Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
PublicouVinícius Reposa Alterado mais de 10 anos atrás
1
Hospital João XXIII - CIT BH LABORATÓRIO TOXICOLOGIA IML
ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE INTOXICADO Délio Campolina SERV. DE TOXICOLOGIA Hospital João XXIII - CIT BH LABORATÓRIO TOXICOLOGIA IML Belo Horizonte - MG
2
ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE INTOXICADO
1. INTRODUÇÃO 2. PRIMEIRO ATENDIMENTO 3. EXAME FÍSICO 4. EXAMES COMPLEMENTARES 5. DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO 6. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 7. EXPOSIÇÃO E MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO 8. ANTÍDOTOS 9. CONSIDERAÇÕES GERAIS 10. ABORDAGEM INICIAL AO PACIENTE INTOXICADO: ALGORITMO
3
“All substances known to man are poisons, and only the dose determines the effect.” Paracelsus
4
CIRCUNSTÂNCIAS DE OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS
~50% homens – ~50% mulheres Acidentes individuais (48,3%) >> Suicídios (23,0%) >> Abuso (3,5%) Medicamentos (44,5%) Saneantes (14,4%) Químicos industriais (8,5%) Raticidas (5,5%) Agrotóxicos de uso doméstico (4,8%) Drogas de abuso (4,3%)
5
DROGAS NO MUNDO 1. 500. 000. 000 alcoólatras 66. 000
DROGAS NO MUNDO alcoólatras viciados em droga USUÁRIOS NO MUNDO (IEWG) 8 milhões (opiáceos / heroína) 13 milhões (cocaína) 30 milhões (anfetaminas) 141 milhões (maconha) CUSTO ESTIMADO ANUAL 100 BILHÕES DE DÓLARES: Despesas de saúde, crimes, administ/serviços sociais, vítimas, gastos com prisão
6
QUANDO SUSPEITAR ? Em caso de : Coma Convulsão Acidose metabólica
Arritmia cardíaca súbita Colapso circulatório Resgate de suicídio Alteração do estado mental Vítimas de traumatismo cefaloendocraniano
7
CONDUTA INICIAL Suporte de vida Anamnese Exame físico Vias aéreas
Respiração Circulação Grau de incapacitação Agravos do meio externo Anamnese Exame físico
8
AVALIAÇÃO INICIAL Identificação da vítima: Agente em causa:
Circunstâncias de ocorrência: Idade Peso Sexo Histórico ocupacional Gravidez Local de ocorrência ... Medicamento Drogas de abuso Domissanitário Animal peçonhento Agrotóxico Químico industrial ... Acidente doméstico Acidente ambiental Acidente profissional Suicídio Doença profissional Erro de tratamento ...
9
AVALIAÇÃO DO AGENTE Identificar : Composição Quantidade
Tempo e horário de exposição Via de absorção potencial tóxico dose tóxica cinética
10
AVALIAÇÃO INICIAL EXAME FÍSICO Sinais vitais : Pele e mucosa
Pressão arterial Pulso Freqüência respiratória Temperatura Pele e mucosa Exame neurológico 14 20
11
TRATAMENTO INICIAL Estabilização:
Exame geral rápido identificar as medidas imediatas necessárias para prevenir a piora do paciente Complemento de avaliação : testes laboratoriais para identificar a toxina, avaliação da gravidade dos efeitos clínicos e possíveis traumas e complicações Medidas para diminuir a absorção Medidas de depuração do tóxico Considerar o uso de antídotos (5%) Prevenção 15 21
12
Escala de Coma de Glasgow MAIOR DE 24 MESES
PARÂMETRO RESPOSTA OBSERVADA ESCORE Abertura ocular Espontânea 4 Estímulos verbais 3 Estímulos doloroso 2 Ausente 1 Melhor resposta verbal Orientado 5 Confuso Palavra s inapropriadas Sons inteligíveis Melhor resposta motora Obedece comandos verbais 6 Localiza estímulos Retirada inespecífica Padrão flexor Padrão extensor
13
Escala de Coma de Glasgow MENOR DE 24 MESES
PARÂMETRO RESPOSTA OBSERVADA ESCORE Abertura ocular Espontânea 4 Estímulos verbais 3 Estímulos doloroso 2 Ausente 1 Melhor resposta verbal Balbucia, fixa o olhar, acompanha com o olhar, reconhece e sorri 5 Choro irritado, olhar fixo, acompanha inconstantemente, reconhecimento incerto, não sorri Choro à dor, acorda normalmente, recusa alimentos Gemido à dor, agitação motora, inconsciente Coma profundo sem contato com o ambiente Melhor resposta motora Movimentos espontâneos 6 Retira o segmento ao estímulo Retirada inespecífica Padrão flexor Padrão extensor
14
SINTOMAS EXTERNOS Icterícia (substâncias hepatotóxicas, hemolíticas)
arsina, metanol, etanol, ácido pícrico, anilina, clorofórmio, DDT, FNT) Edema álcalis, ácidos fortes, iodados, mescalina, penicilina, peçonhas, CCl4 Eritema e dermatites (urticárias, eczemas, pápulas, vesículas) anilina, Sb, As, álcalis, Cr, CS2, barbitúricos, gás lacrimogêneo Escaras (necroses) álcalis e ácidos fortes Conjuntivite álcool etílico, CS2, fosgênio, morfina, maconha, gás lacrimogêneo, organofosforados, peçonhas Hiperpigmentação da mucosa oral As, Bi, Pb, cloratos, Cd, Hg Perfuração septo nasal As, Cr,Cd, Cu, cocaína, F, Zn
15
AGENTES E SINTOMAS SINTOMA AGENTE TÓXICO MIOSE
anticolinesterásicos, opióides, barbitúricos, fenotiazinas, álcool MIDRÍASE simpaticomiméticos, cocaína, anticolinérgicos, vegetais beladonados NISTAGMO carbamazepina, fenitoína HIPERTERMIA neurolépticos, cocaína, anticolinérgicos, salicilatos HIPOTERMIA etanol, barbitúrico, opióides AGITAÇÃO PSICOMOTORA, ALUCINAÇÕES anticolinérgicos, cocaína, LSD, antidepressivos tricíclicos, etanol, carbamazepina SINAIS EXTRAPIRAMIDAIS neurolépticos, antidepressivos tricíclicos TAQUICARDIA antidepressivos tricíclicos, simpaticomiméticos, cocaína, cafeína FASCICULAÇÕES MUSCULARES anticolinesterásicos SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA etanol, opióides, nitratos, clonidina, sedativos-hipnóticos
16
AGENTES E SINTOMAS continuação SINAIS EXTRAPIRAMIDAIS
neurolépticos, antidepressivos tricíclicos TAQUICARDIA antidepressivos tricíclicos, simpaticomiméticos, cocaína, cafeína FASCICULAÇÕES MUSCULARES anticolinesterásicos SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA etanol, opióides, nitratos, clonidina, sedativos-hipnóticos CIANOSE drogas depressoras respiratórias, drogas metemoglobinizantes (sulfona, nitritos) PELE DE COLORAÇÃO RÓSEA monóxido de carbono, cianeto QUEIMADURAS DE MUCOSA ORAL OU PELE substâncias cáusticas (alcalinas, ácidas) CONVULSÕES organoclorados, estricnina, cocaína
17
DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Síndromes tóxicas Anticolinérgica Colinérgica Extrapiramidal Narcótica Simpatomimética Acidentes cáusticos Superdosagem de sedativos
18
SÍNDROME COLINÉRGICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hipersalivação Broncorréia Broncoespasmo Micção Defecação Insuficiência neuromuscular Lacrimejamento Principais agentes responsáveis Inseticidas organofosforados Inseticidas carbamatos Neostigmina e fisostigmina
19
SÍNDROME COLINÉRGICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hipersalivação Broncorréia Broncoespasmo Micção Defecação Insuficiência neuromuscular Lacrimejamento Principais agentes responsáveis Inseticidas organofosforados Inseticidas carbamatos Neostigmina e fisostigmina
20
SÍNDROME ANTICOLINÉRGICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS taquicardia hipertensão midríase pele vermelha, quente, seca peristaltismo elevado Principais agentes responsáveis retenção urinária atropina confusão anti-histamínicos alucinação antidepressivos abalos mioclônicos fenotiazínicos movimentos coreiformes vegetais beladonados delírio toxinas de cogumelos coma
21
SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS disfasia disfagia trismo crise oculógiras rigidez torcicolo larigospasmo Principais agentes responsáveis haloperidol fenotiazinas clorpromazina metoclopramida
22
SÍNDROME NARCÓTICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
depressão SNC depressão respiratória miose hipotensão Principais agentes responsáveis morfina codeína propoxifeno
23
SÍNDROME SIMPATICOMIMÉTICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS excitação hipertensão arritmias cardíacas convulsões Principais agentes responsáveis anfetaminas cocaína cafeína antagonista β adrenérgico aminofilina nafazolina efedrina
24
SUPERDOSAGEM DE SEDATIVOS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS sonolência confusão mental coma parada respiratória parada cardíaca hipotensão bradicardia Dermatite Principais agentes responsáveis diazepan bromazepan flunitrazepan fenobarbital clonazepam
25
ACIDENTES CÁUSTICOS AÇÃO DOS CÁUSTICOS
Ácidos - desidratação dos tecidos, ação coagulante, escaras duras Álcalis – liquefação, escaras úmidas moles MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS lesões na orofaringe dor, salivação dor epigástrica, dor retroesternal vômitos sanguinolentos odinofagia melena distúribios hidro-eletrolíticos Perfuração ...
26
ACIDENTES CÁUSTICOS (continuação)
PRINCIPAIS AGENTES RESPONSÁVEIS Ácidos (clorídrico, sulfúrico, nítrico, acético) Álcalis (soda cáustica, hidróxidos de sódio e potássio, carbonato de potássio, amônia) Fenol, creolina, KMnO4, hipoclorito, formol CARACTERÍSTICAS E IDENTIFICAÇÃO DAS NECROSES HNO3 : amareladas + paradifenilamina azul H2SO4 : esbranquiçadas + BaCl2 PPT branco Ácido fênico : esbranquiçadas HCl : cinza escuras + AgNO3 branco preto KOH : translúcida mole + CONaNO2 PPT amarelo Lesões pós mortem -> apergaminhadas, marrom escuras
27
EXAME LOCAL ORL LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES
Zona I - Até úvula Zona II - Até parede posterior da faringe, pilares, seios piriformes aritenóides Zona III - Estruturas distais (cordas vocais traquéia, cricofaringe)
28
ENDOSCOPIA “ZAGAR” GRADUAÇÃO DESCRIÇÃO DAS LESÕES
Exame normal, sem alterações I Mucosite não erosiva II A Lesões de mucosa, não circunferenciais, isoladas, lesões de submucosa em graus variáveis, com extensão até a muscular. Mucosa hiperemiada, lesões cobertas por exsudato brancacento ou acinzentado, presença de hemorragias e bolhas. II B Mesmas características das lesões II A, porém as lesões são circunferenciais III Ulcerações profundas, múltiplas, lesão estendendo-se a toda parede do órgão. Gastrointestinal endoscopy 37(2):
29
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AGENTES CÁUSTICOS OU CORROSIVOS
ANAMNÈSE EXAME CLÍNICO ESTABILIZAÇÃO HEMODINÂMICA ACOMPANHAMENTO CIRÚRGICO NEUTRALIZAÇÃO Limpeza, diluição, demulcentes, antiácidos, analgesia AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE EXAME ENDOSCÓPICO DADOS CLÍNICOS EXAME RADIOLÓGICO EXAME LABORATORIAL EXAME ORL
30
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AGENTES CÁUSTICOS OU CORROSIVOS
REAVALIÇÃO APÓS 15 DIAS S/N ALTA TRATAMENTO SINTOMÁTICO DIETA LÍQUIDA OBSERVAR 6 h DE JEJUM NORMAL OBSERVAÇÃO 24 h SINTOMÁTICOS ANTIÁCIDOS I GRAU CONTROLE COM 12 DIAS REED COM 14 DIAS AVALIAR ALTA REPETIR ENDOSCOPIA APÓS 7 DIAS INTERNAÇÃO 7 DIAS ANTAGONISTAS H2 GRAU II A CONTROLE MENSAL AVALIAR DILATAÇÃO RETIRAR SONDA NASOGÁSTRICA DIETA LÍQUIDA GRADUAL ANALGÉSICO ANTAGONISTA H2 ANTIBIÓTICO S/N SNG VIA ENDOSCOPIA DIETA PARENTERAL INTERNAÇÃO MÍNIMA 21 DIAS GRAU II B PERFURAÇÃO CIRURGIA SINAIS DE PERFURAÇÃO: RESSECÇÃO = II B + DIETA PARENTERAL, JEJUNOTOMIA, DILATAÇÃO, RESSECÇÃO GRAU III EXAME ENDOSCÓPICO
31
D.Campolina
32
D.Campolina
33
DOSAGENS SÉRICAS ESPECÍFICAS
DIAGNÓSTICO DOSAGENS SÉRICAS ESPECÍFICAS
34
MATERIAIS BIOLÓGICOS PARA PESQUISA DE DROGAS
Urina Sangue Saliva Lavado digital Cabelo Swab nasal Vômitos Amostras das drogas
35
METODOLOGIAS UTILIZADAS NAS ANÁLISES DAS DROGAS
CG ( MASSA, DIC ) HPLC ( UV ) Espectrofotômetro UV,IV CCD, HPTLC Fluorescência da luz polarizada FPIA - reação química seca EMIT Membranas reativas Ensaios qualitativos colorimétricos
36
TEMPO APROXIMADO DE RETENÇÃO DAS DROGAS NA URINA
ANFETAMINAS a 8 horas BARBITÚRICOS curta ação, ~ 24 H BARBITÚRICOS longa ação, 2 a 3 semanas BENZODIAZEPÍNICOS dias; 4 a 6 semanas após uso prolongado COCAINA (metabólitos) 2 a 4 dias ETANOL a 48 horas METADONA ~ 3 dias OPIÁCEOS dias PROPOXIFENO a 48 horas CANABINÓIDES a 20 dias ou mais segundo a intensidade e o tempo METAQUALONA semanas FENCICLIDINA 8 dias; ou 30 dias para os usuários crônicos
37
GRAU DE METABOLIZAÇÃO (urina, pulmão, metabolismo hepático)
15 a 20 mg% por hora 6 a 8 horas para redução a níveis desprezíveis DOSE LETAL 9 g de álcool / kg (simonim) 79 a 298 g / dia (homens ) 154 a 231 g / dia (mulheres) (widmark) 16 g / dia (crianças)
38
7 a 11 g etanol / hora (adulto)
ELIMINAÇÃO 7 a 11 g etanol / hora (adulto) (15 a 30 ml de destilado / hora) TOLERÂNCIA: grande variação individual, em função de costume, fadiga, sensibilidade psíquica, permeabilidade dos tecidos
39
FOTO D. CAMPOLINA
40
FOTO D. CAMPOLINA
41
FOTO D. CAMPOLINA
42
FOTO D. CAMPOLINA
43
FOTO D. CAMPOLINA
44
FOTO D. CAMPOLINA
45
FOTO D. CAMPOLINA
46
FOTO D. CAMPOLINA
47
FOTO D. CAMPOLINA FOTO D. CAMPOLINA
48
DIAGNÓSTICO - outras dosagens
Glicemia Uréia Creatinina Função hepática Hemograma Gasometria Ionograma ECG
49
TRATAMENTO EFICÁCIA = TEMPO OBJETIVOS 1. Estabilizar as funções vitais
2. Evitar a absorção do agente tóxico 3. Anular o efeito do agente tóxico (antídotos) 4. Aumentar a eliminação do agente tóxico 5. Prevenção de seqüelas EFICÁCIA = TEMPO 22
50
PRIMEIRO PASSO: ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE
REANIMAÇÃO Airway – Permeabilidade das vias aéreas Breathing – Controle do ritmo respiratório Circulation – Controle do ritmo cardíaco Drug – Drogas terapêuticas 23
51
TRATAMENTO SINTOMÁTICO
CONVULSÕES Diazepan 5 a 10 mg ou 0,3 mg/kg EV DOR Analgésicos: dipirona, AAS, paracetamol, opiáceos. HIPERTERMIA Medidas físicas. REAÇÕES ALÉRGICAS Prometazina 12,5 mg/dose ou 0,13 a 0.5 / kg /dose VÔMITO 24
52
DESCONTAMINAÇÃO - CUTÂNEA - OCULAR - GASTRINTESTINAL
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: * Êmese * Lavagem gástrica CARVÃO ATIVADO E CATÁRTICOS 25
53
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO
CONTROVÉRSIAS utilização excessiva necessidade de indicação precoce resgate insuficiente do agente tóxico estimula a passagem do agente tóxico pelo piloro retardo no uso do carvão ativado não altera tempo de evolução da intoxicação riscos dos procedimentos 26
54
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO
CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO risco potencial causado pela ingestão possibilidade de remoção significativa riscos dos procedimentos X benefícios da remoção do agente tóxico 27
55
ÊMESE XAROPE DE IPECA 7% Via oral MECANISMO DE AÇÃO: local e SNC
Posologia: crianças até 15 anos - 15 ml adultos ml Utilizar até 1 hora após ingestão do agente tóxico. MECANISMO DE AÇÃO: local e SNC INDICAÇÕES: partículas grandes (drágeas, plantas) toxicidade tardia 28
56
CONTRA- INDICAÇÕES XAROPE DE IPECA criança < 1 ano
derivados de petróleo e corrosivos diminuição do nível de consciência e coma convulsões Hipertensão arterial; doença cardíaca ou respiratória grave; gravidez COMPLICAÇÕES: broncoaspiração distúrbios hidroeletrolíticos Síndrome de Mallory Weiss cardiotoxicidade e neurotoxicidade 29
57
FOTO D.CAMPOLINA
58
LAVAGEM GÁSTRICA INDICAÇÕES: CONTRA-INDICAÇÕES:
intoxicação potencialmente grave Ipeca contra-indicada ou sem resultado CONTRA-INDICAÇÕES: derivados de petróleo e corrosivos diminuição do reflexo de proteção de vias aéreas (coma e convulsões) 30
59
usar sonda de grande calibre
TÉCNICA : usar sonda de grande calibre entubação traqueal para proteção de vias aéreas decúbito lateral esquerdo respeitar capacidade gástrica: crianças 5 ml / kg de peso / vez adultos ml / vez volume total: RN ml Lactentes 2 a 3 litros Escolares 4 a 5 litros Adultos a 8 litros 31
60
FOTO D.CAMPOLINA
61
FOTO D.CAMPOLINA
62
FOTO D.CAMPOLINA
63
FOTO D.CAMPOLINA
64
FATORES QUE AFETAM O RESULTADO DA LAVAGEM GÁSTRICA: técnica adequada
características do agente tóxico: apresentação e dose velocidade de absorção efeito na motilidade intestinal tempo decorrido entre ingestão e a lavagem gástrica COMPLICAÇÕES: broncoaspiração efeitos cardio-respiratórios entubação endotraqueal inadvertida trauma (sangramento, perfuração) 32
65
CARVÃO ATIVADO INDICAÇÕES: descontaminação gastrintestinal
agente tóxico de ação prolongada ou com circulação entero-hepática MECANISMO DE AÇÃO: adsorção POSOLOGIA: Crianças a 2 g / kg de peso Adultos a 100 g / dose Administrar VO ou SNG, em suspensão 1:4 ou 1:8. Doses múltiplas : intervalos de 6 h, associar catárticos. 33
66
RESTRIÇÕES AO CARVÃO ATIVADO:
proporção ideal 1 : 10 não adsorve bem todas as substâncias NÃO SÃO ADSORVIDOS PELO CARVÃO ATIVADO: ácidos, álcalis, álcoois, metais, lítio e cianeto. CONTRA-INDICAÇÕES: RN ou pacientes muito debilitados ingestão de corrosivos cirurgia abdominal recente e diminuição da motilidade intestinal administração de antídoto via oral EFEITOS ADVERSOS: vômitos e constipação 34
67
CARVÃO ATIVADO Constipação Complicações da utilização Diarréia
Pneumonia de aspiração Obstrução gastrintestinal
68
CARVÃO ATIVADO Metotrexato Doses repetidas: Amitriptilina
Carbamazepina Ciclosporina Dapsona Diazepam Digitoxina Digoxina Metotrexato Nortriptilina Fenobarbital Fenitoína Salicilatos Teofilina Valproato
69
Foto D.Campolina
70
Foto D.Campolina
71
Foto D.Campolina
72
Foto D.Campolina
73
Foto D.Campolina
74
Foto D.Campolina
75
Foto D.Campolina
76
CATÁRTICOS INDICAÇÃO: POSOLOGIA:
Associação com carvão ativado, em doses múltiplas. POSOLOGIA: Sulfato de Sódio ou Magnésio crianças mg / kg de peso / dose adultos a 20 g / dose EFEITOS ADVERSOS: distúrbios hidroeletrolíticos 35
77
TRATAMENTO DAS INTOXICAÇÕES: ATENÇÃO !
DILUIÇÃO DOS PRODUTOS TÓXICOS : aumento da área de contato entre o agente tóxico e a mucosa pode causar lesão mais extensa da mucosa pode facilitar a absorção do agente tóxico Aumento do risco de broncoaspiração utilizar leite excepcionalmente (pequena quantidade) NEUTRALIZAÇÃO: produção de calor? REAÇÃO EXOTÉRMICA aumenta a gravidade da lesão de mucosa 36
78
ANTÍDOTO Todo produto químico que age biologicamente, diminuindo ou neutralizando a ação de um agente tóxico ou opondo-se aos seus efeitos, através de diferentes mecanismos. ANTAGONISTA Antídoto que age por competição com o agente tóxico pelo mesmo receptor no sítio de ação. 37
79
Antídoto Produto Tóxico
N-Acetilcisteína (Fluimucil) Atropina Azul de Metileno Biperideno (Akineton) Deferoxamina (Desferal) Dimecaprol (BAL) EDTA cálcico Etanol Flumazenil (Lanexat) Hidroxocobalamina(Rubranova) Hipossulfito de Sódio Naloxona (Narcan) Nitrito de Sódio Penicilamina (Cuprimine) Pralidoxima (Contrathion) Vitamina k1 (Kanakion) Paracetamol Orgafosforados e carbamatos Metahemoglobinemia Liberação extra-piramidal Ferro Metais Chumbo Metanol e etilenoglicol Benzodiazepínicos Cianeto Opióides Organofosforados Cumarínicos 38
80
MÉTODOS PARA AUMENTAR EXCREÇÃO
DIURESE ADEQUADA MANIPULAÇÃO DO PH URINÁRIO: Alcalinização: fenobarbital Acidificação DEPURAÇÃO GASTRINTESTINAL : Doses múltiplas de carvão ativado e laxantes. REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA Hemoperfusão: paraquat Hemodiálise: fenobarbital, aminofilina, metanol Exsanguineotransfusão Diálise peritonial 39
81
INDICAÇÕES DE REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA
CONSIDERAR CINÉTICA intoxicação grave piora progressiva do quadro clínico dose concentração plasmática produto de biotransformação mais tóxico: metanol vias de eliminação deficientes: IRA faixa etária e patologias de base 40
82
INGESTÕES QUE NÃO NECESSITAM TRATAMENTO
Sabão em pedra Detergentes aniônicos Espuma de banho Creme de barbear Velas Massa de modelar Tinta de canetas esferográficas Tintas de caneta Crayons de cera Lápis de cor Giz Borracha Baton Pintura para olhos Xampu Cremes hidratantes Sachets Pasta de dentes Adoçantes Termômetros Graxa de sapato Desumidificadores Jornal Caixa de fósforos 41
83
TRATAMENTO NECESSÁRIO EM CASO DE INGESTÃO SIGNIFICANTE
Colônias e perfumes Loção pós barba Tinturas de cabelo Desodorantes Bronzeadores Amaciantes de roupas Fósforos de segurança Contraceptivos orais CUIDADO: cigarros e baterias de disco. 42
84
TRATAMENTO BÁSICO DO PACIENTE INTOXICADO AGUDO
ESTABILIZAR FUNÇÕES VITAIS IMPEDIR A ABSORÇÃO DO TÓXICO AUMENTAR A ELIMINAÇÃO USAR ANTÍDOTO PREVENIR SEQÜELAS PREVENIR A REEXPOSIÇÃO
85
REDUÇÃO DA ABSORÇÃO Catárticos Reduzem o tempo de trânsito intestinal e os efeitos constipantes das doses múltiplas de carvão ativado. Mais usados: Citrato de magnésio, sorbitol, magnésio, sulfato de sódio.
86
AUMENTO DA ELIMINAÇÃO Diurese forçada Alcalinização da urina
Produtos tóxicos implicados: Fenobarbital Salicilatos
87
AUMENTO DA ELIMINAÇÃO Hemodiálise Hemoperfusão
88
AUMENTO DA ELIMINAÇÃO Hemodiálise Indicações:
Deterioração clínica apesar de suporte terapêutico máximo Evidência clínica de toxicidade grave Confirmação laboratorial de nível tóxico letal Comprometimento renal Coma prolongado Intoxicações graves por: metanol, etileno glicol, salicilatos, lítio, paraquat
89
Hemodiálise – contra indicações
Paciente hemodinamicamente instável Hipotensão Hemorragia Perda sanguínea Trombose venosa Tromboembolia gasosa Presença de coagulopatia Infecção Hepatite Desequilíbrio hidroeletrolítico Anafilaxia
90
Hemodiálise – indicações
Intoxicação por: Barbitúricos Etanol Etileno Glicol Metanol Lítio Salicilatos Metais pesados Paraquat
91
Hemoperfusão Vantagens:
Atua como um análogo parenteral do carvão ativado. Vantagens: Não é limitada por baixa solubilidade aquosa ou alto peso molecular Não é limitada por ligação às proteínas plasmáticas
92
Hemoperfusão - indicações
Intoxicação por: Barbitúricos Carbamazepina Cloranfenicol Colchicina Dapsona Digitoxina Organofosforados Paracetamol Paraquat Salicilatos
93
Hemoperfusão - complicações
Hemorragia Hipotermia Infecção Leucopenia Hipoglicemia Hipocalcemia Edema pulmonar Embolia gasosa
94
ANTÍDOTOS INDICAÇÕES e POSOLOGIA
95
Foto D.Campolina
96
ANTÍDOTOS Uso imediato Atropina / Anticolinesterásicos
Etanol / Metanol Naloxona / Opióides Oxigênio / Monóxido de Carbono Nitritos / Cianeto Hipossulfito de sódio
97
ANTÍDOTOS Uso após a avaliação N-acetilcisteína / Acetaminofen
Pralidoxima / Organofosforados Deferoxamina / Ferro Azul de Metileno / Metemoglobinemia Quelantes / Metais pesados
98
Intervalos de 15 a 30 min.Administração EV
ATROPINA Indicação: inseticidas organofosforados e carbamatos Posologia: Adultos 1 a 4 mg (4 a 6 ampolas) Crianças 0,01 a 0,05 mg / kg Intervalos de 15 a 30 min.Administração EV SULFATO DE ATROPINA Ampolas de 1 ml = 0,25 mg ou 0,50 mg
99
PRALIDOXIMA Indicação: Inseticidas inibidores de colinesterases
Posologia: 1 a 2 g cada 4 ou 6 h Crianças 25 mg / kg Infusão contínua 500 mg / h. Administração EV lenta. Contrathion (Rhodia) Frasco - ampola = 200 mg
100
FLUMAZENIL Indicação: Benzodiazepínicos
Posologia: 0,3 mg, repetir até 2,0 mg em 5 min Crianças 0,1 mg / min. Administrar EV. Lanexat (Roche) Ampola 5 ml = 0,5 mg
101
NALOXONA Indicação : Opióides Posologia: Adultos 0,4 a 2,0 mg
Crianças 0,01 a 0,03 mg / kg Administrar EV. Narcan (Rhodia) Ampola 1ml = 0,4 mg
102
BIPERIDENO Indicação : Liberação extra-piramidal
Haloperidol, Metoclopramida Posologia : Adultos 3 a 5 mg Crianças 0,06 a 0,15 mg / kg Administrar EV ou IM e repetir após 8 h s/n. Akineton (Knoll) Ampola 1 ml = 5 mg
103
AZUL DE METILENO Indicação : Metahemoglobinemia > 30%
Dapsona, Nitritos, Fenazopiridina Posologia : 1 a 2 mg / kg Administrar EV lento. Azul de metileno 1% (formulado) Ampolas 5 ml
104
VITAMINA K Indicação : Cumarínicos Posologia : Adultos 10 a 20 mg
Crianças 0,6 mg / kg. Administrar EV ou IM. Repetir após 8 a 12 h. Kanakion (Roche) Ampola 1 ml = 10 mg
105
N ACETILCISTEÍNA Indicação : Paracetamol ( até 8 h da exposição)
Posologia : Dose inicial 150 mg /kg em 15 min, seguida de 50 mg /kg em 4 h e 100 mg /kg em 16 h. Administrar EV com SG 5%. Fluimucil (Zambom) Ampola 10% de 3 ml = 300 mg Ampola 20% de 2 ml = 400 mg
106
DEFEROXAMINE Indicação : Ferro > 400 mg / dl
Posologia: 15 mg /kg/h (dose máxima 6g/dia) Administração EV ou IM. Desferal (Biogalênica) Frasco - ampola 500 mg
107
DIMERCAPROL Indicação : Mercúrio, Arsênico, Chumbo
Posologia: a 5 mg /kg de 4/4 h, por 2 dias, 2,5 a 3 mg / kg de 6/6 h, por 2 dias, 2,5 a 3 mg / kg de 12/12 h por 5 dias. Administração IM profunda. Demetal BAL (Merrel) Ampola 10% 1ml = 100 mg
108
EDTA - CÁLCICO Indicação : Chumbo Posologia: 50 a 75 mg / kg / dia
Dividir em 2 doses, durante 5 dias. Repetir 2 dias, após intervalo de 5 dias. Administração EV em 1h. Diluição 3% em SG. EDTA Cálcico (formulado) Ampolas 5 ml = 1g
109
HIDROXICOBALAMINA Indicação : Cianeto, Mandioca brava
Posologia : 5 mg / kg Administrar EV. Associar com hipossulfito de sódio. Rubranova (Squibb) Ampola 2 ml = 5 ou 15 mg
110
CIANETO - Outros Antídotos
Nitrito de sódio 3% (formulado) Posologia : Adultos 10 ml e crianças 1 ml / kg Ampolas 10 ml Hipossulfito de sódio 25 % (formulado) Posologia : Adultos 50 ml e crianças 1 ml / kg
111
OUTROS ANTÍDOTOS DMSA Glucagon Fab
ácido 2,3-dimercaptosuccínico ou succimer Glucagon hormônio peptídico produzido pelas células das ilhotas de Langerhans do pâncreas Fab fragmento “antigen-binding” das imunoglobulinas G
112
Atendimento ao paciente intoxicado ou com suspeita de intoxicação
história com acompanhantes ou socorristas; exame físico Canular veia periférica com cateter de calibre grande, fazer glicemia capilar Monitorização: oximetria de pulso e ECG Entubação/ ventilação mecânica INCONSCIENTE (Glasgow <=7 ou consc. em IR) Anamnese e exame físico Sintomáticos Monitorização: oximetria de pulso e ECG Avaliar oxigênio suplementar e acesso venoso CONSCIENTE (padrão (padrão respiratório preservado) PACIENTE Afastar causas estruturais metabólicas e infecciosas. Ex. complementares de acordo com o caso: TC de crânio, RX coluna cervical, punção lombar e outros convulsões, hipertermia, hipotermia Tratar: hipoglicemia, choque, Atendimento ao paciente intoxicado ou com suspeita de intoxicação
113
Atendimento ao paciente intoxicado ou com suspeita de intoxicação
Afastar causas estruturais metabólicas e infecciosas. Ex. complementares de acordo com o caso: TC de cránio, RX coluna cervical, punção lombar e outros Agente tóxico identificado Agente tóxico não identificado ou quadro clínico sugestivo e quadro clínico não sugestivo Dosagem do agente? Exames toxicológicos de triagem Tratamento: Descontaminação, Observação e monitorização clínica, antídotos, aumento da excreção, avaliar necessidade de descontaminação sintomáticos, observação clínica Observação: Em caso de suspeita de trauma imobilizar coluna cervical desde o início dos procedimentos. Auto extermínios e dependência química encaminhar para serviço de saúde mental.
115
Pronto Socorro / Hospital João XXIII / FHEMIG
Instituições / Hospitais Domicílios Empresas Outros CITs Telefone =======> Fax ===========> Correspondência => Pessoalmente ===> <=== Portaria <=== Encaminhamento <=== Interconsultas Fax <============= Telefone <========= Correspondência <=== Pessoalmente <===== ===> Transferência ===> Alta ===> Internação ===> Ambulatório ===> Observação ===> UTI / CTI Solicitação Ingresso do de informações paciente intoxicado Serviço de Toxicologia Biblioteca Banco de dados Av. Alfredo Balena BH - MG CEP / / Fax Setor informativo Setor Clínico Informações / orientações Atendimento Clínico Equipe médica Equipe médica Residentes e estagiários Residentes e estagiários Setor de laboratório Setor de ensino Setor de Psicologia toxicológico Pesquisas Psicólogos Bioquímicos/Técnicos Supervisões Estagiários Estagiários
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.