Meus olhos andam sem sono, somente por te avistarem de uma tão grande distância De altos mastros ainda rondo tua lembrança nos ares.

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3 Meus olhos andam sem sono, somente por te avistarem de uma tão grande distância De altos mastros ainda rondo tua lembrança nos ares.

4 O resto é sem importância. Certamente, não há nada de ti, sobre este horizonte, desde que ficaste ausente.

5 Mas é isso o que me mata: sentir que estás não sei onde, mas sempre na minha frente.

6 Não acrediteis em tudo que disser a minha boca sempre que te fale ou cante.

7 Quando não parece, é muito, quanto é muito, é muito pouco, e depois nunca é bastante...

8 Foste o mundo sem ternura em cujas praias morreram meus desejos de ser tua. A água salgada me escuta e mistura nas areias meu pranto e o pranto da lua.

9 Penso no que me dizias, e como falavas, e como te rias... Tua voz mora no mar. A mim não fizeste rir e nunca viste chorar.

10 (Porque o tempo sempre foi longo para me esqueceres e curto para te amar.)

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