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TURISMO E LAZER História do Lazer.

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1 TURISMO E LAZER História do Lazer

2 INTRODUÇÃO Para contextualização temporal, é importante relembrar o período de cada uma das principais eras da história da humanidade: Pré-História: Período anterior a A.C Lazer é Importante Idade Antiga: A.C. a 476 D.C. Lazer é Muito Importante Idade Média: 476 D.C. a 1453 D.C. Lazer é Pouco Importante

3 INTRODUÇÃO Idade Moderna: 1453 D.C. a 1789 D.C. Renascimento
Lazer é Importante Idade Contemporânea: 1789 D.C. a Atual Revolução Industrial – I Fase (1789 D.C. a 1914 D.C.) Lazer é Muito Pouco Importante Revolução Industrial – II Fase (1914 D.C. a 1989 D.C.) Lazer é importante Revolução Pós-industrial (1989 D.C. a hoje) Lazer é Muito Importante

4 INTRODUÇÃO Para uma melhor compreensão de cada período histórico, serão apresentados contextos e fatos POLÍTICOS, ECONÔMICOS, SOCIOCULTURAIS de cada ERA, com predominância das Sociedades Ocidentais, que acabaram influenciando mais nosso comportamento.

5 INTRODUÇÃO O termo LAZER (do latim, licere, “ser permitido”) não é recente. Surgiu na Civilização Greco-romana, na Idade Antiga, já então como o oposto do trabalho. O ideal do cidadão livre, tanto em Atenas como em Roma, até a consolidação do cristianismo, era a plena expressão de si, inclusive nos planos físico, artístico e intelectual.

6 IDADE ANTIGA As caçadas, os exercícios físicos, as artes, as letras, a filosofia, a especulação científica eram as únicas ocupações dignas de um homem livre. Como deveres, no máximo se admitiam as atividades militares e políticas (especialmente por servirem como instrumentos de dominação social).

7 IDADE ANTIGA Tamanho gosto pela ociosidade somente era possível porque havia um exército de imigrantes, servos e escravos que faziam o “serviço sujo”. A propósito, a palavra trabalho nasceu neste período, oriunda do termo latim tripalium, que designava um instrumento de tortura.

8 IDADE ANTIGA A Idade Antiga se caracterizou, portanto, pela invenção da cultura do lazer, mas não soube nem quis democratizá-la. Eram sociedades escravagistas e, como tais, desprezavam os trabalhos manuais e mesmo o comércio. Comércio, aliás, tinha conotação de NEGÓCIO, que em latim quer dizer nec-otium, ou “negar o ócio”, o oposto do lazer.

9 IDADE MÉDIA Por sua vez, a civilização cristã medieval, que sucedeu à civilização greco-romana no Ocidente a partir do Século IV, tem 03 vertentes doutrinárias sobre o trabalhar e o brincar: 02 CATÓLICAS E 01 PROTESTANTE.

10 IDADE MÉDIA “LEIS” CATÓLICAS SOBRE O LAZER:
Condenação do “não fazer nada” e do divertimento em geral, origem de máximas que até hoje se repetem: “A ociosidade é mãe de todos os vícios” “Para cabeça vazia, o diabo arruma serviço” Valorização, embora relativa, do trabalho, que serve como preenchimento “digno” do tempo, uma vez que auxilia na estruturação da família e da própria religiosidade.

11 IDADE MÉDIA Assim, o trabalho seria uma obrigação a que o homem estaria condenado (“Comerás o pão com o suor do teu rosto” – Bíblia). O homem valorizado até hoje pelo catolicismo é aquele que trabalha bastante, aproveitando o tempo livre para a prece e disseminação dos valores familiares, sem se deixar cair em tentações, e sem muito acúmulo material (que deveria ser doado para a Igreja realizar as “obras de Deus”), para o espírito não enfraquecer.

12 IDADE MÉDIA Diz-se “Idade das Trevas” para os cerca de mil anos da Idade Média. Isto porque a elite dominante, ao invés de utilizar seu tempo livre para o desenvolvimento das artes, dos esportes, das ciências, da cultura e da filosofia, preferiu se dedicar essencialmente à propagação da ideologia religiosa. Seu intuito, com isso, era que a mesma funcionasse como instrumento de dominação e, portanto, perpetuação do poder desta elite.

13 IDADE MÉDIA Não nos iludamos, contudo, com a realidade hipócrita e cínica que sempre pairou acima das mensagens religiosas e das doutrinas. Se o trabalho era desvalorizado na Idade Antiga, o mesmo ocorria na Idade Média, pelo menos entre a Elite dominante (Clero + Nobreza). O que mudou foi o modelo da exploração do trabalho, que passou a predominar como servidão, e não escravismo.

14 HISTÓRIA MODERNA A situação começou a mudar somente no final da Idade Média (século XV), quando os servos libertos abandonaram a vida rural e foram para as cidades, lá se ocupando do comércio e artesanato florescentes, criando a chamada burguesia e engrossando as idéias do capitalismo, então justificados pelo ascendente protestantismo.

15 IDADE MODERNA “LEI” PROTESTANTE SOBRE O LAZER:
A partir do século XVI, na transição da Idade Média para o Renascimento, houve uma cisão dogmática na Igreja. Nasce o protestantismo. Na época, a expansão do comércio, dos negócios e dos bancos era condenada pela Igreja Católica, contrária a acumulação do capital.

16 IDADE MODERNA A nova doutrina, presente em alguns dos principais países da Europa, como Alemanha, Holanda e Reino Unido e, posteriormente, nos EUA, procuravam conciliar o capitalismo nascente com a fé. O produto do trabalho, para os protestantes, passou a ser encarado como bênção divina. Em contrapartida, a falta de dinheiro e trabalho simbolizava falta de sintonia com Deus, algo como uma doença espiritual.

17 IDADE MODERNA Contudo, o desconforto em relação a busca pela diversão persiste até hoje em todas as doutrinas religiosas cristãs, tanto católicas como protestantes. São consideradas formas de desvio de conduta, especialmente em relação à fé religiosa. Contudo, com a crescente acesso à informação e a aspiração coletiva sobre o lazer, ambas têm aceitado elementos lúdicos e de entretenimento em sua composição ideológica-social

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19 HISTÓRIA MODERNA Quando o feudalismo desapareceu, restou um problema: como se distinguir no meio das pessoas se não mais havia títulos de nobreza? Como fazer-se reconhecer como rico, em meio à pobreza dominante? O direito a uma vida fútil passou a ser a única marca da nova nobreza – os ricos que emergiam das indústrias, do comércio e dos bancos. De algum modo a riqueza deveria estar ostentada, mostrada.

20 HISTÓRIA MODERNA A ostentação do direito ao não-trabalho da recém burguesia capitalista se concentrou em signos lúdicos (festas suntuosas, grandes viagens – GRAND TOUR, etc). Assim, o viver lúdico passou a ser signo da “nova nobreza”. O primeiro livro publicado sobre o lazer: A Teoria da Classe Ociosa, do sociólogo norte-americano Thornstein Veblen (1899), trata exatamente desta situação.

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22 IDADE CONTEMPORÂNEA Tudo passou a ocorrer do modo tão hipócrita que Paul Lafargue, genro de Karl Marx, escreveu um manifesto intitulado “O Direito à Preguiça”, durante o século XIX. Neste, ridicularizava os operários da indústria nascente, que trabalhavam 15 horas por dia e reivindicavam o direito ao trabalho.

23 IDADE CONTEMPORÂNEA Para que, perguntava Lafargue, tanta preocupação com o trabalho? O que se buscava, com o trabalho, não era apenas o dinheiro para se divertir? Então, por que não reinvindicar logo de cara o direito à mesma vida fútil dos patrões?

24 IDADE CONTEMPORÂNEA Ainda que já anunciasse como surgiria e como funcionaria o lazer moderno, a obra de Lafargue não foi levada a sério, em sua época, mas é considerada um dos ensaios mais visionários sobre o tema do lazer, em todos os tempos. Lembremos que, neste período (século XIX), os trabalhadores passaram a lutar por menos tempo de trabalho e, conseqüentemente, maior tempo livre.

25 IDADE CONTEMPORÂNEA Em segundo lugar, a luta dos sindicalistas por mais salário era para, em tese, despender-se com alimentação, moradia, etc. Os Educadores achavam que com menos tempo de trabalho, as pessoas poderiam estudar mais. Os religiosos, que rezariam mais. Os reformadores políticos, que se politizariam mais. TODOS ESTAVAM ENGANADOS!

26 IDADE CONTEMPORÂNEA O tempo livre aumentou, em geral, a partir do século XX. Mas, segundo todas as pesquisas de orçamento-tempo realizadas no Ocidente, apenas 10% do tempo livre conquistado a partir da redução da jornada de trabalho vinha sendo dedicado aos estudos, a religião e a política (pelo menos nos seus termos tradicionais).

27 IDADE CONTEMPORÂNEA Isto porque o aprendizado, a espiritualidade e as noções e a vivência da cidadania através do lúdico, de atividades voluntárias e do uso do tempo livre, têm se tornado a grande tendência do uso temporal no século XXI.

28 IDADE CONTEMPORÂNEA O século XXI se inicia como uma possibilidade de rediscussão e reaplicação dos conceitos de SCHOLÉ da Grécia Antiga, adaptado aos novos tempos. Neste, acredita-se na valorização de um tempo livre voltado ao desenvolvimento pleno do indivíduo e não apenas à diversão inconseqüente. Assim, poderia se construir uma sociedade em que todos possam trabalhar e bem usufruir do lazer.

29 IDADE CONTEMPORÂNEA Mas, paremos para pensar, por que se dissemina a idéia de uso do lazer de forma “produtiva”: 1) O trabalho e o capital continuam sendo a referência principal da humanidade, de forma que até o lazer deva ser produtivo e, majoritariamente, associado ao consumo? 2) Um “Lazer Produtivo” evita os “excessos”, que poderiam deixar o homem “marginalizado”?

30 IDADE CONTEMPORÂNEA 3) As pessoas sabem usar seu tempo livre de forma realmente produtivo? Ou permanecem alienados, por não exercerem sua liberdade, criatividade e poder de reflexão de contestação de forma plena? 4) A democratização do lazer está acontecendo? Os ricos e os pobres tem os mesmos direitos e possibilidades em relação ao uso do tempo livre?

31 HISTÓRIA DO LAZER – RESUMO
A diversão e o lúdico são traços de todas as sociedades conhecidas, em todas as épocas da história, e podem acontecer em qualquer momento do cotidiano dos indivíduos, estejam eles trabalhando, trocando fraldas do bebê ou rezando.

32 HISTÓRIA DO LAZER – RESUMO
Já o tempo livre (liberado do trabalho) é uma conquista moderna das lutas sindicais, da revolução técnica do trabalho e da pressão dos setores esclarecidos da sociedade. Concretamente, é o tempo que sobra das obrigações profissionais, escolares e familiares, englobando o estudo voluntário, a participação religiosa ou política e o lazer.

33 HISTÓRIA DO LAZER – RESUMO
O lazer é a forma mais almejada à ocupação desse tempo dissociado do trabalho, seja para se divertir, para repousar, para se autodesenvolver por meio de conversa, leitura, esporte, etc. O tempo de lazer, teoricamente, é apenas um “tempo especial”, em que podemos buscar mais situações agradáveis que o trabalho, geralmente, pode proporcionar.

34 HISTÓRIA DO LAZER – RESUMO
Contudo, o tempo de lazer tem se constituído de forma tão artificial quanto o tempo de trabalho à maioria das pessoas. REFLEXÃO FINAL: Um relógio pode nos dizer a que horas devemos nos divertir, a hora de deixarmos de ser tensos, produtivos, artificiais, para sermos relaxados, espontâneos?

35 HISTÓRIA DO LAZER – RESUMO
Vivemos em uma Era do Tempo Livre (ou Liberado?), mas ainda estamos longe de uma Civilização do Lazer. Afinal, a maioria das pessoas ainda não sabem ocupar sua existência com atividades e experiências que realmente lhes divirtam e contribuam para seu desenvolvimento pessoal. FALTA EDUCAÇÃO PARA O LAZER!

36 LEITURA PROGRAMADA Para o dia 31/03 deve ser lido trecho da seguinte obra: GOMES, Christianne Luce. Lazer Trabalho e Educação. Belo Horizonte: UFMG, 2008. Páginas 20 a 81 (Parte 1 – Relações Históricas: o processo de constituição do lazer no mundo ocidental). Será cobrada como AVALIAÇÃO ESPECIAL. Que vale 1,0 ponto na média final da disciplina.


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