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Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática

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Apresentação em tema: "Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática"— Transcrição da apresentação:

1 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Suzana Carielo da Fonseca Maria Francisca Lier-DeVitto Rosana Landi

2 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
O que significa ter “vez e voz” na linguagem? - é poder sustentar-se numa ilusão: a de “estar em controle” da fala. uma fala sintomática destrói essa ilusão: o sujeito perde vez e voz Há, então, uma reversão imaginária: o sujeito perde a ilusão do “em controle” e fica sob efeito de uma verdade.

3 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
De que verdade se trata? A da anterioridade da língua e de sua permanência. Anterioridade da língua em relação a sujeito e sua permanência além da vida de um sujeito. Conclusão: o “controle” é ilusão uma vez que é o sujeito que deve submeter-se à língua. Se essa é a verdade, a constante em relação à subjetividade é a de que ela não é livre no que diz respeito à linguagem.

4 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Qual é, então, a diferença subjetiva entre falas “normais” e “sintomáticas”? “Falas normais”: os embaraços e tropeços – o incessante tecido de nossas conversações - não abalam a ilusão de controle e autonomia em relação à linguagem. “Falas sintomáticas”: o que se rompe é essa ilusão porque há um esgarçamento na fala, notável para os outros falantes, e não-superável pelo sujeito.

5 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Quais os efeitos de uma “fala sintomática”? - São dois: na escuta do outro e na própria escuta. NA ESCUTA DO OUTRO: um efeito “social”: marginalização/estigmatização/isolamento. NA ESCUTA DO PRÓPRIO FALANTE: um efeito de “destituição subjetiva” (de perda de voz e vez)

6 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
O que é uma fala sintomática? Antes de oferecer uma definição – que é sempre teoricamente instruída – vejamos alguns segmentos de falas sintomáticas

7 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
T: Você foi, foi, foi com quem no casamento? V. Eu, meu pai, o João, pai dele, né? A Ana, minha mãe, e o meu irmão e o primo do meu irmão, o Elton, né? Que se chama e eu. T: Quem é o João? E a Ana? V. Ana? Eles dois, ahn ... fi ... o Elton ... a mãe, a Ana, é a mãe do Elton. O pai, é o pai do Elton. Aí minha mãe é meu pai do meu irmão, né? Só, aí e a Ana e o João, ó. Eles têm um filho, né? Um filho, o Elton. Aí são ele mermo. T. Entendi nada de nada, Vã. V. O João ... T. O João ... V. E a Ana, o Elton, né? É o ... a mãe do Elton ...ele, a mãe dele.

8 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Segmento de sessão fonoaudiológica com uma menina de 8 anos: T. O seu pai veio com você? Cr. Veio T. Vocês vieram de ônibus? Cr. Não. T. O seu pai trouxe você de carro? Cr. É ... ele está trabalhando. T. Trabalhando?! O que o seu pai faz? Cr. Ele faz de propósito

9 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
T. Você assiste TV? Cr. Sim. T. Você tem televisão a cores? Cr. É ... é verde.

10 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
O que é, então, uma “fala sintomática”? Há dois aspectos a considerar: é sintomática uma fala em que há desarranjo persistente na articulação significante (falas inconclusas, elípticas, reiterativas, truncadas); (2) é sintomática uma fala que, de alguma forma, está “fora de tempo”, “fora de lugar” ou ambas as coisas; ou seja, uma fala que sempre frustra uma expectativa no instante em que é proferida.

11 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Uma fala sintomática, de algum modo, sempre agride a escuta do outro e isso produz marginalização. Marginalizado, o falante tem uma demanda: a de recuperar “vez e voz” na linguagem. Essa demanda é dirigida a uma clínica: a clínica de linguagem.

12 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
O que essa demanda supõe?  crença na potência de uma escuta (outra, especializada) que restitua a condição de falante “pleno” de uma língua.

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Que escuta especializada é esta?  Especializada porque teoricamente criada, instituída, construída; e capaz, por isso, de apreender numa fala aquilo que subjaz ao seu efeito sensível imediato.  Se é especializada é, portanto, distinta da escuta “leiga”, intuitiva (Chomsky) – aquela que apenas reconhece uma diferença na fala.

14 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Como se atinge uma escuta especializada? Pelo compromisso com uma teoria que possa apreender a heterogeneidade ou singularidade de uma fala. O compromisso com a heterogeneidade ou singularidade impõe restrições à “escolha teórica”. Opomos, aqui, escuta a procedimentos padronizados.

15 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Procedimentos padronizados apagam subjetividades, tanto a do clínico quanto a do paciente: todo o saber fica concentrado no instrumento A escuta, diferentemente, representa uma afetação no corpo do clínico e, nessa medida, não é um instrumento: a teoria afeta a escuta e cria uma posição clínica que pode dar “voz e vez” a uma subjetividade prejudicada.

16 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Na definição de sintoma, como vimos, é indissociável a relação fala/escuta, tanto para a apreensão de efeitos sintomáticos, quanto de efeitos subjetivos. Em que pese a generalidade dessa definição, há que se considerar peculiaridades entre clínica de linguagem com crianças e com adultos

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Clínica com adultos e a questão do envelhecimento Há acontecimentos clínicos que incidem em adultos, o que coloca em questão o envelhecimento. No que diz respeito à linguagem, dois quadros clínicos são predominante: afasias e demências. Esses quadros clínicos fragilizam o sujeito porque implicam “marginalidade”: familiar e social

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Clínica com adultos e a questão do envelhecimento É inegável que ambos os quadros têm como etiologia um acontecimento cerebral

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Clínica com adultos e a questão do envelhecimento Do ponto de vista da linguagem:  as afasias ficam mais para o lado da afetação da articulação significante  as demências estão mais para o lado de uma fala “fora de tempo” e “fora de lugar”

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Iniciemos com segmentos de falas de afásicos: T. A senhora gosta de comer bolo? P. Já, já, já T. Já comeu? P. Já, já T. E a senhora gosta? P. Já, já comi T. Faz tempo que a senhora comeu? P. Já comi, já já, já ouvi, ouvi, eu vi, eu vi, vi

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T. O quê que a senhora viu? P. Ah, que eu caí, eu caí, aí depois eu comí, eu caí i comí, eu cumí , eu cumí, eu cumí... eu cumí... ah, eu cumí, eu cumi, cumí. T. O que a senhora comeu? P. Acalá... eu danô/ eu caí, eu cumí dano, quando eu caí, eu caí, eu caí... danô, eu caí, a carne eu cumí, eu cumí, daí, eu cumí, cumí, acabô[...] T. O quê que a senhora comeu? P. Aião?

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T. Comeu o quê? P. De lá, eu vim eu vi, quando eu passei, quando eu ca, eu ca, a mantega, a mantega, eu pá, eu pá, [SI] eu vi, de lá eu fiquei, aí eu vi uma mulher, tinha uma, tinha outra... aí... ó Deus, ó pra mim, eu caí meu Deus, eu falei: o Deus, olha pra mim, ó Deus - eus, eu caí, ó Deus, todo mundo, todo mundo eu tô cumendo, ó Deus, ó pá mim Deus... Ó Deus, ó pá mim, Deus, meu Deus, meu, ó pá mim Deus (chora)

23 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Essa fala sintomática mostra: a predominância do desarranjo na articulação significante, manifesta nas afasias, produz efeitos na escuta da paciente: mesmo frustrada, ela procura sustentar sua fala, dá sinais de sofrimento. Ela chora, ela lamenta ... Ela insiste: quer ter voz e vez. Tudo isso mostra uma cisão profunda – num mesmo sujeito – entre fala e escuta.

24 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
A cisão entre fala e escuta, exposta nos dados apresentados, está indissoluvelmente associada a uma cisão subjetiva muito bem caracterizada por Cardoso Pires: “eu tinha-me transferido para um sujeito na terceira pessoa [...] Ele, o Outro. O Outro de mim” (1997)

25 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
Do ponto de vista lingüístico, a afasia é “fala em sofrimento que produz um conflito subjetivo” (Fonseca, 2002)

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O que se espera, então, de um clínico de linguagem? Na afasia, que sua escuta reconheça “um sujeito ao lado do que diz”, ou seja: Que sua escuta (teoricamente instruída) não ignore que há um texto que não pode ser dito pelo falante; Que sua escuta apreenda, na fala fragmentada do paciente, indícios do texto submerso; Que sua escuta seja suporte para uma fala/interpretação: - a fala do terapeuta, nesse enquadre, corresponde a uma cessão - ele empresta sua voz para que nela ganhe expressão o texto que o paciente não pode dizer.

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Vejamos, agora, segmentos de falas de pacientes com demência: Paciente e terapeuta diante de uma figura que mostra um homem se barbeando no banheiro T. Que lugar é esse da casa? P. não sei. T. esse maior aqui, ele tem uma coisa diferente... (...) olha pra cara dele... Quê que ele tem de diferente? P. diferente... o olho... rosto! T. olha essa foto aqui direitinho ... é espuma de fazer barba... (...) se ele está com espuma de fazer barba... que lugar é esse aqui... parece que é um... P. futebol T. futebol!? Onde é que as pessoas fazem a barba? P. na barbearia.

28 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
T. Já aconteceu algum acidente, alguma vez? P. Já contei. T. Já aconteceu? P. E já deu certo.

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A fala sintomática no caso das demências: a característica mais marcante não é o desarranjo da articulação entre os significantes (como acontece nas afasias) os segmentos apresentados remetem mais a uma fala “fora de tempo” e “fora de lugar”

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Afasias e demências se, grosso modo, do ponto de vista etiológico afasias e demências podem ser aproximados do ponto de vista da linguagem as questões fundamentais que eles suscitam são distintas:  nas afasias está em questão, fundamentalmente, um conflito subjetivo: um sujeito que fica no intervalo entre fala e escuta.

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Trago o caso de uma paciente afásica cuja fala não agride a escuta do outro, mas a dela própria: Fragmento 1 P. Eu tava na casa duma ... amiga e me senti esquisita. Não era me sentir mal assim ... eu sentia que eu queria falar uma coisa e ... e falava outra. Então ela me perguntava uma coisa e eu ... não sabia responder e ela falou: "o quê que você tem?" Eu falei: "nada". Aí ela disse: “ah você ... parece que tomou remédio pra dormir” (a paciente ri) ... porque acho que eu falava meio ... meio trocado, sei lá! Aí eu liguei pro meu filho e ... pr ele me buscar; aí ela falou: "mas o quê que você tem?". E  eu não queria aborrecer ele e falei: "não, não tenho nada, nun/num tô me sentindo bem”. Fui pra casa..

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Fragmento 2 Quando eu cheguei já no carro, eu já não conseguia ... (a respiração se altera e a fala fica mais lenta) falá mais, direito (respira) e meu filho disse: "o quê que você tem?"; eu falei: "nada, não tenho nada". Porque eu não me senti mal, sabe?

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Fragmento 3 Cheguei na hora mesmo deitei e dormi (pausa rápida) dormi a noite toda. Quando/ ah/com/começou a amanhecer, aí num ... num tinha voz nenhuma. E meu filho mora comigo, né? (SI) bati no quarto e falei: (a paciente faz um ruído gutural) e não saía mais nada. "Mãe o quê que você tem?". Aí eu falei: "me leva e num/num pronto-socorro”

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Fragmento 4 Mas é uma coisa muito estranha, não? A gente fica boba! Fica boba, abobalhada! Aí no... quarto dia na UTI... eu já fui... falando alguma coisa – mal ..., mas falava!

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B. faz, ainda, comentários sobre sua fala após o AVC: Fragmento 5 Quando eu fui pra casa, ainda tinha dificuldade pra falá e tudo, mas agora eu...tô bem assim... quer dizer, mas tem horas que... num sai, sabe?   

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Fragmento 6 Eu quero falar uma coisa com você. Aí tô falando bem como tô agora, falando, falando, aí de repente eu... eu fico pensando... “O quê? Como é que fala?”. Num consigo, mas se eu firmá de novo eu / eu consigo a palavra, entendeu? Então eu não sei, parece que  pfu: dá uma apagada, depois vem.

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De fato, pude notar nessa entrevista, ocorrências como a mencionada pela paciente quando ela disse: Fragmento 7 Diz que eu tinha tido um ... a ... como é que chama? Assist/ass... (pausa pequena) aí eu sempre esqueço (pausa pequena) assdente va/vascular, AVC, não é isso?

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Quando eu pergunto a B. se as dificuldades de fala a incomodam: Fragmento 8 É eu fico assim... hum... por exemplo se eu tenho um, um.., uma reunião: alguma coisa, eu fico meia tímida, sabe? (B. começa a chorar) Eu tenho medo de falar errado, sabe? Mas eu falo, mas... não assim com... muita... seqüência, entendeu?

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Fragmento 9 Fico meia... preocupada, fico pensando primeiro como é a palavra pra... pra num errá

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 A fala dessa paciente, para o outro, não está nem “fora de tempo” nem “fora de lugar”: soa bem articulada e com sentido.  Para a paciente, sua fala é sintomática porque ela a escuta a partir do efeito do acontecimento traumático  A escuta da paciente ficou presa na fala que sucedeu o acontecimento cerebral: numa fala “bem montada” ela só escuta a “fala desarticulada”

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A paciente está “ao lado do que disse” – aprisionada numa posição de escuta – ainda assim, há cisão, há, portanto, afasia, apesar da fala bem montada. Nas demências, em estágios iniciais, essa cisão também pode ocorrer, mas diferentemente da afasia o caminho da demência é o da dissolução subjetiva: o sujeito “não fica ao lado do que diz”, nem “do que disse”. Ainda assim, em meio a essa dissolução, enquanto o sujeito falar, o que aparece em sua fala são fragmentos de cenas vividas por ele.

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A clínica de linguagem com afásicos Como vimos, a condição afásica afeta indubitavelmente o próprio sujeito e pode produzir mudanças que implicam prejuízos de natureza pessoal, social e profissional É inegável também que tal condição produza efeitos problemáticos no núcleo familiar. Mais especificamente, a exigência de reorganização de seus membros para cuidados específicos.

43 Vez e Voz na Linguagem: o sujeito sob efeito de sua fala sintomática
O atendimento do Afásico Pode demandar a formação de uma equipe multidisciplinar, idealmente composta por diferentes profissionais: fonoaudiólogo, médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo ou psicanalista. Questões relativas ao isolamento social - de cunho familiar ou trabalhista - e questões previdenciárias reclamam, ainda, a presença de profissional da área do Serviço Social.

44 Centro de Atendimento a Afásicos CAAf – DERDIC/PUC-SP

45 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sua origem está vinculada ao Projeto de Extensão – “O atendimento clínico do afásico: diagnóstico, tratamento e prognóstico”, coordenado pelas professoras Dra. Suzana Carielo da Fonseca (Departamento de Lingüística e DERDIC - PUCSP) e Dra. Maria Francisca Lier-DeVitto (Departamento de Lingüística, LAEL e DERDIC – PUCSP)

46 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Psicólogos Fonoaudiólogos Professores (oficinas) Equipe Profissional Assistentes Sociais Médicos

47 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Compromissos: atendimento de pacientes afásicos e suas famílias implementação do atendimento a pacientes com demência formação de terapeutas produção, sistematização e publicação de resultados teóricos e clínicos referentes aos atendimentos realizados

48 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
DERDIC-PUCSP Atendimento Clínico Fonoaudiológico Médico Psicológico Ponto de Encontro Atualização e Cidadania Oficinas (DERDIC e CECCO) Programa de Atenção à Família Serviço Social Psicologia

49 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Programas de Atendimento do CAAf Programa voltado para o exercício efetivo da cidadania:  encontro com os afásicos e seus familiares, realizado pelo Serviço Social, para discutir questões relativas a direitos civis, trabalhistas e previdenciários (encaminhamento de pacientes relativamente à reclamação junto a órgãos governamentais dos direitos a que a eles faziam jus (auxílio-doença, aposentadorias, LOAS, isenção tarifária).

50 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Programas de Atendimento do CAAf Atividades promotoras de inclusão social: - realização de encontros semanais com grupos de afásicos no programa denominado “Ponto de Encontro”. Atividades do “Ponto de Encontro”: a. Teatro: corpo/fala em movimento para que “narrativas” ganhem o palco em pequenas “cenas”. O afásico é chamado a tomar posição com a sua condição atual de fala e/ou gestualidade.

51 TEATRO

52 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Atividades do “Ponto de Encontro”: b. Confecção de Bijuterias (Maio de 2005 Dezembro de 2005): enfrentamento dos limites impostos pela afasia e condição sensório-motora na fabricação de colares, pulseiras, chaveiros e marcadores de livros.

53 BIJUTERIAS

54 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Atividades do “Ponto de Encontro”: c. Artes: no trabalho com pintura, colagens, mosaico, etc, o encontro com o outro e o enfrentamento dos limites impostos pela afasia e pela condição sensório-motora.

55 ARTES

56 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Atividades do “Ponto de Encontro”: d. Oficinas de convivência e geração de renda (agosto de 2005): atelier de artes plásticas; coral cênico; lian gong meditação ativa; yoga adulto; papelão/artesãos; fios, tramas e bordados; dança e expressão corporal; escultura; mosaico; colóquios e expedições culturais  CECCO –IBIRAPUERA (afásicos+familiares)

57 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Programas de Atendimento do CAAf Programa de “Atenção à Família”: - desenvolvido pelo Serviço Social, com apoio do Serviço de Psicologia.

58 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sobre os efeitos do Atendimento “Sr. O: no início, estava voltado para si. Apenas respondia (com ‘sim’ ou não’) a indagações que lhe eram dirigidas. Nervoso. Sério. Pintura com movimentos bruscos. Hoje, conta sobre os quadros que faz em casa. Nas férias, fez 22 para presentear familiares e amigos. Traz notícias sobre o curso que está fazendo. ‘Mantém diálogo’ com as professoras e os outros colegas”.

59 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sobre os efeitos do Atendimento “Sr. E.: no início, pouco comunicativo. Entretanto, logo se ambientou. Facilidade para pintar. Assim que percebeu suas possibilidades, começou a fazer serviços em casa como, por exemplo, pintar a geladeira. Procurou e freqüentou outros cursos. Traz fotos de seu jardim para ser orientado a pintar quadros em casa. Se interessa pelo curso de desenho (vai além do que é proposto). Por causa dele, todos se interessaram a fazer exercícios em casa”

60 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sobre os efeitos do Atendimento Geração de Renda Oficinas: resultados efetivos que ultrapassaram a meta de inclusão social

61 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sobre os efeitos do Atendimento “Sr. N participou ativamente da oficina de confecção de bijuterias. Durante as férias de julho, ele foi à Rua 25 de Março e comprou material para fazer, em casa, os chaveiros que havia aprendido a confeccionar. Depois de prontos, ele os deu, em consignação, a uma conhecida – dona de uma banca de revista – para que ela os vendesse. Ele transformou, assim, em atividade laborativa/lucrativa a experiência que havia obtido na oficina”.

62 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sobre os efeitos do Atendimento “Sr. N. se interessou em fazer uma Oficina de Encadernação, oferecida por uma Secretaria do Governo do Estado de São Paulo aos cidadãos paulistanos. Realizou-a e nos trouxe o resultado do seu trabalho: blocos e pequenos cadernos montados de forma criativa e original. Sua pretensão é vendê-los: saída para enfrentar a difícil situação financeira em que se encontra”.

63 CAAf Centro de Atendimento a Afásicos
Sobre os efeitos do Atendimento Suporte para o investimento clínico: nas oficinas, os pacientes têm encontrado vitalidade e força para continuar investindo no tratamento fonoaudiológico. É o que eles insistem em dizer e o que os seus familiares e terapeutas têm testemunhado.


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