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ADUBAÇÃO ORGÂNICA Docente: Prof. Dr. Salatiér Buzetti Discente: Enga Agra Francine Camargo Ilha Solteira, 11 de novembro de 2011.

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1 ADUBAÇÃO ORGÂNICA Docente: Prof. Dr. Salatiér Buzetti Discente: Enga Agra Francine Camargo Ilha Solteira, 11 de novembro de 2011

2 O que é adubo orgânico ? São os resíduos de origem animal e vegetal: folhas secas, gramas, restos vegetais, restos de alimentos, esterco animal, lodo de esgoto, vinhaça e tudo mais que se decompõem, dando origem a matéria orgânica ou húmus.

3 Qual a importância da utilização dos adubos orgânicos?
Fonte de nutrientes lenta e duradoura Melhora consideravelmente as características físicas, químicas e biológicas do solo Utilização de resíduos cujo descarte causaria impactos ambientais

4 Exemplos: Uso de vinhaça e torta de filtro, resíduos importantes da agroindústria canavieira, representam importantes aportes de matéria orgânica , potássio e fósforo; A manutenção da palhada sobre o solo também garante importante reciclagem de nutrientes, principalmente de potássio e nitrogênio; Utilização de estercos bovinos na agricultura, principalmente em hortas, jardins, etc.

5 1.1 Histórico da utilização da adubação orgânica
- Homem primitivo  nômade  terras ricas em MO (fator de fertilidade); - Egito antigo: delta do rio Nilo; - Fenícios e Incas: plantio em terraços em patamar; - Maias: milho x peixe

6 Idade média: decadência da agricultura; (sistema feudal) – esgotamento dos solos
Séc. XV e XVI fertilizantes orgânicos, farinhas de osso, cinzas e calcários. - 1842: apenas adubação orgânica; - Justus von Liebig: teoria mineralista - Nutrição exclusiva mineral, não necessitando de MO para subsistência.

7 Decomposição microbiológica
NH4+ K+ Mg+2 Mineralização da MO Ca+2 NO3- H2PO4- Decomposição microbiológica

8 A planta é uma fábrica de matéria orgânica, que ela sintetiza a partir da água, e nutrientes minerais, e fixando a energia solar através da fotossíntese. A matéria orgânica decomposta (húmus), contudo, torna-se essencial para os solos cultivados devido a diversos efeitos físicos, químicos e biológicos no solo.

9 2.1. EFEITOS NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO

10 Efeitos nas propriedades físicas do solo
Resíduos orgânicos Densidade do solo Poros de tamanho grande Entrada de ar Drenagem de água

11 DENSIDADE APARENTE Figura 1. Doses de esterco e sua influência na densidade aparente do solo (Hafez, 1989).

12 ESTRUTURAÇÃO DO SOLO Figura 2. Modelo de estruturação do solo e o papel da matéria orgânica.

13 ESTRUTURAÇÃO A matéria orgânica funciona como agente cimentante das partículas e sua incorporação libera substâncias orgânicas que funcionam como elementos aglutinantes das partículas Figura 3. Solo destruturado(esquerda) e solo bem granulado (direita).

14 ESTRUTURAÇÃO A matéria orgânica dá mais liga aos solos arenosos, tornando-os mais bem arranjados, mais estruturados, e reduz a coesão dos argilosos, fazendo com que fiquem mais “leves”. Com menor densidade e solo estruturado, a compactação é diminuída e as raízes têm ambiente mais favorável para o seu crescimento.

15 AERAÇÃO E DRENAGEM DO SOLO
Promovendo a agregação e a estruturação, são formados poros com melhor distribuição de tamanho, facilitando a circulação do ar e da água. A infiltração da água da chuva é aumentada.

16 Figura 4. Relação entre o diâmetro médio geométrico dos agregados (DMG) e os teores de carbono orgânicos em um Latossolo Vermelho escuro ( adaptado de Campos et al.,1995).

17 A evaporação da água dos solos serão reduzidas pela presença da MO.
RETENÇÃO DE ÁGUA Indiretamente: MO aumenta a capacidade de infiltração da água devido às melhorias das condições físicas do horizonte superficial do solo; Diretamente: grande capacidade específica de retenção de água. Quanto maior a capacidade de infiltração da água , menor é o escorrimento de água pela superfície formando a enxurrada e menor as perdas por erosão; A evaporação da água dos solos serão reduzidas pela presença da MO.

18 Fonte: DALMAGO, Genei A. et al.,2009.
Figura 5. Água disponível (AD) no solo até o potencial matricial de 80 kPa (mm) e valor relativo da mesma à capacidade máxima (%), em diferentes profundidades de solo sob plantio direto (PD) e preparo convencional(PC).

19 OUTRAS INFLUÊNCIAS Cor do solo: aumenta a tonalidade escura;
Diminui a plasticidade e coesão: a matéria orgânica diminui o efeito negativo da consistência plástica e pegajosidade dos solos argilosos molhados. Temperatura: devido a propriedade de armazenar água, a matéria orgânica é uma condutora de calor, diminuindo as oscilações de temperatura durante o dia. Controle da erosão

20 2.2. EFEITOS NAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO

21 EFEITOS NAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO
Os efeitos nas propriedades químicas que a matéria orgânica dá ao solo são conferidas pelas substâncias húmicas (vulgarmente chamado “húmus”) (Sole, 1991).

22 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Os resíduos de plantas e de animais contêm quantidades variáveis de elementos minerais, como o fósforo, o magnésio, o cálcio, o enxofre e micronutrientes. À medida que a matéria orgânica se decompõe, estes elementos tornam-se disponíveis para as plantas em crescimento.

23 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Nitrogênio Armazenamento de N no solo; N na MO vegetal Forma de proteínas; Nucleoproteínas; Aminoácidos; Polipeptídios; Enzimas; Outros (pequenas quantidades). 1-10% 90-99% Figura 6. Formas e quantidades de N no solo.

24 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Fósforo 15 a 80% do fósforo total encontrado no solo Fontes de fósforo orgânico: corpo de animais; produtos da decomposição desses organismos; Fitina: (26 – 35%) e seus derivados: 11-14% Nucleoproteínas Compostos de ácido nucléico

25 Figura 7. Relação entre húmus, lignina e liberação de fosfóro (Kiehl, 1985)

26 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Potássio Prontamente liberado para o solo (K+) Encontra-se no solo adsorvido à MO e inorgânica ou então como constituinte dos resíduos orgânicos e dos microorganismos vivos. Todo o potássio aplicado na forma orgânica comporta-se como mineral desde a aplicação, uma vez que ele não faz parte de nenhum composto orgânico estável; portanto, não precisa sofrer a ação dos microrganismos.

27 Verifica-se, ainda, que 60% do P205 aplicado mineraliza no primeiro cultivo e, 20%, no segundo; o mesmo ocorre com o nitrogênio, nas taxas de 50% e 20% para os dois primeiros cultivos, respectivamente. No segundo cultivo, além do efeito residual do P e do K mineralizados no primeiro cultivo, estará disponível, aproximadamente, 20% dos totais tanto do N como do P2O5 aplicados por ocasião do primeiro cultivo. A partir do terceiro cultivo, a totalidade do N, P2O5 e K2O aplicados na forma orgânica já se encontra mineralizada e a quantidade disponível nesse cultivo dependerá das doses aplicadas anteriormente e dos fatores que afetam o efeito residual de cada nutriente. Fonte:GOEDERT, W.J. et al.,1984

28 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Enxofre Forma orgânica constitui de 50 a 70% do total encontrado. Cálcio e magnésio Pequena contribuição da MO como fornecedora desses dois macronutrientes O Ca+2 e o Mg+2 são adsorvidos pelos coloídes orgânicos e inorgânicos, retendo-os em uma forma trocável, disponível para as plantas; exercendo o papel importante de evitar perdas por lixiviação.

29 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Micronutrientes Solos arenosos e/ou argilosos mas com argilas de baixa atividade, baixos teores de matéria orgânica e baixa CTC, são mais propensos a apresentar problemas de deficiência de micronutrientes, principalmente zinco, cobre e boro.

30 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Boro Matéria orgânica é uma importante fonte de boro para o solo. Sob condições de seca a decomposição desta diminui, liberando menos B para a solução do solo. Cobre Solos orgânicos são os mais prováveis de apresentar deficiência de cobre. Tais solos apresentam, em geral, abundância deste micronutriente, mas formam complexos tão estáveis com a matéria orgânica que somente pequenas quantidades são disponíveis para a cultura. Manganês Solos orgânicos, pela formação de complexos muito estáveis entre matéria orgânica e o manganês, tendem a apresentar problemas de deficiência.

31 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Zinco Maiores quantidades são encontradas no horizonte superficial, devido a deposição dos resíduos vegetais contendo o micronutriente extraído pelas raízes das camadas mais profundas. Molibdênio A MO contribui para levar ou reter esse micronutriente no solo.

32 FORNECIMENTO DE NUTRIENTES
Cloro Os adubos orgânicos liberam cloro durante a decomposição em forma disponível as plantas. Ferro Contribui para o fornecimento através da decomposição e desprendimento de gás carbônico (aumenta a solubilidade do ferro Fe(HCO3)2 microorganismos que reduz da forma férrica (Fe+3) para a ferrosa (Fe+2), pela formação de quelato de ferro e pela adsorção do cátion ferro.

33 CORREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
Devido a propriedade do húmus em fixar, complexar ou quelar elementos como o Fe, Al, Mn que tem sido apontados como os elementos tóxicos mais comuns nos solos brasileiros.

34 Os quelatos formam um anel em volta dos íons metálicos protegendo-os de outras reações com compostos inorgânicos. Este complexo quelato-íon metálico pode desmontar-se e difundir o íon no interior da raiz ou entrar por inteiro lá dentro. A formação de quelatos é muito importante em solos alcalinos onde a insolubilidade de alguns micronutrientes impede a sua absorção pelas plantas, como é o caso do ferro (McCauley et al., 2003).

35 CAPACIDADE DE COMPLEXAÇÃO
Os grupamentos funcionais presentes na matéria orgânica podem se ligar de forma estável aos íons de carga positiva elevada. É o caso do alumínio (Al3+), que, em concentrações elevadas no solo, provoca danos ao desenvolvimento radicular, Por outro lado, solos com quantidade elevada de matéria orgânica podem apresentar problemas de carência de micronutrientes, como o cobre que, ao ser complexado pela matéria orgânica, fica pouco disponível para a absorção pelas plantas.

36 PODER TAMPÃO Pode ser considerado como o poder de proteção do solo a mudanças nas condições químicas. A humificação da matéria orgânica aumenta o poder tampão do solo, impedindo grandes oscilações de pH o que auxilia a vida microbiana e a disponibilidade de diferentes elementos nutritivos para as plantas (Moreno, 1996). A retirada de pequena quantidade de matéria orgânica solúvel diminui grandemente a capacidade de tamponamento das reações.

37 CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC)
Definida pela quantidade de nutrientes (mol) que uma superfície (ou massa) pode reter. Origem da CTC da M.O R – COOH  R – COO H+ R – OH  R – O H+ Solos Argilosos: 30 a 40% da CTC total Solos Arenosos: 50 a 60% da CTC total

38 Alguns autores verificaram que 0,5 kg de matéria orgânica estabilizada pode disponibilizar cinco vezes mais nutrientes para as plantas do que a mesma quantidade de argila, ou seja tem uma CTC cinco vezes maior (Lewandowski, 2002). Outros autores chegam mesmo a afirmar que a CTC das substâncias húmicas é 60 vezes maior do que a das argilas, e que 70% a 80% da CTC de um terreno fértil se deve a essas substâncias (Sole, 1991).

39 PROPRIEDADES BIOLÓGICAS
2.3. EFEITOS NAS PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DO SOLO

40 EFEITOS NAS PROPRIEDADES BIOLÓGICAS
MO é de onde os macrorganismos (formigas, minhocas, besouros e lesmas etc) e microrganismos (bactérias, vírus, protozoários e actniomicetos) obtêm energia e alimento para sobreviverem. A maioria dos microrganismos associados à M.O. é benéfica às plantas, exercendo importantes funções, mantendo o solo em estado de constante dinamismo.

41 Transporte de MO em maiores profundidades
EFEITOS NAS PROPRIEDADES BIOLÓGICAS Transporte de MO em maiores profundidades Formigas, cupins e minhocas manipulam, ingerem e excretam material de solo formando microagregados e construindo poros .

42 A decomposição da matéria orgânica tende a liberar nutrientes, mas o nitrogênio e o enxofre podem ser temporariamente imobilizados durante o processo. Os microrganismos que decompõem a matéria orgânica necessitam de nitrogênio para formar proteínas em seus corpos. Se a matéria orgânica que está sendo decomposta possuir uma alta relação carbono/nitrogênio (C/N) - o que significa pouco nitrogênio - estes organismos usarão o nitrogênio disponível, proveniente do solo e dos fertilizantes.

43 A proporção C/N na matéria orgânica do solo é
fator importante sobre vários aspectos, dos quais os mais significativos são os seguintes: Uma adição ao solo de resíduos com relação C/N elevada, motiva a competição pelo N disponível entre os microrganismos e as plantas. - Resíduos com relação C/N baixa (leguminosas), podem favorecer o desenvolvimento microbiológicos no processo de decomposição, implicando em maior quantidade de N mineralizado.

44 Tabela 1. Generalizações sobre as relações por unidade de N, P e S na matéria orgânica e disponibilidade de nutrientes no solo (Stevenson, 1986)

45 Materiais incorporados ao solo promoverá déficit de N (5 a 20 kg de N por tonelada de resíduo)
Incorporar os resíduos até 60 dias antes do plantio; Plantio imediatamente após a aplicação de MO, adicionar fertilizantes N para que os microrganismos os utilize e depois os libere (1 ou + meses); Fazer compostagem do material.

46 Atenção: quando os resíduos de palha de café e os colmos de milho, ou a palha de aveia e de trigo são incorporados ao solo, deve-se aplicar nitrogênio adicional, se uma cultura vai ser plantada logo a seguir. Do contrário, esta cultura pode sofrer deficiência temporária de nitrogênio. Eventualmente, o nitrogênio imobilizado nos corpos dos organismos do solo torna-se disponível à medida que estes organismos morrem e se decompõem.

47 3. CONCEITOS IMPORTANTES
Matéria Orgânica Substância ou material de origem vegetal ou animal existente no solo independente do seu grau de decomposição Húmus fração da matéria orgânica em seu mais alto grau de transformação.

48 3.1. Matéria orgânica A matéria orgânica do solo pode ser dividida em dois grupos fundamentais: Compostos simples, de baixo peso molecular, utilizado geralmente pelos microorganismos como substrato, portanto de existência transitória. Entre estes compostos se encontram proteínas e aminoácidos, carboidratos simples e complexos, resinas, ligninas, álcool, auxinas, aldeídos e ácidos aromáticos e alifáticos. Estes compostos constituem aproximadamente, de 10 a 15% da reserva total do carbono orgânico nos solos minerais.

49 3.2. Húmus O segundo é representado pelas substâncias húmicas constituindo de 85 a 90 % da reserva total do carbono orgânico, Kononova (1982); Originam-se da degradação química e biológica de resíduos orgânicos e da atividade sintética da biota do solo; Os produtos então formados associam-se em estruturas complexas mais estáveis, de coloração escura, elevado peso molecular, separadas com base em características de solubilidade;

50 Húmus Humina- fração insolúvel em meio alcalino ou em meio ácido diluído. Possui reduzida capacidade de reação Ácidos Húmicos- Quimicamente são muito complexos, com elevado peso molecular e grande capacidade de troca catiônica. Combina-se com elementos metálicos formando quelatos, que podem precipitar (quelato de cálcio, magnésio, etc.) ou permanecer em dispersão coloidal (quelatos de sódio, potássio, amônio, etc.); Ácido Fúlvico - fração colorida, são constituídos, por polissacarídeos, aminoácidos, compostos fenólicos, etc. Apresentam um alto conteúdo de grupos carboxílicos e seu peso molecular é relativamente baixo. Combinam-se com óxidos de Fe, Al, argilas e outros compostos orgânicos. Possuem propriedades redutoras e formam complexos estáveis com Fe, Cu, Ca e Mg.

51 Ácidos húmicos: ação direta sobre os processos metabólicos das plantas
Aumentam a permeabilidade da membrana celular e por conseguinte ajudam as proteínas transportadoras de íons na entrada de elementos essenciais à raiz ( Leemhuis, 1989). Aceleram o crescimento de muitas variedades de culturas, quer na germinação de sementes, quer no crescimento em altura mas o resultado mais evidente é no crescimento das raízes (Obreza et al., 1989).

52 4. Decomposição de Resíduos Orgânicos:
Condições ideais – Em resumo pH próximo de 6,0; Temperatura 25 – 30oC; Umidade 70 – 80% da Capacidade de Campo do Solo; Boa disponibilidade de nutrientes essenciais; Relação C/N baixa < 20 Fonte: SILVA J.R.T., 2005

53 4.1. Determinação do teor de matéria orgânica do solo
Os métodos diretos são aqueles em que a matéria orgânica é destruída por aquecimento ou por ataques sucessivos com água oxigenada. Os métodos indiretos se baseiam na determinação do teor de C ou de N, calculando-se o teor de matéria orgânica a partir de um desses valores: Matéria orgânica (%) = C (%) x 1,724 Matéria orgânica (%) = N (%) x 20

54 4.2. Níveis críticos de matéria orgânica do solo
Baixo : < 15 g/dm3 Médio: 15 a 25 g/dm3 Alto: > 25 g/dm3

55 4.3. Dinâmica da MO no solo dC/dt= A*K1–C*K2
dC/dt= variação do conteúdo de carbono orgânico (t ha-1) no período de 1 ano; A = taxa de adição de carbono orgânico (t ha-1 ano-1); K1= fração do carbono adicionado (que efetivamente permanece após o período de 1 ano); C = conteúdo de carbono orgânico do solo (t ha-1); K2= taxa de perda de carbono orgânico (ano-1)

56 Adição de carbono orgânico (A*K1) Perdas de carbono orgânico (C*K2)
implantação de pastagens; redução do revolvimento do solo (CM, PD); adoção de sistemas de rotação/sucessão de cultura com espécies com alta produção de biomassa; Retornos dos resíduos que voltam ao solo; Perdas de carbono orgânico (C*K2) Preparo do solo; Temperatura; Umidade; Ruptura de agregados; aeração; fracionamento e incorporação de resíduos.

57 Em solos sob vegetação natural não ocorre variação nos conteúdos de matéria orgânica no solo (dC dt = 0 ), devido as quantidade adicionadas e perdidas (A*K = C*K ) Caracteriza-se, assim, um estado estacionário, em que o conteúdo de MO é determinado pela relação entre as taxas de adição efetiva e as de perda (C = A*K /K ) de carbono orgânico do solo, as quais serão dependentes dos fatores de formação do solo.

58 Tabela 2. Valores estimados dos parâmetros relacionados ao carbono em equilíbrio em diversos ambientes.

59 dC/dt= K2.C+A.K1 monocultura
Todos os resíduos de culturas que não são usados devem permanecer na terra.

60 Figura 8. Teor de matéria orgânica após os anos sob diferentes manejos do solo.

61 Rápido esgotamento da MO dos solos cultivados nos climas tropicais
Taxa de decomposição + Perdas por erosão Exportação de nutrientes pela colheita Rápido esgotamento da MO dos solos cultivados nos climas tropicais

62 Adubação orgânica A preservação da matéria orgânica se faz através
da combinação de várias técnicas de manejo: Adubação mineral Conservacão do solo e da água Adubacão verde Rotação de culturas Consorciação de culturas Manejo adequado dos restos culturais Cultivo mínimo e/ou plantio direto; Adubação orgânica

63 5. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Os produtos de origem animal ou vegetal assim classificados: Fertilizante orgânico simples: Fertilizante de origem vegetal ou animal contendo um ou mais nutrientes das plantas; Fertilizante orgânico-mineral: Fertilizantes procedente da mistura ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos;

64 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Fertilizante Composto: Obtido por processo bioquímico, natural ou controlado com mistura de resíduos de origem vegetal ou animal.

65 6. PRINCIPAIS FONTES

66 6.1. ORIGEM ANIMAL O adubo orgânico de origem animal mais conhecido e o mais utilizado é o esterco que é formado por excrementos sólidos e líquidos dos animais e pode estar misturado com restos vegetais. São bons fornecedores de nutrientes, tendo o fósforo e o potássio rápidamente disponível e o N fica na dependência da facilidade de degradação dos compostos. A composição química varia: espécie; idade;

67 Tabela 3. COMPOSIÇÃO DE ESTERCOS ANIMAIS ( BASE MATÉRIA SECA)

68 Quantidades utilizadas em área total
Esterco de curral e Composto: 20 a 40 t/ha Esterco de Galinha: 2 a 5 t/ha Tabela 4. Doses de estercos para aplicação localizada e em cova

69 Em uma propriedade....

70 Figura 9. Produtividade média de milho (sacos/ha) em função de doses crescentes de dejetos líquidos de suínos, adubação química e sem adubação (testemunha). Safra 2000/2001. FESURV. Rio Verde, GO Figura 10. Produtividade média de milho (sacos/ha) em função de doses crescentes de dejetos líquidos de suínos, adubação química e sem adubação (testemunha). Safra 2001/2002. FESURV. Rio Verde, GO.

71 Figura 11. Produtividade média da soja (sacos/ha) em função de doses crescentes de dejetos líquidos de suínos, adubação química e sem adubação (testemunha). Safra 2000/2001. FESURV, Rio Verde, GO. Figura 12. Produtividade média da soja (sacos/ha) em função de doses crescentes de dejetos líquidos de suínos, adubação química e sem adubação. Safra 2001/2002. FESURV, Rio Verde, GO.

72 Figura 13. Produtividade média de milho (sacos/ha) em função de doses crescentes de cama-de-frango, adubação química e sem adubação. Safra 2001/2002. FESURV, Rio Verde, GO. Figura 14. Produtividade média da soja (sacos/ha) em função de doses crescentes de cama-de-frango, adubação química e sem adubação. Safra 2001/2002. FESURV, Rio Verde, GO.

73 6.2. ORIGEM VEGETAL É grande a quantidade de restos vegetais remanescentes que sobra após as safras. O arroz e o trigo deixam de 30 a 35%, Algodão, cana, milho cerca de 50 a 80% da massa em forma de resíduo orgânico.

74 Material vegetal - 20 a 50% de celulose - 10 a 30% de hemicelulose - 5 a 15% de lignina - 2 a 15% de proteínas - 10% de substâncias solúveis

75 Tabela 5. Composição química de alguns adubos verdes
Figura 15. A manta morta transforma-se ao longo do tempo em húmus

76 Compostagem Processo de decomposição controlada da matéria orgânica por microrganismos, sendo transformada num material humidificado, de cor escura,odor de terra e benefício ao solo e às plantas A decomposição pode ser feita com o auxílio de camadas superficiais de terra ou esterco animal que, pela presença de grande quantidade de microrganismos, aceleram a decomposição do material vegetal. A decomposição dos restos vegetais também é possível por meio da adição de corretivos, como o calcário e a uréia na mistura.

77 A compostagem é essencial na redução de resíduos domésticos
Segundo Kiehl 1998, a maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus. Este processo tem uma grande importância, pois uma quantidade considerável de nutrientes estará retornando para o solo na forma mineral e orgânica, proporcionando melhorias químicas, físicas e biológicas.

78 Figura 16. Fases da compostagem (D´ALMEIDA & VILHENA , 2000).

79 Aplicação de composto em área de reforma

80 HÚMUS DE MINHOCA O húmus de minhoca é um produto resultante da decomposição de matéria orgânica digerida pelas minhocas. É um adubo orgânico natural, com pH neutro, sendo leve inodoro, solto, fresco e macio, com aparência lembrando vagamente pó de café. Pode ser aplicado imediatamente no solo e, entre suas qualidades, merecem destaque as seguintes:

81 - Possui bons teores de macronutrientes e de micronutrientes ; - Apresenta rica e diversificada flora microbiana e uma enorme gama de fitorreguladores, concorrendo para a melhor fertilidade natural do solo; - Recupera e fertilidade do solo cansado e não tóxico para as plantas, os animais e o homem. - Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente. Com isso, melhora a qualidade dos produtos agrícolas, tornando-os mais sadios e duradouros;

82 Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média, 30 t/ha, a lanço
Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média, 30 t/ha, a lanço. Quando em cova, essas quantidades variam de 4 a 5 L por cova.

83 TORTAS DE ORIGEM VEGETAL
Tabela 6. Teores de nutrientes em tortas de oleaginosas, em g/Kg Industrialização da cana: bagaço – bagacilho – torta de filtro (40 kg/t de cana moída) Oleaginosas (algodão, soja, mamona, girassol, amendoim) Competição: adubo x ração

84 6.3 Resíduos da Agroindústria
VINHAÇA É um subproduto do álcool ou da aguardente; 1 L de álcool produzido: L de vinhaça; pH 4,0 a 5,0; Se for considerado apenas o efeito do K, pode-se dizer que praticamente 100% deste elemento está disponível para as plantas. A vinhaça contém ainda N, S, MO e alguns microelementos. Sua aplicação mais racional deve ser feita com base no teor de K.

85 VINHAÇA É aplicada em grandes quantidades, antes do plantio e é necessário alguns meses até que a fermentação se complete; Área total: 50 a 400 m3/ha;

86 Tabela: Caracterização da vinhaça

87 TORTA DE FILTRO Cada tonelada de cana moída rende em torno de 40kg.
A torta é rica em P, Ca, Cu, Zn, Fe e possui relação C/N muito elevada, podendo diminuir a disponibilidade de N no solo; É deficiente em potássio, o que sugere a combinação deste resíduo com a vinhaça. Além de possuir alto teor nutricional já no primeiro ano de aplicação; É capaz de liberar grande quantidade dos seus nutrientes no solo;

88 TORTA DE FILTRO Outra boa característica é sua capacidade de reter água e de manter a umidade do solo; O resíduo umidecido pode ser aplicado na cultura da cana-de-açúcar em área total, com uma concentração de 80 a 100 ton por hectare; No sulco do plantio pode ser aplicada com uma concentração de 15 a 30 ton por hectare e, nas entrelinhas, com uma concentração de 40 a 50 ton por hectare.

89 Tabela 7. Quantidade a aplicar de vermicomposto e torta de filtro para uma recomendação de 100kg de N/ha; 50kg P/ha e 50kg de K/ha

90 6.4 RESÍDUOS URBANOS LODO DE ESGOTO: material sólido orgânico, ou inorgânico, removido das águas residuais provenientes das residências e estabelecimentos comerciais, etc, nas estações de tratamento de esgoto. A concentração de N, P e K no lodo depende das contribuições recebidas pelas águas residuais, do tipo de tratamento a que foi submetido e do manejo entre a sua produção e a sua aplicação no solo.

91 Lodo de esgoto Há volatilização da amônia durante a digestão aeróbica e durante a secagem A disponibilidade do N do lodo para as plantas diminui a medida que as formas inorgânicas (nitrato e amônia) diminui e que as formas orgânicas se tornem mais estáveis durante a digestão, nas estações de tratamento Embora muito carentes em potássio, possuem elevados teores de fósforo, estão na forma disponível Possui o inconveniente de ser contaminado com agentes patogênicos e metais pesados.

92 Possui de 10 a 60% de umidade 20 a 30% de matéria orgânica.
RESÍDUOS URBANOS LIXO URBANO: o aproveitamento é feito por diversos processos em função das quantidades, recursos e intenções , desde a decomposição ao ar livre até a fermentação em digestores fechados. Possui de 10 a 60% de umidade 20 a 30% de matéria orgânica.

93 Lixo urbano É rico em nutrientes importantes para as plantas;
Porém, a aplicação deles exige alguns cuidados, pois há possibilidade da presença de patógenos e metais pesados.

94 RESÍDUOS URBANOS O lodo de esgoto ou biossólido e o lixo urbano são recomendados como fonte de nutrientes, principalmente para a manutenção de parques e jardins, culturas de interesse madeireiro ou para produção de alimentos, desde que o produto da colheita, durante seu desenvolvimento, não tenha tido contato direto com o lodo, como exemplo, as espécies frutíferas.

95 Fonte:

96 Tabela 8. Composição química típica de vários materiais orgânicos de origem animal, vegetal e agroindustrial. Fonte: Raij et. al. ,1996

97 5.1. Adubos orgânicos x mineral
Orgânicos: Baixo teor de nutrientes; Alta dosagem a 10 > Ad. químico; Os adubos minerais apenas fornecem nutrientes para as plantas após solubilização com a água do solo; Não propiciam aquela série de vantagens que a matéria orgânica pode oferecer.

98 Adubos orgânicos x mineral
Custos: Altos preços/unidade de elemento (N, P, K, etc.) foram sendo substituídos pelos adubos químicos; Torta de algodão: uso alimento para animais. Tempo de aplicação deve ser feita a longo prazo pois nunca manifestam de uma hora para outra.

99 7.Fertilizantes organomineral
A fabricação do fertilizante organomineral é feita industrialmente, partindo-se do adubo orgânico granulado de elevado teor de matéria orgânica, enriquecida com nutrientes minerais primários e secundários; Une o poder natural do adubo orgânico com a potência dos adubos minerais em diversas fórmulas, com níveis variados de nutrientes minerais e mais matéria orgânica; Os fertilizantes organominerais são comercializados na forma de pó, granulado e pellets.

100 Fertilizantes organomineral
Com o decreto , de 18/02/1982, foi definido como fertilizante procedente de mistura ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos (Brasil, 1983); Devem conter, no máximo, 20% de umidade; A soma de N+P2O5+K2O (conforme declarado no registro do produto) deve ser, no mínimo, de 12%; O teor de matéria orgânica de 25% Além disto, 50% do produto deve ser oriundo de orgânicos.

101 Vantagens do fertilizante organomineral
Podem ajudar na retenção de água, na melhoria das propriedades físicas do solo e facilita a absorção de nutrientes, colocando-os mais próximos da raiz, na rizosfera; Pode ser empregado em menores quantidades por área; Menor custo de transporte; Kiehl (1994) observa que o fertilizante organomineral, ao contrário do químico, pode ser empregado de uma só vez no solo, pois seus nutrientes estão sob a forma orgânica e mineral.

102 Fertilizantes organomineral
À escassez de matérias-primas para produção de fertilizantes químicos, cresce a tendência de reaproveitamento de resíduos urbanos, industriais e agrícolas, com o intuito de despoluir o ambiente e criar novos produtos alternativos para uso na agricultura.

103 8. Biofertilizantes É um adubo orgânico líquido produzido em meio aeróbico ou anaeróbico a partir de uma mistura de materiais orgânicos (esterco, frutas, leite), minerais (macro e micronutrientes) e água; efeito nutricional efeitos de ação fungistática e bacteriostática sobre fitopatógenos, Ocorre o aumento da resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças; comprovado por pesquisadores da Embrapa (BETTIOL, 1998).

104 As etapas de preparo do biofertilizante são:
1) mistura dos ingredientes (terra de mata, composto orgânico ou esterco, farelo de mamona, farinha de ossos, cinzas, rapadura ou açúcar mascavo, amido de mandioca e água); 2) adição de água em um tambor; 3) agitação três vezes ao dia, durante cinco minutos, ou aeração com auxílio de compressor de ar, em intervalos programados de uma hora. Após 8 dias, o biofertilizante pode ser utilizado.

105 Biofertilizantes

106 8. Cuidados para a adubação orgânica
Disseminar plantas invasoras; Disseminação de agentes patogênicos; Promover efeito salino e mesmo toxidez de amônio; Excesso de N – compromete qualidade de determinadas espécies vegetais e em café o fruto; Acúmulo de K e Na: estruturação do solo;

107 8. Cuidados para a adubação orgânica
Resíduos de herbicidas – esterco bovino; Acúmulo de metais pesados; Acúmulo de P no solo (recomendação da quantidade de esterco pela quantidade de N) – uso contínuo – eutrofização das águas.

108 Tabela 9: Teores máximos de Cu e Zn (mg/dm3) a serem adicionados ao solo anualmente pela aplicação de resíduos orgânicos e teores de Cu e Zn determinados pelas doses de 50 m3/ha e 200 m3/ha de dejetos líquidos de suínos. Rio Verde, ESUCARV, 2002.

109 Distribuição de amônio (NH4+) e nitrato (NO­3-) no perfil do solo após a aplicação de dejetos líquidos de suínos. Rio Verde: FESURV/ESUCARV, 2001. Figura 12. Distribuição de amônio (N-NH4+) e nitrato (N-NO3-) no perfil do solo com aplicação de 100 m3/ha de dejetos líquidos de suínos no cultivo da soja. Rio Verde, ESUCARV, 2001.

110 9. Considerações finais Mesmo que a adubação orgânica não possa, em muitos casos, ser efetuada diretamente em larga escala, devem ser adotadas todas as práticas que possam contribuir para a manutenção da matéria orgânica do solo; A preservação, ou mesmo o aumento do teor de matéria orgânica do solo, são essenciais para a manutenção do processo produtivo da agricultura.

111 “Buscar alternativas sobre o uso adequado do solo para uma produção mais eficiente e que traga menor risco ao meio ambiente”.


Carregar ppt "ADUBAÇÃO ORGÂNICA Docente: Prof. Dr. Salatiér Buzetti Discente: Enga Agra Francine Camargo Ilha Solteira, 11 de novembro de 2011."

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