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Claudia Regina Mosca Giroto FFC - UNESP - Marília/SP

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Apresentação em tema: "Claudia Regina Mosca Giroto FFC - UNESP - Marília/SP"— Transcrição da apresentação:

1 Claudia Regina Mosca Giroto FFC - UNESP - Marília/SP
Orientação Técnica: “Dislexia: Subsídios de Ensino para as Escolas na Identificação dos Alunos Disléxicos” Claudia Regina Mosca Giroto Educação Especial FFC - UNESP - Marília/SP

2 Secretaria de Estado da Educação de São Paulo CAPE – Centro de Apoio Pedagógico Especializado

3 PROGRAMA A dislexia no contexto da educação inclusiva A (in) definição de Dislexia por órgãos nacionais e internacionais Dislexia: abordagem clínica X abordagem educacional Os “sintomas” disléxicos e os critérios de classificação da Dislexia X a relação com os aspectos idiossincráticos da apropriação da linguagem escrita Os equívocos na avaliação de crianças consideradas disléxicas Formas de intervenção pedagógica no processo de ensino aprendizagem do aluno considerado disléxico: procedimentos e orientações

4 OBJETIVOS Proporcionar aos participantes a atualização de conhecimentos relativos à Dislexia, com base em múltiplos enfoques Permitir a análise crítica e comparativa sobre tais enfoques Fornecer subsídios que contribuam para o levantamento de indicadores que evidenciem a natureza das dificuldades apresentadas pelo aluno considerado como sendo aquele que apresenta dislexia Fomentar a correlação teórico-prática sobre os diferentes aspectos envolvidos na compreensão acerca da dislexia que resulte na otimização da atuação pedagógica com alunos considerados disléxicos

5 A dislexia no contexto da educação inclusiva
INCLUSÃO SE INSERE NUM MOVIMENTO SOCIAL QUE BUSCA UMA SOCIEDADE MAIS IGUALITÁRIA E MAIS JUSTA, QUE RESPEITE A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E OS DIREITOS ESTABELECIDOS PELO ESTADO DEMOCRÁTICO PROCESSOS SOCIAIS DE EXCLUSÃO

6 PRINCÍPIOS DA INCLUSÃO
DIVERSIDADE IGUALDADE OPORTUNIDADE PARTICIPAÇÃO FLEXIBILIDADE EDUCAÇÃO PARA TODOS

7 Objetivos da construção de uma sistema educacional inclusivo
Combater atitudes discriminatórias a fim de criar comunidades acolhedoras à construção de uma sociedade inclusiva para alcançar a educação para todos

8 Educação Inclusiva Escola: espaço de apropriação e construção do conhecimento. Escola que garante: - individualidade; - identidade; - equidade (ideais democráticos); - remoção de barreiras para a aprendizagem; - participação de toda comunidade escolar.

9 Princípio fundamental da escola inclusiva
A escola deve reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos e assegur uma educação de qualidade, pois todas as crianças devem aprender juntas sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter

10 EDUCAÇÃO INCLUSIVA PROMOÇÃO DE IGUALDADE DE ACESSO À ESCOLA POR GRUPOS MINORITÁRIOS ALUNOS COM NEE ASSEGURAR UMA EDUCAÇÃO EFETIVA OFERECER SUPORTE PEDAGÓGICO CONSTRUIR REDE DE SOLIDARIEDADE

11 Elementos essenciais da Inclusão
CRIANÇAS Todas freqüentam as escolas: - na sala regular; - com apoio apropriado.

12 Elementos essenciais da Inclusão
PROFESSORES Todos aceitam a responsabilidade por todos os alunos: - recebendo apoio apropriado; - tendo oportunidade para um maior desenvolvimento profissional.

13 Elementos essenciais da Inclusão
ESCOLAS Ressignificam os seus valores: reestruturando a organização, o currículo e a avaliação; superando as barreiras para que todos possam aprender e participar; - oferecendo condições adequadas para responder às necessidades de todos os seus alunos e professores.

14 Educação Inclusiva, Necessidades Educacionais Especiais e o aluno com Dislexia discussão conceitual e implicações na prática pedagógica

15 Necessidades Educacionais Especiais
Expressão que resgata a funcionalidade do processo educativo; Considera o que o aluno requer em relação a atendimento, recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas; Desloca o foco do aluno e direciona paras as respostas educacionais que ele precisa para poder aprender.

16 Necessidades Educacionais Especiais
1- Dificuldades acentuadas de aprendizagem que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares: aquelas não vinculadas a uma causa orgânica; aquelas vinculadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências 2- Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos 3- Altas habilidades /superdotação, grande facilidade de aprendizagem

17 Alunos com Necessidades Educacionais Especiais
Precisam de meios e metodologias diferenciadas para atender às suas necessidades educacionais Requerem ajustes e recursos pedagógicos distintos dos requeridos pela maioria dos estudantes Apresentam defazagem em relação ao currículo precisando de adequações curriculares, adequações na organização da sala de aula e serviços de apoio especial

18 Implicações Pedagógicas da Educação Inclusiva
Atendimento adequado das necessidades básicas de aprendizagem de todo aluno Universalização da educação com qualidade garantindo a participação nas atividades e aprendizagem de todos os alunos Envolvimento de toda comunidade escolar Combate a todas as formas de exclusão

19 (IN) DEFINIÇÃO DE DISLEXIA
ÓRGÃOS INTERNACIONAIS E NACIONAIS

20 Word Federation of Neurology (2001)
Dislexia: transtorno da aprendizagem da língua escrita que ocorre apesar de uma inteligência normal, da ausência de problemas sensoriais ou neurológicos, de instrução escolar considerada adequada, de oportunidades socioculturais suficientes. Trata-se de uma definição formulada em função de critérios excludentes.

21 International Dyslexia Association (1994)- Associação Brasileira de Dislexia
Dislexia: distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples incompatíveis em relação à idade da pessoa. Apesar de submetida a instrução convencional, ter adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldades com diferentes formas de linguagem, frequentemente incluídos problemas leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar.

22 Organização Mundial da Saúde (1993)- CID 10
Dislexia: Comprometimento específico e significativo no desenvolvimento das habilidades de leitura, o qual não é unicamente justificado por idade mental, problemas visuais ou escolaridade inadequada. A habilidade de compreensão da leitura, o reconhecimento de palavras, a habilidade de leitura oral e o desempenho de tarefas que requerem leitura podem estar todos afetados. Dificuldades para soletrar estão frequentemente associadas a transtorno específico da leitura e muitas vezes permanecem na adolescência mesmo depois de que algum progresso na leitura tenha sido feito. (...). Crianças com transtorno específico da leitura, seguidamente têm uma história de transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem, e uma avaliação abrangendo funcionamento corrente da linguagem muitas vezes revela dificuldades contemporâneas sutis. (...)

23 Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (2000)
Dislexia: dificuldade de leitura e de escrita especificamente relacionada à infância e a adolescência. Tal dificuldade está circunscrita no âmbito dos transtornos de aprendizagem e, por conseguinte, explicada como conseqüência de anormalidades subjacentes ao processamento cognitivo, como, por exemplo, déficits na percepção visual, distúrbios de atenção, problemas de memória, alterações nos processos lingüísticos ou, ainda, uma combinação desses fatores. A dislexia pode estar associada a transtornos da matemática, manifestando-se, geralmente, nos anos escolares iniciais, em crianças que freqüentam entre a primeira e a quarta série.

24 Commitee on Dyslexia of the healt of the Ntherlhands Transtorno caracterizado por alterações na leitura oral e escrita sob ditado na fase de desenvolvimento Alguns autores PINHEIRO (1995): transtorno caracterizado por nível de leitura abaixo do esperado para a escolaridade, levando-se em consideração a ausência a ausência de problemas neurológicos, intelectuais, sensoriais, emocionais e educacionais

25 Alguns autores ELLIS (1995): transtorno decorrente do fracasso na habilidade alfabética que acarreta sérias implicações para a escrita e para qualquer tipo de leitura que requeira decodificação, na análise e síntese de letras e na interrupção da aquisição da habilidade alfabética, resultando em disfunção básica do sistema fonológico

26 Alguns autores ARDILA (1997)
Dislexia é uma alteração específica na aquisição da leitura. A dificuldade para aprender a ler e escrever é apenas uma manifestação particular de um ou vários déficits cognitivos fundamentais, que eventualmente podem levar a falhas na aprendizagem normal do sistema de leitura/escrita = distúrbio específico de leitura ou dislexia do desenvolvimento

27 DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO
Em estudos mais atuais como fatores etiológicos: fatores genéticos: relação entre o padrão de herança e a dislexia do desenvolvimento (filhos de pais com problemas de leitura têm maior probabilidade de apresentarem esse transtorno - cromossomos 2, 6 e 15) (NOPOLA-HEMMI et al, 2002)

28 DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO
fatores neurológicos: anomalias de migração celular que afetam a região perisilviana - hemisfério esquerdo entre a 16ª e a 24ª semana gestacional anomalias do desenvolvimento do córtex cerebral e outras estruturas do SNC acarretam comprometimento funcional da rede neural

29 DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO
Em estudos mais atuais são tidos como fatores agravantes: fatores ambientais - pedagógicos - psicológicos - sócio-econômicos - culturais

30 Considerações sobre as (in) definições
modelo de processamento cognitivo da leitura que envolve: - processos receptivos de decodificação (“input”) = sistema auditivo, visual e tátil-cinestésico) - processos integrativos (atenção, identificação, discriminação, análise, síntese, armazenamento, integração, contextualização, rememorização, organização, planificação e decisão) - processos de codificação (“output”)

31 Considerações sobre as (in) definições
Disfunções no processamento da informação auditiva, visual e na integração auditivo-visual comprometem a leitura acarretando problemas em atividades intraneurosensoriais = Ênfase unicamente nas capacidades percptomotoas : - apenas um processamento (visual ou auditivo): repetição de palavras e cópia - uso de dois ou mais processamentos (ex.: auditivo-visual): leitura oral ou escrita sob ditado (LURIA, 1963)

32 Considerações sobre as (in) definições
Modelo de Processamento da leitura: - identificação da letra na palavra - ativação de estruturas do lobo occipital - processamento fonológico da palavra - estruturas do córtex frontal - acionamento do significado da palavra: ativação de estruturas do lobo temporal SHAYWITZ (1996)

33 Sistema Nervoso Lobos: - frontal - parietal - temporal - occiptal

34 Sistema Nervoso Lobos: - frontal - parietal - temporal - occiptal

35

36 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DISLEXIA X DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

37 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
Distúrbio de aprendizagem caracterizado pela presença de disfunção neurológica responsável por problemas na escrita, na leitura e no cálculo matemático Dificuldade de Aprendizagem déficit específico da atividade escolar

38 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
Distúrbio de aprendizagem caracterizado pela presença de disfunção neurológica que se manifesta por dificuldades específicas na aquisição e uso das habilidades de audição, fala, leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático Dificuldade de Aprendizagem déficit específico da atividade escolar especificamente relacionados a problemas de origem pedagógica (CIASCA; ROSSINI, 2000)

39 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
- inteligência normal - presença ou não de distúrbio fonológico antes da escolarização - falhas nas habilidades fonológicas, sintáticas e semânticas da linguagem escrita Dist. Aprendizagem - inteligência normal - presença de dist. fonológico, falhas nas habilidades sintáticas, semânticas e pragmáticas das linguagens oral e escrita pré-escolar e escolar - comprometimento da habilidade narrativa para contagem, recontagem e compreensão de histórias (atenção, memória e

40 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
habilidade narrativa comprometida para recontagem de histórias (uso de memória) com dificuldade com o conteúdo textual (número de palavras e unidades de ação), com a complexidade da sentença e uso de pronomes referenciais Dist. Aprendizagem percepção), dificuldade quanto ao número de frases completas, à organização do texto, ao uso de elementos coesivos entre as frases, seqüenciamento lógico de eventos no texto e dificuldades em responder a perguntas inferenciais presentes na estrutura textual

41 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
- déficits na função expressiva e alteração no processamento das informações auditivas e visuais - dificuldade em realizar atividades matemáticas que envolvam leitura prévia (resolução de problemas matemáticos com enunciados) Dist. Aprendizagem - déficits no processamento das informações auditivas e visuais - dificuldade em organizar, planejar e executar atividades matemáticas isoladas e com leitura prévia (resolução de problemas matemáticos com enunciados)

42 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
Diagnóstico Diferencial Dislexia de desenvolvimento: defasagem entre o desempenho esperado nas habilidades de leitura e escrita e o desempenho efetivamente observado com comprometimento do processo de aprendizagem iniciado na fase escolar Distúrbio de aprendizagem: comprometimento do processo de desenvolvimento e aprendizagem desde os primeiros anos de vida

43 Dislexia X Distúrbios de Aprendizagem
Raciocínio lógico- matemático como parâmetro diferencial Dislexia de desenvolvimento: não há dificuldade no entendimento da execução de um cálculo matemático em si, mas em seu enunciado, pelas dificuldades de compreensão do texto Distúrbio de Aprendizagem: dificuldade não só na execução, mas na resolução de problemas com enunciado

44 Dislexia: abordagem clínica X abordagem educacional
 práticas sociais perpassadas pelas singularidades  despatologização da aprendizagem  fracasso escolar  multiplicidade de fatores ABORDAGEM CLÍNICA relação saúde-educação centrada na patologização da aprendizagem ações individuais encaminhamentos clínicos descaracterização do contexto educacional fracasso escolar  aluno

45 Dislexia: abordagem clínica X abordagem educacional
 multiplicidade de fatores:  lingüístico: manifestações da linguagem tais como: fala ininteligível, produção verbal alterada e limitada quanto à qualidade e quantidade, sintaxe imatura, progressão temática...  psicossocial: adaptação social (aspectos interacionais) e componentes psicológicos (estrutura emocional)... ABORDAGEM CLÍNICA visão homogeneizadora que desconsidera as singularidades estabelecidas entre o aluno e a linguagem culpa o sujeito pelo seu fracasso escolar isentando a escola e suas práticas pedagógicas como co- responsáveis por tal situação.

46 Dislexia: abordagem clínica X abordagem educacional
 cognitivo: processamento das informações (atenção, seleção, memória, percepção...  acadêmico: aspectos envolvidos e utilizados no aprendizado formal da leitura e escrita... ABORDAGEM CLÍNICA desprovida de conhecimentos específicos acerca do ensino e da aprendizagem nomenclatura patológica para referir-se a questões que dizem respeito à escolarização

47 Dislexia: abordagem clínica X abordagem educacional
 sócio-culturais (condições de letramento anterior ao acesso escolar; falta de acesso aos bens culturais socialmente valorizados, entre outros) ABORDAGEM CLÍNICA desprovida de conhecimentos específicos acerca do ensino e da aprendizagem nomenclatura patológica para referir-se a questões que dizem respeito à escolarização

48 Aprendizagem escolar e fatores psicossociológicos, relacionais e contextuais
 Necessidade de identificação desses aspectos: - Investigar os elementos dos contextos educativos escolares e sua importância no desenvolvimento de atividades de ensino-aprendizagem e no rendimento dos alunos (escola e sala de aula) - se distanciar da perspectiva mais biológica que privilegia apenas os aspectos individuais e considerar a idéia de multiplicidade/diversidade de fatores

49 Aprendizagem escolar e fatores psicossociológicos, relacionais e contextuais
aspectos individuais demandam diferenças individuais: desenvolvimento de estratégias diferenciadas  a necessidade de adequação do ensino às características individuais

50 Aprendizagem escolar e fatores psicossociológicos, relacionais e contextuais
a necessidade de adequação do ensino às características individuais - modo como o aluno pode ser auxiliado a enfrentar as atividades escolares - refletir entre “Posso fazer” ou “Como posso fazer” - centrar-se no processo de realização da atividade e não apenas nos resultados - interpretar os erros como algo natural e que é possível aprender com os fracassos

51 Aprendizagem escolar e fatores psicossociológicos, relacionais e contextuais
- perceber a incerteza relativa aos resultados como um desafio e não como uma ameaça - priorizar atividades nas quais o aluno pode se destacar - avaliar a própria atuação com critérios pessoais flexíveis  idéia cristalizada no professor de que tem dificuldade para solucionar as dificuldades de seus alunos - considerar o professor como uma fonte de orientação e ajuda/mediador

52 Os “sintomas” disléxicos e os critérios de classificação da Dislexia X a relação com os aspectos idiossincráticos da apropriação da linguagem escrita. HOUT (2001): os dados a respeito da dislexia apontam para a diversificação, tanto em suas causas e manifestações quanto no agrupamento dos sintomas. A visão patológica permanece conceitualmente indefinida e fragilizada. Por falta de entendimento acerca da linguagem, reduz a escrita a uma atividade mecânica ou a um conjunto de habilidades e destrezas.

53 Sintomas Disléxicos (Ianhez; Nico, 2002) (Cuba dos Santos, 1987)
Aspectos gerais Dificuldades de realizar cálculos mentais; Dificuldade em organizar tarefas Dificuldades com noções espaço-temporais

54 Sintomas Disléxicos (Ianhez; Nico, 2002); (Cuba dos Santos, 1987)
Aspectos relacionados à linguagem: Desempenho inconstante com relação à aprendizagem da leitura e escrita Dificuldade com os sons das palavras e, consequentemente, com a soletração Escrita incorreta, com trocas, omissões, junções e aglutinações de fonemas Relutância para escrever Confusão entre letras de formas vizinhas : moite/ noite, espuerda/esquerda

55 Sintomas Disléxicos (Ianhez; Nico, 2002); (Cuba dos Santos, 1987)
Aspectos relacionados à linguagem: Confusão entre letras foneticamente semelhantes: tinda/ tinta, popre/pobre, gomida/comida Omissão de letras e/ou sílabas: giado/guiado, entrando/ encontrando Adição de letras e/ou sílabas: muimto/muito, fiaque/ fique União de uma ou mais palavras e/ou divisão inadequada de vocábulos: a mi versário/aniversário, eraumaves umome/era uma vez um homem Leitura e escrita em espelho

56 Desempenho inconstante com relação à aprendizagem da leitura e escrita
Crítica: a aquisição da escrita implica tentativa, erros, hipóteses. é um processo instável e não linear e constante é um processo que requer reflexões, comparações e perguntas.

57 Dificuldades com os sons das palavras /soletração / escrita incorreta
Críticas: As trocas, omissões, junções e aglutinações de fonemas podem revelar falta de clareza a respeito das diferenças existentes entre fonemas e letras. Há diferenças entre oralidade e escrita que precisam ser consideradas: pronúncia diferente da escrita, ausência do interlocutor etc. É preciso reconhecer e compreender as especificidades da escrita: uniformalização gráfica, convencionalidade, relações variáveis entre sons e letras

58 Relutância ao escrever
Críticas: Pode evidenciar o medo e a repulsa que o aluno desenvolve diante da atividade da escrita.Medo de manipular a escrita, de tentar, errar e ser rotulado como imaturo, lento, incapaz e disléxico O medo deve provocar uma reflexão acerca do contexto social e educacional vigente bem como a história singular da criança com a escrita.

59 Confusão entre letras , trocas, omissões e adições de letras ou sílabas
Críticas: Revela as hipóteses sobre a escrita que os sujeitos estão construindo. No processo de construção da escrita o sujeito pode escrever usando só vogais, repetindo sílabas Quanto a aglutinação, demonstra que o aluno usa na escrita as pistas prosódicas da fala. Não compreende como se dá a segmentação das palavras na escrita.

60 Leitura e escrita em espelho
Críticas: Sujeitos com comprometimentos cerebrais não irão manifestar problemas só na escrita. Leitura e escrita espelhada, longe de ser sintoma de doença, pode indicar que o aluno ainda não apreendeu as noções básicas dessa modalidade de linguagem quanto aos aspectos gráficos e funcionais.

61 Perspectiva discursiva
A linguagem não é uma estrutura pronta, um sistema abstrato de formas normativas que deve ser registrado por um aprendiz inerte, passivo (Bakhtin) A linguagem é uma ação, um trabalho constantemente construído e modificado pelo sujeito. (Franchi)

62 Classificação da dislexia
DISLEXIA DISFONÉTICA DISLEXIA DISEIDÉTICA DISLEXIA VISUAL DISLEXIA AUDITIVA DISLEXIA MISTA

63 Dislexia disfonética Dificuldades de percepção auditiva de fonemas, bem como dificuldades espaço-temporais: Troca de fonemas e grafemas diferentes: moto por modo Alteração na ordem das letras e sílabas: azedo por adezo

64 Dislexia disfonética Dificuldades de percepção auditiva de fonemas, bem como dificuldades espaço-temporais: Omissão e acréscimo de letras: escola por ecola nem por neim Trocas de palavras por outras semelhantes: infâmia por infância Dificuldades no reconhecimento e na leitura de logotomas: duepo, pebade.

65 Crítica Todos os aspectos considerados apontam para fenômenos absolutamente previsíveis que acompanham o processo de aquisição da escrita

66 Dislexia diseidética:
Dificuldades na percepção visual de fonemas - Aglutinação e fragmentações de palavras: fazerisso por fazer isso, em quanto por enquanto Trocas por equivalentes fonéticos: vaca por faca, pato por bato Leitura silábica, sem síntese de palavras: comigo por com- migo por

67 Críticas Os aspectos não consideram que a criança apropria-se da escrita como se fosse uma transcrição fonética. O trabalho do professor deve se orientar no sentido de levar a criança a compreender as diferenças existentes entre ortografia e transcrição fonética A leitura silabada pode estar associada a um ensino pautado em métodos tradicionais

68 Dislexia Visual Déficit na percepção visual, relacionada à coordenação viso-motora Dificuldade para visualizar cognitivamente o fonema: troca m por n; a por e; q por p.

69 Críticas As trocas, supressões ou acréscimos de letras demonstram as tentativas do aluno e não evidências patológicas Não é possível visualizar um fonema, afinal fonema é som.

70 Dislexia auditiva Dificuldade para audibilizar cognitivamente o fonema em função de uma deficiência de percepção auditiva. Acarreta várias trocas na escrita: pato por bato, gato por cato.

71 Críticas Tais inversões ocorrem apenas com as consoantes que constituem parem mínimos, ou seja, que só tem um traço distintivo. Os alunos precisam manusear a escrita para diferenciar da transcrição fonética.

72 Dislexia mista Capacidade razoável para a leitura de palavras ditas reais, ou seja, munidas de significado, e muita dificuldade para a leitura de palavras não familiares e;ou não-palavras, também chamadas logatomas.

73 Críticas Se o objetivo da leitura é interpretar a escrita, para que serve a capacidade de reproduzir em voz alta um amontoado insignificante de letras? A escrita é uma atividade interativa no contexto das práticas sociais e culturais. Sintomas muitas vezes apontam não para uma dislexia, mas sim, para a manifestação de elaborações e reelaborações acerca da escrita.

74 Os equívocos na avaliação de crianças consideradas disléxicas.
Tratam a linguagem como código estável que será transmitido a um sujeito passivo. Centram-se em pré-requisitos: orientação temporal, esquema corporal, noções de lateralidade. Como tomam como referência casos patológicos adultos, que em decorrência de danos neurológicos, têm alterada a capacidade de ler e escrever, a área médica explica as dificuldades na aquisição da escrita inicial em função da visão patologizadora.

75 Itens considerados pré-requisitos para a aprendizagem da escrita
Organização espaço-temporal; Noções de lateralidade; Noções de esquema corporal; Discriminação e percepção auditiva; Memórias tátil e cinestésica; Memórias imediata e de longo prazo; Praxias orofaciais; Movimentos manuais grossos e finos; Coordenação viso-motora; Postura.

76 Críticas Habilidades motoras com o lápis, lateralidade, memorização, conhecimento do esquema corporal, não garantem sucesso na aquisição da leitura e da escrita; É por meio da própria linguagem que os alunos atuam sobre o mundo estruturando a realidade, e, por isso, a atividade lingüística desempenha papel fundamental na constituição da percepção, memorização, lateralidade etc.

77 Tarefas avaliativas relacionadas a aspectos lingüísticos
Manipulação de fonemas (inversão de fonemas iniciais de palavras) Fluência verbal (verbalização de palavras que comecem com a mesma letra) Reprodução de sons que iniciam ou terminam proferidas pelo professor Formação de palavras (a partir de sílabas) Formação de frases (a partir de palavras)

78 Tarefas avaliativas relacionadas a aspectos linguísticos
Soletração e repetição de palavras Leitura e separação de palavras Leitura de logatomas Extração de conceitos fundamentais de um texto Identificação de letras do alfabeto, lista de palavras, de frases escrita espontânea Correção de frases que não seguem critérios semânticos ( Branca de Neve é um bruxo)

79 Críticas - Conclusões As tarefas avaliativas são fragmentadas e descontextualizadas; ignoram as ações com, sobre e da linguagem; e se pautam em procedimentos que assumem uma postura confusa entre a oralidade e a escrita. As tarefas denotam situações não habituais para a atividade da linguagem, tais como: ditado, cópia, leitura em voz alta etc.

80 Críticas - Conclusões É preciso considerar a intenção comunicativas dos interlocutores nas tarefas avaliativas. É preciso reconhecer a história e a singularidade de cada criança, sua relação com a escrita.

81 Atuação Interdisciplinar
Pedagogo Fonoaudiólogo Psicopedagogo Psicólogo Neurologista

82 Atuação Interdisciplinar
Pedagogo Favorecer o acesso ao currículo ao propor adequações mais ou menos significativas, a fim de que tal flexibilidade curricular permita o ajuste de seu fazer pedagógico às necessidades do aluno

83 Atuação Interdisciplinar
Fonoaudiólogo Favorecedor de situações de estimulação das habilidades de aprendizagem que repercutam nas atividades escolares que exigem a leitura e a escrita

84 Atuação Interdisciplinar
Psicopedagogo Articula, apoiado na psicologia da educação e ensino escolar, conhecimentos das práticas educativas escolares.

85 Atuação Interdisciplinar
Psicólogo Contribui interferindo nos processos de mudanças comportamentais em situações educativas em geral e, escolares.

86 Atuação Interdisciplinar
Neurologista identificação dos fatores neurológicos que possam estar envolvidos por meio de exames de neuroimagem funcional: tomografia por emissão de pósitrons (PET), tomografia monofotônica (SPECT) e os estudos funcionais de ressonância magnética (RMF) que podem medir a atividade metabólica envolvida na atividade cerebral ampliadamente distribuída.

87 Ressignificação da prática pedagógica nas classes comuns
Formas de intervenção pedagógica no processo de ensino aprendizagem do aluno considerado disléxico: procedimentos e orientações Ressignificação da prática pedagógica nas classes comuns Adequação do aspecto físico da sala de aula Ação didática-pedagógica transdisciplinar Uso de recursos tecnológicos Uso de pesquisa como estratégia Aprendizagem cooperativa Revisão dos procedimentos de avaliação Participação da comunidade Organização de adequações curriculares

88 Escola de qualidade / Escola Inclusiva
Remove barreiras para aprendizagem e participação de todos os alunos. Promove a interação entre alunos, professores, familiares e funcionários. Estimula e desenvolve as competências e habilidades de todos os alunos. Avalia e providencia os recursos para acessibilidade curricular e física dos alunos com NEE.

89 Análise de Textos Fátima

90 Oficina de Textos: análise textual
Considerar Aspectos discursivos da escrita Aspectos formais da escrita

91 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos discursivos da escrita referem-se às características da linguagem em uso - coesão textual: diz respeito ao conjunto de recursos por meio dos quais as sentenças se interligam (BRASIL, 1997)

92 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos discursivos da escrita referem-se às características da linguagem em uso - coerência textual : modo como os elementos expressos na superfície do textual e os que se encontram implicados permitem a construção do sentido (BRASIL, 1997)

93 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais da escrita: referem-se às características de representação gráfica da linguagem (BRASIL, 1997)

94 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais ao apreender o sistema alfabético a criança tende, em diversos momentos, a representar na escrita, os sons da fala tal como os pronuncia no transcorrer do processo de construção da escrita a criança passa a perceber que a escrita é mais complexa do a simples transcrição da oralidade nesse processo a criança propõe sua própria ortografia

95 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais Soluções propostas pela criança = erros ou sintomas de construção da escrita?

96 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais no ambiente escolar a criança deve apreender as regras convencionais e manifestar-se por escrito de acordo com tais convenções = forma de inclusão educacional/social O que se questiona não é a necessidade do domínio do “padrão oficial” da escrita, mas a forma como tal domínio é conduzido!!!

97 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais Desse modo: A representação direta da oralidade na escrita é suficiente para a criança alcançar a apropriação da escrita? As ocorrências em desacordo com as convenções do sistema de escrita devem ou não ser consideradas patológicas?

98 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais É necessário que o professor considere que fato singular, que aspecto do contexto, de forma ou de significação lingüística, ou ainda, que possível combinação desses fatores pode ter adquirido saliência particular para a criança, colocando-se assim, na origem do problema para o qual passa a buscar uma solução, ainda que muitas vezes episódica e circunstancial

99 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais Ex.: As “trocas” na fala e na escrita: Geralmente são compreendidas como decorrentes de dificuldades com a correspondência grafema-fonema e trabalhadas com tarefas de consciência fonológica

100 Oficina de Textos: análise textual
Consciência fonológica se refere à habilidade de refletir explicitamente sobre a estrutura sonora das palavras, percebendo-as como uma seqüência de fonemas. Quando uma criança apresenta alteração na consciência fonológica, nada mais é do que apresentar dificuldade para entender o princípio alfabético da escrita, que é a compreensão da relação entre as letras e os sons e o que eles representam ( a criança precisa relacionar os componentes sonoros da palavra com as letras da palavra)

101 Oficina de Textos: análise textual
Situações em que não há correspondência letra-som uma mesma letra pode ser articulada com base em sons distintos (sapato e casa) um mesmo som pode ser grafado por diferentes letras (fonema [g] por g e j; [x] em próximo e exame) letras que não têm som nenhum na fala, mas que estão presentes na escrita (h em hoje)

102 Oficina de Textos: análise textual
Situações em que não há correspondência letra-som possibilidades de muitas palavras serem pronunciadas de maneiras distintas em função das variedades lingüísticas (pastel, leite) as letras podem apresentar um valor silábico (apto, afta) utilização de duas letras para representar um som (guerra, queijo)

103 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais - instabilidade quanto ao domínio das diferentes possibilidades de representar, graficamente, um determinado som  representações múltiplas (“xeio”, “maxa”, “xega”, “civocê” demonstram confusão com o uso de x, ch e s)

104 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais - confusão com o uso de m e n: “tanbe”, “nãoven” - confusão com uso de r: “matan”, “acaban”, “acumula”

105 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais - assistematicidade do uso de marcação de nasalidade: “maxa”, “lipa”, “dengue”, “tanbe” - assistematicidade quanto à compreensão sobre a quantidade de elementos que podem compor uma sílaba: “bancas”, “banco”, “brica”

106 Oficina de Textos: análise textual
Aspectos formais - instabilidade no uso de critérios de utilização de espaços em branco na escrita: segmentação na escrita . Hipossegmentações: “civocê”, “nãoven”, “nosvasos”, “tesasas”, “propipa”, “denguepodemata” . Hipersegmentações: “e le”, “ a reia”

107 ...o importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão. Fala de Riobaldo, personagem de Grande Sertão Veredas João Guimarães Rosa ( )

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109 Roteiro para análise Formar grupos com seis pessoas para a análise dos textos de 1 a 5, cada grupo vai analisar um texto. (crianças de 3ª série O que o aluno sabe? O que o aluno precisa saber? Encaminhamentos necessários.


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