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Infecções Respiratórias
Profª Márcia Ladeira DCM – FCM - UERJ
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Rinossinusites Agudas: menos de 4 semanas
Viral (rinovírus, influenza, parainfluenza): mais comum, dura 7 a 10 dias Bacteriana (Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis): 0,5 a 2% dos episódios Infecções virais, rinite alérgica, obstrução mecânica do nariz, focos odontogênicos, fibrose cística, imunodeficiências
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Rinossinusites Virais ou bacterianas? Origem bacteriana
Sintomas persistentes por mais de 10 dias sem evidência de melhora; Sintomas mais exuberantes (febre alta, descarga nasal purulenta e dor facial) persistentes por mais de 3 a 4 dias; Sintomas (febre, cefaleia, descarga nasal) que pioram após melhora clínica inicial = double- sickening Origem bacteriana
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Quadro clínico Rinorréia purulenta
Congestão nasal + dor/pressão faciais Febre mais rara Persistência dos sintomas por mais de 7 dias = bacteriana Diplopia, edema periorbitário e alterações do estado mental = rastrear disseminação para região periorbitária ou intracraniana
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Diagnóstico radiológico
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Complicações Anosmia/hiposmia/parosmia
Meningite bacteriana (pneumocócica) Celulite periorbitária Osteomielite da face Trombose de seio venoso
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Sinusite fúngica Malignidades hematológicas, quimioterapia, HIV, DM,imunossupressão Aspergilus, Zygomicetos (mucormicose) Invasão dos tecidos adjacentes, secreção nasal acinzentada Altíssima mortalidade
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Infecções de vias aéreas superiores
Laringite: restrita à laringe = rouquidão Laringotraqueíte (crupe) = rouquidão, “barking cough” Laringotraqueobronquite = laringotraqueíte + sibilos, roncos, taquipnéia Mais comuns: virais; Mycoplasma pneumoniae, Streptococcus, Staphylococcus Radiografias normais
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Pneumonias Comunitárias (CAP): adquiridas na comunidade ou com < 48h internação Hospitalares (HAP): adquiridas após 48h de internação Associadas à ventilação mecânica (VAP): adquiridas 48 a 72h após intubação orotraqueal
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Mecanismos de contaminação pulmonar
Broncoaspiração Disseminação hematogênica Disseminação por contiguidade Inalação de aerossóis Macrobroncoaspiração
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Pneumonias Típicas x Atípicas
Febre alta com calafrios Febre Dor pleurítica Pouca dor Tosse produtiva Tosse seca Sintomas respiratórios exuberantes Sintomas extra-pulmonares Quadro clínico agudo Quadro clínico agudo ou subagudo Síndrome de consolidação pulmonar Sem consolidação RX com consolidação lobar RX com múltiplos padrões Dissociação clínico-radiológica Principais agentes: Pneumococo, Hemófilo, Staphylococcus Principais agentes: Mycoplasma, Chlamydophila, Legionella, vírus, PCP
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Quadro clínico Tosse + febre, taquicardia e estertores = sensibilidade de 50% Expectoração, dor pleurítica, dispneia Sintomas gastrointestinais Alterações do estado mental Taquipneia=sinal mais sensível em idosos
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Radiografia de Tórax
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Pneumonia Pneumocócica
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Pneumonia Pneumocócica
Agente causal: Streptococcus pneumoniae Mais comum!! Pneumonia amarela ou “dos ovos de ouro” = icterícia Reativação de herpes labial GRAM e culturas de escarro Hemoculturas
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Pneumonia estafilocócica
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Pneumonia estafilocócica
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Pneumonia estafilocócica
Agente causal: Staphylococcus aureus Fatores de risco: imunossupressão, diabéticos insulino- dependentes, IRC em hemodiálise, extremos etários, endocardite tricúspide, infecções cutâneas, infecções por influenza ou sarampo
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Pneumonia por Klebsiella pneumoniae
Pneumonia do lobo pesado Alcoolistas, diabéticos, tabagistas Klebsiella produtora de carbapenemases (KPC) – germe multirresistente
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Pneumonia por Legionella
Aspiração ou inalação infecções hospitalares, associadas a água ou sistema de ventilação, aglomerados, DPOC Associação de pneumonia e: Sintomas GI, especialmente diarreia Confusão mental Febre acima de 39°C GRAM com PMN, mas sem germeshiponatremia Disfunção hepática Hematúria Ausência de resposta aos betalactâmicos
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Pneumonia por Mycoplasma pneumoniae
Transmissão via aerossóis Mais comum: assintomática ou laringotraqueíte Causa mais comum de pneumonia atípica Doença extrapulmonar: Hemólise por anticorpos a frio Rash cutâneo, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson Neuro: mielite transversa, Guillain-Barré, ADEM Outras: miocardite, uveíte, hepatite
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Pneumonia por Mycoplasma
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Pneumonias cavitadas Nocardiose Rhodococcus ecquii
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Abscessos pulmonares Infecções polimicrobianas
Redução do reflexo da tosse com broncoaspiração, imunossupressão, neoplasias, DM, fumo Tratamento clínico e cirúrgico
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Diagnóstico diferencial das cavitações pulmonares
Tumores primários: epidermóide, adenoca Metástases pulmonares Vasculites pulmonares: granulomatose de Wegener, Churg-Strauss Infarto pulmonar Infecções não-bacterianas: tuberculose, micoses profundas
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Pneumonias atípicas Mycoplasma pneumoniae
Chlamydia (Chlamydophila) pneumoniae Vírus P. Carinii (jiroveci) Legionella pneumophila Fungos (Histoplasma, Coccidioidomicose)
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Tomografia Computadorizada de Tórax
Alto custo, mais radiação Indicada quando RX é normal em pacientes com clínica típica, e mais sensível para doença intersticial, cavitações, doença bilateral, adenopatia hilar ou empiema
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Pneumonia típica x atípica
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Pneumonias virais Mais comum: influenza
Outros: adenovirus, parainfluenza, VRS, outros influenza (H5N1-gripe aviária, H1N1- gripe suína) Neste caso: culturas, sorologias, imunofluorescência, PCR
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Marcadores de gravidade
Procalcitonina: níveis aumentam em infecções bacterianas, pode estimar gravidade Proteína C Reativa: particularmente alta nas pneumonias pneumocócicas
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Critérios de Gravidade: CURB-65
Clínica Pontos Confusão mental 1 Uréia acima de 40 mg% FR acima de 30 irpm PAs < 90 ou PAd < 60 mmHg Idade > ou = a 65 anos Pontos totais Máximo 5
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Critérios de Gravidade: CURB-65
Pontos Mortalidade Recomendações 0,6 % Baixo risco, considerar tratamento ambulatorial 1 2,7% 2 6,8% Internação quarto 3 14,0% Internação em UTI 4 a 5 27,8%
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CURXO - 80 pH menor que 7,3 PA sist < 90 mmHg FR > 30 irpm
Confusão mental Uréia acima de 30 mg% pO2 abaixo de 54 mmHg ou P/F abaixo de 250 Idade acima de 80 anos Doença multilobar
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Internação em CTI – Critérios ATS
Maiores (1 de 2): Choque séptico Ventilação mecânica Menores (3 de 9): FR acima de 30 irpm P/F abaixo de 250 Infiltrados multilobares Confusão mental Uréia acima de 40 mg% Leucopenia ou trombocitopenia Hipotermia Hipotensão necessitando de suporte volêmico
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Tratamento Ambulatorial da CAP
Paciente sem co-morbidades, sem uso de ATB nos últimos 3 meses Pacientes com co-morbidades* ou uso de ATB nos últimos 3 meses Macrolídeos (azitromicina, claritromicina) ou Doxiciclina Quinolonas respiratórias (levo, moxi, gemifloxacin) Beta-lactâmico + macrolídeo * DPOC, ICC, IRC, DM, alcoolismo, neoplasias, asplenia, condições ou drogas imunossupressoras
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Tratamento da CAP em pacientes internados
Sem indicação de CTI Indicação de CTI Beta-lactâmico (cefotaxima, ceftriaxona, ampicilina/sulbactam) + macrolídeo Beta-lactâmico (cefotaxima, ceftriaxona, ampicilina/sulbactam) + azitromicina ou Quinolona respiratória Quinolona respiratória + aztreonam nos alérgicos à penicilina
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Tratamento de CAP em pacientes internados – grupos especiais
Fatores de risco para infecção por Pseudomonas Fatores de risco para infecção por CA-MARSA Bronquiectasias, fibrose cística, HIV, neutropenia, transplantados, uso de corticóides ou imunossupressores, uso prévio de ATB Jovens, com ou sem hospitalização recente, HIV, homossexualismo, drogas IV, hemodiálise, aglomerações, compartilhamento de pérfuro-cortantes Beta-lactâmico anti-pseudomônico e anti-pneumocócico (piperacilina/tazobactam, cefepime, imipenem, meropenem) + ciprofloxacin ou levofloxacin ou Beta-lactâmicos acima + aminoglicosídeo + azitromicina Beta-lactâmicos acima + aminoglicosídeo + quinolona respiratória Associar vancomicina ou linezolida
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