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FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL HISTORIOGRAFIA
Profa. Valeria da Vinha Instituto de Economia / UFRJ 2009
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O BRASIL SE “EXPLICA”: os Pioneiros (1920-1940)
Contexto: mobilização das classes médias, tenentismo, anarquismo; fortalecimento oligarquia-burocracia cafeeira e inserção do Brasil na economia mundial => governo forte / nacionalismo em alta - Oliveira Vianna e o clã fazendeiro, Evolução do Povo Brasileiro, de 1923 (visão feudal) Gilberto Freyre Casa Grande e Senzala, de abordagem sociológica Caio Prado Jr. Evolução Política do Brasil (1933) Sergio Buarque de Holanda e o homem cordial, Raízes do Brasil (1936)
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A interpretação dos economistas
Roberto Simonsen e a emancipação da História Econômica. Professor de FEB da recém criada Escola de Sociologia e Política da USP. Adepto do espírito capitalista (W. Sombart): História Econômica do Brasil, 1937; abordagem econômica de direita e conceito de ciclos econômicos Caio Prado Junior e o sentido da colonização, Formação do Brasil Contemporâneo (1942) e História Econômica do Brasil (1945); abordagem econômica de esquerda
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1950-60: o debate se politiza Surge o tema do sub-desenvolvimento
- Celso Furtado, abordagem estruturalista na visão da CEPAL. Formação Econômica do Brasil, 1959 Alberto Passos Guimarães, abordagem marxista na visão do PCB (feudal-colonial). Quatro Séculos de Latifúndio, 1963 O acirramento entre esquerda e direita e o golpe de 64 interrompem o debate
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Anos 70 – Recuperação do Debate
Contexto: derrota política (teórica e prática) da esquerda dá lugar ao amadurecimento conceitual e empírico=> corrente tributária de Caio Prado Jr. enfatiza o mercado e a vinculação do Brasil ao capitalismo mundial: Fernando Novais Antigo Sistema Colonial, 1973 Ciro Flamarion Cardoso e Jacob Gorender (1978) propõe a existência de um novo modo de produção: o Escravismo Colonial
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Fernando Novais e o Antigo Sistema Colonial (ASC)
Caio Prado Jr chamou de “pacto colonial” a expressão maior do capitalismo comercial (exclusivo comercial entre as colônias e suas metrópoles) F. Novais - ASC é o principal instrumento analítico para compreender o funcionamento da economia colonial brasileira
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Características do Escravismo Colonial
Crítica de Ciro Cardoso a Caio Prado e F. Novais: as sociedades coloniais são elementos ativos do sistema europeu, embora o escravismo colonial não gere mercado interno, apenas de subsistência, engendrou uma cultura e uma sociedade => tráfico negreiro é o principal mecanismo de reprodução
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A escravidão africana como questão historiográfica
A África viabiliza o Brasil (Gorender) Por estar integrada ao mercado europeu e pela oferta elástica e barata de força de trabalho => lógica microeconômica da plantation assenta-se na inversão de “braços”, produzidos fora (na África) e realizados comercialmente por recursos externos (europeus)
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A abordagem de João Manuel Cardoso de Mello
Caio Prado, Furtado, Novais, Ciro Cardoso e Gorender concordam com o caráter mercantil metropolitano dos negócios negreiros João Manuel C. de Mello pergunta-se: “...que modo de produção é esse que não se reproduz internamente...?” (1982:544)
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