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A pastoral presbiteral e a fidelidade no ministério

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Apresentação em tema: "A pastoral presbiteral e a fidelidade no ministério"— Transcrição da apresentação:

1 A pastoral presbiteral e a fidelidade no ministério
FORMAÇÃO PERMANENTE – Diocese de Leopoldina Seminário da Floresta – Juiz de Fora- MG 25-27 de Maio de 2015 A pastoral presbiteral e a fidelidade no ministério "Corramos com perseverança com os olhos fixos em Jesus" (Hb 12, 1-2). Pe. Jésus Benedito dos Santos

2 Parte I Pastoral presbiteral Introdução

3 Pastoral Presbiteral Sinal de alerta
Situação problemática Modo Ideal - Plenitude Sinal de alerta A Pastoral Presbiteral é um sonho de maior fraternidade e unidade os ministros ordenados, em vista da missão.

4 Novo Pentecostes A Pastoral Presbiteral se apresenta como um novo pentecostes para os ministros ordenados. Podemos dizer que a Pastoral Presbiteral, como novo pentecostes, vem trazendo mudanças entre eles na questão da fraternidade presbiteral, na questão da humanização, na vivência da afetividade, nas relações com os bispos ou superiores, no reencantamento com a missão e na formação permanente. Esperamos um novo Pentecostes que nos liberte do cansaço, da desilusão e acomodação em que nos encontramos -DAp 362.

5 O que é pastoral presbiteral?
A Pastoral Presbiteral é uma ferramenta nas mãos dos bispos e dos presbíteros e diáconos após o Concílio Vaticano II. Ela tem como grande objetivo o cuidado dos ministros ordenados em todas as dimensões: humano-afetiva, pastoral, intelectual e espiritual. Ela quer ser um lugar de escuta e de fala, um modo dos ministros ordenados se organizarem para cuidar de si mesmos. A Pastoral Presbiteral é uma proposta contra a correnteza do individualismo e do hedonismo reinante em nossa sociedade. Ela é uma forma do ministro ordenado deixar-se amar - Muitos ministros ordenados ainda acham que isso é perca de tempo, que cuidar das finanças, cuidar da paróquia é mais importante do que participar dela

6 O que é pastoral presbiteral?
A Pastoral Presbiteral é um espaço de integração e de intercâmbio, levando o ministro ordenado a cultivar a alegria e o prazer de ser ministro ordenado, superando obstáculos e dificuldades. Ela tem como objetivo proporcionar ao ministro ordenado condições para sua própria realização humana e vocacional, ajudando-o em sua configuração com Cristo Bom Pastor. “Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa Nova, não só com palavras, mas, sobretudo com uma vida transfigurada pela presença de Deus” (EG 259). O Evangelho deve ser fonte de alegria para o ministro ordenado. E é justamente o Espírito Santo que deve guiá-lo neste caminho da alegria.

7 Resistência à Pastoral Presbiteral
Muitos ministros ordenados têm, à primeira vista, apresentado certa rejeição ao cuidado oferecido pela Pastoral Presbiteral e até mesmo a Pastoral Presbiteral, como se isso fosse um sinal de fraqueza ou “bobeira” dos ministros ordenados. Tal rejeição tem-se dado também por desconhecer a riqueza da Pastoral Presbiteral, bem como por orgulho ou vaidade do ministro ordenado. Assim, sabemos que nestes meios, ela só poderá entrar pelo caminho da conversão. Aí está nossa prece para que isso aconteça. Pode acontecer de os ministros ordenados pensar que se reunir, organizar-se é conspirar contra o bispo e a alta hierarquia da Igreja, sendo traição à autoridade eclesial. Para quem teme a Pastoral Presbiteral, é bom saber que seu objetivo vai além de algo puramente humano, alcançando a dimensão transcendental, a qualidade de vida espiritual, a fraternidade presbiteral, a democratização entre os ministérios, o fortalecimento intelectual, a dinamização pastoral e missionárias dos ministros ordenados. Ela é assim, “um dispositivo humanizador dos presbíteros. Ela visa à realização pessoal e comunitária”.

8 Alegria de ser um ministro ordenado
“É muito ruim encontrar um consagrado abatido, desmotivado ou ‘apagado’... é como um poço seco aonde as pessoas não acham água para matar a sede” (Papa Francisco, 68ª Assembleia da Conferência Episcopal Italiana, maio de 2015) A Pastoral Presbiteral quer ser um espaço na diocese de maior e melhor cuidado dos cuidadores. Este é o seu objetivo. Sendo um espaço importante para injetar ânimo novo e alegria ao clero e ao povo. Ela chega, muitas vezes, lá onde o bispo não consegue chegar.  Sua ação deverá atingir o coração do ministro ordenado, até mesmo daquele ministro "fio desencapado“, que tem muitos. É o corpo a corpo. Com paciência, diálogo, escuta ajudando uns aos outros, curando as dores e as crises, trazendo-lhe luzes e força na caminhada.

9 Viver a alegria de ser ministro ordenado
Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, ‘a suave e reconfortante alegria de evangelizar’, mesmo quando for preciso semear com lágrimas!” (EG 10). Na medida em que a alegria tende a ir morrendo, tal ministro ordenado tenderá a apresentar medo exagerado em todos os afazeres a ele solicitado, ou fugir de tudo e de todos, ou a se perguntar o porquê de estar aqui no mundo e na Igreja e assim por diante. E no final, poderá cair no “marasmo presbiteral” (tédio, vazio, não fazer nada, falta de coragem, desânimo, indiferença, apatia).

10 Viver a alegria de ser ministro ordenado
O papa Francisco fala da acedia pastoral, isto é, negligência, preguiça ou o tédio nas ações presbiterais: “Esta acedia pastoral pode ter origens diversas: alguns caem nela por sustentarem projetos irrealizáveis e não viverem de bom grado, o que poderiam razoavelmente fazer; outros, por não aceitarem a custosa evolução dos processos e querem que tudo caia do Céu; outros, por se apegarem a alguns projetos ou a sonhos de sucesso cultivados pela sua vaidade; outros, por terem perdido o contato real com o povo, numa despersonalização da pastoral que leva a prestar mais atenção à organização do que às pessoas, acabando assim por se entusiasmarem mais com a ‘tabela de marcha’ do que com a própria marcha; outros ainda caem na acedia, por não saberem esperar e quererem dominar o ritmo da vida. A ânsia hodierna de chegar a resultados imediatos faz com que os agentes pastorais não tolerem facilmente tudo o que signifique alguma contradição, um aparente fracasso, uma crítica, uma cruz” (EG 82).

11 Viver a alegria de ser ministro ordenado
O que deve fazer o ministro ordenado viver alegre é a presença de Jesus Cristo em sua vida e a graça de poder comunicar Jesus Cristo e seu Evangelho em todos os lugares, e “nos lugares mais necessitados, como numa constante saída para as periferias do seu território ou para os novos âmbitos socioculturais” (EG 30). Para o papa Francisco, “a tentação se apresenta, frequentemente, sob forma de desculpas e queixas, como se tivesse que haver inúmeras condições para ser possível a alegria” (EG 7).

12 f) Mundanismo espiritual g) Individualismo h) Vanglória
Viver a alegria de ser ministro ordenado, vencendo as tentações. O papa Francisco enumera muitas delas a)Complexo de inferioridade b) O relativismo c) Comodismo c) Escapismo d) Desânimo e) Pessimismo f) Mundanismo espiritual g) Individualismo h) Vanglória I) Terrorismo das fofocas, invejas, ciúmes e antipatias Em todas essas tentações acima citadas, faz-se necessário o gesto de conversão presbiteral.

13 Viver a alegria de ser ministro ordenado
Os males do nosso mundo – e os da Igreja – não deveriam servir como desculpas para reduzir a nossa entrega e o nosso ardor. Vejamo-los como desafios para crescer (...). A nossa fé é desafiada a entrever o vinho em que a água pode ser transformada e a descobrir o trigo que cresce no meio do joio. (EG 84). Uma das tentações mais sérias que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre. Ninguém pode empreender uma luta, se de antemão não estiver plenamente confiado no triunfo. Quem começa sem confiança, perdeu de antemão metade da batalha e enterra os seus talentos (EG 85)

14 Viver a alegria de ser ministro ordenado
“Esta alegria é um sinal de que o Evangelho foi anunciado e está frutificando” (EG 21). E a Boa Nova “é a alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos”. Assim nasce a alegria no Bom Pastor que encontra a ovelha perdida e a reintegra no seu rebanho” (EG 237). Quando falta a alegria na vida do ministro ordenado, ele tende a se tornar às vezes tíbio em sua missão evangelizadora, ou outras vezes, violento e agressivo com o povo e todos os que dele tende se achegar.

15 Viver a alegria de ser ministro ordenado
Um ministro ordenado que não é feliz consigo mesmo, possivelmente, terá dificuldade em viver seu ministério com alegria e, consequentemente, terá dificuldade em pregar a Palavra de Deus com alegria e entusiasmo. A falta de alegria pode levar o presbítero a não preparar bem suas homilias, tendo dificuldade em trazer para os dias atuais a Palavra de Deus, a não querer se envolver com as causas, sofrimentos e dores do povo, a não buscar o crescimento como pessoa e como ministro ordenado, a não abrir o coração para caminhar com a Igreja, com os irmãos presbíteros, o povo e o bispo, a não se empenhar em se atualizar e dialogar com o mundo moderno. A alegria deve ser como um facho de luz a guiar e inspirá-lo em seu ministério: “Adapta-se e se transforma, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados” (EG 6).

16 Viver a alegria de ser ministro ordenado
Podemos dizer que o eco da alegria do ministro ordenado é a conversão do povo, apregoada nas parábolas mais bonita do Evangelho de Lucas: Alegria do pastor que encontrou a ovelha perdida (Lc 15,5); alegria que há no céu por um só pecador que se converte (Lc 15,7-10); alegria do pai cujo filho volta para casa são e salvo (Lc 15,32). É a alegria do encontro com Deus, no qual o homem se vê recriado no abraço deste encontro. É uma alegria que conduzirá o ser humano à alegria plena e definitiva (Jo 15,11;17,13). Esta alegria é uma alegria “de que o Evangelho foi anunciado e está a frutificar” (EG 21). É uma alegria que leva a anunciar o Evangelho com fervor e entusiasmo, com o coração aberto, alegre a todos. É uma alegria que leva o presbítero a experimentar a “alegria missionária de partilhar a vida com o povo fiel de Deus, procurando acender o fogo no coração do mundo” (EG 271). Tal deve ser esta característica que na falta dela os ministros ordenados devem, segundo o papa Francisco, pedir: “é uma graça que precisamos pedir” (EG 13).

17 Contribuição da Pastoral Presbiteral
A Pastoral Presbiteral tem sido um caminho para a conversão do ministro ordenado, contribuindo para que ele seja mais parecido com o “coração pulsante de Deus no hoje da história”. Assim, ela tem buscado ajudar o ministro ordenado a ser uma bênção para a comunidade, uma bênção para o povo de Deus, uma bênção para o irmão ordenado. Bênção aqui, no sentido de que não está só desejando o melhor para o povo ou o irmão ordenado, mas também atuando a seu favor. Através das mãos dos ministros ordenados nascem os novos cristãos, nascem as novas famílias, a comunidade é perdoada e alimentada com o pão da Palavra e da Eucaristia, recebe e fica repleta do Espírito Santo, é curada, nascem os novos ministros ordenados. Assim, a comunidade nasce, é renovada e iluminada com a luz do Evangelho de Cristo

18 Essência da Pastoral Presbiteral
Falar de Pastoral Presbiteral é falar de um caminho de bênção e de graças de Deus, nascido após o Concílio Vaticano II, nos Encontros Nacionais de Presbíteros do Brasil, a ser trilhado pelos ministros ordenados em vista a alcançar maior fraternidade e união e cumprirem bem sua missão. De certo modo, o surgimento da Pastoral Presbiteral assinala, de um lado, a deficiência das relações de cuidado entre bispo e presbitério. De outro, aponta para o crescimento da consciência do valor da fraternidade e união dos ministros ordenados, em vista da missão.

19 Nascimento da Pastoral Presbiteral
A Pastoral Presbiteral nasce como um sopro do Espírto Santo, algo que vem ajudando muito os presbíteros a perceberem toda grandeza que levam dentro de si, como diz a primeira carta de São João (2,20-27): “Vós, porém, tendes recebido a unção que vem do Santo, e todos possuís a ciência (...). Quanto a vós, a unção que recebeste dele permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa, assim como ela vos ensinou, permanecei nele”. Ela foi assumida nacionalmente pelos presbíteros do Brasil, no ano de 2004, no 10º Encontro Nacional de Presbíteros do Brasil. Ela quer ser um modo de cuidar do ministro ordenado.

20 Fontes da pastoral presbiteral
A pastoral presbiteral deve beber nas fontes da Palavra de Deus e dos sacramentos, especialmente da Eucaristia e Confissão, na oração pessoal e comunitária, na Liturgia das Horas, na devoção Mariana, na leitura espiritual, na direção espiritual, na vida em comunidade e no serviço aos pobres e sofredores

21 Fraternidade e união dos ministros ordenados, em vista da missão
a) Quanto à união, seguir por esse caminho implica em buscar ajudá-los a avançarem de uma união jurídica, isto é, pelo fato de, pelo sacramento da ordem terem a mesma missão e estarem no mesmo presbitério, para uma união sacramental, algo que brote do amor e da consciência de que são irmãos entre si. b) Quanto à fraternidade, seguir por esse caminho é avançar para saborear a graça que brota do sacramento da Ordem que não se resume em encontros, mas avança para acolher o outro tal como ele é, partilhando vida, dons e bens econômicos, sendo próximo uns dos outros. c) Quanto a missão, o ministro ordenado é chamado a levar a luz do Evangelho a todas a periferias geográficas e existenciais. “Em consequência disto, se quisermos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser missionários” (EG 272). Assim, a Pastoral Presbiteral quer qualificá-lo para dialogar com esse mundo, levando o Evangelho de Cristo a todos.

22 Fraternidade e união dos ministros ordenados, em vista da missão
A Pastoral Presbiteral, leva o sonho de promover sempre mais a fraternidade, a união e a comunhão entre os ministros ordenados, bem animá-los para a missão segundo o Evangelho de Cristo. Pois, tais indicações têm poder de curar, promover e fortalecer os vínculos interpessoais deles, construindo pontes, estreitando laços, animando cada um. Segundo o Papa Francisco, há outras coisas que precisam ser curadas pelo Evangelho de Cristo, tais como “o machismo”, o “alcoolismo”, a “violência”, o “mundanismo espiritual”. Quando esta cura acontece, os ministros ordenados podem mais facilmente saborear o ar puro do Espírito Santo (EG 69; 97)

23 Conversão eclesial O Concílio Vaticano II apresentou a conversão eclesial como a abertura a uma reforma permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo (...).  Há estruturas eclesiais que podem chegar a condicionar um dinamismo evangelizador; de igual modo, as boas estruturas servem quando há uma vida que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem ‘fidelidade da Igreja à própria vocação’, toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo” (EG 26). Para o papa Francisco a renovação eclesial é inadiável e coloca como eixo principal desta renovação a questão missionária. Se até então o eixo que guiava a Igreja era o da Evangelização, agora o eixo é também o da missão: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação” (EG 27). Tal renovação se torna necessária para poder “transmitir ao homem de hoje a mensagem evangélica no seu significado imutável” (EG 41).

24 Diocesaneidade João Paulo II, a ‘diocesaneidade’ da “qual os sacerdotes se unem mais estreitamente ao Bispo, e constituem um estado de consagração no qual os sacerdotes, mediante votos ou outros laços sagrados, são chamados a encarnar na vida os conselhos evangélicos” (Pastores Dabo Vobis, 81). “Nenhum sacerdote é sacerdote sozinho; nós somos um presbitério, e só nessa comunhão com o bispo é que cada um pode prestar o próprio serviço” (Bento XVI, discurso, 6 de agosto de 2008)

25 Diocesaneidade Alcançar tal ideal de cuidado, dentro da visão da Pastoral Presbiteral, implica também em avançar para cuidar do irmão ordenado, ajudando-o a viver a ‘diocesaneidade’. Tal cuidado abrange toda a vida do irmão, bem como a sua comunhão com a diocese, da qual ele faz parte. Desta comunhão ninguém está dispensado. A “diocesaneidade” é uma das maneiras dos ministros ordenados revitalizarem as paróquias é a vivência da ‘diocesaneidade’. Tal ‘diocesaneidade’ se manifesta em três situações bem concretas: no Amor à Igreja diocesana e comprometimento com ela, na fidelidade ao bispo e na Comunhão presbiteral.

26 Diocesaneidade O grande inimigo desta ‘diocesaneidade’, para o papa Francisco, são as fofocas: “As fofocas são o maior inimigo da ‘diocesaneidade’, isto é, da espiritualidade”. Assim, cuidar desta espiritualidade da ‘diocesaneidade’ é um modo de cuidar dos presbíteros e dos presbíteros cuidarem de si mesmos, do irmão presbítero, do bispo, de sua paróquia e do rebanho do Senhor. Para o Papa Francisco o centro da espiritualidade do padre diocesano está na ‘diocesaneidade’: “Mas onde está o centro da espiritualidade do clero diocesano? Eu diria que está na ‘diocesaneidade’. É ter a capacidade de abrir-se à ‘diocesaneidade’.

27 Conversão eclesial A sensibilidade eclesial se manifesta nas decisões pastorais e na elaboração de Documentos, nos quais, como diz o papa Francisco, “não devem prevalecer aspectos teóricos, doutrinais e abstratos, como se nossas orientações se dirigissem a estudiosos e especialistas, e não ao povo de Deus. Temos que traduzi-los em propostas concretas e compreensíveis” (68ª Assembleia da Conferência Episcopal Italiana, maio de 2015). A sensibilidade eclesial se revela concretamente na colegialidade e na comunhão entre os ministros ordenados, na comunhão entre as paróquias materialmente mais ricas e as que têm dificuldade e na humildade, compaixão, misericórdia, concretude e sabedoria com que, cada ministro ordenado assume sua missão de ser pastor junto ao povo de Deus.

28 Questões Como tenho visto a Pastoral Presbiteral e em que precisamos crescer nessa compreensão? Em que precisamos mais nos converter para vivermos a sensibilidade eclesial e diocesaneidade? Onde estão e quais têm sido as maiores alegrias dos ministros ordenados de nossa diocese?

29 Missão, objetivo e sonhos da Pastoral Presbiteral
Parte II Pastoral presbiteral Missão, objetivo e sonhos da Pastoral Presbiteral

30 Pastoral presbiteral nos documentos da Igreja
Sua implantação passou a fazer dos documentos da Igreja desde 2007: “As dioceses e Conferências Episcopais desenvolvam uma pastoral presbiteral que privilegie a espiritualidade específica e a formação permanente dos sacerdotes” (Dap 200) Tal inspiração para a criação da Pastoral Presbiteral nasceu dos impulsos e orientações do Concílio Vaticano II. O Decreto sobre a Vida e o Ministério dos Presbíteros, “Presbyterorum Ordinis”, apontava para a necessidade de um cuidado especial com a vida pessoal, a formação, a ação pastoral (PO 20), o sustento, a saúde (PO 20) e a providência social dos presbíteros: “ponham, pois, particular empenho na contínua formação do seu presbitério” (PO 7); “Proveja-se suficientemente tanto à previdência e assistência da saúde, como costuma dizer-se, como à devida sustentação dos presbíteros que se encontrem doentes, inválidos ou idosos.” (PO 21).

31 Pastoral presbiteral nos documentos da Igreja
A Pastoral Presbiteral seja implementada nas dioceses, através de um trabalho sistemático e organizado, com a formação de equipes e a elaboração de um plano. O bispo, com o seu presbitério, cuide para a vida e o ministério dos presbíteros sejam animados pela fraternidade presbiteral e pela caridade pastoral (DFPIB, 378) A Comissão Nacional dos Presbíteros do Brasil, com seus protagonistas, vem insistindo, encorajando e estimulando os ministros ordenados a se organizarem, criarem e dinamizarem a Pastoral Presbiteral, como um caminho de maior fraternidade e unidade, em vista da missão. O impulso maior foi dado no 10º Encontro Nacional de Presbíteros do Brasil.

32 Pastoral presbiteral nos documentos da Igreja
“O primeiro cuidado da pastoral presbiteral é motivar os presbíteros a serem como Jesus Cristo, o Bom-Pastor, vivendo e agindo como Ele, possibilitando uma maturação pessoal de modo que possam dedicar-se plenamente ao ministério de pastores que Deus e a igreja lhes confiam em prol das comunidades (Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, 369) O primeiro responsável pela Pastoral Presbiteral é o bispo. Quanto ao cuidado do presbítero, muitos perguntam: quem cuida dele? Segundo o Papa Francisco, os presbíteros são os mais próximos dos bispos: “os sacerdotes são o primeiro próximo do bispo – amai o próximo, mas ele é o primeiro próximo – colaboradores indispensáveis dos quais buscar conselhos e ajuda, dos quais cuidar como pais, irmãos e amigos (...). O tempo passado com o sacerdote nunca é perdido” (in Vigini, 2014, p. 70). Assim, os bispos são os primeiros cuidadores dos presbíteros, algo que está em sintonia com o Concílio Vaticano II: “Por causa desta comunhão no mesmo sacerdócio e ministério, os Bispos devem estimar os presbíteros, como irmãos e amigos, e ter a peito o bem deles, quer o material, quer, sobretudo o espiritual. Recai sobre eles, muito particularmente, a grave responsabilidade da santificação dos seus sacerdotes” (PO 8).

33 Pastoral presbiteral nos documentos da Igreja
A Pastoral Presbiteral é o cuidadoso acompanhamento pessoal e comunitário, integral e orgânico da igreja particular aos seus presbíteros, devendo neles estimular a alegria de serem discípulos missionário de Jesus Cristo, servidores do povo, segundo o Exemplo do Bom Pastor (DFPIB, 368) O ministro ordenado tem a missão de cuidar do povo de Deus, cuidar das pessoas na caminhada de fé, nas horas de provações, tristezas e angústias. Ele passa horas e horas a ouvir a partilha dos problemas de outros. Leva-lhes o conforto da palavra de Deus, dos sacramentos, da fé. Mas ele não está imune aos problemas físicos, emocionais e espirituais, não está livre das crises existenciais, dos desgastes da vida, das turbulências do cotidiano, da angústia, da solidão, do silêncio, do fracasso, das noites do espírito! Embora ele seja, muitas vezes, um herói, sente a própria fraqueza e, como qualquer outro ser humano, tem necessidade de conforto, de presença, de cuidados.

34 Objetivo da pastoral presbiteral
Podemos dizer que seu grande objetivo é sustentar o ministro ordenado em sua vocação. Desta forma, participar da Pastoral Presbiteral é abrir-se para a perseverança na missão e no seguimento de Jesus Cristo. Seu objetivo maior é o cuidado do ministro ordenado em todas as dimensões: humano-afetiva, pastoral, intelectual e espiritual, proporcionando condições para sua própria realização humana e vocacional, ajudando-o em sua configuração com Cristo Bom Pastor.

35 Missão da pastoral presbiteral
A Pastoral Presbiteral fomente no presbítero a unidade com a sua diocese, o autoconhecimento, a maturidade humano-afetiva e oblativa de sua sexualidade como celibatário, o exercício do poder e da autoridade como serviço, o uso do dinheiro e dos bens como meio de partilha e comunhão. (Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, 371) Trabalhar a cultura do encontro – Segundo o papa Francisco: “É um trabalho lento e árduo que exige querer integrar-se e aprender a fazê-lo até se desenvolver uma cultura do encontro numa harmonia pluriforme” (EG 220).

36 Missão da pastoral presbiteral
Motivar os ministros ordenados “a serem como Jesus Cristo, o Bom Pastor, vivendo e agindo como Ele, possibilitando uma maturação pessoal, de modo que possam dedicar-se plenamente ao ministério de pastores que Deus e a Igreja lhes confiam em prol das comunidades” (CNBB, doc. 93, 369) A Pastoral Presbiteral é chamada a ajudar o ministro ordenado a vivenciar a experiência de filiação divina, para que possa melhor encarnar as atitudes de Jesus, o Bom Pastor.

37 Missão da pastoral presbiteral
b) Ajudar os ministros ordenados a viverem o amor e no amor. Nesta missão de favorecer os ministros ordenados para que possam viver o amor e no amor, viver unidos, está a consciência de que a comunhão é parte essencial da sua missão. Desta comunhão depende a eficácia da missão: “Que sejam um para que o mundo creia” (Jo 17,21).

38 c) Proporcionar o bem-estar do ministro ordenado.
Missão da pastoral presbiteral c) Proporcionar o bem-estar do ministro ordenado. Muitos relatam seus medos e inseguranças quanto ao futuro, à velhice, à doença, à solidão, às questões afetivas. Aí está a terceira missão da Pastoral Presbiteral, amparar os ministros ordenados nas situações de desamparo e cuidar para que eles estejam bem, pois não se pode fazer o bem, se não estiver bem. Assim, é necessário cultivar e manter a saúde integral, saúde física, psíquica e afetiva do ministro ordenado, bem como sua segurança quanto ao futuro, para que seu ministério possa produzir bons frutos.

39 Missão da pastoral presbiteral
d) Ser um espaço de conforto, proteção, sustento, amparo, carinho, compreensão, aceitação - o abraço de Deus para ministro ordenado. O ministro ordenado não está imune aos problemas físicos, emocionais e espirituais, não está livre das crises existenciais, dos desgastes da vida, das turbulências do cotidiano, da angústia, da solidão, do silêncio, do fracasso, das noites do espírito, das fraquezas afetivas! Embora ele seja, muitas vezes, um herói, sente a própria fraqueza e, como qualquer outro ser humano, tem necessidade de conforto, de presença, de cuidados.

40 Missão da pastoral presbiteral
e) Ser lugar de acolhida do irmão ordenado, aproximando-se dele para ajudá-lo a “arranjar o coração” e trabalhar para diminuir as distâncias entre si e as distância com relação aos superiores. Tal missão não é tão simples assim. Já no “Pequeno Príncipe”, a raposa falara disso ao principezinho, quando a respeito da importância de “arranjar o coração” ele estava descobrindo que as “coisas” simples são as mais belas, mas também as mais difíceis. Acolher o outro parece ser uma coisa fácil, bela e simples, mas muito difícil, bem como diminuir as distâncias não é tão fácil. Neste sonho está o desejo de ajudar os ministros ordenados a vencerem os vícios de uma estrutura por demais vertical, monárquica, que, às vezes, leva o ministro a ser subserviente em relação ao bispo, autoritário com os leigos e pouco irmão com os outros irmãos da diocese.

41 Missão da pastoral presbiteral
Com ralação ao bispo e ao irmão presbítero, segundo o Papa Francisco, esta relação, embora possa não ser fácil, mas é necessário cuidado: “colocar-se de acordo com o Bispo não é sempre fácil, pois um pensa de uma maneira e outro de outra, mas se pode discutir... e se discute! E se pode fazer a alta voz? Faça-se! Quantas vezes um filho com o seu pai discute e no final permanecem sempre pai e filho. Todavia, quando nestas duas relações, quer com o Bispo quer com o presbítero, entra a diplomacia, não tem o Espírito do Senhor, porque falta o espírito de liberdade” (Papa Francisco). A missão da Pastoral Presbiteral é cuidar para que esta relação do presbítero tanto com o bispo quanto com o irmão presbítero e com o diácono seja saudável, harmoniosa, prazerosa, fraterna e fortificadora no dia a dia do seu ministério.

42 f) Cuidar da formação permanente de todo ministro ordenado.
Missão da pastoral presbiteral f) Cuidar da formação permanente de todo ministro ordenado. A formação permanente visa ajudar os ministros ordenados a servirem e servirem bem, pois não basta somente servir. Ela é uma resposta aos desafios eclesiais, culturais, sociais, os quais os ministros ordenados enfrentam. Tal formação deve ter em conta o contexto atual, favorecendo desta maneira a inserção do ministro ordenado na realidade concreta do povo. Visa também manter o ministro ordenado atualizado na análise crítica da realidade social.

43 Missão da pastoral presbiteral
g) Ajudar os irmãos ordenados a buscarem, além do justo descanso e diversão, o acompanhamento de modo especial dos novos irmãos, dos enfermos e dos idosos e acompanhar de modo especial aqueles que enfrentam algum tipo de problema. A Pastoral Presbiteral é chamada a ajudar os ministros ordenados a melhor refletirem o rosto do Bom Pastor, iluminando o mundo com a luz do Evangelho de Cristo, sendo “pérolas nas mãos de Deus no hoje da história”.

44 Sonhos da Pastoral Presbiteral
a) Abranger os ministros ordenados seculares e religiosos atuantes nas paróquias e que fazem parte da diocese; b) Proporcionar a todos os ministros ordenados condições para a própria realização humana e vocacional, ajudando-os na missão de configurar-se ao Cristo Bom Pastor e garantindo sua saúde física, psíquica e afetiva; c) Proporcionar meios para a formação nas diversas dimensões da vida e missão do ministro ordenado: Humano-afetiva, Espiritual, Intelectual, Pastoral e Missionária;

45 Sonhos da Pastoral Presbiteral
f) Capacitar os ministros ordenados para tomarem decisões responsáveis e duradoras; g) Incentivar experiências de vida fraterna entre os ministros ordenados e, especialmente, formar comunidades fraternas nas dioceses; h) Cultivar uma verdadeira espiritualidade que dê sentido e vigor ao agir pastoral dos ministros ordenados, uma espiritualidade madura que garanta fecundidade, gratuidade e autenticidade no ministério ordenado;

46 Sonhos da Pastoral Presbiteral
d) Dar atenção à necessidade do justo descanso e divertimento dos ministros ordenados, o acompanhamento de modo especial dos novos ministros ordenados, dos enfermos e dos idosos. Tal acompanhamento de modo especial àqueles que enfrentam algum tipo de problema; e) Incentivar a Fraternidade Presbiteral, os grupos de espiritualidade e agir em parceria com a pastoral vocacional;

47 Sonhos da Pastoral Presbiteral
I) Promover a espiritualidade da caridade pastoral, da fraternidade e da solidariedade no discernimento das exigências do Reino de Deus; j) Estar atenta ao processo de constante conversão e à busca por recriar a missão, estimulando os ministros ordenados a investirem na formação intelectual;

48 Sonhos da Pastoral Presbiteral
l) Ajudar os ministros ordenados, enquanto servidores do Povo de Deus, a se fortalecerem em sua espiritualidade, crescendo no amor pelos pobres; m) Entusiasmar todos os ministros ordenados para participarem com entusiasmo da Pastoral Presbiteral;

49 Sonhos da Pastoral Presbiteral
n) Colaborar na formação dos futuros ministros ordenados. Junto com o bispo deve ajudar na escolha dos formadores e trabalhar juntos com eles na formação dos futuros ministros ordenados (DFPIB, 381). o) Elaborar planos de formação diocesana, regional e nacional para o desenvolvimento da Pastoral Presbiteral a curto, médio e longo prazo.

50 Questões Como vejo a Pastoral Presbiteral?
Quais os maiores entraves para a sua implantação e como superá-los? Quais aspectos da vida do ministro ordenado que mais necessitam da ação da Pastoral Presbiteral? Como organizá-la e dinamizá-la em nossa Igreja Local?

51 Parte III Pastoral presbiteral Eixos da Pastoral Presbiteral

52 A pastoral presbiteral e a fidelidade no ministério
A ligação fraterna tem um lugar especial na história do povo de Deus, que recebe a sua revelação no vivo da experiência humana. Além da fidelidade no ministério, fidelidade na missão, devemos buscar ser fieis no cuidado do irmão ordenado. Quando abandonei meu irmão ordenado? O senhor pergunta a nós: cadê teu irmão? “Sabemos que quando a relação fraterna se arruína, quando se arruína as relações entre irmãos, se abre o caminho a experiências dolorosas de conflito, de traição, de ódio. A passagem bíblica de Caim e Abel constitui o exemplo deste êxito negativo. Depois do assassinato de Abel, Deus pergunta a Caim: “Onde está Abel, o teu irmão?”(Gen 4,9a). É uma pergunta que o Senhor continua a repetir a cada geração. E, infelizmente, não cessa de se repetir também a dramática resposta de Caim: “Não sei. Sou talvez eu o protetor do meu irmão?” (Gen 4,9b).  A quebra do vínculo entre irmãos é uma coisa bruta e má para a humanidade (Catequese do Papa Francisco sobre os irmãos - 18/02/15 )

53 Texto bíblico inspirador e iluminador da Pastoral Presbiteral
Nos Atos dos Apóstolos, encontramos a inspiração para a organização da Pastoral Presbiteral sobre a mística do cuidado: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como guardiões, como pastores” (At 20,28).

54 Eixos da pastoral presbiteral
a) O cuidado de si: favorecer os cuidadores no cuidado de si; b) O cuidado da comunidade: favorecer os cuidadores no cuidado da comunidade; c) O cuidado do Reino de Deus: favorecer os cuidadores no cuidado do Reino de Deus; d) O cuidado da questão do pertencimento: favorecer os cuidadores na vivência do pertencimento.

55 “Cuidai de vós mesmos” (At, 20,28).
O cuidar de si mesmo significa qualificar-se bem, atualizar-se, ser competente naquilo que faz, cuidar da saúde, buscar o descanso semanal, saber tirar férias e se aposentar quando chegar a idade avançada, cultivar amizades, ter vida pessoal de oração, estar atento aos sinais dos tempos. Significa outrossim buscar ter boa qualidade de vida, o que implica cuidar bem de alguns pilares, como do corpo físico e mental; da questão profissional e do futuro; dos laços familiares, das amizades e dos relacionamentos; e cuidado da vida espiritual. Segundo William Castilho Pereira (2012) os ministros ordenados podem ser afetados pela Síndrome de Burnout (Sofrimento psíquico), algo que tende a se desenvolver lenta e silenciosamente por um longo período.

56 “Cuidai de vós mesmos” (At, 20,28).
Na questão do cuidado de si, a Pastoral Presbiteral se apresenta para o ministro ordenado como um oásis, uma fonte de revitalização da sua vocação, um espaço de conversão, um caminho para o ministro ordenado alcançar o ideal: ser uma “pérola nas mãos de Deus no hoje da história”. Ao melhorar o cuidado de si, o ministro ordenado pode mais facilmente ser a porta da salvação para o povo de Deus, atendendo melhor suas necessidades, cativando-os para Cristo; pode mais facilmente ser uma grande árvore forte e resistente a proteger e oxigenar com o Evangelho de Cristo a vida das pessoas, sendo um lugar de descanso, embelezando o mundo e alimentando a todos.

57 Cuidado do Rebanho O cuidado de si e do rebanho devem ser inseparáveis na vida do ministro ordenado: “Pois se alguém não sabe governar (cuidar) bem a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?” (1Tm 3,5); “Se alguém não cuida bem dos seus, e sobretudo dos de sua própria casa, renegou a fé e é pior do que um incrédulo” (1Tm 5,8). Cuidar bem do rebanho do Senhor é como que uma dívida que todo ministro ordenado contrai em sua ordenação. E tal cuidado deve ser parecido com o cuidado de Jesus, um cuidado contextualizado, promocional, transformador, curador e libertador. É no cuidado do rebanho do Senhor que o ministro ordenado pode, mais facilmente, ser o que de fato ele é chamado a ser um homem de Deus e alguém que transmite Deus: “Pois, a única riqueza, que o povo de Deus espera encontrar no ministro ordenado, é Deus” (Bento XVI).

58 Cuidado do Rebanho Quanto ao cuidado do rebanho do Senhor, a Pastoral Presbiteral vem desempenhando uma missão profética de convidar todo ministro ordenado à conversão, a abertura do seu coração aos novos sinais dos tempos, a deixar ser guiado pela luz do Espírito Santo no hoje da história; como também vem desafiando os ministros ordenados ao crescimento, à busca de novos caminhos para a ação evangelizadora e missionária e à melhor qualificação, o que inclui sólida educação e formação através de palestras, cursos, debates, reuniões, intercâmbio de experiências, informação através de artigos e matérias na sua especialidade e área de atuação. Na questão do cuidado do rebanho do Senhor, sabemos que ainda temos um grande caminho a percorrer, pois temos tido grandes omissões e lacunas nas ações de cuidado, fruto de um modelo de Igreja anterior ao Concílio Vaticano II, no qual se polarizaram algumas atitudes de cuidado em detrimento de outras.

59 Cuidado do Reino de Deus
Os ministros ordenados devem ser capazes de motivar as pessoas para fazer parte do Reino de Deus. Segundo o Papa Francisco, é o Reino que nos chama (EG ). Tal missão vai além das pastorais e movimentos, vai além da comunidade paroquial e da diocese, chegando a todos os povos, a todas as periferias geográficas e existenciais. Todo ministro ordenado deve ser um apaixonado pelo Reino do Senhor: “A missão é uma paixão por Jesus, e simultaneamente uma paixão pelo seu povo” (EG 268). Sem esta paixão pelo Reino, paixão pela evangelização e missão, paixão por Cristo e seu povo, fica muito difícil cuidar do rebanho do Senhor, fica difícil despertar homens e mulheres, jovens, crianças e idosos, ricos e pobres para o seguimento de Cristo.

60 Cuidado do Reino de Deus
Na questão do cuidado do Reino de Deus e sua implantação, motivando as pessoas para fazerem parte desse Reino, a Pastoral Presbiteral vem trabalhando a consciência missionária dos ministros ordenados, para que não se contentem em ser mero administrador, mas realmente missionário que busque os distantes; vem convidando os ministros ordeanados a caminharem pelo caminho da misericórdia, da acolhida, do profetismo e do heroísmo, do desbravar novos horizontes e caminhos de evangelização e construção do Reino de Deus. No cuidado na implantação do Reino de Deus, é preciso muito discernimento para que não ocorra do ministro ordenado acabar empobrecendo o Reino de Deus. Para evitar isso, é mister que o ministro ordenado tenha os olhos fixos em Jesus

61 Cuidado da questão do ‘pertencimento’ ao presbitério
Sem consciência de pertencimento, consciência da “diocesaneidade”, não é possível renovar o clero numa perspectiva missionária. Pois, com ministros ordenados vivendo no isolamento, levando uma vida aburguesada, sem nenhuma abertura ao diálogo e à correção fraterna, sem consciência de pertencimento, torna-se quase impossível qualquer trabalho da Pastoral Presbiteral. Alcançar a consciência de pertencimento é alcançar a consciência de que não basta ser ministro ordenado, mas é necessário viver como ministro ordenado. E viver como ministro ordenado num presbitério, com o espírito da ‘diocesaneidade’.

62 Cuidado da questão do ‘pertencimento’ ao presbitério
A Pastoral Presbiteral é algo dos ministros ordenados e que nasceu em seu meio. Fazer parte da Pastoral Presbiteral já significa buscar crescer na consciência do pertencimento. Assim, o ministro ordenado que não aceita fazer parte da Pastoral Presbiteral, de certa forma, pode estar assinalando seu orgulho próprio, ou fechamento, ou falta de consciência da riqueza que ela pode ser para sua vida e ministério, falta de consciência do é ser alguém ordenado. Ao ministro ordenado crescendo na consciência do pertencimento, naturalmente haverá um crescimento na questão da colegialidade presbiteral. O crescimento na consciência de pertencimento favorece para que os ministros ordenados possam mais facilmente saborear a fraternidade que brota do sacramento da Ordem

63 João 21, 1-23 A Pastoral Presbiteral e a fraternidade presbiteral a) Estar junto e partilhar a realidade b) Escuta da Palavra de Deus e mudança no jeito de lançar as redes - conversão presbiteral c) O convite para a partilha e o tomar a refeição em comum d) A mudança nas relações - centralidade do amor como condição para o seguimento – Caridade pastoral A Pastoral Presbiteral, seguindo estas indicações do texto bíblico citado acima, leva o sonho de promover sempre mais a fraternidade, a união e a comunhão entre os ministros ordenados, bem como animá-los para a missão segundo o Evangelho de Cristo. Pois, tais indicações têm poder de curar, promover e fortalecer os vínculos interpessoais deles, construindo pontes, estreitando laços, animando cada um a carregar as cargas uns dos outros.

64 Estar junto e partilhar a realidade
Ir ao encontro do outro. Este é o caminho da Pastoral Presbiteral. No cuidado do ministro ordenado, deve estar a “preocupação pelo outro”, algo que possibilita ir ao encontro deste outro. O “nosso tempo” parece, mais do que nunca, carente deste sentido do cuidar. Um ministro ordenado, quando vai ao encontro do outro, demonstra ter amor e preocupação por este outro, como demonstrou Jesus no texto citado acima. É amor que leva os ministros ordenados a saírem de si para irem em direção aos outros. Sem este amor fica difícil estar junto com o outro e partilhar de sua realidade. Este é um primeiro sonho da Pastoral Presbiteral: ajuntar os ministros odenados e organizá-los.

65 Escuta da Palavra de Deus e mudança no jeito de lançar as redes - conversão presbiteral
Todavia, se não se detém com sincera abertura a escutar esta Palavra, se não deixa que a mesma toque a sua vida, que o interpele, exorte, mobilize, se não se dedica tempo para rezar com esta Palavra, então na realidade será um falso profeta, um embusteiro ou um charlatão vazio” (EG 151). Assim, é necessário que a Palavra de Deus fecunde radicalmente a vida dos ministros ordenados. Através da Pastoral Presbiteral os ministros ordenados devem deve ser convidados a esta escuta serena e reconfortante da Palavra de Deus. Este é o segundo sonho da Pastoral Presbiteral: ajudar os ministros a serem pessoas encharcadas da Palavra de Deus, convertido a Cristo e ao seu Evangelho.

66 O convite para a partilha e o tomar a refeição em comum
Os ministros ordenados são convidados a saborearem a fratrenidade presbiteral que brota do sacramento da ordem. Na fraternidade presbiteral, os ministros ordenados aprendem a respeitar o outro com suas diferenças, fazendo crescer o amor. A falsa amizade entre os ministros ordenados mina o ministério, destrói a alegria de viver, bem como elimina as relações fraternas. Um ministro ordenado que saiba ser fraterno, naturalmente será um alguém saudável. Segundo o Papa Francisco, o que nos cura “é uma fraternidade mística” (EG 92). O papa Francisco lamenta a falta de fraternidade entre os ministros ordenados: “Dentro do povo de Deus e nas diferentes comunidades, quantas guerras! ” (EG 98)

67 A mudança nas relações - centralidade do amor como condição para o seguimento – Caridade pastoral
A Pastoral Presbiteral deve trabalhar a questão do amor entre os ministros ordenados, amor este que fortalece, anima, ilumina, transforma, consola e os une Trabalhar, pois, em favor da caridade pastoral é unir as forças daqueles que abraçaram o ministério ordenado para que, mediante o cultivo da caridade nas relações humanas, consigam viver de forma mais respeitosa, humanitária e fraterna.

68 Caridade pastoral É na caridade pastoral que está o rosto do ministério ordenado. Ela deve ser central da vida dos ministros ordenados. A caridade pastoral é o amor com qual os ministros ordenados vivem o amor fraterno de Cristo Jesus. Assim, a caridade pastoral é o amor de Jesus visível entre os ministros ordenados. Desta forma, o cuidado um com o outro deve ser meio para exercer a caridade pastoral. Este dom é recebido na ordenação. A caridade pastoral, que se traduz em cuidado uns com os outros, tende a gerar confiança entre os ministros ordenados, tendo o poder de despertar em cada um o melhor de si mesmo.

69 A Pastoral Presbiteral e a fraternidade presbiteral
Na fraternidade presbiteral o presbítero aprende a respeitar o outro com suas diferenças, fazendo crescer o amor. A falsa amizade entre os presbíteros minam a vida presbiteral, a alegria de viver e destroem as relações fraternas. A fraternidade presbiteral trabalhada pela Pastoral Presbiteral quer ajuda a vencer essas questões entres os presbíteros. Um ministro ordenado que saiba ser fraterno, naturalmente será um alguém saudável. Segundo o Papa Francisco, o que nos cura “é uma fraternidade mística” (EG 92).

70 A Pastoral Presbiteral e a fraternidade presbiteral
A fraternidade presbiteral não deve se resumir em encontros, mas em avançar para acolher o outro tal como o outro é; avançar para a partilha da vida; avançar para a partilha financeira dos bens econômicos – Transferência de caixa no entorno da paróquia e entre as paróquias

71 O presbítero e a pastoral presbiteral
O presbítero que não aceita fazer parte da pastoral presbiteral, de certa forma, pode estar assinalando seu orgulho próprio, ou fechamento, ou falta de consciência que só será reconhecido como discípulos do Senhor se tiver amor uns pelos outros (Jo 13,35).

72 O presbítero no mistério da Trindade
Não há como falar de fidelidade presbiteral a não ser em comunhão Trinitária. O presbítero vem da Trindade, vive da Trindade e vai para a Trindade - O clericalismo e individualismo presbiteral peca teológica e pastoralmente diante do ministério Trinitário.

73 A Pastoral Presbiteral e humanização do presbítero
A Pastoral Presbiteral, na linha da humanização das relações presbiterais, deve trabalhar, também, para que diminua a discriminação entre os presbíteros, evitando a discriminação por cor, estudo, posição, função, título, antipatia etc. Assim, a Pastoral Presbiteral deve ser um espaço de maior humanização nas relações presbiterais, evitando as ironias, o desprezo e as divisões entre eles.

74 A Pastoral Presbiteral e humanização do presbítero
Ainda, na questão da humanização dos presbíteros católicos, sabemos que muitos deles perderam seu amor pela humanidade e, com isso, acabam amando mais o poder, a ostentação, o luxo, as aparências, os primeiros lugares e o tradicionalismo. Muitos até ocupam cargos representativos dentro da hierarquia da Igreja Católica, mas não são mais capazes de se compadecerem dos pobres, dos injustiçados, outros estão agarrados ao tradicionalismo, outros ao poder ou ao luxo e outros estão fechados à mudança de época em que vivemos. Com isso, acabam entrando na lógica do mundo ou não contribuindo para que o mundo seja melhor, seja a casa de Deus. Reverter essa questão exige conversão.

75 Fruto da Pastoral Presbiteral
Fruto da Pastoral Presbiteral é o incentivo para os presbíteros não formarem somente um grupo de trabalho, mas uma verdadeira comunidade. Cuidar da Pastoral Presbiteral é cuidar para que os presbíteros possam dar o melhor de si mesmos, sendo amigos de Jesus Cristo e irmãos entre si.

76 Questões Como cuidar melhor de nossos ministros ordenados? Que ações ainda precisamos desenvolver dentro da Pastoral Presbiteral? Com vem acontecendo a fraternidade e a unidade entre os ministros ordenados de nossa diocese? Em que precisamos crescer? Onde estão nossas maiores feridade e como a Pastoral Presbiteral pode favorecer em sua cura?

77 Projeto da Pastoral Presbiteral
Parte IV Pastoral presbiteral Projeto da Pastoral Presbiteral

78 Fruto da Pastoral Presbiteral
Fruto da Pastoral Presbiteral é o incentivo para os presbíteros não formarem somente um grupo de trabalho, mas uma verdadeira comunidade. Cuidar da Pastoral Presbiteral é cuidar para que exista um “colo de mãe” na diocese, mãe de coração aberto.

79 Projeto da Pastoral Presbiteral
A Pastoral Presbiteral é um sonho que vem sendo lentamente trabalho entre os ministros ordenados. Ela é definida como cuidado-acompanhamento, pessoal e comunitário, integral e orgânico que uma Igreja particular oferece aos seus pastores, para que estes se sintam cuidados e vivam como pessoas, conheçam Jesus Cristo, sejam como Ele, vivam e ajam como Ele, de modo que possam dedicar-se plenamente ao ministério de pastores que Deus e a Igreja lhes confiaram em prol da comunidade. A primeira e fundamental atitude para se organizar a Pastoral Presbiteral é a elaboração de um projeto. Não há uma concepção única acerca do projeto de Pastoral Presbiteral, isso vai depender de cada diocese e de cada ministro ordenado.

80 Projeto da Pastoral Presbiteral
Seguindo um roteiro básico, no projeto devem aparecer os objetivos, as justificativas, a missão, as ações e metas a serem alcançadas. Tal projeto deve ser avaliado a cada ano e renovado em suas ações e metas de acordo com as mudanças e necessidades do bispo, presbíteros e diáconos desta Igreja Local. O projeto de Pastoral Presbiteral é de suma importância, sendo o primeiro passo para a transformação, revitalização e crescimento de nossos ministros ordenados. Uma vez havendo o projeto, os outros passos naturalmente irão sendo dados, sobretudo na conversão de nossos ministros ordenados.

81 Projeto da Pastoral Presbiteral
a) Abranger os ministros ordenados seculares e religiosos atuantes nas paróquias e que fazem parte da diocese; b) Proporcionar a todos os ministros ordenados condições para a própria realização humana e vocacional, ajudando-os na missão de configurar-se ao Cristo Bom Pastor e garantindo sua saúde física, psíquica e afetiva; c) Proporcionar meios para a formação nas diversas dimensões da vida e missão do ministro ordenado: Humano-afetiva, Espiritual, Intelectual, Pastoral e Missionária;

82 Projeto da Pastoral Presbiteral
d) Dar atenção à necessidade do justo descanso e divertimento dos ministros ordenados, o acompanhamento de modo especial dos novos ministros ordenados, dos enfermos e dos idosos. Tal acompanhamento de modo especial àqueles que enfrentam algum tipo de problema; e) Incentivar a Fraternidade Presbiteral, os grupos de espiritualidade e agir em parceria com a pastoral vocacional; f) Capacitar os ministros ordenados para tomarem decisões responsáveis e duradoras;

83 Projeto da Pastoral Presbiteral
g) Incentivar experiências de vida fraterna entre os ministros ordenados e, especialmente, formar comunidades fraternas nas dioceses; h) Cultivar uma verdadeira espiritualidade que dê sentido e vigor ao agir pastoral dos ministros ordenados, uma espiritualidade madura que garanta fecundidade, gratuidade e autenticidade no ministério ordenado; i) Promover a espiritualidade da caridade pastoral, da fraternidade e da solidariedade no discernimento das exigências do Reino de Deus;

84 Projeto da Pastoral Presbiteral
j) Estar atenta ao processo de constante conversão e à busca por recriar a missão, estimulando os ministros ordenados a investirem na formação intelectual; l) Ajudar os ministros ordenados, enquanto servidores do Povo de Deus, a se fortalecerem em sua espiritualidade, crescendo no amor pelos pobres; m) Entusiasmar todos os ministros ordenados para participarem com entusiasmo da Pastoral Presbiteral;

85 Projeto da Pastoral Presbiteral
o) Colaborar na formação dos futuros ministros ordenados. Junto com o bispo deve ajudar na escolha dos formadores e trabalhar juntos com eles na formação dos futuros ministros ordenados (DFPIB, 381). p) Elaborar planos de formação diocesana, regional e nacional para o desenvolvimento da Pastoral Presbiteral a curto, médio e longo prazo.

86 Questões O que já existe de projeto da Pastoral Presbiteral em nossa diocese? Quais dimensões ainda precisam ser trabalhadas pela Pastoral Presbiteral? Com articular a Pastoral Presbiteral de modo que ela possa alcançar todos os ministros ordenados, seminaristas e o povo de Deus? Dinâmica: Procurar ser “colo de mãe” para um irmão ordenado

87 Ser um presbítero-pastor
Parte V Pastoral presbiteral Ser um presbítero-pastor

88 Missão da Pastoral Presbiteral
A grande missão da Pastoral Presbiteral é criar um ambiente propício de reconhecimento de todos os ministros ordenados. Tal reconhecimento tem poder de potencializá-lo para que possam dar o melhor e o máximo de si

89 Olhos da fé para ver os tesouros escondidos em cada ministro ordenado
Cada ministro ordenado é uma “pérola nas mãos de Deus” e leva dentro de si uma grande riqueza. Muitas vezes os irmãos ordenados ou membros do povo de Deus não veem nele essa imagem. Quando isso acontece, a vida deste irmão ordenado pode ficar ofuscada e ele não ter a oportunidade de revelar toda a riqueza que Deus plantou nele. Cada irmão ordenado, certamente, tem suas peculiaridades, suas ‘pérolas’, algo que constitui uma autêntica riqueza, na medida em que são colocadas ao serviço de todos. Desta forma, devemos criar, em nosso meio, um clima propício para que cada um possa mais facilmente manifestar seus dons e talentos, suas peculiaridades, suas ‘pérolas’.

90 Olhar na mesma direção, somar forças
Aqui reside o desafio maior da Pastoral Presbiteral: ajudar cada ministro ordenado a olhar na mesma direção e caminhar para lá. É preciso olhar e desinstalar-se, dar passos sintonizados, somar forças. A sabedoria está em: “Não lutar nem caminhar sozinho, não abandonar o irmão nem deixá-lo que desista de dar um pouco de si. Pois já diz o provérbio: ‘A união faz a força’”.

91 Permanente processo de conversão
Ninguém, no Cristianismo, pode ensinar sem submeter-se a um processo permanente de conversão. O estilo do papa Francisco serve de exemplo para muitos ministros ordenados na questão da conversão, recobrando o encanto dos anos de juventude, mudando, se necessário, de “chip”, mudando de direção.

92 Presbítero-pastor Um presbítero-pastor é aquele que assume a arte de ensinar, de transmitir os conhecimentos da fé numa nova linguagem e expressões atuais e de celebrar os sacramentos e anunciar a Palavra de Deus, atento e aberto às diversas expressões culturais, sendo um misto de carisma, amizade e companheirismo com o povo, alguém ímpar, alguém cheio de fé e de sonhos, capaz de dividir com os seus um pouco de sua história de vida, que procura ser íntimo de Deus e estar perto, junto, no meio do povo de Deus. O presbítero-pastor é aquele que se deixa ser interpelado pelo mundo, sabendo “que ele mesmo deve crescer na compreensão do Evangelho e no discernimento das sendas do Espírito, e assim não renuncia ao bem possível, ainda que corra o risco de sujar-se com a lama da estrada” (EG 45); é aquele que se torna capaz de falar ao coração dos homens e mulheres de hoje, “apontando para as realidades do céu”.

93 Presbítero-pastor Falar de um presbítero-pastor é falar de alguém que é ordenado não só para ser presbítero, mas para ser também pastor misericordioso, caridoso, missionário, um homem do testemunho do amor de Deus, o “coração pulsante de Deus no mundo”. É pelo pastoreio que melhor o presbítero consegue exercer o coração materno da Igreja. Para o papa Francisco, “Assim como todos gostamos que nos falem na nossa língua materna, assim também, na fé, gostamos que nos falem em termos da ‘cultura materna’, em termos do idioma materno (cf. 2 Mac 7, 21.27), e o coração se dispõe a ouvir melhor” (EG 139). Para que o presbítero possa compreender isso, é preciso que ele aprenda a olhar as pessoas com os o olhar do Bom Pastor, “que não procura julgar, mas amar” (EG 125).

94 Presbítero-pastor Ser um presbítero-pastor é ser como pai que sabe ouvir, cuidar e orientar os filhos. Afinal ser presbítero é ser pai, e como os seres humanos estão carentes desta figura. Assim, ser um presbítero-pastor é ser exemplar como foi Jesus, isto é, um presbítero bom, nobre, que se importa com as ovelhas, que dá a vida por elas e que reúne também as ovelhas de outros lugares, como fez Jesus. Dar a vida significa empenhar-se pelas ovelhas. O presbítero-pastor não se ocupa apenas com as ovelhas que já estão perto, mas ele quer abranger todas. Sua fonte de forças para poder empenhar-se pelas ovelhas é o amor de Jesus. O presbítero-pastor é aquele se sente amado por Deus, vive a comunhão com Deus e ama as ovelhas de Deus a ponto de dar a vida por elas.

95 Presbítero-pastor Os presbíteros, como pastores, têm a missão de fazer resplandecer a Igreja não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Como o papa Francisco, mais incessantemente estão sendo chamados a serem pastores que se dirijam às periferias existenciais do mundo, levando a Boa Nova do Evangelho de Cristo. O presbítero-pastor é aquele que se torna capaz de falar ao coração dos homens e mulheres de hoje; que é capaz de lidar com estruturas eclesiais que chegam a condicionar o dinamismo evangelizador, buscando boas estruturas que servem a vida, que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem ‘fidelidade da Igreja à própria vocação’, toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo” (EG 26).

96 Considerações finais A Pastoral Presbiteral quer ser um lugar e um espaço de cuidado dos presbíteros, possibilitando-os ser capazes de se colocar como ponte entre o passado e o futuro, entre a tradição e os valores do mundo moderno, entre a tradição e o terror das transformações, favorecendo o clima de partilha, de união e fraternidade deles entre si e com o bispo.

97 Considerações finais A Pastoral Presbiteral se apresenta assim como um sinal dos tempos, sendo um convite a sentar-se à mesa juntos, discutir os projetos e repropor um novo modo de seguimento de Jesus Cristo, baseado no amor (Jo 21, 1-23).

98 Considerações finais A espinha dorsal do cuidado presbiteral, numa diaconia de seguimento de Jesus Cristo, manifesta-se: no cultivar a bondade, tendo no coração os mesmos sentimentos de Cristo; em se deixar guiar pelo Espírito Santo, acolhendo as pessoas como dons de Deus; em ter serenidade para ouvir com atenção e abertura de coração os sinais dos tempos; manifesta-se em buscar restaurar o primeiro amor, servir a Deus na pessoa dos irmãos e irmãs, cultivar a gratuidade, formar grupos de crescimento, ter abertura para incorporar o ‘novo’, buscar auxílio para superar as dificuldades, acolher os peregrinos.

99 Sair para levar a unção que vem de Deus (Dinâmica final)
“Vós, porém, tendes recebido a unção que vem do Santo, e todos possuís a ciência (...). Quanto a vós, a unção que recebeste dele permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa, assim como ela vos ensinou, permanecei nele” (1Jo, 2,20-27). Devemos sair para experimentar nossa unção, seu poder e sua eficácia redentora (...) para nos doarmos e levar o Evangelho aos demais; para partilhar a unção que temos com o nosso irmão, restaurando lhe sua sacralidade.

100 Amém Que alimentados pela fé em Cristo Jesus,
cada ministro ordenado seja o coração pulsante de Deus no hoje da história Amém


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