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PublicouYan Leal Philippi Alterado mais de 8 anos atrás
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Entrevistas Preliminares: A entrevista Inicial
Carla Eloá Ferraz
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Entrevista diagnóstica
Ela tem como meta final o tratamento e não o diagnóstico; Estudos mostram que até 50 % dos pacientes abandonam o tratamento antes da quarta sessão (Baekeland e Lundwall,1975). muitos não retornam depois da primeira; Muito mais do que o diagnóstico, durante a entrevista inicial também são vitais: a construção da aliança, o reforço do moral e a negociação do tratamento. Você estabelece a aliança terapêutica quando escuta o paciente. O ato de fazer perguntas pode por si só promover aliança terapêutica.
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Entrevista diagnóstica Objetivos
Finalidade: elaborar um diagnóstico – sem parecer que se está lendo uma lista de sintomas e sem se deixar distrair por informações menos relevantes. Construir uma aliança terapêutica. Negociar um plano de tratamento e comunicá-lo ao paciente.
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Obtenção de dados psiquiátricos
Também conhecida como história psiquiátrica, inclui informações pregressas relevantes para a apresentação clínica atual. A história psiquiátrica inclui: histórico da psicopatologia atual, história psiquiátrica, história médica, história psiquiátrica familiar, aspectos da história social e do desenvolvimento.
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Negociar um plano de tratamento e comunicá-lo ao paciente
Importante para a adesão do paciente ao tratamento. Momento de desconstruir expectativas errôneas sobre o processo psicoterápico. Se o paciente não compreender a formulação, não concordar com o que foi dito ou não se sentir confortável para falar a respeito, isso pode comprometer a adesão ao tratamento.
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Negociar um plano de tratamento e comunicá-lo ao paciente
Duração da sessão Valores Faltas – informá-lo com pelo menos 24 h de antecedência de qualquer falta ou a sessão será cobrada, exceto em situações de emergência. Quando ocorrer a falta, indagar sobre o motivo da mesma e trabalhar essa demanda na sessão. Atrasos
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As três fases da entrevista diagnóstica
Fase de abertura: (de 5 a 10 min ) Momento de conhecer o paciente, ficar sabendo um pouco a respeito da sua situação de vida, e então calar-se e dar alguns minutos para que ele possa contar, sem interrupções, por que veio procurá-lo. É nessa fase que o paciente está tomando a decisão inicial quanto a sua confiabilidade.
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As três fases da entrevista diagnóstica
Corpo da entrevista ( de 30 a 40 min) Ao longo da fase de abertura você vai criar algumas hipóteses diagnósticas iniciais e se decidir quanto a algumas prioridades a serem exploradas durante o corpo da entrevista. Ex: você pode decidir que depressão, ansiedade e abuso de SPA’s podem ser prováveis problemas para o paciente. A partir daí, elabora perguntas sobre a história da doença atual; história da depressão, ideação suicida e abuso de SPA’s, história familiar desses transtornos e avaliar se o paciente realmente satisfaz os critérios do DSM IV para cada transtorno.
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As três fases da entrevista diagnóstica
Corpo da entrevista ( de 30 a 40 min) Depois passar para outros tópicos como: história social; sintomas físicos e revisão psiquiátrica dos sintomas.
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As três fases da entrevista diagnóstica
Fase de fechamento (de 5 a 10 min ) Mesmo que você possa se sentir tentado a continuar fazendo perguntas, é essencial pelo menos cinco minutos para a fase de fechamento da entrevista, ao qual deve-se incluir dois componentes: Uma discussão da sua avaliação (psicoeducação) Um esforço para se chegar a um acordo com relação ao plano de tratamento.
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PREPARAÇÕES LOGÍSTICAS: O QUE FAZER ANTES DA ENTREVISTA
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Preparação logística Ela é importante porque possibilita uma experiência mais tranquila e menos estressante para você e seu paciente.
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Preparar o tempo e o espaço corretos
Garantir um espaço Reservar uma sala. Tente marcar o mesmo horário todas as semanas: quando se trata de entrevistas psicoterápicas a rotina é aliada. Os psicoterapeutas psicodinâmicos chamam essa rotina – o mesmo horário, a mesma sala, o mesmo cumprimento - de setting. Torná-lo invariável reduz as distrações.
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Preparar o tempo e o espaço corretos
Personalize sua sala de alguma forma. Você terá a sensação de estar em seu próprio espaço, e a sala parecerá mais familiar ao paciente. Obs. Cuidado com excessos.
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Preparar o tempo e o espaço corretos
Posicione as cadeiras de modo que você enxergue o relógio. Discrição Um relógio de parede atrás do paciente funciona bem. É extremamente perturbador para alguns pacientes o fato do terapeuta olhar muitas vezes ao relógio: a mensagem recebida pelo paciente é: “Mal posso esperar que esta sessão se acabe”. Mas é preciso controlar o tempo para que você consiga coletar o máximo de informações em um período breve.
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Proteja o seu tempo Chegar antes do paciente – você precisa de tempo para se preparar emocionalmente e logisticamente para a entrevista. Organize todos os formulários e materiais que irá precisar. Evite interrupções – Existem vários modos de evitá-las: Desligar o celular; identificar a sala com o – em atendimento;pedir a secretária para anotar os recados, dentre outros. Reserve tempo suficiente para anotações e papelada – esse tempo é variável – o importante é que você descubra o seu tempo.
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Usar ferramentas de papel com eficácia
Não há um treinamento formal sobre como usar as entrevistas, planilhas, folhetos e questionários. Eles são instrumentos importantes que auxiliam no processo, contudo não devem ser utilizados de forma excessiva, podendo em alguns casos interferir na relação terapeuta-paciente.
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Desenvolver suas regras
É necessário determinar parâmetros para a relação terapeuta – paciente, incluindo questões como: - quando e como você pode ser contatado; - o que o paciente deve fazer em caso de emergência; - com quem você pode falar a respeito do paciente.
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Como e quando contatá-lo
É você que define os limites da relação clínica, estabelecendo onde e quando os pacientes podem contatá-lo. Isso deve ser feito no início do tratamento.
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Sugestões Nunca dar o telefone residencial para os pacientes.
Especificar os horários que estará disponível para atender as ligações. Instruir o paciente sobre o que fazer se houver uma emergência em um horário que você não estiver disponível. O paciente pode deixar um recado de voz, para que você retorne a ligação. Quando sair de férias, deixar o contato de um psiquiatra da sua confiança. Alguns terapeutas usam como forma de contatar pacientes. Isso pode poupar tempo, mas sem regras básicas, o uso dessa ferramenta também pode fugir do controle. “A comunicação via não é uma forma de tratamento”.
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Contatos com o paciente
Não se esqueça de obter os vários telefones de seu paciente. Perguntar se você pode se identificar, caso ligue. Obtenha número de familiares ou amigos íntimos para poder contatá-los em situações de emergência.
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REFERÊNCIAS Carlat, Daniel J. Entrevista Psiquiátrica; tradução Claudia Dornelles, Andrea Caleffi 2ª edição, Porto Alegre, Artmed, 2007.
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