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PublicouTéo Festa Alterado mais de 10 anos atrás
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A transição do Império Romano para o Feudalismo / POVOS BÁRBAROS
Eram chamados de BÁRBAROS todos os povos que não compartilhavam da cultura romana e que viviam além das fronteiras do Império. A palavra “bárbaros” deriva do romano “bárbaroi” = estrangeiro, e designava qualquer um que não compartilhasse da cultura e da língua romanas. Os bárbaros, na verdade, dividiam-se em diversos povos distintos que habitavam as regiões dos rios Reno, Danúbio, Vístula e a região dos mares do Norte e Báltico, a Germânia Durante muito tempo os bárbaros viveram em paz com os romanos que já haviam tido contato com eles desde o Império de Júlio César. Entretanto, com a chegada dos hunos, vindos da Ásia central, os bárbaros germânicos foram “empurrados” para os territórios romanos de forma nem um pouco amistosa causando uma onda de devastação e terror. Podemos citar como principais povos Bárbaros: Hunos (Asia Central); Anglo-Saxões (Inglaterra); Gauleses (Bélgica, Holanda e França); Francos (Belgica e França); Vândalos (Europa Central); Visigodos (Leste Europeu); Lombardos (Norte da Europa)
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Em comum esse povos tinham:
*A organização social:se baseava no clã, formado por famílias ligadas entre si por parentesco onde cada um protegia ao outro e onde a ofensa a um deles significava a ofensa a toda o clã. Vários clãs originavam uma tribo, e varias tribos um povo/nação. Não conheciam a organização em um estado; a instituição mais importante dos bárbaros era a Assembléia de Guerreiros (COMITATUS) que decidia sobre todas as questões, decidindo inclusive quem seria o rei. A principal atividade econômica dos bárbaros era guerra e a pilhagem, o cultivo de trigo, feijão, cevada, ervilha e a criação de gado para obtenção de couro, carne e leite, também era praticado. Não dominavam a atividade comercial, nem moedas, pouquíssimos sabiam ler ou escrever. A terra pertencia a todos; e as leis eram baseadas nos costumes e tradições (DIREITO CONSUETUDINÁRIO” Entre os séculos V e VI os Reinos Romano-Germânicos ou Bárbaros tiveram longa duração. Em sua maioria foram Reinos efêmeros, não possuindo organização administrativa eficiente. Entretanto, a partir de fins do século VI, iniciou-se a formação de Reinos mais duradouros, destacando-se o Reino dos Francos e a figura de Carlos Magno.
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O Reino Franco e o Império Carolíngio
Dinastia Meronvígia (481 – 751) *Em 481, após a desintegração do Império, um rei de nome Clóvis unificou as várias tribos e fundou ali o reino dos francos; ele promoveu expansões do domínio franco e converteu-se ao catolicismo, trazendo a Igreja Católica como uma grande aliada ao seu reino. Durante muito tempo a Igreja e os nobres receberam terras como recompensa da aprovação religiosa e apoio militar. * Em 511, após a morte de Clóvis, o Reino dos Francos foi dividido em quatro partes, pois era um costume germânico fazer a partilha dos bens do falecido entre os seus filhos, e com isso a monarquia franca ficou debilitada, pois foi iniciada uma luta entre os herdeiros. Os Mordomos, como ficaram conhecidos os funcionários que administravam as diferentes regiões do Império, passaram a exercer o poder de fato; destaque para Carlos Martel que no ano de 732 se colocou à frente do exército franco e venceu os muçulmanos na batalha de Poitiers, fortalecendo, assim, a aliança entre o Reino Franco e a Igreja católica. Em 751, seu filho Pepino, derrubou do trono o último soberano merovíngio e se fez coroar rei dos francos inaugurando a dinastia carolíngia. Pepino foi reconhecido como rei pelo papa, Em seguida presenteou a Igreja católica com parte das terras conquistadas na Itália central. Desta doação, originou-se o Patrimônio de São Pedro, também chamado Estados da Igreja, que permaneceram inalterados por mais de mil anos.
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Pepino o Breve
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A Dinastia dos Carolíngios
Carlos Magno, filho de Pepino, assumiu o trono dos francos em 768 após a morte do pai, dando continuidade à aliança com o papado e à política carolíngia de conquista de novas terras. Em 800, o rei franco deslocou suas tropas até Roma para prestar auxílio militar ao papa Leão III, ameaçado pela nobreza local. Em troca, o papa concedeu-lhe o título de Carlos Augusto, imperador dos romanos que não era dado a ninguém desde 476. A tentativa de restaurar o antigo Império romano do Ocidente atendia a interesses tanto do rei franco quanto do papa. Para Carlos, o título de “Imperador coroado por Deus” consolidava e dava legitimidade às suas conquistas. Durante o reinado de Carlos Magno, O Reino Franco - agora Império Carolíngeo - atingiu seu tamanho máximo em termos territoriais. Para o papa, a criação do novo império reforçava o poder temporal da igreja de Roma, (poder de governar os seres humanos no sentido político, mas não no sentido religioso) cujo braço armado era o exército do imperador. Ao mesmo tempo, a Igreja católica se fortalecia diante do Império bizantino, com o qual tinha divergências. Para conseguir administrar todo o império Carlos Magno dividiu o império em condados, ducados e marcas, criou as captulares que eram normas escritas que funcionavam como leis.
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Após sua morte seu filho Luís I, o Piedoso, assumiu o poder, e reinou de 814 a 840.
Com a morte de Luís I seus três filhos disputaram o poder, mas só em 843 eles assinaram um tratado, o Tratado de Verdum, onde todo o território foi dividido entre si. As constantes lutas entre herdeiros e as invasões de novos povos bárbaros contribuíram para o enfraquecimento do poder dos reis, e fortalecimento dos senhores locais, descentralizando o poder e iniciando o FEUDALISMO na Europa.
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IDADE MÉDIA – FEUDALISMO
Período histórico que surge com o fim do Império Romano séc. V e, tem seu fim ligado ao renascimento do comércio, Grande Navegações, por volta do século XV. É um sistema social, político, econômico e cultural que surgiu a partir da fusão de elementos da cultura romana com a cultura germânica. No decorrer desses aproximados 1000 anos é possível distinguir dois momentos históricos diferentes: Alta Idade Média séc. V a séc. X > período de formação e consolidação do Feudalismo. Baixa Idade Média, séc. X a séc. XV > período de apogeu e desintegração do feudalismo. A palavra FEUDO tem origem germânica, e significa “bem dado em troca”. Seu uso esta ligado a prática de doação de terras e poder aos líderes guerreiros. As terras eram o principal bem que alguém poderia possuir nesse período, e sua posse era restrita aos Aristocratas/Nobres que, através de Laços de Fidelidade/Vassalagem asseguravam a posse sobre as mesmas.
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ALTA IDADE MÉDIA – Séc. V a Séc. X
Sociedade estamental; Posse da terra como elemento definidor de riqueza e PODER; Nobres: Proprietário das terras e poder militar/jurídico. Clero: Religião, cultura, conhecimento, posturas... Servos: Grande maioria da população; viviam nos Feudos trabalhando em troca da proteção e parte da produção; não eram escravos mas não era livres. Vilões: aldeões livres que possuíam pequenas extensões de terra. Burgueses: comerciantes, viajantes, muito poucos... Economia baseada na agricultura de subsistência, pouco comércio, escambo. Feudo = unidade agrícola de subsistência (quase tudo o que se precisa é produzido no feudo) Política: poder descentralizado nas mãos do nobre; Laços de Vassalagem; casamentos. Os países como conhecemos hoje não existiam. Uma sociedade com medo, que vivia sob o controle da Igreja. Instituição essa que manipulou e controlou o conhecimento neste período.
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A ECONOMIA FEUDAL TRIBUTOS DOS SERVOS
A agricultura era a principal atividade econômica nesse período, responsável pelo sustento da maior parte da população; era uma agricultura de subsistência ou seja, com a intenção de plantar para sobreviver. Os servos, responsáveis pelo cultivo do campo, revezavam-se nas diferentes áreas de cultivo que existem dentro do feudo: -Manso Senhorial > terras onde se produzia artigos que seriam consumidos diretamente pelo senhor; Manso Comum > pastos para o gado, florestas e terrenos baldios, coleta de frutos pelos servos; caça exclusiva para os Sr. Feudais. Manso Servil > terra destinada aos servos, produção de artigos para sua sobrevivência, e de tributos para o Senhor. TRIBUTOS DOS SERVOS Corvéia: trabalho compulsório nas terras do senhor em alguns dias da semana; Talha: Parte da produção do servo que deveria ser entregue ao nobre Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes; Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
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Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local; Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza; Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre; Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também válida para quando um parente do nobre iria casar. Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família. Albermagem: Obrigação do servo em hospedar o senhor feudal.
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