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II SIMPÓSIO DE DIACONIA – 1ª IPI DO NATAL MISSÃO & DIACONIA

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Apresentação em tema: "II SIMPÓSIO DE DIACONIA – 1ª IPI DO NATAL MISSÃO & DIACONIA"— Transcrição da apresentação:

1 II SIMPÓSIO DE DIACONIA – 1ª IPI DO NATAL MISSÃO & DIACONIA
Carlos Queiroz Diretor Executivo – Diaconia 25/05/2010

2 “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo..." (Mt 22. 27,39).
Introdução A missão é ser e fazer Diaconia Diaconia social Diaconia política Diaconia pela justiça e paz... “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo..." (Mt ,39).

3 Na primeira parte de nossa reflexão estou considerando a missão e a diaconia como um desdobramento de práticas espirituais expostas nas vitrines no cenário religioso brasileiro. Em seguida estabeleço três eixos básicos para balizamento de uma missão que denomino de cristã: fé, amor e graça.

4 1. PRÁTICAS DE ESPIRITUALIDADE NA VITRINE

5 1.1. MISSÃO & FETICHI De fato, o cristianismo brasileiro passa por um processo de sincretismo interno e externo. Basta observarmos que, do ponto de vista da liturgia o catolicismo pentecostalizou-se, enquanto que, do ponto de vista da magia, o protestantismo catolicizou-se ou umbandicizou-se. Sem emitir um juízo de valor no que diz respeito às negociações dos símbolos e expressões religiosas, estamos diante de uma espiritualidade fetichizada e alienada do pão de cada dia para todos. A missão e a Diaconia tendem a ser uma interferência exclusiva pela via do milagre.

6 1.2. MISSÃO & CRISTINAISMO IDOLÁTRICO
No ambiente em que o sacerdote/intermediário tem o controle e "soberania" dos símbolos sagrados, tanto a divindade quanto o devoto são apenas objetos na transação mercantilista. A missão é reduzida a técnicas e métodos para aumentar a clientela, que serve de meio para promoção dos sacerdotes e de suas respectivas instituições. A diaconia fica limitada a filantropia, neste caso, utilizando a miséria do pobre como instrumento de publicidade institucional e promoção do “agente compadecido”.

7 1.3. MISSÃO QUE SUPERVALORIZA O ESTÉTICO EM DETRIMENTO DO ÉTICO
Qualquer missão apenas estética, meramente ritualista, que gira em torno do sucesso e popularidade de seus sacerdotes ou do reconhecimento arquitetônico de suas obras cultuais, tende a usar praticas isoladas de filantropia para agregar valor ao produto religioso. Com o fim de desmascarar esse tipo de espiritualidade, Jesus usou duas figuras: falou de lobos vestidos de cordeiro e sepulcros caiados (Mt 7.15; 23.27). A diaconia deve ser a expressão da missão evidente nos símbolos, confissões, liturgias em confluência com a manifestação ética dessa mesma fé. Tiago afirma: “Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.” (Tg ).

8 1.4. MISSÃO COMO FENÔMENO DE MERCADO
Na religião de mercado é fecundada uma missão cuja lógica está fundamentada no lucro e promessa de prosperidade. As “bênçãos” são avaliadas dentro de critérios pragmáticos e materialistas. Os possuidores de fé são capazes de alcançarem os beneficios do mercado. Os fracos na fé não conquistam a bondade da divindade; portando, desprovidos da imagem cultual denominada dinheiro. Assim, os mais espirituais nesta religião podem ser os mais desumanos entre todos os devotos.

9 1.5. MISSÃO ExOTÉRICA SENSITIVA
No Evangelho o discípulo é estimulado a uma experiência de conversão, um encontro com Deus e desse encontro, a um retorno para viver a comunhão numa comunidade de fé cristã em serviço ao mundo. Neste caso, confluem-se missão e Diaconia. Fé sensitiva/subjetiva vinculada a prática histórica – política social, justa e solidária – ecumênica.

10 A experiência de conversão do discípulo de Jesus Cristo desemboca numa espiritualidade íntima e pessoal, e ao mesmo tempo, comunitária e universal. No evangelho ensinado por Jesus, oramos ao Pai nosso que está nos céus – espiritualidade transcendente. Enquanto se busca ao Pai na transcendência, deve-se buscá-lo na primeira pessoa do plural – O Pai é nosso - É Pai da comunidade e na comunidade. É também, a oração do pão nosso de cada dia. Deus é Pai da humanidade – somos um corpo, uma família.

11 2. EIXOS E BALIZAMENTOS DA MISSÃO

12 2.1. A FÉ COMO BALIZAMENTO de Transcendência e Resposta Ética
Início esta parte com uma afirmação de Rodolfo Otto: “Os elementos não-racionais que permanecem vivos numa religião preservam-na da degeneração em racionalismo. Os elementos racionais que nela são abundantemente saturados, preservam-na de cair no fanatismo ou no misticismo ou de nelas permanecer; e elevam-na ao nível de religião qualitativamente superior, culta, religião da humanidade. A presença desses dois elementos e sua harmonia, estabelecem um critério para medir a superioridade de uma religião...” (1985:120).

13 Diante das duas perspectivas, qual a fé geradora de uma missão capaz de promover uma diaconia inteligente, conseqüente e em beneficio da humanidade?

14 A) FÉ TRANSCENDENTE, detectada no mundo dos sentimentos e decodificada, apenas por analogia, através de categorias racionais. Especialmente Paulo faz referência ao que ele denomina de "mistério" não concedido a outras gerações, mas a ele, "o menor de todos os santos" .... "foi-me dado conhecer o mistério da multiforme sabedoria de Deus" (Ef ). Jesus disse a Tomé: "Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram"

15 Paulo diz, simplesmente: "Abraão creu e isso lhe foi imputado como justiça..". O escritor da carta aos Hebreus diz: "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (...) Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hb 11.1,6). "E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles na incircuncisão, a fim de que a justiça lhes seja imputada, bem como fosse pai dos circuncisos, dos que não somente são da circuncisão, mas também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, antes de ser circuncidado." (Rm 4.11,12).

16 B) FÉ COMO CAPACIDADE SOBRE-HUMANA para realização de fenômenos sobrenaturais
João, referindo-se aos registros em seu livro diz: "estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.(Jo 20.31). na falta de fé, que limitavam a intensidade dos milagres: "E não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser curar alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E admirou-se da incredulidade deles. Em seguida percorria as aldeias circunvizinhas, ensinando." (Mc 6:5,6).

17 C) Fé expressa num conjunto de doutrinas e confissões.
Inicialmente, com a intencionalidade de testemunhar e explicitar a fé no Evangelho de Jesus Cristo, para os de "fora" Num segundo momento para posicionar-se diante de ameaças doutrinárias - às vezes internas, outras vezes externas. Uma espécie de busca da unidade pela verdade. E, por último, com o propósito de "discernir os tempos" e praticar com fidelidade e eficácia a missão no mundo.

18 D) Fé como resposta ética - resultado da reconciliação com Deus
Escrevendo às igrejas do I Século, Paulo usa expressões como: - Por isso também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos,... Ef 1.15 -Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé. Rm 1.8 - ...desde que ouvimos falar da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes a todos os santos,... (Cl 1.4).

19 A fé pode ser entendida como evento atuante no caráter, integridade, atitudes, comportamento - um modo próprio de ser discípulo de Jesus Cristo: "Vós sois a luz do mundo..."; "Vós sois o sal da terra" (Mt 5.13,14). Desse modo a fé concede a comunidade cristã um caráter distintivo: "para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo," (Fl 2.15) Paulo escrevendo aos Tessalonicenses comenta sobre essa fé constante, a despeito de perseguições e aflições: "De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa constância e fé em todas as perseguições e aflições que suportais;..." (2Ts 1.4)

20 ". conservas o meu nome e não negaste a minha fé. " Ap 2. 13
"...conservas o meu nome e não negaste a minha fé..." Ap ou ainda: "...e por causa do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida." Ap ). Na ótica de Tiago as obras se confluem e interagem com a fé: "...mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras...".

21 Portanto, há duas dimensões da fé como resposta ética.
1) Uma devocional, que se inicia numa espiritualidade intima, pessoal, privada - "entra no teu quarto fecha a porta e fala ao teu Pai.... e teu Pai que vê em secreto te recompensará". Com isto evita-se a utilização publicitária da missão em beneficio pessoal. Mas, como é uma fé que desemboca em diaconia, não tem como se evitar o reconhecimento público da missão.

22 2) É, portanto, missionária: "
2) É, portanto, missionária: "...Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.16). Fé que se expressa através de uma espiritualidade comunitária – vossa luz, vossas boas obras, vosso Pai. É uma fé pública, sócio-política - é manifestada “diante dos homens”, através de obras visíveis. É uma missão que tem como finalidade última a glorificação do Pai que está nos céus e o bem comum de seus filhos e filhas.

23 2.2. O AMOR COMO BALIZAMENTO da Missão e Diaconia
"Mas Deus sendo rico em misericórdia por causa do grande amor com que nos amou..." (Ef 2.5). E, ainda afirma: "...Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo Jesus morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8).

24 A) A IGREJA - UMA COMUNIDADE DE AMOR – a marca da santidade
Os discípulos de Jesus Cristo são identificados como tais, pela evidência do amor: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos; se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo 13.35). Na ótica de João amamos a Deus, quando de fato, amamos aquele a quem vemos (I Jo 4.20,21). (Aquele a quem vemos - possivelmente referindo-se ao irmão na fé). “...Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5.8).

25 Palavras de Jesus no Sermão do Monte:
“... se amardes os que vos amam, que galardão havereis? (...) E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? (Mt ). O argumento de Jesus está conectado com a idéia de que Deus faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e a chuva sobre justos e injustos (Mt 5.45). Por que não entendemos esta forma de Deus agir? O fato é que Deus não age baseado no jeito de ser do outro. Deus age baseado em seus atributos e virtudes. Precisamos cultivar uma missão em que nos tornemos cada vez mais semelhantes ao Pai celestial (Mt 5.48).

26 B) A IGREJA – UMA COMUNIDADE DE SERVIÇO – a marca da missão
Jesus disse: “Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial". (Mt ).

27 2.3. A GRAÇA DE DEUS “A missão da igreja resulta da própria missão de Deus” (STOTT, 1982:35). “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade” (Ef.1:4). Pedro afirma: “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” ( I Pe.1:20). Nas palavras de João Wesley, “...Foi a livre graça que formou o homem do pó da terra e nele soprou a alma vivente, estampando nessa alma a imagem de Deus e sujeitando todas as coisas debaixo de seus pés.

28 A) Graça, no Antigo Testamento, é compreendida como a ação de um Deus soberano em favor de pequeninos que não podem lhe oferecer nada em troca. “Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a terra. O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo; mas, porque o Senhor vos amou, e porque quis guardar o juramento que fizera a vossos pais, foi que vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito. (Deut. 7:6-8).

29 B) No Novo Testamento a idéia de graça é semelhante as observações feitas com respeito ao Antigo Testamento. Uma missão fundamentada e inspirada pela graça não alimenta expectativas de troca. Quem ama, age por conta dessa fonte inesgotável dentro de si mesmo. Os empobrecidos, os espoliados, os injustiçados não se tornam devedores dos serviços de misericórdia e justiça realizados pelo povo de Deus.

30 Uma missão fundamentada na graça é uma fonte de realização numa via de duas mãos: quem tem acesso aos bens necessários à vida, socializa pela graça esses bens e desfruta, pela mesma graça, dos bens virtuosos dos pobres. Não há dívida e pagamento - há, tão somente, fluxo e refluxo da mesma graça: MISSÃO & DIACONIA

31 BIBLIOGRAFIA BOFF, Leonardo. Espiritualidade: Um Caminho de Transformação. Editora Sextante. Rio de Janeiro – RJ, 2001. OTTO, Rudolf. O Sagrado, Imprensa Metodista, São Bernardo do Campo – SP, 1985. SOARES, Sebastião A. G. Em Palestra sobre: Diaconia e Profecia, publicado no livro Ação Diaconal: Uma Reflexão no Contexto Nordestino. Editado por Programa de Apoio à Ação Diaconal; DIACONIA – Recife – PE, STOTT, John - Em palestra sobre: A Base Bíblica da Evangelização, publicada no livro: A MISSÃO DA IGREJA NO MUNDO DE HOJE; ABU Editora e Visão Mundial, 1a Edição - São Paulo ; p. 35. TUCKER, Ruth A. “…ATÉ OS CONFINS DA TERRA.” Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1a Edição – Sãp Paulo-SP – 1986. WESLEY, João. Sermões de Wesley (tradução de Nicodemos Nunes) - 2o Edição, I Volume; Imprensa Metodista, São Bernardo do Campo - SP,

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