 1996. Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. _______. Ministério da Saúde. Programa de humanização no pré-natal e nascimento. Brasília, DF: Secretaria de Políticas de Saúde, 2000. DELFINO, M.R.R. O processo de cuidar participante com um grupo de gestantes: repercussões na saúde integral individual-coletiva. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)-Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2003. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. MUNARI, D.B.; RODRIGUES, A.R.F. Enfermagem e Grupos. Goiânia: AB Editora, 1997. PICHON-RIVIÈRE, E. O Processo Grupal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. A análise dos dados foi realizada após a leitura e busca de elementos comuns para que se agrupassem idéias ou expressões do material coletado, com os agrupamentos formados, estes foram articulados com os achados da literatura, a análise se deu de acordo com Minayo (1994), ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final. Apoio Financeiro: Unisul


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