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METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS APLICADA À ESCOLA DO CAMPO

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Apresentação em tema: "METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS APLICADA À ESCOLA DO CAMPO"— Transcrição da apresentação:

1 METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS APLICADA À ESCOLA DO CAMPO
Prof. Ms. Fábio Luis Quintal Carvalho

2 Apresentação

3 Apresentação Fábio Luis Quintal Carvalho
Ciências Biológicas – Licenciatura em Ciências (UFRGS, 1986) Ciências Biológicas – Bacharelado em Botânica (UFRGS, 1988) Ciências Biológicas – Mestrado em Ecologia (UFRGS, 1992) Professor de Zoologia de Invertebrados (UFRGS, 1990) Professor de Ecologia Geral e Especial (UFRGS, 1990) Biólogo da Prefeitura Municipal de Londrina ( ) Professor de Botânica Aplicada à Farmácia, de Biologia Geral e de Fisiologia Humana (UNOPAR, ) Professor de Ecologia e de Prática de Ensino de Ciências e Biologia (FAP, 2004) Professor de Biologia no ensino médio ( )

4 Apresentação Professor de Ecologia e Impactos Ambientais, Mecanismos de Qualidade Ambiental, Auditoria Ambiental, Geografia Aplicada e Proteção de Recursos Naturais, Metodologia do Ensino de Ciências aplicada à Educação no Campo, Educação no Campo e Desenvolvimento Sustentável (ESAP, ) Professor de Recursos Naturais e Controle Ambiental e de Saúde e Higiene no Trabalho (IAPEC, 2012) Professor de Gestão Ambiental (UNIVALE, 2011 – 2012) Coordenador do curso tecnológico superior de Segurança no Trabalho (IAPEC, 2010 – 2012) Autor do material didático de Biologia (SISTEMA MAXI DE ENSINO, 2006) Assessor educacional do Sistema Maxi de Ensino ( )

5 Apresentação Tradutor de língua inglesa (1987 – 2012)
Mergulhador autônomo (CMAS, 1994 – 2012) Consultor Ambiental – elaboração de laudos, perícias, estudos de impactos ambientais, projetos de recuperação de áreas degradadas, licenciamento ambiental, projetos de reflorestamento, projetos de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos (1991 – 2012)

6 Apresentação Fábio Luis Quintal Carvalho
Rua Lauro Alves do Nascimento, 183 Jardim Pinheiros – Londrina - PR (43) (43) Redes sociais – MSN, Facebook, Orkut

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8 Introdução O que é Ciência?
Scientia, do latim, significa “aprender ou obter conhecimento”. Scirem, do grego, significa “conhecimento criticamente fundamentado”. A Ciência, como um todo, caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, exato, verificável e, falível. A Ciência pode ser ainda definida como uma atividade que propõe a aquisição sistemática de conhecimento sobre a natureza biológica, social e tecnológica.

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10 Introdução Todas as Ciências possuem as seguintes características:
Objetivo ou finalidade – distinguir as leis que regem determinados fenômenos; Função - uma utilidade; Objetos – que se subdividem em dois grupos distintos, a saber: Material – o que se pretende estudar; Formal – o enfoque especial, necessário em face das várias ciências que possam possuir o mesmo objeto material.

11 Introdução Deste modo, A Ciência como pensamento racional, objetivo, lógico, confiável e falível; A Ciência como metodologia que determina como produzir novos conhecimentos de forma confiável; Assim, a Ciência pode ser reconhecida por três critérios básicos: Confiabilidade em seu corpo de conhecimento; Sua organização; Sua metodologia.

12 Introdução No mundo atual, a Ciência tem como função aperfeiçoar o conhecimento nas diversas áreas com o objetivo de tornar a existência humana mais significativa. Segundo o MEC, existe atualmente um déficit de aproximadamente 200 mil professores de química, física, matemática e biologia no país. Enquanto isso, países como a Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica e Cuba detêm os melhores indicadores educacionais quanto ao ensino de Ciências, revelando seu impacto positivo sobre a educação.

13 Introdução Existem três motivos básicos pelos quais o ensino de Ciências deveria ser o foco de melhorias no plano educacional do país: O ensino de Ciências é um importante exercício de raciocínio, que desperta no aluno seu interesse, seu espírito criativo e empreendedor, o que contribui para a melhoria do processo de aprendizagem em todas as disciplinas curriculares; Quanto melhor o ensino de Ciências desde as séries iniciais, melhores são as chances de captação de novos talentos para suprir a demanda nas carreiras científicas; O conhecimento científico é fundamental para que a população possa se posicionar frente a questões sobre as quais precisa ter uma opinião formada visando a sua legitimação.

14 A Atitude Científica A Ciência desconfia de nossas certezas!
A Ciência vê o mundo através de problemas e obstáculos. O conhecimento científico é: Objetivo – busca as estruturas universais; Quantitativo – busca medidas e padrões; Homogêneo – busca as leis gerais de funcionamento do universo; Generalizador – reúne objetos percebidos como diferentes sob leis científicas semelhantes; Diferenciador – pode separar os objetos aparentemente semelhantes.

15 A Atitude Científica A Ciência somente estabelece relações depois de investigar a natureza dos fatos. A Ciência procura apresentar explicações racionais, simples e claras. A Ciência procura renovar-se e modificar-se continuamente no processo de construção do conhecimento.

16 Os Fatos Científicos Os fatos científicos são construídos através da investigação (pesquisa) científica, que está embasada em uma metodologia científica que possibilita: Distinguir o objetivo do subjetivo; Construir o fenômeno de maneira controlável e verificável; Demonstrar e provar os resultados obtidos; Relacionar um determinado fato com outros; Formular uma teoria geral sobre o conjunto de fenômenos e fatos investigados.

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18 Os Fatos Científicos A Teoria Científica é um sistema ordenado de proposições baseados em um pequeno número de princípios. A Teoria Científica serve para descrever, explicar e prever do modo mais complexo possível um conjunto de fenômenos, oferecendo suas leis. Como exemplo de uma Teoria Científica temos: A Teoria da Relatividade A Teoria da Evolução Biológica A Teoria do Big Bang ...

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20 As Concepções Científicas
A Ciência apresenta três concepções principais: Racionalista – é a comprovação da verdade dos enunciados sem sombra de dúvidas (Matemática); Empirista – é a concepção baseada na observação dos fenômenos naturais e nos experimentos (Medicina e História Natural); Construtivista – é a concepção da Ciência como instrumento de construção de modelos explicativos do mundo.

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22 O Ensino de Ciências Nos Parâmetros Curriculares Nacionais são propostos os seguintes objetivos para o ensino de Ciências no ensino fundamental II: Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano como parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive; Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica; Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; Saber utilizar conceitos científicos básicos;

23 O Ensino de Ciências Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização e discussão de fatos e informações; Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva; Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

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25 Construindo o Conhecimento
PERSPECTIVA EMPIRISTA PERSPECTIVA NÃO EMPIRISTA Fazer Ciência As leis e os princípios científicos emergem dos fenômenos naturais, cabendo ao cientista extrair o conhecimento que ali já está definido. Teorias e hipóteses são decorrentes de interpretações da realidade que levam em conta não só os fatos objetivos, mas também as visões pessoais, especulações, expectativas, preferências estéticas e motivações dos cientistas. Aprender O aluno aprende por absorção de informações que já estão prontas no discurso do professor, no livro, no quadro-negro, nos fenômenos da natureza. O conhecimento adquirido pelo aluno resulta de uma síntese pessoal, sendo uma reelaboração daquilo que é dito pelo professor ou está no livro.

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27 A Ciência na Mídia e na Escola
Alguns questionamentos comuns em relação ao papel da mídia no ensino e aprendizagem em Ciências são: Os programas de televisão ajudam ou atrapalham o ensino de Ciências? Que elementos da cultura científica são incorporados pelos filmes comerciais? Devo utilizar filmes como material didático na educação científica dos meus alunos? De que forma? Que veículos de mídia são formadores do imaginário social acerca da Ciência?

28 A Ciência na Mídia e na Escola
Esses questionamentos ocorrem uma vez que: A veiculação da Ciência na TV recorre a mitos e ritos que são da ordem do fantasioso, do metafórico e do ilógico; Aparece o mito do encantamento do mundo, no qual a Ciência apresenta todas as soluções buscadas pelo homem, quase magicamente; Os cientistas e/ou especialistas costumam aparecer em locais representativos das suas funções como laboratórios e escritórios, com grande quantidade de livros e equipamentos; O repertório social do pesquisador não entra em pauta; A ênfase está nos resultados e não na trajetória percorrida; Os programas tentam estabelecer um “gancho” entre Ciências e cotidiano, buscando mostrar ao público que o que vai ser veiculado tem alguma relação com a sua vida.

29 A Ciência na Mídia e na Escola
Gênero Ciência Exemplos Documentário A narrativa não envolve construção de personagens humanos. As características didáticas e conceituais prevalecem sobre os elementos narrativos Uma verdade inconveniente, A marcha dos pinguins Drama Reconstrução de casos reais de descobertas e debates científicos. O óleo de Lorenzo, Tempo de despertar Biografia Narrativas sobre a vida de personagens célebres da história da Ciência. Giordano Bruno, Freud, além da alma, Uma mente brilhante Ensaio Filmes cujos enredos ilustram teorias ou debates sobre pressupostos científicos. Ponto de mutação, Quem somos nós? Ficção Científica A Ciência e i imaginário científico são personagens centrais. São narrativas fantasiosas e/ou irreais nas atuais condições do conhecimento. Representam uma espécie de experimento mental sobre as implicações da Ciência e da tecnologia. De volta para o futuro, Parque dos dinossauros, A ilha, Admirável mundo novo, Gattaca

30 A Ciência na Mídia e na Escola
Sugestões práticas para trabalho com filmes: Palavra-chave - o professor pronuncia uma palavra-chave relacionada ao tema que será apresentado no filme. Palavras associadas ao tema devem ser apresentadas pelos alunos e registradas no quadro. Após a apresentação do filme, uma nova lista de palavras é registrada e comparada com a primeira. Com a comparação entre as listas o professor pode verificar se houve alguma transformação nas ideias dos alunos após a exibição do filme. Escrever uma carta – cada aluno deve escrever uma carta ao colega relatando o que aprenderam com o filme e como os aspectos apresentados interferem no seu cotidiano. Uma adaptação possível é solicitar aos alunos que escrevam uma carta a um dos personagens do filme. Comparação com meios de comunicação de massa – previamente os alunos são orientados a buscar o assunto a ser exibido no filme em outros meios de comunicação para uma comparação das informações após a exibição do filme.

31 A Ciência na Mídia e na Escola
Sugestões práticas para trabalho com filmes: Primeira exibição muda – o som é suprimido durante a primeira exibição do filme, sendo que em seguida os alunos devem elaborar um texto, em grupos, daquilo que compreenderam. Isso estimula a participação ativa do aluno, sua intuição e sua criatividade. Interrupção da exibição – a exibição do filme é interrompida antes da solução final. Em seguida, solicita-se aos alunos que formulem as suas próprias conclusões, que serão confrontadas posteriormente com exibição do final do filme. Tribunal e julgamento – quando o tema tratado for polêmico, o professor pode atribuir “papéis” para os quais os grupos de alunos irá apresentar argumentos de acordo com a opinião que está assumindo. Posteriormente o professor abre a discussão entre os grupos.

32 A Ciência na Mídia e na Escola
Sugestões práticas para trabalho com filmes: Roteiro orientador – recurso utilizado quando os filmes são de longa duração e que apresentam muitas informações. Um roteiro prévio de perguntas ou indicações é elaborado pelo professor e entregue aos alunos, sendo que o mesmo será discutido ao final da exibição do filme. Justaposição de cenas – o professor prepara previamente uma coletânea de cenas de diversas fontes, que tratem do mesmo assunto , que serão apresentadas aos alunos para posterior reflexão crítica sobre o tema. Desenho individual ou em grupo – é solicitada aos alunos a elaboração de um desenho sobre o que imaginam que será apresentado no filme. Os desenhos são recolhidos e, após a exibição do filme, são comparados com os novos desenhos elaborados pelos alunos, evidenciando-se a transição dos mesmos.

33 A Ciência na Mídia e na Escola
Sugestões práticas para trabalho com filmes: Mímica – divididos em grupos, os alunos devem representar através de mímicas a parte do filme que mais gostaram. Posteriormente o professor dirige as discussões sobre as mensagens transmitidas pelo filme. Poesia – após a exibição do filme, os alunos são convidados a redigir um poema sobre o que acharam mais significativo. Posteriormente, os poemas são lidos e reunidos em uma coleção que será distribuída a cada aluno como forma de trabalhar os principais argumentos do filme. Alteração do roteiro – ao término da exibição, os alunos são incentivados a se manifestar sobre quais partes mudariam no roteiro do filme, sempre apresentando justificativas para tais mudanças.

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35 Temas Científicos Polêmicos
Muitos são os temas científicos polêmicos e controversos que de alguma forma acabam fazendo parte do cotidiano dos alunos. Assim sendo, novos questionamentos surgem, tais como: Como articular os conhecimentos científicos com o cotidiano social do aluno? Como trabalhar temas que não envolvem apenas conhecimento, mas principalmente atitudes e valores? Existe uma articulação entre ética e o ensino de Ciências? Como trabalhar com questões para as quais não há uma resposta única? O que fazer quando a opinião do aluno sobre determinado tem diverge da do professor?

36 Temas Científicos Polêmicos
O trabalho com temas científicos polêmicos e controversos tem sido cada vez mais utilizado pelos professores no ensino de Ciências, sendo que três justificativas são apresentadas: Aumentar a motivação dos alunos, se os temas estão diretamente associados a problemas que afligem pessoalmente os estudantes ou interferem diretamente na vida da sociedade; Promover maior interação entre os alunos e destes com o professor, permitindo a mudança de uma postura mais individualista para uma que considere o coletivo, admitindo e valorizando a existência d e opiniões e pontos de vista diferentes. Diminuir a divisão entre a escola e o mundo no qual os alunos vivem, na medida em que estes podem constatar as relações entre pesquisa científica, a produção industrial e a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade.

37 Temas Científicos Polêmicos
Entre os temas científicos polêmicos vivenciados atualmente, podemos citar: O efeito estufa e a hipótese do aquecimento global antropogênico; A clonagem de animais e plantas; A utilização de agrotóxicos e demais insumos na agricultura; A utilização dos organismos geneticamente modificados ou transgênicos; As implicações para a natureza do novo código florestal; O desmatamento para a ampliação das áreas de plantio e de criação de gado bovino; ...

38 O Ensino de Ciências Abaixo são expostos alguns tópicos importantes em relação ao processo de ensino e aprendizagem em Ciências: Reconhecer a existência de concepções espontâneas dos alunos; Entender que o processo de aprendizagem de conteúdos científicos requer construção e reconstrução de conhecimentos; Aproximar a aprendizagem de Ciências das características do fazer científico; Propor a aprendizagem a partir de situações-problema; Reconhecer o caráter social da construção do conhecimento científico; Entender o pluralismo que envolve o processo de ensino e aprendizagem em Ciências.

39 O Ensino de Ciências O ensino de Ciências enfrenta hoje em nosso país uma série de problemas, sendo alguns desses são de fácil resolução. Várias questões foram levantadas em diversos estudos sobre o tema: O desinteresse dos alunos; A falta de estrutura física adequada para as aulas teóricas e as atividades práticas; A falta de bibliotecas; A falta de incentivo; Número insuficiente de aulas para “vencer” o conteúdo; A formação inadequada e o despreparo dos professores.

40 O Ensino de Ciências Para muitos professores, a falta de uma estrutura adequada para o desenvolvimento de atividades práticas é o principal problema apontado. Contudo, a falta de um laboratório de Ciências não impede a realização de algumas atividades práticas muito interessantes, capazes até de despertar o interesse dos alunos mais apáticos. Através de um bom planejamento, as poucas aulas semanais podem ser aproveitadas para o desenvolvimento das atividades práticas, sem o comprometimento do conteúdo a ser “vencido”.

41 O Ensino de Ciências Quando os alunos indagam o professor de Ciências sobre a realização de atividades práticas é comum o surgimento de várias dúvidas por parte do professor, tais como: Devo trabalhar com atividades práticas no ensino fundamental? Como podem ser essas aulas práticas? De que forma posso desenvolver aulas que aproximem meus alunos da cultura científica? Existem experimentos que “dão certo” ou “dão errado”? E se o experimento “der errado”, o que posso fazer? Como conseguir os materiais para as aulas práticas? Minha escola não tem laboratório de Ciências. O que fazer? E se ocorrer algum imprevisto, algum acidente, o que fazer?

42 O Ensino de Ciências As principais funções das atividades práticas no ensino de Ciências estão listadas a seguir: Despertar e manter o interesse dos alunos; Envolver os alunos em investigações científicas; Desenvolver nos alunos a capacidade de resolver problemas; Compreender conceitos científicos básicos; Desenvolver habilidades; Analisar cuidadosamente os resultados e significados de experimentos, voltando a investigar quando ocorrerem eventuais contradições conceituais; Compreender as limitações do uso de um pequeno número de observações para gerar conhecimento científico; Distinguir observações de inferências, comparar crenças pessoais com compreensão científica e compreensão das hipóteses e teorias.

43 O Ensino de Ciências As atividades práticas podem ser classificadas como: Demonstrações práticas – atividades realizadas pelo professor, que possibilitam ao aluno maior contato com os fenômenos já conhecidos e com equipamentos, instrumentos, técnicas laboratoriais e até seres vivos. Esse tipo de atividade prática normalmente é utilizado quando não existe material suficiente para cada aluno ou grupo de alunos ou quando a atividade programada pode oferecer algum tipo de risco devido ao uso de reagentes químicos tóxicos ou chama. Experimentos ilustrativos – atividades que os alunos podem realizar sob a supervisão e orientação do professor. Cumprem as mesmas finalidades das demonstrações práticas e podem ser realizadas individualmente ou em pequenos grupos de acordo com a disponibilidade dos materiais.

44 O Ensino de Ciências As atividades práticas podem ser classificadas como: Experimentos descritivos – atividades que o aluno realiza e que não são obrigatoriamente dirigidas o tempo todo pelo professor. Nelas o aluno tem contato direto com coisas ou fenômenos que precisa apurar, sejam ou não comuns ao seu cotidiano. Aproximam-se muito das atividades investigativas, porém não implicam a realização de testes de hipóteses. Experimentos investigativos – atividades práticas que necessitam da participação ativa do aluno durante a sua execução. Diferem das outras por envolverem obrigatoriamente discussão de ideias, elaboração de hipóteses investigativas e experimentos para testá-las.

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46 A Atividade Prática A atividade prática requer um bom planejamento.
É necessária a identificação da relevância da atividade prática frente ao conteúdo programático a ser desenvolvido. É necessária a definição dos objetivos e dos motivos da realização da atividade prática. É necessária a definição dos critérios de avaliação da atividade. É necessária a definição da logística da atividade, como local de realização, materiais e reagentes necessários, o protocolo da atividade, bem como a definição da conclusão da atividade.

47 A Atividade Prática O local da realização da atividade prática pode variar de acordo com os objetivos propostos. Laboratório de Ciências (quando disponível), sala de aula, pátio da escola, cantina ou cozinha, ou ainda locais fora do espaço físico escolar. Neste caso, antes da realização da atividade, deve ser solicitada uma autorização por escrito dos pais ou responsáveis pelos alunos. Cada local apresenta vantagens e desvantagens, sendo que a segurança de todos os envolvidos na atividade deve ser considerada sempre em primeiro plano.

48 A Atividade Prática Basicamente, a atividade prática pode ser demonstrativa ou participativa, individual ou coletiva, de acordo com os objetivos propostos, a disponibilidade de local, dos recursos necessários e da segurança dos envolvidos. Os recursos necessários (materiais e reagentes) a serem utilizados na atividade prática podem ser solicitados aos alunos, quando necessário. Durante a realização da atividade prática, todos os alunos devem seguir as orientações do professor e do protocolo da atividade, fornecido antecipadamente pelo professor.

49 O Protocolo da Atividade Prática
O protocolo nada mais é do que uma ficha contendo as orientações básicas necessárias para o desenvolvimento da atividade prática. Cada protocolo deve ser estruturado da seguinte maneira: Identificação da instituição de ensino; Identificação do aluno; Local e data da realização da atividade; Nome da atividade, assim como seus objetivos, os materiais e os reagentes necessários para sua realização e os procedimentos que devem ser adotados; Questões para a análise e a conclusão da atividade.

50 A Atividade Prática Toda atividade prática deve ser iniciada com a leitura completa e explicação do protocolo por parte do professor de dos alunos. Posteriormente, todos os materiais e reagentes devem ser conferidos e dispostos sobre a bancada ou mesa. Se a atividade prática for participativa, individual ou em grupo, cada aluno deverá estar ciente de seu papel durante a realização dos procedimentos. Seguindo o protocolo e as demais orientações do professor, a atividade prática pode, então, ser iniciada.

51 A Atividade Prática Antes da realização da atividade prática, tanto alunos quanto o professor devem ter conhecimento do que são os resultados esperados e os resultados obtidos, que podem ou não ser concordantes. Cabe ressaltar que não existem resultados ERRADOS em uma atividade prática, apenas o resultado obtido diferindo do resultado esperado. Todos os resultados obtidos devem ser considerados e analisados. Ao final dos procedimentos, os alunos devem chegar às conclusões propostas durante o planejamento da atividade prática.

52 A Atividade Prática Durante a análise dos resultados obtidos, mediante a intervenção do professor quando necessária, os alunos devem estabelecer as relações entre o que foi ou não observado e os conteúdos programáticos relacionados à atividade prática proposta. O professor NUNCA deve encerrar a atividade sem que essas relações acima descritas tenham sido estabelecidas. Consequentemente, a boa utilização do TEMPO disponível para a realização da atividade prática é de fundamental importância.

53 A Atividade Prática Algumas atividades práticas propostas demandam um período de tempo maior do que aquele disponível para a aula (50 minutos). Assim sendo, a conclusão da atividade deverá ocorrer somente ao término dos procedimentos. Por exemplo, atividades que envolvam a germinação de sementes, análise de crescimento e desenvolvimento de vegetais e animais, análise de características ambientais necessitam um período de tempo maior para sua realização.

54 A Atividade Prática Para o bom desenvolvimento de qualquer atividade prática existem regras ou NORMAS DE SEGURANÇA que devem ser obedecidas, mesmo que essa atividade seja realizada fora de um laboratório de Ciências. O uso de um jaleco é recomendado para a proteção dos alunos. Caso não exista a possibilidade de aquisição, o mesmo pode ser improvisado utilizando-se uma fronha velha ou uma camiseta velha de um adulto; Não é recomendado o uso de calçados abertos, bem como de saias, bermudas ou calças curtas durante a atividade prática, de modo a não deixar as extremidades inferiores do corpo expostas;

55 A Atividade Prática Os trajes de tecidos sintéticos devem ser evitados, sobretudo quando a atividade prática envolver a utilização de chama; Bolsas, mochilas ou pastas devem ser deixadas no chão, longe da local de realização da atividade prática. Segue para a mesa somente o material necessário para anotações e o protocolo da atividade; Todos os trabalhos devem ocorrer com método, calma e atenção; É recomendado evitar o contato dos dedos com os olhos, a boca, o nariz, os ouvidos ou ferimentos durante a realização da atividade prática. Lavar sempre as mãos ao término da atividade prática;

56 A Atividade Prática As substâncias utilizadas na atividade prática NUNCA devem ser provadas ou aspiradas sem a recomendação expressa do professor; Os materiais utilizados durante a realização da atividade prática, principalmente os de vidro, devem estar em perfeito estado de conservação. Em caso de dúvida o professor deverá ser avisado; Reagentes NUNCA devem ser aquecidos em sistemas fechados; Chama NUNCA deve ser utilizada sem a autorização e supervisão do professor; Os rótulos dos reagentes devem ser lidos antes de sua utilização, para a verificação de sua toxicidade;

57 A Atividade Prática Os materiais aquecidos não devem ser deixados em locais que possam oferecer riscos aos envolvidos na realização da atividade prática; Tubos de ensaio devem ser aquecidos somente pela parte do meio e NUNCA voltados na direção dos participantes da atividade prática; Se algum reagentes for derramado, o professor deverá ser alertado imediatamente e o local deverá ser lavado com bastante água; Cuidado ao manusear materiais perfuro-cortantes; Acidentes de qualquer natureza devem ser imediatamente comunicados ao professor.

58 A Atividade Prática Durante a realização de uma atividade prática, os envolvidos estão expostos aos mais diversos agentes: físicos, químicos, microbiológicos, ergonômicos, entre outros. Os riscos mais comumente observados durante a realização das atividades práticas são cortes, perfurações, queimaduras, quedas, intoxicações e contaminações. A entrada de substâncias químicas no organismo pode ocorrer pelas vias respiratórias (inalação), por via oral (ingestão acidental) ou tópica (contato com a pele e mucosas do organismo). Assim sendo, é terminantemente proibida a ingestão de alimentos durante a realização das atividades práticas.

59 A Atividade Prática A absorção de substâncias depende de vários fatores, tais como as suas características físico-químicas (solubilidade, volatilidade, acidez, entre outras), e a via de contato com o organismo. Uma vez absorvida, a substância passa para a corrente sanguínea e, posteriormente, aos tecidos. As interações das substâncias no interior do organismo podem gerar outros produtos também tóxicos. Após a absorção, o organismo inicia o processo de eliminação dessas substâncias, caso essa seja possível. Várias substâncias permanecem armazenadas no interior do organismo.

60 Atividades Práticas - Exemplos
6º Ano.pptx 7º Ano.pptx 8º Ano.pptx 9º Ano.pptx

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